Mostrando postagens com marcador escolar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador escolar. Mostrar todas as postagens

O processo de inclusão social de pessoas com deficiência através da educação

Senado Federal

Mesmo sendo um tema antigo, a reflexão sobre a inclusão social da pessoa com deficiência na sociedade contemporânea deve ter como ponto de partida a sua representação social. Inicialmente, é importante reconhecer os aspectos singulares dessas pessoas, sem julgamentos ou preconceitos, e entender os desafios cotidianos que enfrentam em comparação com qualquer outro cidadão ao longo de sua vida, como o acesso à educação, trabalho, saúde, autonomia e igualdade de oportunidades.

Para isso, é essencial realizar um exercício constante de reflexão sobre o papel das pessoas com deficiência no imaginário de suas famílias, na comunidade escolar e na sociedade em geral. Isso contribui para a construção e reconstrução da sua representação social na sociedade contemporânea. Além disso, é importante considerar as diversas reivindicações existentes entre a população com deficiência e outros grupos, como étnicos e de gênero, que também buscam igualdade de direitos e reconhecimento social.

A inclusão é um avanço civilizatório que busca o reconhecimento das diferenças inerentes à condição humana, promovendo a inclusão de todos, e não apenas de um grupo específico, e garantindo que características externas não impeçam a inclusão de uma pessoa. A inclusão visa garantir uma vida digna e plena para a pessoa com deficiência, eliminando barreiras e proporcionando igualdade de condições e direitos.

É fundamental adotar princípios de acessibilidade e equiparação de oportunidades para as pessoas com deficiência, incluindo o uso equitativo, flexibilidade, simplicidade, fácil percepção das informações, baixo esforço físico e espaços acessíveis. O desenho universal visa projetar ambientes e serviços que possam ser utilizados por todos, promovendo a inclusão em diversos contextos.

Por meio de um processo dialético, é possível promover uma reflexão contínua sobre a inclusão social da pessoa com deficiência, considerando diferentes pontos de vista progressistas e conservadores. É importante superar interpretações preconceituosas, como o capacitismo, que podem reforçar atitudes discriminatórias.

A representação social da deficiência deve ser debatida e compreendida dentro de um contexto social e cultural, levando em consideração a interação da pessoa com deficiência nos diferentes contextos em que está inserida. O reconhecimento da identidade da pessoa com deficiência deve ser baseado na sua interação social e nas suas características individuais, e não apenas em aspectos biológicos.

Portanto, é essencial reconhecer a diversidade e singularidade das pessoas com deficiência, garantindo equidade de oportunidades e direitos para que possam participar plenamente da sociedade. A inclusão social dessas pessoas requer um esforço coletivo e contínuo para superar barreiras, preconceitos e promover uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

Assim como outros profissionais e ambientes sociais que todos frequentam, alguns profissionais da educação e o próprio ambiente escolar ainda não estão conscientes dos direitos das pessoas com deficiência. Muitos pais delegam a responsabilidade de garantir a educação de seus filhos a especialistas, sem considerar que isso afeta o bem-estar e a participação deles na vida cotidiana, e não apenas um conhecimento técnico específico que pode influenciar o futuro dessas pessoas.

É comum as famílias tentarem proteger seus filhos com deficiência de discriminações sociais, isolando-os do convívio social e escolar. No entanto, a inclusão educacional e social é uma decisão da família, que deve participar ativamente e com resiliência nesse processo.

A responsabilidade dos profissionais da educação deve considerar aspectos diferenciados na rotina escolar para atender às necessidades de ensino e aprendizagem dos alunos com deficiência. Lev Vygotsky contribuiu com estudos e pesquisas que ressaltam o potencial de desenvolvimento e aprendizagem das pessoas com deficiência, direcionando a atenção para a importância da interação social e do meio físico e social na vida desses indivíduos.

O processo de inclusão social das pessoas com deficiência por meio da educação envolve a compreensão dos mecanismos de compensação e desenvolvimento, reconhecendo as duas dimensões: primária e secundária da deficiência. É essencial identificar e trabalhar de forma adequada essas dimensões para promover uma aprendizagem eficaz e experiências positivas no ambiente escolar. Além disso, é fundamental que a escola desenvolva estratégias pedagógicas inclusivas e revise constantemente seu Projeto Político Pedagógico para atender às necessidades de todos os alunos.

O direito à educação com acessibilidade pedagógica e à inclusão educacional em escola regular de ensino para pessoas com deficiência, garantidos pela legislação brasileira, enfrentam resistência por parte de profissionais da educação e responsáveis. Muitos gestores escolares se recusam a matricular alunos com deficiência, alegando falta de acessibilidade no prédio ou sugerindo escolas especiais. Além disso, alguns professores resistem, alegando falta de preparo e ausência de assessoria especializada na escola. Autoridades públicas também omitem recursos e serviços previstos por lei, como acessibilidade arquitetônica e formação para professores.

Durante o governo de Jair Bolsonaro, houve discussões sobre escolas especiais, que foram consideradas um retrocesso em relação aos direitos já conquistados. Felizmente, na gestão do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, essas orientações foram revogadas, fortalecendo a legislação existente e os acordos internacionais.

O processo de inclusão social das pessoas com deficiência no Brasil é lento, devido a confrontos ideológicos e paradigmas culturais excludentes. É essencial conscientizar sobre a importância da inclusão e diversidade, e combater preconceitos e violações dos direitos humanos.

Para compreender esses desafios, podemos recorrer ao livro "Em Defesa da Escola: Uma Questão Pública" de Jan Masschelein e Maasartan Simons, que abordam a importância da escola pública. Destacam-se conceitos como Suspensão, que valoriza o tempo livre; Profanação, que liberta os conteúdos escolares da rigidez; e Tecnologia, presente na rotina escolar. Esses elementos são essenciais para tornar a escola inclusiva e adequada para todos os alunos, incluindo aqueles com deficiência.

É fundamental superar as críticas e desafios em relação à escola regular inclusiva, garantindo o direito de todos os alunos à educação de qualidade. As famílias também desempenham um papel crucial ao reconhecer a importância da escola na vida de seus filhos com deficiência.

Literatura e formação do leitor : Como a literatura pode ajudar a formar leitores críticos e reflexivos

Foto: Blog estante mágica


A literatura desempenha um papel fundamental na formação do leitor, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo. Através da leitura de diferentes obras literárias, os leitores são expostos a diferentes perspectivas, valores, dilemas éticos e questões sociais, o que contribui para a ampliação de seu repertório e para o desenvolvimento de sua capacidade de analisar, questionar e interpretar o mundo ao seu redor. Além disso, a literatura estimula a empatia e a compreensão do outro, permitindo que os leitores se coloquem no lugar de personagens com experiências e contextos diferentes dos seus. Isso ajuda a promover a tolerância, o respeito e a empatia, habilidades essenciais para uma convivência harmoniosa e para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

A literatura também pode despertar nos leitores o gosto pela leitura, incentivando-os a buscar novas obras, autores e gêneros literários. Ao se tornarem leitores assíduos, os indivíduos exercitam constantemente sua capacidade de reflexão, análise e interpretação, tornando-se mais críticos em relação aos discursos e ideias que encontram em seu dia a dia. Assim, a literatura desempenha um papel fundamental na formação de leitores críticos e reflexivos, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, emocionais e sociais essenciais para a formação de cidadãos conscientes, engajados e participativos. Por isso, é importante estimular o hábito da leitura desde cedo, proporcionando às crianças e jovens acesso a uma diversidade de livros e incentivando a reflexão e o debate sobre as obras lidas.

Como a escrita pode desenvolver o pensamento crítico

A escrita pode ser uma ferramenta poderosa para desenvolver o pensamento crítico, pois ela exige que o autor organize suas ideias de forma clara e coerente, analise informações de maneira profunda e argumente de forma sólida. Ao escrever, a pessoa precisa refletir sobre o assunto, pesquisar diferentes pontos de vista, analisar evidências e construir argumentos convincentes.

Além disso, a escrita permite revisar e reestruturar as ideias, o que favorece o aprimoramento do pensamento crítico. Ao revisar um texto, o autor pode identificar lacunas na argumentação, contradições ou falhas lógicas e trabalhar para corrigi-las. Isso contribui para o desenvolvimento da capacidade de avaliar criticamente as próprias ideias e argumentações. A prática regular da escrita também ajuda a expandir o repertório de conceitos e argumentos, pois ao trabalhar com diferentes temas e abordagens, a pessoa é incentivada a pensar em perspectivas diversas e a considerar diferentes pontos de vista. Isso promove a habilidade de pensar de maneira mais crítica e ampla sobre questões complexas.

Portanto, a escrita é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento do pensamento crítico, pois estimula a reflexão, a análise e a argumentação de forma estruturada e coerente, contribuindo para o aprimoramento das habilidades de avaliação e tomada de decisão.

Explorando a arte da escrita: análise de estilo literário e recursos para autores

Foto: Linkedln, reprodução

A literatura é uma forma de arte que utiliza a linguagem escrita para expressar ideias, emoções e reflexões. É através dela que os autores exploram a criatividade, a imaginação e a sensibilidade para criar mundos ficcionais ou retratar a realidade de maneira poética e simbólica.

O estilo literário de um autor é a forma como ele utiliza as palavras, as frases, os recursos estilísticos e as estruturas narrativas para criar uma obra única e impactante. Cada autor tem seu próprio estilo, que pode ser identificado pela sua forma de escrever, de construir personagens, de desenvolver tramas e de transmitir mensagens.Ao analisar os recursos utilizados pelos autores em seus textos, podemos identificar elementos como a escolha do vocabulário, a construção das frases, a criação de metáforas, a utilização de figuras de linguagem, a organização da narrativa e a criação de atmosferas. Todos esses elementos contribuem para a construção de um estilo literário marcante e diferenciado.

Além disso, a literatura também nos permite explorar diferentes gêneros, como o romance, o conto, a poesia, o drama, entre outros, cada um com suas características e recursos específicos. A diversidade de estilos e gêneros literários enriquece nossa experiência de leitura e nos permite ampliar nossa compreensão do mundo e das emoções humanas.Assim, a literatura e o estilo literário dos autores nos convidam a mergulhar em universos imaginários, a refletir sobre questões essenciais da vida e a apreciar a beleza das palavras e das histórias que nos são contadas. Através da literatura, podemos nos emocionar, nos surpreender, nos inspirar e nos conectar com a essência da condição humana, em toda a sua complexidade e riqueza.

Portanto, o estilo literário não é apenas uma técnica ou uma forma de escrever, mas sim uma expressão da voz única e pessoal do autor, que revela sua visão de mundo, suas experiências pessoais e suas emoções. É através do estilo literário que os escritores conseguem transmitir sua mensagem de maneira impactante e cativante, fazendo com que os leitores se envolvam e se identifiquem com suas obras. Assim, ao explorarmos e apreciarmos diferentes estilos literários, expandimos nossos horizontes e enriquecemos nossa bagagem cultural e emocional. A literatura nos convida a conhecer novas perspectivas, a empatizar com personagens diversos e a nos envolver em histórias que nos fazem refletir e questionar o mundo ao nosso redor.

Portanto, que possamos celebrar a diversidade e a riqueza dos estilos literários, e nos permitir ser tocados e transformados pelas maravilhas que a literatura nos proporciona. Que possamos valorizar a arte de escrever e de contar histórias, e nos deixar levar pelas palavras dos grandes mestres da literatura, que nos inspiram e nos ensinam a cada página virada.

Como descobrir o seu estilo de escrita?

Existem várias maneiras de descobrir o seu estilo de escrita, mas a principal delas é simplesmente escrever muito. Quanto mais você escrever, mais fácil será identificar os elementos que são comuns em suas criações e que definem o seu estilo único.

Além disso, é importante ler bastante para se inspirar em diferentes formas de escrita e descobrir o que mais lhe agrada. Analise os autores que você admira e tente identificar elementos em sua escrita que gostaria de incorporar à sua própria.

Experimente diferentes gêneros e estilos de escrita para descobrir o que mais lhe atrai e no que você se sente mais confortável e natural. Não tenha medo de arriscar e tentar coisas novas, pois é assim que você vai expandir seus horizontes e descobrir seu estilo único e autêntico.

Recursos de escrita para autores iniciantes:

1. Livros sobre técnica de escrita: existem muitos livros disponíveis no mercado que ensinam técnicas de escrita, estruturação de histórias, criação de personagens, entre outros aspectos da escrita criativa.

2. Grupos de escrita: participar de grupos de escrita pode ser uma maneira eficaz de obter feedback e apoio de outros autores iniciantes, além de compartilhar dicas e recursos.

3. Cursos online: há muitos cursos gratuitos e pagos disponíveis na internet que abordam diversos aspectos da escrita. Esses cursos podem ser uma ótima maneira de obter orientação e aprimorar suas habilidades.

4. Blogs e websites de escrita: existem diversos blogs e websites dedicados à escrita que oferecem dicas, conselhos e recursos para autores iniciantes.

5. Workshops de escrita: participar de workshops de escrita pode ser uma oportunidade de aprender com escritores mais experientes, receber feedback profissional e aprimorar suas habilidades.

6. Recursos online gratuitos: existem muitos recursos gratuitos disponíveis na internet, como guias de escrita, exercícios práticos e ferramentas de brainstorming, que podem ser úteis para autores iniciantes.

7. Clubes de leitura: participar de clubes de leitura pode ser uma forma de se envolver com outros leitores e escritores, além de expandir seus horizontes literários e obter insights sobre técnicas de escrita.

8. Editores e plataformas de autopublicação: se você estiver pensando em publicar seu trabalho, considere buscar editores ou plataformas de autopublicação que possam ajudá-lo a alcançar seu público-alvo e aprimorar sua escrita.

Literatura e letramento acadêmico : Como a leitura de textos literários pode ajudar a desenvolver habilidades de leitura e escrita acadêmica

Foto: Itaú Cultural, reprodução


A leitura de textos literários pode ajudar a desenvolver habilidades de leitura e escrita acadêmica de diversas maneiras. Em primeiro lugar, a literatura proporciona uma ampla variedade de estilos de escrita, vocabulário e estruturas gramaticais que podem enriquecer o repertório linguístico do leitor. Isso pode contribuir para a capacidade de compreensão e interpretação de textos acadêmicos, que muitas vezes são complexos e exigem um certo nível de conhecimento da língua.

Além disso, a leitura de textos literários pode estimular a criatividade e o pensamento crítico, habilidades essenciais para a produção de textos acadêmicos de qualidade. A literatura apresenta questões que desafiam o leitor a refletir sobre diferentes perspectivas, analisar os personagens, os ambientes e os contextos em que as histórias se desenvolvem, o que pode contribuir para o desenvolvimento de argumentos sólidos e bem estruturados em textos acadêmicos.

Ao escrever sobre obras literárias, o leitor também é incentivado a organizar suas ideias de forma clara e coesa, a argumentar de maneira convincente e a utilizar uma linguagem adequada à situação comunicativa. Essas habilidades são fundamentais para a produção de trabalhos acadêmicos, como resenhas, ensaios e artigos científicos, que exigem clareza, coesão e argumentação consistente.

Em suma, a leitura de textos literários pode contribuir significativamente para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita acadêmica, uma vez que estimula a criatividade, o pensamento crítico, a capacidade de interpretação e a habilidade de expressão escrita do leitor. Portanto, é importante incentivar o contato com a literatura desde cedo, como forma de preparar os estudantes para os desafios acadêmicos que enfrentarão ao longo de suas trajetórias educacionais.

Como a leitura de textos literários pode ajudar a desenvolver habilidades de leitura e escrita acadêmica

A leitura de textos literários pode ser uma excelente forma de desenvolver habilidades de leitura e escrita acadêmica por vários motivos:

1. Melhora a compreensão de textos: A leitura de textos literários ajuda a desenvolver a capacidade de compreensão e análise de textos complexos, o que é fundamental para a leitura de textos acadêmicos.

2. Enriquece o vocabulário: A leitura de textos literários expõe os leitores a uma variedade de palavras e expressões, o que contribui para enriquecer o vocabulário e melhorar a escrita acadêmica.

3. Estimula a criatividade: A leitura de textos literários estimula a criatividade e a imaginação, o que pode ser útil na produção de textos acadêmicos mais originais e interessantes.

4. Desenvolve a habilidade de argumentação: A leitura de textos literários ajuda a desenvolver a capacidade de argumentação e a construção de ideias de forma coerente e convincente, o que é essencial na escrita acadêmica.

5. Amplia a capacidade de reflexão e análise: A leitura de textos literários estimula a reflexão e a análise crítica, o que é fundamental para a produção de textos acadêmicos de qualidade.

Em resumo, a leitura de textos literários pode ser uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita acadêmica, pois estimula a compreensão, o vocabulário, a criatividade, a argumentação e a reflexão. Por isso, é importante incluir a leitura de textos literários no processo de formação acadêmica.

Como escrever um texto com relevância acadêmica

Para escrever um texto com relevância acadêmica, é necessário seguir algumas diretrizes específicas. Primeiramente, é importante escolher um tema relevante e atual dentro da área de estudo em que se pretende escrever. Em seguida, é fundamental realizar uma extensa revisão bibliográfica para embasar o argumento e contextualizar a discussão de forma consistente.

Além disso, é essencial utilizar uma linguagem formal e técnica, evitando termos coloquiais ou informais. A estrutura do texto também é um ponto crucial, sendo recomendado seguir um padrão de introdução, desenvolvimento e conclusão, apresentando de forma clara e organizada as ideias e argumentos apresentados.

Exemplo de um texto com introdução, desenvolvimento e conclusão:


Introdução: 

A tecnologia tem evoluído rapidamente nos últimos anos, trazendo inúmeras mudanças para a sociedade e para a forma como nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. Nesse contexto, a inteligência artificial se destaca como uma das áreas que mais tem avançado, trazendo consigo novas possibilidades e desafios. 


Desenvolvimento: 

A inteligência artificial consiste na capacidade de máquinas e computadores executarem tarefas que exigem inteligência humana, como aprender, reconhecer padrões, tomar decisões e resolver problemas. Por meio de algoritmos e dados, os sistemas de inteligência artificial são capazes de realizar diversas atividades de forma autônoma e eficiente. Essa tecnologia já está presente em diversos setores da sociedade, como na medicina, na indústria, no comércio e até mesmo no entretenimento. 

No entanto, o avanço da inteligência artificial também levanta questões éticas e sociológicas importantes. Por exemplo, existe o debate sobre o impacto da automação no mercado de trabalho, com a possibilidade de substituir empregos que antes eram realizados por humanos. Além disso, a questão da privacidade e segurança dos dados também é uma preocupação, uma vez que os sistemas de inteligência artificial podem coletar, armazenar e utilizar informações pessoais de forma invasiva. 


Conclusão: 

Diante dessas questões, é importante que a sociedade esteja atenta e envolvida nas discussões sobre o uso da inteligência artificial, de forma a garantir que essa tecnologia seja desenvolvida de maneira responsável e ética. É necessário estabelecer normas e regulamentações que protejam os direitos das pessoas e que garantam a transparência e a accountability dos sistemas de inteligência artificial. Ao mesmo tempo, é fundamental investir em educação e capacitação para preparar as pessoas para um futuro cada vez mais tecnológico e automatizado. Assim, poderemos aproveitar os benefícios da inteligência artificial sem comprometer os valores e princípios fundamentais da sociedade.


Outro aspecto relevante é a argumentação baseada em evidências e dados concretos, demonstrando um pensamento crítico e analítico em relação ao tema abordado. É importante também citar as fontes consultadas de forma correta, seguindo as normas de citação e referências da área de estudo em questão.

Como fazer uma argumentação com base em evidências?

Para realizar uma argumentação baseada em evidências e dados concretos, é fundamental realizar uma pesquisa minuciosa sobre o tema em questão. Procure por artigos científicos, livros especializados, relatórios de instituições renomadas, entre outras fontes de informações confiáveis.

Ao encontrar dados relevantes para embasar seu argumento, certifique-se de fazer uma análise crítica dessas informações, verificando a sua veracidade e confiabilidade. Utilize ferramentas e metodologias de pesquisa adequadas para garantir a qualidade dos dados coletados.

Ao citar as fontes consultadas em seu texto, é importante seguir as normas de citação e referências da área de estudo em questão. Utilize o padrão ABNT, APA, MLA, IEEE ou qualquer outro sistema de citação adotado em sua área acadêmica.

Além disso, lembre-se de apresentar os dados de forma clara e organizada, para que o leitor possa compreender facilmente a argumentação apresentada. Utilize gráficos, tabelas e exemplos práticos para ilustrar e reforçar seus pontos de vista.

Dessa forma, ao construir uma argumentação baseada em evidências e dados concretos, você estará fortalecendo seu argumento e contribuindo para a credibilidade e qualidade do seu texto.

Por fim, é fundamental revisar o texto antes de submetê-lo para garantir a coesão, a clareza e a concisão do texto, bem como corrigir possíveis erros gramaticais e de estrutura. Seguindo essas diretrizes, é possível produzir um texto com relevância acadêmica e contribuir para o debate e o conhecimento na sua área de estudo.

Literatura e educação : Análise da importância da literatura na formação do leitor e na educação em geral

Foto: Abeline, reprodução

A literatura desempenha um papel fundamental na formação do leitor e na educação em geral, pois oferece uma experiência rica e diversificada de reflexão, imaginação e aprendizado. Através da leitura de obras literárias, os leitores são expostos a diferentes perspectivas, valores, ideias e culturas, o que contribui para o desenvolvimento da empatia, da sensibilidade e da capacidade de compreensão do mundo.

Além disso, a literatura estimula a criatividade e a imaginação, permitindo que os leitores explorem novos horizontes e ampliem suas visões de mundo. Ao se identificar com personagens e situações presentes nas histórias, os leitores desenvolvem a capacidade de se colocar no lugar do outro e de compreender as emoções e os pensamentos alheios.

A literatura também proporciona um espaço de reflexão sobre questões éticas, sociais e políticas, permitindo que os leitores ampliem sua consciência crítica e sua capacidade de análise. Através das obras literárias, é possível debater temas complexos e controversos de forma mais profunda e significativa, contribuindo para a formação de cidadãos mais conscientes, ativos e engajados.

Dessa forma, a literatura desempenha um papel essencial na educação, pois estimula o desenvolvimento da linguagem, da criatividade, do pensamento crítico e da capacidade de reflexão. Ao incentivar a leitura e o contato com obras literárias, as instituições educacionais contribuem para a formação de leitores mais competentes, sensíveis e conscientes, capazes de enfrentar os desafios e as complexidades da vida contemporânea.

Além disso, a literatura também proporciona uma forma de escapismo e entretenimento, permitindo que os leitores se transportem para outros mundos e vivenciem diferentes realidades de forma única. Através da imaginação e da criatividade, os leitores podem se conectar com as emoções e experiências dos personagens, criando laços emocionais e expandindo sua compreensão do ser humano.

Portanto, é fundamental que a literatura esteja presente no currículo escolar e nas práticas educacionais, pois ela contribui significativamente para o desenvolvimento integral dos indivíduos. Ao promover a leitura e a análise de obras literárias, as escolas proporcionam aos alunos a oportunidade de se tornarem leitores críticos, reflexivos e engajados, preparados para enfrentar os desafios e as complexidades do mundo contemporâneo.

Pontos de análise do uso de literatura em sala de aula:

1. Relevância: analisar se a literatura escolhida é relevante para os objetivos de aprendizagem da disciplina e se contribui para o desenvolvimento de habilidades e competências dos alunos.

2. Diversidade: verificar se há diversidade de gêneros, estilos e autores representados na literatura utilizada em sala de aula, promovendo assim a cultura e a pluralidade de perspectivas.

3. Contextualização: observar se a obra literária está contextualizada com a realidade dos alunos, de forma a tornar a leitura mais significativa e facilitar a identificação dos estudantes com a história e os personagens.

4. Interdisciplinaridade: avaliar se a literatura utilizada dialoga com outras disciplinas do currículo escolar, possibilitando uma abordagem multidisciplinar que enriqueça o processo de ensino-aprendizagem.

5. Estímulo à leitura: verificar se a escolha da literatura incentiva os alunos a desenvolver o hábito da leitura, despertando o interesse e o prazer pela leitura.

6. Desenvolvimento da empatia: analisar se a leitura de obras literárias contribui para o desenvolvimento da empatia e da capacidade de compreender e se colocar no lugar do outro.

7. Debate e reflexão: avaliar se a literatura é utilizada como ferramenta para promover debates e reflexões sobre temas relevantes, estimulando o pensamento crítico e a expressão de opiniões dos alunos.

8. Criatividade: verificar se a literatura é utilizada como estímulo para a produção de atividades criativas, como redações, dramatizações, produção de poesias, entre outras formas de expressão artística.

Didáticas que favorecem o estímulo à leitura:

1. Contar histórias de forma envolvente e dinâmica, utilizando recursos como entonação de voz, gestos e expressões faciais.

2. Criar um ambiente acolhedor e agradável para a leitura, com espaços confortáveis e bem iluminados.

3. Incentivar a escolha de livros de acordo com os gostos e interesses de cada criança, permitindo que elas se sintam motivadas a ler.

4. Realizar atividades de leitura em grupo, como rodas de leitura e contação de histórias, para promover a interação e o compartilhamento de experiências.

5. Estimular a participação ativa dos alunos na leitura, através de perguntas, discussões e interpretações sobre o conteúdo dos livros.

6. Promover a diversidade literária, incluindo diferentes gêneros, autores e estilos de escrita, para ampliar o repertório de leitura dos alunos.

7. Proporcionar momentos de leitura silenciosa e autônoma, para que os alunos desenvolvam o hábito de ler por prazer.

8. Utilizar recursos tecnológicos, como e-books e audiobooks, para diversificar as formas de acesso aos conteúdos literários.

9. Realizar atividades complementares à leitura, como produção de resenhas, dramatizações e criação de marcadores de páginas, para estimular a criatividade e a reflexão dos alunos.

10. Valorizar e reconhecer as conquistas dos alunos em relação à leitura, reforçando a importância desse hábito para o seu desenvolvimento pessoal e acadêmico.

Literatura marginal e periferia: percursos e metodologias

Foto: Mundo da escrita, reprodução


A literatura marginal e periférica refere-se a um conjunto de produções literárias que emergem das margens da sociedade, muitas vezes em contextos de exclusão social, violência e precariedade. Essa literatura é caracterizada por sua resistência, autenticidade e capacidade de dar voz às experiências e realidades das comunidades periféricas.

Os percursos da literatura marginal e periférica são marcados por uma trajetória de luta e resistência, em que escritores e escritoras das periferias encontram na palavra escrita uma forma de expressar suas vivências e denunciar as injustiças e opressões que enfrentam no cotidiano. Essa literatura surge, assim, como uma forma de enfrentamento e reivindicação de espaços e narrativas que historicamente foram silenciados e marginalizados.

As metodologias utilizadas para estudar a literatura marginal e periférica variam, mas é importante que sejam adotadas abordagens interdisciplinares e sensíveis às particularidades culturais e sociais das comunidades periféricas. Isso significa que é necessário considerar não apenas os aspectos estéticos e formais das obras, mas também as contextos políticos, sociais e históricos em que são produzidas. Além disso, é fundamental que os estudos sobre literatura marginal e periférica promovam a valorização e o reconhecimento dessas produções, contribuindo para a ampliação do cânone literário e para a promoção da diversidade cultural e étnico-racial na literatura brasileira. Através da divulgação e análise dessas obras, é possível ampliar o debate sobre as desigualdades sociais e culturais e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Nesses textos, encontramos diferentes formas de apreensão do indivíduo e do mundo. São relatos sinceros e brutais que exploram a cruel realidade das periferias, abordando temas como violência, desigualdade social, racismo e preconceito. São narrativas que chocam e emocionam, mostrando a força e a resistência dos que são constantemente marginalizados.

A literatura marginal e periférica nos convida a refletir sobre a complexidade das relações humanas e sobre a necessidade de dar voz aos que são silenciados. São textos que nos ajudam a enxergar o mundo de diferentes ângulos, nos fazendo questionar nossos próprios privilégios e preconceitos. Ao ler essas obras, somos confrontados com a dura realidade da exclusão social e somos impelidos a agir pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária. A literatura marginal e periférica não deve ser apenas vista como um movimento literário, mas como uma ferramenta de transformação social, capaz de dar voz aos que são oprimidos e invisibilizados.

É preciso valorizar e incentivar a produção literária das periferias, pois são essas vozes que nos mostram a verdadeira face da sociedade, nos fazendo repensar nossos conceitos e valores. A literatura marginal e periférica é resistência, é luta, é esperança. E cabe a nós, leitores e escritores, dar voz e espaço para essas narrativas tão urgentes e necessárias. Em tempos de polarização e desigualdade, a literatura marginal e periférica se torna ainda mais relevante, trazendo à tona questões e problemáticas que muitas vezes são ignoradas ou invisibilizadas. É através dessas obras que podemos ampliar nosso entendimento sobre as diversas realidades que coexistem em nossa sociedade, permitindo-nos enxergar para além dos estereótipos e preconceitos.

Além disso, a literatura marginal e periférica também tem o poder de empoderar e dar voz aos indivíduos que foram historicamente excluídos e marginalizados. Ao ler e valorizar essas obras, estamos contribuindo para a desconstrução de discursos hegemônicos e para a promoção de uma maior representatividade e diversidade no meio literário. Portanto, é essencial que possamos abrir espaço e acolher essas vozes que tanto têm a dizer e que tanto têm a ensinar. Somente assim poderemos construir uma sociedade mais inclusiva, justa e igualitária, onde todas as vozes tenham o direito de serem ouvidas e respeitadas. A literatura marginal e periférica é uma ponte que nos conecta com realidades diversas e nos desafia a pensar e agir de forma mais humana e solidária.

A história fascinante por trás da Mona Lisa


A Mona Lisa é uma das obras mais icônicas e enigmáticas da história da arte. Pintada por Leonardo da Vinci, entre 1503 e 1506, durante o Renascimento, a obra retrata uma mulher com um leve sorriso, olhando diretamente para o espectador.

A mulher retratada na pintura é Lisa Gherardini, uma jovem florentina de família nobre. Ela se casou com um rico comerciante, Francesco del Giocondo, e teve cinco filhos. A obra foi encomendada por Francesco como um retrato de sua esposa, uma prática comum entre a elite da época.

A relação entre Leonardo da Vinci e Lisa Gherardini é desconhecida, mas muitos acreditam que o pintor estabeleceu uma conexão especial com a modelo, capturando não apenas sua beleza física, mas também sua personalidade misteriosa e enigmática. O resultado foi uma das pinturas mais famosas e estudadas da história.

A Mona Lisa é considerada uma obra-prima da pintura renascentista, destacando-se pela técnica inovadora de sfumato, que cria uma transição suave entre as cores e tons, e pelo realismo impressionante da figura humana. Além disso, a expressão enigmática da mulher na obra tem sido objeto de inúmeras interpretações e teorias ao longo dos séculos.

A relevância da Mona Lisa vai além de sua beleza e mistério. A pintura é um símbolo da capacidade humana de criar obras atemporais e impactantes, capazes de transcender as barreiras do tempo e do espaço. Para muitos, a Mona Lisa é um tesouro cultural e artístico, que continua a fascinar e inspirar pessoas de todo o mundo.



Quem é a mulher na obra Mona Lisa?

O nome da mulher no quadro da Mona Lisa é Lisa Gherardini, também conhecida como Lisa del Giocondo. Ela era uma nobre italiana que viveu em Florença no século XVI e foi casada com um comerciante chamado Francesco del Giocondo. A obra foi pintada por Leonardo da Vinci entre os anos de 1503 e 1506, durante o Renascimento. A identidade da mulher no quadro foi confirmada através de pesquisas e estudos históricos. Lisa Gherardini foi imortalizada na pintura devido à sua beleza e expressão enigmática, que tem cativado espectadores ao longo dos séculos.

Quem foi Lisa Gherardini?

Lisa Gherardini era filha de Antonmaria di Noldo Gherardini e Lucrezia del Caccia terceira esposa com quem se casou em 1476. Era a mais velha de sete filhos, tinha três irmãs, uma delas chamada Ginevra, e três irmãos, Giovangualberto, Francesco e Noldo. Lisa nasceu em Florença, na Via Maggio, apesar de por muitos anos os historiadores pensarem que ela havia nascido numa das propriedades rurais da família em Villa Vignamaggio e recebeu o nome de Lisa, uma esposa de seu avô paterno.

A família viveu primeiro perto da Igreja da Santa Trindade e depois num espaço alugado perto da Basílica do Espírito Santo, mudando-se para onde hoje é conhecido como Via dei Pepi e depois para Santa Croce, um dos seis bairros centrais da cidade, onde viviam perto de Ser Piero Da Vinci, o pai de Leonardo. Eles também possuíam uma pequena casa de campo em Poggio a Caiano, cerca de 32 km ao sul da cidade. Noldo, o avô de Lisa, tinha arrendado uma pequena fazenda do hospital de Santa Maria Nuova e a família passava alguns verões lá, numa casa chamada Ca' di Pesa. Durante algum tempo Lisa Gherardini possuiu ou arrendou seis fazendas na região de Chianti, que produziam trigo, vinho e azeite de oliva, e onde criavam animais domésticos.

Em 5 de maio de 1495, Lisa casou-se com Francesco di Bartolomeo di Zanobi del Giocondo, um comerciante, tornando-se sua segunda esposa, com a idade de quinze anos. O dote dela foi de 170 florins e a pequena fazenda de San Silvestro, perto da casa de campo da família sinal de que seus familiares não eram ricos e de que o casal uniu-se por amor. A propriedade ficava entre Castellina e San Donato, em Poggio, perto de duas fazendas pertencentes a Michelangelo. O casal vivia uma vida de classe média. O casamento deu a Lisa um status social mais elevado, já que a família do marido tinha mais posses que a dela; por outro lado, imagina-se que Francesco tenha se beneficiado por Lisa ter um nome de família antigo e tradicional. Eles viveram em uma casa de cômodos compartilhados, até que Francesco, em 5 de março de 1503, conseguiu dinheiro para comprar uma casa melhor, vizinha da antiga casa de sua família na Via della Stufa. Leonardo deve tê-la pintado por esta época.



Centro de Florença: Francesco e Lisa viviam na Via della Stufa em vermelho, a cerca de 1 km do rio Arno. Os pais de Lisa moravam próximo ao rio, primeiro ao norte e depois ao sul dele em azul.

O casal teve cinco filhos: Piero, Camilla, Andrea, Giocondo e Marietta, quatro deles entre 1496 e 1507. Lisa também criou Bartolomeo, o filho da primeira mulher de seu marido, que tinha um ano quando a mãe morreu. A madrasta de Lisa, Caterina di Mariotto Rucellai e a primeira mulher de Francesco, Camilla, eram irmãs e membros da proeminente e tradicional família Rucellai.

Camila e Marietta tornaram-se freiras e Camila adotou o nome de irmã Beatrice morrendo com apenas dezoito anos e sendo enterrada na basílica de Santa Maria Novella. Lisa tinha boas relações com o Convento de Sant'Orsola, de grande reputação em Florença, onde internou Marietta em 1521. Sua filha adotou o nome de Sóror Ludovica e tornou-se um membro respeitado da instituição religiosa, assumindo com o tempo posições de responsabilidade. Francesco tornou-se uma autoridade na cidade. Foi eleito para o Dodici Buonomini em 1499 e para a Signoria em 1512, onde tornou-se um Priori em 1524. Ele deve ter tido relações comerciais ou políticas com os Médici, pois, neste mesmo ano, na época em que a cidade mais temia o retorno da família do exílio, foi preso e multado em mil florins. Em setembro, com a chegada dos Médici, foi libertado.

Em junho de 1534, Francesco fez seu testamento e nele devolvia a Lisa o seu dote de casamento, além de lhe dar roupas e joias, cuidando de seu futuro. Também a colocou como guardiã legal da filha Ludovica e, em caso de impedimento, de seu filho Bartolomeo. Nele, escreveu: "Dada a afeição e o amor do autor do testamento por Mona Lisa, sua amada esposa; em consideração pelo fato de que Lisa sempre agiu com um espírito nobre e como esposa fiel, desejando que ela possa preencher todas as suas necessidades …"

Existem duas versões de estudiosos consideradas para a morte de Francesco e Lisa. Numa delas, ele morreu vitimado pela praga de 1538. Lisa adoeceu e foi levada por sua filha para Sant'Orsola, onde morreu quatro anos depois, em 1 de julho de 1542, com a idade de 63 anos. Outra, afirma que ele viveu até os oitenta anos, morrendo em 1539 e que Lisa deve ter vivido até 1551, quando tinha 71 ou 72 anos. Seus restos estariam enterrados no convento de Santa Úrsula.

Como surgiu o quadro Mona Lisa?

Como outros florentinos de posses, a família de Francesco era amante e patrona das artes. Seu filho Bartolommeo pediu a Antonio di Donnino Mazzieri que pintasse um afresco no mausoléu da família na Basilica della Santissima Annunziata. Andrea del Sarto havia feito uma pintura da Madona para outro membro da família.

Francesco então encomendou uma pintura de São Francisco de Assis a Domenico Puligo e um retrato de sua mulher a Leonardo Da Vinci. Acredita-se que ele tenha feito a encomenda do quadro de Lisa para comemorar o nascimento de Andrea e a compra da nova casa da família.

Mona Lisa preenchia os requisitos morais dos séculos XV e XVI do retrato de uma mulher de virtudes. Ela é retratada como uma fiel mulher pelos gestos - com sua mão direita pousada sobre a esquerda. Da Vinci também a apresenta como uma mulher na moda e bem sucedida, talvez um pouco mais do que realmente era. Seu costume e o véu negro eram influenciados pela alta moda espanhola da época e não uma imagem de luto pela morte de sua primeira filha, como alguns estudiosos aventaram. O retrato tinha os padrões de tamanho dos encomendados pela burguesia e patronos da época, sendo esta extravagância explicada como uma tentativa de ascensão social do casal.

Da Vinci não teve encomendas nem rendimentos durante a primavera de 1503, o que talvez explique seu interesse em fazer um retrato particular, mas no fim do ano, ele tentou adiar seu trabalho em Mona Lisa por ter recebido uma encomenda para pintar a A Batalha de Anghiari, que tinha um valor superior, e que foi contratado para entregar em fevereiro de 1505. Em 1506, ele considerou a pintura de Lisa inacabada, não recebeu o pagamento e nunca o entregou a seu cliente Francesco. Suas pinturas viajaram com ele por toda a vida e estima-se que a tenha completado finalmente por volta de 1516, na França. O título da pintura data de 1550. Um pintor com ligações com a família Gherardini, Giorgio Vasari, escreveu: "Leonardo comprometeu-se a pintar, para Francesco del Giocondo, o retrato de Mona Lisa, sua esposa. Os nomes da pintura em italiano (La Gioconda) e em francês (La Joconde) são tanto o nome de casada de Lisa quanto seu apelido. Em português, significa A Feliz ou A Alegre. 

Através dos anos, surgiram diversas especulações ligando o nome de Lisa a pelo menos quatro pinturas e sua identidade a pelo menos dez pessoas diferentes. No final do século XX, a pintura havia se transformado num ícone mundial, usado em mais de trezentas outras pinturas e cerca de 2.000 anúncios publicitários ao redor do mundo, aparecendo em média em um anúncio por semana.

Em 2005, um pesquisador-especialista da biblioteca da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, descobriu uma anotação num canto de margem de um livro sobre Cícero, na coleção da livraria, que confirmava a visão tradicional de que Lisa era a retratada no quadro. Na anotação, datada de 1503, um oficial da chancelaria florentina, Agostino Vespucci, comparava Da Vinci ao grande pintor clássico Apeles e comentava que ele no momento pintava o retrato de Lisa del Giocondo, permitindo ligar a data à obra de arte com exatidão.

A pintura, oficialmente catalogada e anunciada pelo Museu do Louvre como Lisa Gherardini, esposa de Francesco del Giocondo, tem estado em custódia da França desde o século XVI, quando foi adquirida pelo rei Francisco I, um patrono das artes; após a Revolução Francesa, em 1789, ela tornou-se patrimônio do povo francês.

Em fevereiro de 2014, investigadores italianos começaram a efetuar testes de ADN a ossos que se pensa serem de Lisa Gherardini. O esqueleto a ser analisado foi encontrado em 2013 no convento de Sant'Orsola, onde se pensa que Lisa Gherardini terá morrido por volta do ano de 1551.

O ADN será depois comparado com o de ossos de familiares de Giocondo, que se encontravam na Basílica Santissima Annuziata.

Caso se perceba que pertencem à mesma família, a equipa liderada pelo historiador Silvano Vinceti irá utilizar a caveira, do esqueleto encontrado no convento de Sant'Orsala, para efetuar uma reconstrução facial computorizada e verificar se apresenta semelhanças com a figura pintada por Da Vinci.

Atualmente, cerca de seis milhões de pessoas visitam por ano a pintura no Louvre, onde ela faz parte da coleção nacional francesa.

Transposição Didática: Desvendando a Ponte Entre o Saber e a Aprendizagem


A Transposição Didática, proposta por Yves Chevallard, é um conceito fundamental para entender a complexa jornada do conhecimento científico até se tornar o saber ensinado em sala de aula. Mais do que uma simples tradução, essa ponte entre saberes envolve um processo multifacetado, com implicações cruciais para a prática docente.

Navegando pelas Definições:

  • Saber a Ensinar: O conhecimento científico selecionado e organizado para ser transmitido na esfera educacional.
  • Saber Ensinado: O saber a ensinar após sofrer adaptações para se tornar acessível aos alunos.
  • Saber Sabido: O conhecimento que o aluno constrói a partir do saber ensinado, podendo ser diferente do saber científico original.

Desvendando as Etapas da Transposição Didática:

  1. Seleção: O saber científico é selecionado e recortado, priorizando conteúdos relevantes para a formação dos alunos.
  2. Organização: O conhecimento é estruturado em uma sequência lógica, definindo a progressão curricular e os conteúdos a serem abordados.
  3. Didatização: O saber é traduzido em linguagem acessível aos alunos, utilizando recursos didáticos e estratégias de ensino.
  4. Institucionalização: O saber didatizado se torna parte do currículo oficial, com diretrizes e normas para sua implementação.

Exemplos Práticos para Iluminar o Caminho:

  • Matemática: A equação algébrica, um saber científico complexo, é transformada em um problema didático com números e operações matemáticas que os alunos podem compreender.
  • História: A Revolução Francesa, um evento histórico de grande amplitude, é fragmentada em tópicos, datas e personagens para ser ensinada de forma gradual e contextualizada.

Aplicações Inspiradoras na Prática Docente:

  • Construção de Sequências Didáticas: Planejar aulas que considerem a progressão do conhecimento, desde os conceitos mais básicos até os mais complexos.
  • Seleção de Recursos Didáticos: Escolher materiais e atividades que sejam adequados à faixa etária e ao nível de conhecimento dos alunos.
  • Avaliação da Aprendizagem: Criar instrumentos que avaliem não apenas a memorização de fatos, mas também a compreensão e a capacidade de aplicar o conhecimento em diferentes situações.

Reflexões para o Futuro da Educação:

  • A Transposição Didática é um processo dinâmico e constante, que deve ser revisto e adaptado periodicamente para acompanhar as mudanças sociais e os avanços científicos.
  • O professor assume um papel fundamental como mediador do saber, adaptando o conteúdo à realidade dos alunos e promovendo a construção de um conhecimento significativo.

Explorando Mais:

  • Yves Chevallard: O autor da teoria da Transposição Didática, com diversas obras que aprofundam o tema.
  • Artigos e Livros: Uma vasta literatura disponível para quem deseja se aprofundar na teoria e suas aplicações práticas.
  • Formação Docente: A Transposição Didática deve ser um componente essencial na formação de professores, para que eles possam compreender as etapas e os desafios envolvidos na construção do saber ensinado.

Ao dominar a arte da Transposição Didática, o professor se torna um maestro do conhecimento, conduzindo seus alunos em uma jornada de aprendizado rica, significativa e transformadora.

© all rights reserved
made with by templateszoo