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Resenha: A tempestade, de William Shakespeare


SINOPSE: Última peça escrita por Shakespeare, A tempestade é uma história de vingança, é uma história de amor, é uma história de conspirações oportunistas e é uma história que contrapõe a figura disforme, selvagem, pesada dos instintos animais que habitam o homem à figura etérea, incorpórea, espiritualizada de altas aspirações humanas, como o desejo de liberdade e a lealdade grata e servil.

Uma Ilha é habitada por Próspero, Duque de Milão, mago de amplos poderes, e sua filha Miranda, que para lá foram levados à força, num ato de traição política. Próspero tem a seu serviço Caliban, um escravo em terra, homem adulto e disforme, e Ariel, o espírito servil e assexuado que pode se metamorfosear em ar, água ou fogo. Os poderes eruditos e mágicos de Próspero e Ariel combinam-se e, depois de criar um naufrágio, Próspero coloca na Ilha seus desafetos (no intuito de levá-los à insanidade mental) e um príncipe, noivo em potencial para a filha. Se o amor acontece entre os dois jovens, se a vingança de Próspero é bem-sucedida, se Caliban modifica-se quando conhece os poderes inebriantes do vinho numa cena cômica com outros dois bêbados, tudo isso Shakespeare nos revela no enredo desta que por muitos é considerada sua obra-prima – uma história de dor e reconciliação.

Drama / Aventura / Crônicas / Entretenimento / Fábula / Fantasia / Ficção / História / Literatura Estrangeira / Política

Doze anos antes da acção da peça, António, irmão de Próspero, o duque de Milão, aproveitou-se da dedicação daquele pelos seus livros de magia e ciências ocultas para seduzir os cortesãos e organizar um golpe de Estado e, assim, tomar a coroa do Ducado.

Próspero é desterrado, com a filha ainda bebé, numa remota ilha e, durante longos anos, apurou as suas artes num plano de vingança.

A peça abre com uma tempestade no mar, provocada por um “espírito dos ares” comandado por Próspero, chamado Ariel, servo leal e dedicado. Miranda, a mesma que em bebé chegara à ilha, agora donzela, observa a tempestade com terror.

Próspero e Miranda vivem nesta ilha encantada, que vamos descobrindo. Conhecemos um outro habitante do lugar, Calibã, filho de uma bruxa, Sycorax, que outrora ali também tinha sido abandonada. Ariel tinha sido prisioneiro da bruxa. Próspero libertou-o e ganhou a sua lealdade, como a de muitos espíritos daquela ilha “cheia de cores e sons”. Calibã, verdadeiro herdeiro da ilha, tornara-se o serviçal de Próspero. Um passado de afecto entre os dois, em que Calibã aprendera a falar, fora destruído no dia em que Calibã, escravo dos instintos, tentou violar Miranda.

Permanentemente castigado, retorce-se de rancores e tem saudades da antiga liberdade. Outro que quer ser livre é o servo leal, Ariel, mas ainda está preso ao compromisso de ajudar Próspero a cumprir o seu plano.

Próspero, sabendo da proximidade da embarcação dos seus inimigos, António e seus cúmplices, o rei de Nápoles, Alonso, e seu irmão, Sebastiano, causa o naufrágio que os traz à ilha, separados do príncipe Ferdinando e dos outros navegantes. Ariel atormenta-os com visões e segue-os até impedir a sua conspiração ambiciosa contra o rei Alonso, para “herdarem aquele lugar”.

Ferdinando, filho de Alonso, é seduzido pela música de Ariel e encaminhado até encontrar-se com Miranda. Numa redoma de artifício, apaixonam-se. Mas Próspero faz de Ferdinando um escravo, e obriga-o a trabalhar para testar a sua índole.

Entretanto, noutra parte da ilha, Calibã, Trínculo, o bobo da corte, e Stéfano, o mordomo beberrão, encontram-se com Calibã. Este, depois de beber vinho pela primeira vez, ‘endeusa’ Stéfano e torna-se o seu novo súbdito. Calibã incita os dois a matarem Próspero. Mas, Ariel encaminha-os numa série de aventuras desastrosas que os conduzem, bêbados, à gruta onde vive Próspero. Ao descobrir a conspiração de Calibã e dos seus novos confederados, Próspero envia Ariel para os afugentar com espíritos disfarçados de cães de guarda.

Os nobres Alonso, António e Sebastiano, paralisados com terror pelas palavras de Ariel, são obrigados a contemplar o mal que fizeram doze anos atrás.

Ferdinando prova que o seu amor por Miranda supera a escravidão a que foi reduzido. Próspero consente o noivado e apresenta-lhes um espectáculo de máscaras cujo tema é o amor.

Ariel implora a mercê de Próspero para os viajantes com a mesma paixão com que pedira a sua própria liberdade. Então, Próspero restaura a harmonia, decide abdicar da sua ‘arte’ e poderes mágicos, esquecer a vingança e render-se ao espírito da generosidade. Todos reganham as forças para regressar a Nápoles, onde Miranda e Ferdinando serão a esperança de um futuro melhor.

Próspero liberta Ariel e dá a ilha a Calibã. A história acaba com Próspero pedindo aos espectadores que por intermédio de amor e perdão o libertem a ele...


Resenha: O senhor das moscas, de William Golding


Um grupo de jovens é retirado de uma cidade atingida por um bombardeio atômico. Eles passam a viver numa ilha deserta do Pacífico e lá reconstituem os valores da sociedade em que viveram. Este romance é considerado a obra-prima do prêmio Nobel de 1983.

Ficção / Romance / Distopia


GOLDING, William. Martin Claret: O senhor das moscas, 2011, 258p

O Senhor das Moscas (Lord of the Flies, em inglês) é um livro de alegoria escrito por William Golding, vencedor do Prêmio Nobel em 1983. Foi publicado em 1954. Embora não tenha sido um grande sucesso à época – vendendo menos de 3000 cópias nos Estados Unidos em 1955 antes de sair de catálogo – com o tempo tornou-se um grande sucesso, e leitura obrigatória em muitas escolas e colégios. Foi adaptado para o cinema em 1963 por Peter Brook e novamente em 1990, filme estes que também passaram a ser exibidos em diversas instituições educacionais. O título é uma referência a Belzebu (do nome hebraico Ba’al Zebub), um sinônimo para o nome Diabo. É geralmente lembrado como um clássico da literatura do pós-guerra, ao lado de A Revolução dos Bichos e O Apanhador no Campo de Centeio.

O livro retrata a regressão à selvageria de um grupo de crianças inglesas de um colégio interno, presos em uma ilha deserta sem a supervisão de adultos, após a queda do avião que as transportava para longe da guerra.

Temas
“O Senhor das Moscas” contém inúmeros temas e simbolismos. Qualquer um dos personagens pode representar diferentes papéis na sociedade.
Ralph pode representar a democracia, uma vez que ele é o líder por escolha da maioria e tenta tomar as decisões que sejam melhores para todos.
Jack pode representar o fascismo, uma vez que é cruel e tenciona controlar a todos na ilha.
Porquinho pode representar a ciência, uma vez que ele age de modo lógico e é impopular, mas necessário a longo prazo.
O coral de meninos que se transforma no grupo de caçadores representaria o exército: eles fazem o que Jack determina porque é melhor para eles estarem inseridos no grupo do que contra ele.
Sam e Eric representariam as pessoas que são impressionáveis, e que tendem a não pensar por si próprias. Em diversas partes do livro, seu comportamento imita o dos cães.
O "Bicho" representa a propaganda, causando medo por um inimigo nunca visto e usada para unir os meninos ao redor de Jack.
Simon representaria a fé e a religião, por ter visões e revelações místicas. Também poderia ser caracterizado como tendo esquizofrenia.
Os óculos representariam a razão e a habilidade de se ver com clareza.
A concha representa ordem e democracia na ilha.

Outras interpretações consideram não tanto uma alegoria política, mas uma alegoria social. Esta linha de pensamento indicaria que:

Ralph representa o governo, a ordem e a responsabilidade.
Porquinho representa a inteligência e a razão, não importando o quão impopular a verdade possa ser.
Jack representa a barbárie, o lado negro da humanidade.
A concha representa a civilização, e quando Jack a abandona, ele rompe as amarras que o prendem ao mundo moderno.
O fogo representa a utilidade, um meio para um fim, o qual, quando usado de modo incorreto, se torna um fim em si mesmo.
O Senhor das Moscas representa o Mal escondido no coração de todos.

Análises

Muitos interpretaram "O Senhor das Moscas " como um trabalho de filosofia moral. O cenário da ilha, um paraíso com toda a comida e a água necessários, pode ser visto como uma metáfora para o Jardim do Éden. Assim, a primeira aparição do “Bicho” seria o surgimento da serpente, como o mal surge no livro de Gênesis.
Um dos principais temas do livro é a natureza do Mal. Isto pode ser claramente visto na conversa que Simon mantem com o crânio do porco, que se refere a si mesmo como “O Senhor das Moscas” (uma tradução literal do nome hebraico de Ba'alzevuv, ou Beelzebub em grego). O nome, enquanto se refere aos enxames de moscas sobre si, claramente refere-se ao personagem bíblico.

O AUTOR
William Golding é um escritor britânico, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1983. Golding é autor de romances, poemas e peças de teatro. Publicou seu primeiro romance, O Senhor das Moscas (Lord of the Flies) em 1954, alcançando grande sucesso em diversos países. Outros romances de sua autoria foram Os Herdeiros (The Inheritors, 1955) e Ritos de Passagem (Rites of Passage, 1980).
Sua obra aborda principalmente temas de sobrevivência em situações adversas, marcadas por isolamento e fragmentação da sociedade. Golding foi muito prestigiado ainda em vida, recebendo, além do Prêmio Nobel, o Booker Prize de 1980 e sendo ordenado cavaleiro pela Rainha Elizabeth II em 1988. Morreu em 1993.

Resenha: Crime e Castigo, de Dostoiévski


ISBN-13: 9786555520804
ISBN-10: 6555520809
Ano: 2020 / Páginas: 240
Idioma: português
Editora: Principis

SINOPSEA pobreza assola Raskólnikov, que precisa pagar os estudos e o aluguel de onde mora. Orgulhoso, acredita que é inteligente o suficiente para planejar um crime perfeito, julgando que seu bom motivo e futuro promissor justificariam o ato. Os limites da moralidade comum também o atingem e ele é sentenciado. A culpa o acompanha na jornada em busca de redenção e boas perspectivas. Dostoiévski traz a psicologia criminal para este romance, abordando moralidade e a margem da dignidade nas ruas das cidades.

Literatura Estrangeira / Romance / Ficção

O clássico narra a história de Raskólnikov, um jovem estudante de direito, de família pobre, estava um tanto distante da família, uma vez que a Universidade estava localizada em outra cidade. A trama, relata a fatalidade de dois latrocínios praticados por Raskólnikov. Tendo em vista, a sua ociosidade, suas dívidas acumuladas, seu temperamento hostil, Raskólnikov tem a infelicidade de cometer quão infâme ato.

Relata o autor a história de um jovem estudante que vivia numa cidade distante de sua familia. Sobrevivia com o pouco recurso que sua mãe o enviava. A pobreza o deprimia muito. Ele mal se alimentava.

Numa noite quente saia o rapaz de seu cubiculo alugado. Caminhava devagar à pensar em sua realidade de dificil situação financeira. Estava tão mal vestido que outra pessoa mesmo acostumada a tal aparência não se atrevia a sair com aqueles andrajos em pleno dia. Dirigia-se a casa de uma velha que costumava penhorar objetos em troca de emprestimos. Levou um relogio de prata de corrente de aço. A velhota não lhe ofereceu muito e o rapaz já não estava para questões logo aceitou o dinheiro.
Raskólnikov afastou-se da casa muito perturbado. Murmurava:

- Oh meu Deus! Como tudo isso é repugnante! Ah, sim, sim, eu... não, isto é um absurdo, uma estupidez.

Um sentimento de imensa repugnancia, que começava a oprimi-lo e a mortificar seu espírito.Olhando à sua volta verificou que encontrava-se junto de uma casa de bebidas. Até então nunca entrava numa taberna. Sentou-se em uma mesa de tilia, pediu aguardente sentindo um alivio. Parou para observar naquele ambiente, fora de costume, as pessoas que sempre evitou encontrar. Observava de alto a baixo o pressimivel funcionario que por sua vez não tirava os olhos dele.
Atraídos pela curiosidade conversaram sobre suas experiências vividas. Com precisa atenção Raskólnikov, escutava tudo o que tinha a dizer Marmieladóv que encontrava-se altamente bebado. O senhor sem ter mais com o que pagar as bebidas se inclinou ao jovem pedindo ajuda para chegar em casa.

Já na casa de Marmieladóv, o jovem pode comprovar toda historia que acabara de escutar. A deprimente situação que vivia a familia daquele senhor que mora em um quarto alugado com a mulher e mais três filhas e ainda eram sustentados por Sonia, a filha do primeiro casamento de Marmieladóv. Os ajudava com a prostituição. Raskólnikov ajudou a familia com o que obteve do emprestimo, uma vez que a familia do senhor seria despejada.

O jovem retorna para casa e no dia seguinte recebe uma carta de sua mãe informando da dificil situação que passavam e sobre o casamento da sua irmã com um advogado de muitos bens, porém, de dificil temperamento.
A mãe tinha este casamento como a saída para os problemas da familia. Mas, o jovem não aceitou bem a ideia. Saiu de casa para pensar em tal situação.
Retornando a casa passa pelo mercado do Feno, a fim de passar distante da casa da senhora Alienova Ivanovina que lhe fez o emprestimo. Passou por Lisavieta, irmã de Alienova. Escutou as queixas que Lisavieta fazia de sua irmã para um mercador. Pensou muito no que acabava de ouvir, tornando uma decisão drastica e no dia seguinte pos em pratica.
Tomou posso do machado do zelador sem que ele soubesse, foi até a casa de Aliena e deu varios golpes, procurou por dinheiro em toda a casa mas não havia muito tempo. Levou os penhores de emprestimos feitos. Para sua surpresa Lisavieta chega e encontra a velhota no chão. Raskólnokov, sem pensar, lança golpes também em Lisavieta.

O jovem foge sem ser visto, devolve o machado limpo ao devido lugar. Sem icar em paz examinava sua roupa verificando se não tinha manchas de sangue.
Na manhã seguinte, Raskólnikov segue até a policia, mas porque havia recebido do zelador uma citação que tratava da divida do aluguel onde estava hospedado. Na delegacia houve rumores sobre o acontecido da noite anterior.

Em casa o jovem enche os bolsos com a intenção de se desfazer do que roubou. Abandonou tudono patio de uma oficina e passado uns dias o rapaz encontrava-se enfermo tendo delírios. Enfim chega de viagem o noive de sua irmã e o jovem não o recebe bem. Raskólikov dia a dia sentia imenso remorso com vontade de se entregar, mas não o fez. Retorna ao local do crime e vê que estavam reformando. Ao voltar para casa se depara com uma multidão em torno de uma carroça. Era Marmicladov, que estava ferido, o jovem se pôs a ajudar e novamente deu a familia do senhor todo seu dinheiro que recebeu de sua mãe para despesas.
Sentiu-se bem pelo o que fez ao amigo. Passou a dar valor as coisas que não fazia a muito tempo.
Atendeu ao pedido de seu amigo Razumikhin para ir a festa que os amigos prepararam. Mas, logo retornou a casa porque sentia muita fraqueza.
Quando o jovem chegou em casa estavam sua mãe e irmãs a sua espera pois tomaram conhecimento de sua doença.
Concluiu-se que a obra Crime e Castigo trata de um ato juridico, tipo penal, sendo latrocinio (roubo seguido de morte). Crime qualificado.
Na obra o jovem estudante mata na intenção de obter coisa alheia, tanto roubo como morte de duas pessoas. Raskolnikov tinha conhecimento da vida vitima e de tudo o que precisava saber até cometer o ato que levou a morte de Aliena e sua irmã Lisavieta.

BIBLIOGRAFIA
DOSTOIÉVSKI, Crime e Castigo

Resenha: Os irmãos Karamazov, de Dostoiévski


SINOPSEFiodor Dostoievski é considerado um dos maiores escritores russos do seu tempo. Discutiu o materialismo e a fé, o racionalismo e o pensamento ecumênico, a violência e o sentido da humanidade. Todas as contradições da época estão presentes em seus romances. Os Irmãos Karamazov (1879-80) é considerado a obra prima de Dostoievski. O livro causou grande impacto literário: mais uma vez escreve sobre um crime, desta vem um parricídio. O núcleo do romance é o niilismo antiteísta representado por Ivan Karamazov, um dos principais personagens do livro.

Crime / Ficção / Literatura Estrangeira / Romance


Rússia, século XIX. Um palco de intensos debates e conflitos sociais. O niilismo e o ateísmo são os principais elementos responsáveis pela degeneração familiar dos Karamazov, culminando na tragédia de um parricídio. O crime ocorrera há trinta anos. A vítima do crime, Fiódor Pávlovitch Karamazov, conhecido como "fazendeiro", apesar de mal freqüentar a propriedade. Um burguês mau, devasso, egoísta e pobre de espírito, que fora casado duas vezes e tivera três filhos: Dmítri Fiódorovich Karamazov, da primeira esposa, e Ivã Karamazov e Alieksiéi Karamazov, da segunda. Além da suspeita de um quarto filho, Smierdiákov, um criado imbecil que sofria de epilepsia, mas que não era tão imbecil, já que conhecia o esconderijo na casa, onde o velho Karamazov guardava o dinheiro.

Alieksiéi Karamazov, o filho mais jovem, deixou em dado momento o noviciado nas atividades monásticas, aconselhado por seu mestre espiritual, Zósima, para "voltar ao mundo" e, depois, decidir que caminho seguiria. Jovem, equilibrado e justo, agiu como o fiel da balança da família, apaziguando os ânimos e animando os irmãos, que viviam à beira da autodestruição. Seu irmão, Ivã Karamazov, era o mais viajado e inteligente, o niilista que exercia influência controladora sobre as pessoas, especialmente sobre o criado Smierdiákov. Irônico, corrosivo, era um debatedor de problemas sociais e religião, o autor da célebre frase: "(...) Se Deus não existe, então tudo é permitido (...)". Um imoral que tinha seus mistérios e vivia às expensas do pai, sem manter bom relacionamento com ele. Por sua vez, Dmitri Fiódorovich Karamazov, ou apenas Mítia, o meio-irmão, é instável, confuso, ora pende à bondade, ora à maldade. Perdulário, é o principal suspeito da morte do pai, justamente por disputar com ele o amor de uma mulher, além de também passar por problemas financeiros. É acusado, preso e julgado por um júri popular, que o considera culpado pelo crime de morte premeditada para roubar. Sabidamente, o culpaldo era Ivã, que tivera a idéia e instigara Smierdiákov a pô-la em prática, mas Smierdiákov estava morto e tudo conspirava contra Mítia.
Cobiça, exploração, deslealdade e mentira, são outros temas do enredo desse romance monumental, onde a intensa carga psicológica constitui não apenas o retrato de uma época conflitante, mas o retrato de várias épocas. Um romance atemporal, onde atos de maldade ecoam junto a atos de bondade.
Ao final, num discurso num velório, Alieksiéi Karamazov, o quase-monge diz: "(...) não temais a vida! Ela é tão bela quando se praticam o bem e a verdade! (...)"
Os Irmãos Karamazov (em russo Братья Карамазовы, Brat'ya Karamazovy, AFI ['bratʲjə karə'mazəvɨ]) é um romance de Fiódor Dostoiévski, escrito em 1879, uma das mais importantes obras das literaturas russas e mundiais, ou, conforme afirmou Freud1 : "a maior obra da história". Freud considera esse romance, juntamente com Édipo Rei e Hamlet, três importantes livros a respeito do embate pai e filho, e retratam o complexo de Édipo.
É uma obra aclamada pela crítica e trata-se de uma narração muito pormenorizada como que de uma testemunha dos aludidos fatos numa cidade afastada russa. O narrador pede constantes desculpas ao leitor por não saber alguns fatos, por considerar a própria narrativa longa (mesmo nos formatos grandes o livro passa de 700 páginas) e por considerar seu herói alguém pouco conhecido ou, até mesmo, desimportante. A narrativa não só conversa com o leitor, mas é onipresente e também indica ou infere os pensamentos dos incontáveis personagens.
Provavelmente o nome Karamázov foi forjado a partir de "kara", "castigo" ou "punição", e do verbo "mázat", "sujar", "pintar", "não acertar". Significaria, então, aquele que com seu comportamento desacertado provoca a própria punição', segundo nota dos tradutores da obra.2
Essa frase é frequentemente citada em relação a essa obra, porém nunca aparece dessa maneira. Ela é na verdade uma forma parafraseada de um trecho do livro onde narram a respeito de um artigo que o personagem Ivan Karamazov acaba de publicar em uma revista:
... ele (Ivan Fiodorovitch Karamazov) declarou em tom solene que em toda a face da terra não existe absolutamente nada que obrigue os homens a amarem seus semelhantes, que essa lei da natureza, que reza que o homem ame a humanidade, não existe em absoluto e que, se até hoje existiu o amor na Terra, este não se deveu a lei natural mas tão-só ao fato de que os homens acreditavam na própria imortalidade. Ivan Fiodorovitch acrescentou, entre parenteses, que é nisso que consiste toda a lei natural, de sorte que, destruindo-se nos homens a fé em sua imortalidade, neles se exaure de imediato não só o amor como também toda e qualquer força para que continue a vida no mundo. E mais: então não haverá mais nada amoral, tudo será permitido, até a antropofagia. Mas isso ainda é pouco, ele concluiu afirmando que, para cada indivíduo particular, por exemplo, como nós aqui, que não acredita em Deus nem na própria imortalidade, a lei moral da natureza deve ser imediatamente convertida no oposto total da lei religiosa anterior, e que o egoísmo, chegando até ao crime, não só deve ser permitido ao homem mas até mesmo reconhecido como a saída indispensável, a mais racional e quase a mais nobre para a situacão. - página 109, da editora 34.
Durante uma célebre passagem, em que Ivan narra a seu irmão Aliéksiei uma poesia que esta escrevendo, intitulada O grande Inquisidor, este inquisidor, ao se deparar com Jesus que acaba de voltar a terra, questiona:
Será que não pensaste que ele (o Homem) acabaria questionando e renegando até tua imagem e tua verdade se o oprimissem com um fardo tão terrível como o livre arbítrio? - página 353 da editora 34.
Muito mais a frente no livro, Ivan considera a outra possibilidade. Se Deus não existir, e a religião fosse extinta de todas as formas, o que aconteceria?
Quando a humanidade, sem exceção, tiver renegado Deus (e creio que essa era virá), então cairá por si só, sem antropofagia, toda a velha concepção de mundo e, principalmente, toda a velha moral, e começara o inteiramente novo. Os homens se juntarão para tomar da vida tudo o que ela pode dar, mas visando unicamente à felicidade e à alegria neste mundo. O homem alcançará sua grandeza imbuindo-se do espírito de uma divina e titânica altivez, e surgirá o homem-deus. Vencendo, a cada hora, com sua vontade e ciência, uma natureza já sem limites, o homem sentirá assim e a cada hora um gozo tão elevado que este lhe substituirá todas as antigas esperanças no gozo celestial. Cada um saberá que é plenamente mortal, não tem ressurreição, e aceitará a morte com altivez e tranquilidade, como um deus. Por altivez compreenderá que não há razão para reclamar de que a vida é um instante, e amará seu irmão já sem esperar qualquer recompensa. O amor satisfará apenas um instante da vida, mas a simples consciência de sua fugacidade reforçará a chama desse amor tanto quanto ela antes se dissipava na esperança de um amor além-túmulo e infinito. - página 840 da editora 34.
Sinopse
Aviso: Este artigo ou se(c)ção contém revelações sobre o enredo.
A narrativa trata da história de uma conturbada família em uma cidade na Rússia. O patriarca da família é Fiódor Pavlovitch Karamázov, um palhaço devasso que subiu na vida principalmente devido aos dotes de suas duas mulheres, ambas mortas de forma precoce, e à sua mesquinharia. Com a primeira mulher tem um filho, Dmitri Fiodorovitch Karamázov, que é criado primeiramente pelo criado que mora na isbá ao lado de sua casa e depois por Miússov, parente de sua falecida mãe. Com a segunda mulher tem mais 2 filhos: Ivan e Aliêksei Fiodorovitch Karamázov, que são criados também por um parente da segunda mulher do pai de ambos. Ao passo que Ivan se torna um intelectual, atormentado justamente por sua inteligência, Aliêksei se torna uma pessoa mística e pura, entrando para um mosteiro na cidade.
De uma querela financeira entre o pai e seu primogênito, também devasso porém honrado, nasce também a disputa por uma mulher, Gruchénka, que levará ambos a descomedidos atos que resultarão na morte de Fiódor Pavlovitch Karamázov.
Este livro foi considerado por muitos como a maior obra de literatura já escrita, entre eles Nietzsche. Os irmãos Karamázov deveria ter uma continuação, onde o narrador exporia de melhor forma o cárater de seu herói, o filho mais novo Aliêksei Fiodorovitch Karamázov, para o qual esta narrativa seria a primeira parte de sua biografia, porém Dostoiévski morreu antes de finalizar a segunda parte de sua obra. Dostoiévski declara no início do prólogo que a obra é, de fato, sobre Alieksiéi:
Ao começar a biografia de meu herói, Alieksiéi Fiódorovitch, sinto-me um tanto perplexo. Com efeito, se bem que o chame meu herói, sei que ele não é um grande homem; prevejo também perguntas deste gênero: "Em que é notável Alieksiéi Fiódorovitch, para que tenha sido escolhido como seu herói? Que fez ele? Quem o conhece e por quê? Tenho eu, leitor, alguma razão para consagrar meu tempo a estudar-lhe a vida?"

Observações
A tradução de Natália Nunes é usada nos licenciamentos à Abril Cultural (1970), à Nova Cultural (1995) e à Ediouro (2001).
A da Ediouro é chamada "Os Irmãos Karamázov" (sem "i" no final) e possui graves erros de revisão.
A da Nova Cultural altera levemente a tradução e a atribui a Enrico Corvisieri.
A Ed. Martin Claret (2003) publica a tradução de Boris Solomonov em nome de Alexandre Boris Popov, com revisão de Irina Wisnick Ribeiro.

O AUTOR
Dostoiévski – foi um escritor russo, considerado um dos maiores romancistas da literatura russa e um dos mais inovadores artistas de todos os tempos.É tido como o fundador do existencialismo, mais frequentemente por Notas do Subterrâneo, descrito por Walter Kaufmann como a "melhor proposta para existencialismo já escrita." A obra dostoievskiana explora a autodestruição, a humilhação e o assassinato, além de analisar estados patológicos que levam ao suicídio, à loucura e ao homicídio: seus escritos são chamados por isso de "romances de idéias", pela retratação filosófica e atemporal dessas situações. O modernismo literário e várias escolas da teologia e psicologia foram influenciadas por suas ideias.

[RESENHA] Vermelho, branco e Sangue Azul, de Casey McQuiston


VERMELHO, Braco e Sangue Azul. 1. ed. atual. [S. l.]: Seguinte, 1 2020. 392 p. ISBN 9788555340949.

O que pode acontecer quando o filho da presidenta dos Estados Unidos se apaixona pelo príncipe da Inglaterra? Quando sua mãe foi eleita presidenta dos Estados Unidos, Alex Claremont-Diaz se tornou o novo queridinho da mídia norte-americana. Bonito, carismático e com personalidade forte, Alex tem tudo para seguir os passos de seus pais e conquistar uma carreira na política, como tanto deseja. Mas quando sua família é convidada para o casamento real do príncipe britânico Philip, Alex tem que encarar o seu primeiro desafio diplomático: lidar com Henry, irmão mais novo de Philip, o príncipe mais adorado do mundo, com quem ele é constantemente comparado ― e que ele não suporta. O encontro entre os dois sai pior do que o esperado, e no dia seguinte todos os jornais do mundo estampam fotos de Alex e Henry caídos em cima do bolo real, insinuando uma briga séria entre os dois. Para evitar um desastre diplomático, eles passam um fim de semana fingindo ser melhores amigos e não demora para que essa relação evolua para algo que nenhum dos dois poderia imaginar ― e que não tem nenhuma chance de dar certo. Ou tem?

Ficção / Humor, Comédia / LGBT / GLS / Literatura Estrangeira / Romance

O romance de estreia de Casey McQuiston, Vermelho, branco e Sangue Azul, é uma combinação alegre e deliciosa de dois dos passatempos favoritos da América: a realeza britânica e a política, com a quantidade certa de escândalo.

Quando Alexander Claremont-Diaz - filho do presidente dos Estados Unidos - e sua irmã June viajam para o Reino Unido para assistir a um casamento real, Alex acidentalmente empurra seu rival Príncipe Henry para o bolo de casamento, dando início a um frenesi na mídia que atrai pessoas de ambos os lados do o Atlântico preocupado com uma crise internacional, principalmente a mãe de Alex, Ellen (que é a POTUS, aliás). Enquanto nossos dois heróis são forçados a controlar os danos, uma improvável amizade transformada em romance floresce, levando Alex a pensar duas vezes sobre sua sexualidade - e as implicações de um relacionamento arriscado durante uma cansativa campanha de reeleição para sua mãe.

Quanto mais Alex e Henry se esgueiram, mais seus sentimentos se intensificam, que é a última coisa de que precisam. Henrique não está apenas sendo pressionado por sua avó, a rainha Mary, a cumprir os deveres reais necessários - mesmo que isso signifique ignorar sua sexualidade - mas o próprio Alex é uma estrela política em ascensão. É muito difícil negar, entretanto, o quão perfeitos eles são um para o outro. Seu relacionamento de flerte é alimentado por brincadeiras mal-humoradas que fazem até mesmo a pesquisa histórica parecer atraente, e sua química brilha mesmo à distância, transcendendo a política e a tradição; estes são dois homens que se amam apesar de sua bagagem.

McQuiston escreve com otimismo, não apenas ao contar a história de Alex e Henry, mas ao discutir suas aspirações individuais, suas preocupações sobre o futuro de seus respectivos países e seus esforços para ajudar a comunidade LGBTQ. Ironicamente, ela também nos mostra a realidade de uma presidente em exercício que venceu as eleições de 2016 - e nos joga na fossa política de uma corrida fictícia de 2020 que parece estar no nariz. ("Mas aqueles e-mails", é uma frase que o oponente de Ellen tenta, de fato, usar depois que um escândalo irrompe na Casa Branca).

E embora seu oponente tente sabotar sua campanha e menosprezá-la, Ellen está cercada por um grupo de apoiadores que salvam o dia sempre que podem e que tornam esta história duplamente divertida de ler - especialmente o Trio da Casa Branca (que seria Alex, June e a neta do vice-presidente Nora). De muitas maneiras, eles constituem uma nova vanguarda política que, sem dúvida, poderia governar o país em alguns anos (e realmente fazer as coisas acontecerem).

A camaradagem do trio parece um reflexo das gerações mais jovens energizadas de hoje, que estão se envolvendo em todos os níveis da política. Alex, especialmente, deseja efetuar mudanças reunindo eleitores marginalizados em seu estado natal, o Texas - e em outros estados - e ele está pensando na faculdade de direito como um primeiro passo para seus objetivos.

“Talvez essas populações fiquem mais motivadas a votar se fizermos um esforço real para fazer campanha para eles e mostrarmos que nos importamos e como nossa plataforma foi projetada para ajudá-los, não deixá-los para trás”, argumenta ele com um colega de trabalho. A maneira obstinada como ele aborda os problemas, persegue Henry e trabalha na campanha complementa as ambições do próprio Henry. Ambos querem fazer história da melhor maneira possível, e a maneira como pensam sobre seus legados é edificante.

Efervescente e poderoso em todos os níveis, Vermelho, branco e Sangue Azul é uma história de amor bem escrita e uma celebração de identidade. McQuiston pode não ser da realeza, mas seu romance reina como deve ser lido com rom-com.

Kamrun Nesa é um escritor freelance baseado em Nova York. Seu trabalho foi destaque no The Washington Post, Bustle, PopSugar e HelloGiggles.

Resenha: A Arte da Guerra, de Sun Tzu.


ISBN-13: 9788594318596
ISBN-10: 8594318596
Ano: 2019 / Páginas: 160
Idioma: português
Editora: Principis

"A Arte da Guerra", de Sun Tzu, é o livro definitivo sobre estratégia militar e táticas para vencer. A sabedoria de Sun Tzu foi elogiada por Napoleão Bonaparte e Ulysses S. Grant e ainda é lida pelos generais hoje. Este livro é o guia definitivo para quem deseja ter sucesso, seja nos negócios, nos esportes ou na vida em geral.


Sun-tzu escreveu A Arte da Guerra durante o século VI aC. O livro contém 13 capítulos, cada um dedicado à faceta da guerra.

Podemos julgar a grandiosidade de A Arte da Guerra com base no fato de que ainda mantém seu valor hoje. Além de seu valor histórico para os historiadores, o livro ainda retém surpreendentemente todo o seu valor em sua capacidade de aconselhar o leitor, porque pode-se aplicar a sabedoria a mais do que militarismo arcaico. Por exemplo, em A Arte da Guerra, Sun-tzu diz: "A melhor vitória é quando o oponente se rende por conta própria antes que haja qualquer hostilidade real ... É melhor vencer sem lutar." Embora Sun-tzu quisesse dizer isso no contexto da estratégia militar, esse conselho se aplica a todos os conflitos e "lutar" pode significar mais do que apenas violência.

A maneira como a sabedoria pode ser aplicada à vida de civis comuns no mundo moderno exemplifica o livro como um todo. Sun-tzu significava os escritos para guiar a estratégia militar na China antiga, mas a sabedoria extraordinária usada para criar sua filosofia pode servir para a vida não violenta de civis modernos. Em outras palavras, os leitores podem facilmente interpretar os pontos do livro como metáforas, embora Sun-tzu os quisesse dizer literalmente.

Os homens de negócios, especialmente, podem usar os ensinamentos de A Arte da Guerra, porque a competição entre as empresas modernas no mundo corporativo reflete a competição entre os antigos militares. Eles até se consomem de maneiras análogas. Nações inimigas são sintetizadas depois que uma derrota a outra militarmente, e hoje as corporações concorrentes se fundem quando uma compra a outra.

Em suma, com A arte da guerra, Sun-tzu produziu uma ótima leitura que oferece sabedoria na forma de estratégia militar que pode ser aplicada aos obstáculos, objetivos e conflitos diários da vida.

"Um líder lidera pelo exemplo, não pela força." - Sun-tzu

"É dito que se você conhece seus inimigos e conhece a si mesmo, você não estará em perigo em uma centena de batalhas; se você não conhece seus inimigos, mas conhece a si mesmo, você ganhará um e perderá um; se você não conhecer seus inimigos nem a si mesmo, você estará em perigo em cada batalha. " -Sun-tzu

Quotes desta obra:

Portanto, quando somos capazes de atacar, devemos parecer incapazes; ao usar nossas forças, devemos parecer inativos; quando estamos perto, devemos fazer o inimigo acreditar que estamos longe; quando longe, devemos fazê-lo acreditar que estamos próximos. Se seu oponente for de temperamento colérico, procure irritá-lo. Finja ser fraco, que ele pode se tornar arrogante.

Se seu oponente for de temperamento colérico, procure irritá-lo. Finja ser fraco, para que ele se torne arrogante. Ataque-o onde ele não está preparado, apareça onde você não é esperado.

Ou seja, com rapidez. Só quem conhece os efeitos desastrosos de uma longa guerra pode perceber a suprema importância da rapidez em encerrá-la. Os soldados capturados devem ser tratados com bondade e mantidos.

A regra é não sitiar cidades muradas se isso puder ser evitado.

Pois o sábio se deleita em estabelecer seu mérito, o valente gosta de mostrar sua coragem na ação, o avarento é rápido em aproveitar as vantagens e o estúpido não tem medo da morte.

Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de uma centena de batalhas. Se você conhece a si mesmo, mas não o inimigo, para cada vitória conquistada você também sofrerá uma derrota.

Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, irá sucumbir em todas as batalhas.

Chang Yu disse: "Conhecer o inimigo permite que você tome a ofensiva, conhecer a si mesmo permite que você fique na defensiva." Ele acrescenta: "O ataque é o segredo da defesa; a defesa é o planejamento de um ataque." Seria difícil encontrar um epítome melhor do princípio básico da guerra.

[RESENHA] Marinheiros e professores, por Celso Antunes


O livro “ marinheiros e professores, é uma crônica que abrange varias pequenas histórias, contadas por Marcelo Nunes, que comparam a realidade e nosso cotidiano, com a realidade vivida dentro das escolas diariamente, enfatiza as dificuldades enfrentadas e os problemas dentro das escolas.

O livro começa justificando seu titulo, que nada mais é do que uma apologia as dificuldades enfrentadas pelos professores, como os marinheiros, que acabam por enfrentar o desconhecido, e cada dia fazem novas descobertas.
O livro compara a realidade de diversas situações do cotidiano, com os problemas enfrentados dentro das escolas, como a falta de capacitação de professores, a comodidade dos professores em ensinarem somente o que é fácil para eles e não o que é necessário, também mostra o cotidiano das escolas, onde grande parte dos professores julga os alunos somente por suas notas, não por seu nível de desenvolvimento, conhecimento, ou sua criatividade, e sim pelas notas que conseguem tirar.
Na grande maioria dos casos, não é levado em conta as necessidades dos alunos, ou do corpo docente, e sim o que visa maiores lucros, ou o que é mais cômodo para as autoridades.
O livro também aborda um grande problema enfrentado nas escolas, que é o método muitas vezes inadequado de ensino, onde os professores agem de forma inadequada e antiga, não aceitam os novos métodos de ensino e acabam por prejudicar a escola como instituição, e os alunos. O livro visa ajudar a entender o real valor do aprendizado, a realmente Aprender a aprender, como é citado várias vezes, e a levar em consideração todos os tipos de conhecimento e métodos de entendimento e aprendizado.

Resenha ► As aventuras de Beto e Fê: O Cofre de Três Segredos, de Léia Cassol


O livro O Cofre de três segredos fala de três adolescentes que gostam de se aventurar, na época de Bento Gonçalves da revolução farroupilha eles tem uma roda do tempo que eles conseguiam voltar no tempo e com isso eles se aventuraram bastante, mas nem todas as aventuras foram divertidas.

O livro é dividido em 38 capítulos, tem 159 páginas, é uma narração e o narrador participa da história. A história começa quando Beto se muda para a casa ao lado da casa de Fernanda, eles são grandes amigos junto com Antônio eles sempre se aventuram juntos.
Agora que eles tinham a roda do tempo eles iam para todo lugar. O avô de Fê tinha um cofre da época da revolução farroupilha que era de Bento Gonçalves, e os três aventureiros descobriram onde ele escondia esse cofre, era no porão onde antigamente era uma senzala onde ficavam os negros escravos. Então o avô de Fê contou toda a historia para eles, esse cofre tinha três Chaves, e ele aproveitou que as crianças estavam ali e pediu a ajuda delas para encontrarem as Chaves.
O Roberto é um morador de rua e escutou a conversa deles ele queria o cofre e ele conhecia toda aquela casa pois um dia foi dele ele perdeu tudo pois gastava muito dinheiro, ele entrou em uma entrada secreta e roubou o cofre depois mais tarde as crianças foram dar uma volta na praça a avó de Fê fez bolinhos de chuva, Beto foi buscar a coca e Antônio foi buscar os copos enquanto eles tinham saído Roberto sequestrou Fernanda e a levou para um porão em baixo de uma funerária e deixou uma carta para Beto, ele encontrou onde o bandido estava com Fernanda e mais outro mendigo.

Eles queriam as três chaves mas eles so tinham achado duas, então eles resolveram voltar no tempo para pegar a outra chave eles passaram por muitas coisas pois naquele tempo acontecia a revolução farroupilha, ele encontraram com Bento Gonçalves ele ajudou as crianças a acharem a chave que faltava.
As crianças voltaram para casa com a chave conseguiram fugir do morador de rua entregaram a chave para o avô e a roda do tempo também ele mandou essas coisas para o museu e ninguém nunca mais mexeu neles. Eu recomendo este livro para quem gosta de aventuras e suspense para as crianças de 10 à13 anos.

Léia Cassol nasceu no Paraná, em 1974, mas mora em Porto Alegre há quase 20 anos. Entrou no universo da literatura pelas histórias que o pai lhe contava, quando era bem pequena. Depois, quando foi para a escola, encontrou uma professora que a encantou com as historias que estavam nos livros. Daí cresceu, veio morar em Porto Alegre e começou a trabalhar em uma editora. Léia muito fazia feiras em escolas e contava às historias que lia. Com o tempo e estudo foi além... Passou a escrever. É contadora de historias e escritora. Sua paixão são as lendas, os causos e a historia do rio grande do sul!

[RESENHA] Tom Sawyer Detetive, de Mark Twain


ISBN-13: 
9786586588460
ISBN-10: 6586588464
Ano: 2020 / Páginas: 351
Idioma: português
Editora: Coleção Elefante

Escritor norte-americano Samuel Langhome Clemens pseudônimo Mark Tawain, Aventuras de Tom Sawyer publicado em 1876 embora um livro e literatura juvenil, não deixa de encantar ainda hoje o público adulto. a história começa com Tom Sawyer envolvido pelas circunstâncias sendo obrigado a tornar-se detetive, este não é exatamente um menino modelo; ao contrario é um garoto esperto, desobediente e malicioso que se mete em complicações e sempre se sai bem; nesta edição em que Sawyer acompanhado de seu amigo Huck Finn e o Jim realiza a mais incrível viagem a bordo de uma balão no qual entraram por curiosidade.

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O livro fala sobre ladrões: Jake Dunlap participara, juntamente com dois outros bandidos, do furto de dois diamantes muito valiosos. Furtaram os diamantes e fugiram. Durante a fuga cada um queria enganar os outros e ficar com os diamantes.

O livro é dividido em 12 capítulos, tem 111 páginas, é uma narração e o narrador participa da história.

Primeiro foi Bud Dixon quem ficou com os diamantes, escondendo-os num lugar onde ninguém se lembraria de procurar. Mas depois Jake descobre o esconderijo do Bud e se apossa dos diamantes, fugindo de Bud Dixon e do outro comparsa, o Hal Clayton.

Jake conta aos garotos que tem certeza de que os outros dois bandidos o alcançaram e que estão nesse mesmo barco, disfarçados. Tom e Huck se comprometem a ajudá-lo.

Numa noite escura e chuvosa, quando o barco atracou na margem do rio, para reabastecer-se de lenha, fizeram com que Jake saísse do barco, disfarçado de carregador de lenha, e sumisse na escuridão.

O lugar onde o barco atracara não era muito longe da localidade onde morava Tio Silas e o encrenqueiro Brace Dunlap. Na tarde seguinte, o barco atracou próximo a essa localidade, e Tom e Huck ali desceram. Já estava escurecendo quando os garotos, ao se aproximarem do Bosque de Sicômoros, viram pessoas correndo, em seguida gritos de socorro, e depois o silêncio! Assustados, Tom e Huck cortaram caminho para chegar logo à casa do Tio Silas.

Antes de chegarem à casa de Tio Silas os garotos combinaram que não iriam dizer nada sobre o reaparecimento de Jake Dunlap e o seu assassinato no bosque.

Tom Sawyer, espertamente, deduziu que os diamantes ainda estavam com o morto, e pensou num jeito de se apropriar deles para ganhar o prêmio oferecido pelos seus verdadeiros donos.

Na manhã seguinte chovia muito, e a chuva demorou a passar. Os garotos demoraram para sair em busca das novidades. Encontraram com várias pessoas na estrada, mas ninguém parecia saber do assassinato ocorrido na noite anterior. As roupas do cadáver eram as mesmas que o Júpiter Dunlap costumava usar. Assim, todos concluíram que ele fora assassinado, e que o assassino era Tio Silas, pois o pastor tinha sérias desavenças com ele.

O juiz mandou prender Tio Silas. Tom Sawyer, desesperado, pensou em providenciar a fuga do seu tio, mas este não concordou, já que se julgava culpado.

Um mês depois, começou o julgamento.

Tio Silas se lamentava, acusando a si mesmo, quando Tom o interrompeu. O garoto, descobriu o que estava errado na história contada por Brace Dunlap e as suas testemunhas. Tom começou o seu discurso, e o silêncio era total na sala.

Assim tio Silas foi inocentado, graças ao Tom que o ajudou.

Eu recomendo esse livro para crianças, jovens e adultos do mundo inteiro. Porque se mantém sempre atual e agrada a pessoas de todas as idades e de todos os lugares do planeta.

Mark Twain escritor norte-americano é o pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens. Ele nasceu em 1835, na cidade de Florida, no estado de Missouri, mas viveu até a adolescência em Hannibal, uma cidadezinha junto ao rio Mississipi. A partir de 1853, viajou pelos Estados Unidos e trabalhou como tipógrafo, timoneiro, minerador, editorialista e confencista.

Mark Twain escreveu vários livros. O escritor faleceu em 1910

Resenha ► Preciso Saber se estou indo bem, de Richard L. Williams

O Livro inicia narrando a história de Scott, líder de uma empresa, convidado para participar de reuniões com Gerentes e Diretoria, juntamente com uma consultora. Nestas reuniões Scott foi escolhido para ser usado como exemplo, para reconhecer a importância do feedback diante de uma equipe de trabalho.

A Consultora utiliza uma inteligente metáfora para explicar o processo do feedback, através de um balde. O balde é a representação do coração de uma pessoa, para que ela viva feliz, ela precisa que seu balde esteja sempre cheio. Mas com o stress, a rotina do dia a dia, a falta de feedback, eles vão esvaziando o balde. E dependendo do “estrago”, ele pode até furar o balde. Scott conta que em vez de encher o balde com feedback positivo, ele ignorava o funcionário, e com isso o balde se secou e a sua produção caiu. Existem fatores que furam os baldes, os internos: Nós mesmos, e o externos: País, amigos, família, chefes e colegas de trabalho.

Alguns comportamentos que indicam os baldes vazios: Baixo nível de produção, dificuldade de relacionamento, pouca iniciativa, e linguagem corporal. Metódos para tapar furos em um balde: Desenvolver maturidade emocional, dar feedback de qualidade, elogiar e reconhecer, comemorar as realizações, delegar o poder de tomar decisões.

Scott levou a experiência para sua vida pessoal, estava com problemas de relacionamento com sua esposa, mais através de conversas com a consultoria, ele percebe que precisa aplicar o feedback em outras áreas. Com isso, o autor, se aproxima da esposa, através de um almoço, e com isso, começa a desenvolver um processo de transformação.

O livro também relata os quatros tipos de feedback: Feedback Positivo, Feedback Corretivo mudança de comportamento, Feedback Insignificante, Feedback Ofensivo desprezo.

Conclusão: O autor utiliza seu aprendizado, com seus filhos, esposa e colaboradores.
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