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Transposição Didática: Desvendando a Ponte Entre o Saber e a Aprendizagem


A Transposição Didática, proposta por Yves Chevallard, é um conceito fundamental para entender a complexa jornada do conhecimento científico até se tornar o saber ensinado em sala de aula. Mais do que uma simples tradução, essa ponte entre saberes envolve um processo multifacetado, com implicações cruciais para a prática docente.

Navegando pelas Definições:

  • Saber a Ensinar: O conhecimento científico selecionado e organizado para ser transmitido na esfera educacional.
  • Saber Ensinado: O saber a ensinar após sofrer adaptações para se tornar acessível aos alunos.
  • Saber Sabido: O conhecimento que o aluno constrói a partir do saber ensinado, podendo ser diferente do saber científico original.

Desvendando as Etapas da Transposição Didática:

  1. Seleção: O saber científico é selecionado e recortado, priorizando conteúdos relevantes para a formação dos alunos.
  2. Organização: O conhecimento é estruturado em uma sequência lógica, definindo a progressão curricular e os conteúdos a serem abordados.
  3. Didatização: O saber é traduzido em linguagem acessível aos alunos, utilizando recursos didáticos e estratégias de ensino.
  4. Institucionalização: O saber didatizado se torna parte do currículo oficial, com diretrizes e normas para sua implementação.

Exemplos Práticos para Iluminar o Caminho:

  • Matemática: A equação algébrica, um saber científico complexo, é transformada em um problema didático com números e operações matemáticas que os alunos podem compreender.
  • História: A Revolução Francesa, um evento histórico de grande amplitude, é fragmentada em tópicos, datas e personagens para ser ensinada de forma gradual e contextualizada.

Aplicações Inspiradoras na Prática Docente:

  • Construção de Sequências Didáticas: Planejar aulas que considerem a progressão do conhecimento, desde os conceitos mais básicos até os mais complexos.
  • Seleção de Recursos Didáticos: Escolher materiais e atividades que sejam adequados à faixa etária e ao nível de conhecimento dos alunos.
  • Avaliação da Aprendizagem: Criar instrumentos que avaliem não apenas a memorização de fatos, mas também a compreensão e a capacidade de aplicar o conhecimento em diferentes situações.

Reflexões para o Futuro da Educação:

  • A Transposição Didática é um processo dinâmico e constante, que deve ser revisto e adaptado periodicamente para acompanhar as mudanças sociais e os avanços científicos.
  • O professor assume um papel fundamental como mediador do saber, adaptando o conteúdo à realidade dos alunos e promovendo a construção de um conhecimento significativo.

Explorando Mais:

  • Yves Chevallard: O autor da teoria da Transposição Didática, com diversas obras que aprofundam o tema.
  • Artigos e Livros: Uma vasta literatura disponível para quem deseja se aprofundar na teoria e suas aplicações práticas.
  • Formação Docente: A Transposição Didática deve ser um componente essencial na formação de professores, para que eles possam compreender as etapas e os desafios envolvidos na construção do saber ensinado.

Ao dominar a arte da Transposição Didática, o professor se torna um maestro do conhecimento, conduzindo seus alunos em uma jornada de aprendizado rica, significativa e transformadora.

[RESENHA #990] Estranhos à nossa porta, de Zygmunt Bauman

Zygmunt Bauman examina as origens, os contornos e o impacto do pânico moral atual em torno da “crise migratória” na Europa. Explora o medo gerado pelas campanhas políticas, argumentando que esta “crise da humanidade” exige, em vez disso, uma “fusão de horizontes” através do diálogo. Embora Nicolas Schneider sugira que possa ser necessária uma análise mais sistemática e detalhada sobre como se opor a esta dinâmica emergente de desumanização na política contemporânea, ele considera que este texto oferece, no entanto, um valioso vislumbre introdutório às complexidades da questão. 

Bauman desmantela o “pânico migratório” na Europa, abordando a erosão do moral compass na política ocidental. Ele expõe as campanhas políticas hipócritas que promovem o medo, e defende o diálogo como solução para a “crise da humanidade”. O livro, embora às vezes pareça uma coletânea de ensaios, revela os mecanismos políticos que moldam a realidade atual, criticando a política contemporânea. Bauman expressa perplexidade com a hostilidade da Europa em relação a estrangeiros, apontando que a migração sempre foi parte da história da humanidade. 

Ele discute o conceito de “medo cósmico” e sua transformação em “medo oficial” pelos políticos. Bauman analisa a individualização e a perda de referências territoriais estáveis, contribuindo para o surgimento de bodes expiatórios e a exclusão social. Ele propõe o diálogo como forma de superar a crise atual, inspirado em filósofos como Gadamer e Arendt. A análise de Bauman ganha relevância após o Brexit, destacando o racismo na política europeia. 

Embora as soluções propostas por Bauman possam parecer vagas, o livro oferece uma visão profunda das complexidades da questão e pode ser um guia para futuras ações contra a desumanização.

 Em suma, estranhos à nossa porta é uma leitura importante e provocativa que desafia o leitor a repensar suas percepções sobre a migração e a crise humanitária atual. Bauman oferece uma análise perspicaz e crítica da política contemporânea, destacando a necessidade urgente de dialogar e buscar soluções humanitárias para acolher os estrangeiros em nossas sociedades. É um livro que certamente merece ser lido e discutido, contribuindo para um debate mais informado e compassivo sobre a questão migratória na Europa e no mundo.

A fantástica história por trás da pequena sereia


Quem nunca ouviu falar da história da pequena sereia, uma das mais famosas e encantadoras narrativas da literatura infantil? Por trás dessa fantástica história de amor e transformação, há uma série de curiosidades e elementos que tornam esse conto ainda mais fascinante. Nesta matéria, vamos explorar a origem, os personagens e os principais elementos que tornam a história da pequena sereia tão especial e emocionante. Venha conosco mergulhar nesse universo mágico e descobrir todos os segredos por trás desse clássico conto de fadas.

Qual a história original da princesa Ariel?

A história real e macabra da pequena sereia é bem diferente da versão mais conhecida e popular escrita por Hans Christian Andersen. Na verdade, a história original foi escrita pelo autor dinamarquês em 1837 e é bastante sombria e trágica.

Na versão original, a sereia é uma jovem princesa do mar que se apaixona por um príncipe humano depois de resgatá-lo de um naufrágio. No entanto, o príncipe acaba se apaixonando por uma princesa terrena e se casa com ela, deixando a pequena sereia de coração partido.

Desesperada para conquistar o amor do príncipe e ter uma alma imortal, a sereia faz um pacto com uma bruxa do mar, que lhe dá pernas humanas em troca de sua voz. Mas a cada passo que ela dá, é como se estivesse pisando em facas afiadas, causando uma dor terrível.

Além disso, se o príncipe se casar com outra mulher, a pequena sereia morrerá e se transformará em espuma do mar. Quando o príncipe se casa com a princesa terrena, a sereia se joga no mar e se transforma em espuma, desaparecendo para sempre.

Essa versão da história da pequena sereia é uma bela e sombria reflexão sobre amor não correspondido, sacrifício e consequências de nossas escolhas. Andersen mostrou que nem todas as histórias de contos de fadas têm finais felizes, e que algumas tragédias são inevitáveis.

Quando e como foi feita a adaptação da história real por Walt Disney?

A adaptação da história real da pequena sereia por Walt Disney foi feita em 1989, no filme de animação "A Pequena Sereia". O filme foi baseado no conto de Hans Christian Andersen, publicado em 1837. A história foi adaptada para o público infantil, com músicas e personagens mais coloridos e encantadores. Disney alterou significativamente o final da história original, que era mais triste, para um final feliz. O filme foi um grande sucesso de crítica e público, e se tornou um dos clássicos da Disney.

Na história original,  o enredo foi completamente alterado para os cinemas, uma vez, que, o enredo original não era categoricamente bom para crianças na época. O mesmo foi feito com a história de todas as outras princesas da Disney, que como sabemos, advém de uma história macabra de conto de terror, e que, claro, não seria indicado para exibição para o público infantil, como propõe a temática dos estúdios Disney.

Quais as diferenças entre o enredo do filme x livro?

As diferenças entre o enredo do filme e do livro de "A Pequena Sereia" são significativas. No conto original escrito pelo autor dinamarquês Hans Christian Andersen, a sereia não se chama Ariel, mas sim apenas A Pequena Sereia. Além disso, no conto original, não há o personagem do Sebastião, do Linguado, ou do Príncipe Eric.

No filme da Disney, o enredo é mais simplificado e foca mais na história de amor entre a sereia Ariel e o Príncipe Eric. O filme também tem um final feliz, com Ariel se casando com o príncipe e se tornando humana permanentemente, enquanto no conto original, a sereia não consegue conquistar o amor do príncipe e acaba se transformando em espuma do mar.

Outras diferenças incluem a presença de vilão no filme, a bruxa do mar Úrsula, que não existe no conto original, e a presença de músicas e números musicais no filme da Disney, que não estão presentes no conto original.

Qual filme da pequena sereia fez mais sucesso?

O filme original da Pequena Sereia, lançado em 1989 pela Disney, foi o que fez mais sucesso, sendo considerado um clássico da animação e amado por gerações. Ele foi o responsável por popularizar a história da sereia Ariel e se tornou um dos filmes mais icônicos da empresa, sendo admirado até os diasa atuais como uma das princesas mais queridas do catálogo da Disney. Na adaptação elaborada pela empresa, Ariel salva o príncipe de um naufrágio e se apaixona por ele, mas ela sabe que não pode ficar com ele como sereia. Ela faz um acordo com a bruxa do mar, que lhe dá pernas em troca de sua voz. A sereia se torna humana, mas descobre que seu amado está destinado a se casar com outra mulher.

Ariel sofre em silêncio enquanto o príncipe se apaixona pela nova noiva, mas ela decide não matá-lo para que ele possa ser feliz. No final, ela se dissolve em espuma, mas é transformada em uma criatura do ar, ganhando uma alma imortal por suas boas ações.

A história da pequena sereia é uma história de amor, sacrifício e redenção, e tem sido adaptada para diversas formas de mídia, como filmes, peças teatrais e animações.

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