11 dicas para ler mais rápido (e ainda entender o que você lê)
O que é o método Paulo Freire de educação
[RESENHA] Pedagogia do oprimido, Paulo Freire
[RESENHA] Pedagogia da autonomia , de Paulo Freire
[RESENHA/FILMICA] A ultima hora
No filme a ultima hora que foi visto no dia 27/08 vimos que o crescimento desordenado da população tem como resultado a necessidade de alimentação. O filme nos mostra problemas ambientais e como podemos resolver muitos deles, fala-se também nas mudanças climáticas e processo de Aquecimento Global que causa o derretimento das geleiras, penso que como engenheiro ambiental é minha obrigação pensar em como reduzir os gastos e a emissão de gases que prejudicam a camada de ozônio na produção de bens de consumo duráveis e não duráveis da sociedade. Mas só isso não será a solução, pois uma educação ambiental é necessária para que a população veja a importância da natureza que a cerca.
[RESENHA/FILMICA] 127 horas
127 horas conta a história de Aron Ralston, engenheiro mecânico que abandonou sua carreira para se dedicar à sua vida aventureira e acaba por sofrer um acidente onde uma rocha de 200 quilos esmaga sua mão direita e o deixa preso no fundo de um cânion no estado de Utah, Estados Unidos. A partir daí começa sua luta pela vida na iminência da morte. Após se manter preso por 5 dias, com escassez de água e comida, e enfrentando as intempéries do ambiente (clima variável, enxurrada de mosquitos e possíveis perigos de morte), Aron toma a decisão de cortar o próprio braço para conseguir escapar com vida.
[RESENHA/FILMICA] Capitalismo uma história de amor
O título original é Capitalism: A Love Story, traduzida literalmente para o português como “Capitalismo: Uma História de Amor”. O gênero é documentário, com duração de 127 minutos. O Longa-metragem lançado em 2009 é de origem Norte Americana sob a direção e roteiro de Michael Moore.
[RESENHA FILMÍCA] A Queda! - As últimas Horas de Hitler
Alguns países possuem uma mancha na sua história. Algo pelo qual seus habitantes se sentem culpados, mesmo sem terem tido participação direta no acontecimento em questão. O Brasil, por exemplo, lamenta a escravidão que impôs aos negros vindos da África e que ajudaram a construir a cultura do país. No entanto, tal sentimento de culpa ganha outra dimensão na Alemanha. Os alemães – até hoje – se sentem culpados pelas crueldades cometidas (especialmente contra os judeus) pelo regime nazista liderado por Adolf Hitler.
[RESENHA] O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues
ISBN-10: 8520943942
Ano: 2019 / Páginas: 160
Idioma: português
Editora: Nova Fronteira
Ficção / Literatura Brasileira
senhora dos afogados, de Nelson Rodrigues
ISBN-13: 9788520931417
ISBN-10: 8520931413
Ano: 2012 / Páginas: 123
Idioma: português
Editora: Nova Fronteira
Uma das peças mais polêmicas e provocantes de Nelson Rodrigues, Senhora dos afogados conta a trágica história da família Drummond, que vê suas mulheres morrerem afogadas no mar. Escrita em 1947, a peça foi interditada pela censura e só chegou aos palcos em 1954, causando incômodo na plateia, o que explica por que seu autor a caracterizava como “teatro desagradável” — aquele tipo de peça que sempre instiga e perturba o espectador.
Ficção / Literatura Brasileira
Pensando em como homenagear o centenário de Nelson Rodrigues (nascido em 23 de agosto de 1912), e levando em conta a multiplicidade de sua produção —romances folhetinescos, crônicas, memórias[1] —, apesar de uma certa superestimação tão ao gosto da autocentrada cultura carioca (embora ele fosse de origem pernambucana), logo percebi que seria tarefa vã dar conta de todos os aspectos.
Mesmo na área em que sua contribuição revela-se mais essencial (pois ainda é nosso maior dramaturgo), como abordar 17 peças, boa parte delas extremamente marcante, com um expressivo número de adaptações para o cinema (a maioria, horrorosa) e para a televisão? Afinal, com a sua segunda obra para o palco, Vestido de noiva (1943), ele se valeu de um experimentalismo formal que até hoje impressiona e coloca a peça entre os grandes momentos do alto modernismo (tanto que é praxe comparar seu impacto sobre o nosso teatro com o de Cidadão Kane no cinema comercial norte-americano)
E Vestido de noiva só era o início do percurso. Em uma sequência inacreditável (de 1946 a 1949), escreveu as quatro peças alucinadas e alucinantes, hoje arroladas como míticas (no segundo volume do Teatro Completo, organizado por Sábato Magaldi), que representam o lado mais radical do seu teatro: Álbum de família, Anjo negro, Senhora dos afogados e Doroteia.
A mais poética delas, possivelmente a sua obra-prima suprema, Senhora dos afogados, também é a mais comentada em anos recentes, pois os dois encenadores de maior renome do país, José Celso Martinez Correa e o grande Antunes Filho, resolveram montá-la quase que ao mesmo tempo, em 2008. O trabalho de Antunes é admirável e rigoroso, o de Martinez Correa não veria nem amarrado, pois sempre tive uma aversão incontornável pelo seu dionisismo institucionalizado (creio que até financiado por verbas públicas; assim, é fácil ser orgíaco).
Quando a peça começa, os Drummond (uma família de três séculos, com mulheres que se gabam da fidelidade conjugal: “nunca houve um adultério” por parte de uma esposa do clã[2]: “Pudor têm todas as mulheres da família”) choram a morte por afogamento de Clarinha. Ao mesmo tempo, prostitutas do cais interrompem suas atividades para lamentar o 19º. ano de impunidade do assassinato de uma das suas.Acontece que o assassino é Misael Drummond, pai de Clarinha: ele matara a “mulher da vida” com quem tivera um caso porque ela insistia em experimentar o leito conjugal antes da esposa (era o dia do seu casamento).
Antes mesmo de saber que a sua filha morrera, Misael—num banquete em sua homenagem—vê o fantasma da prostituta morta lhe aparecer, e foge da cerimônia: “Ela tornou o banquete maldito… Todos sentiram que havia uma morta entre os convidados. Eduarda, quando essa mulher apareceu, houve no banquete um cheiro de mar…”
Enquanto isso as duas Drummond sobreviventes (há uma terceira, a avó, que ficara louca ao testemunhar o crime do filho), Eduarda e Moema, mãe e filha, se digladiam em torno da questão do pudor e da honra da mulher, núcleo do universo burguês tradicional tão bem caracterizado na obra rodriguiana, hostilizando-se devido a um ódio primordial. Moema, que gostaria de viver sozinha com o pai (e por isso matou as irmãs), urde um plano de forma a fazer com que a mãe o traia com o próprio noivo, um ex-marinheiro que na verdade queria seduzi-la para se vingar do pai (de ambos, já que ele é o fruto dos amores de Misael com a prostituta assassinada)…
Estamos aqui, já pelas ligações incestuosas entre os personagens, e pela obsessão com os polos da respeitabilidade e da transgressão, no cerne das pulsões arcaicas, no primordial, nos confins do lógico, do racional, do consciente. Todas as amarras foram rompidas, e os personagens se movem num tempo verdadeiramente mítico, que só pode ser o do inconsciente. Não é a toa que a peça se aproxima das tragédias gregas, em que os clãs familiares se entredevoram num inferno de culpas e desmedidas. Evocando a mãe assassinada, o Noivo diz (respondendo à afirmação da Vizinha de que ela devia ser linda): “Muito. E não sei há quantos anos não envelhece nada; não envelhecerá nunca. A mesma idade sempre—nem um minuto a mais, nem um minuto a menos…” E ainda: “Os outros podem morrer. Tudo mais pode morrer. Menos minha mãe” (evidentemente o fato de ela já estar morta não tem a menor importância na economia psíquica do personagem).
Mas isso ainda é dizer pouco, uma vez que nunca Nelson Rodrigues, nem mesmo em Vestido de noiva e Anjo negro, nem nas posteriores A falecida (1953) e Beijo no asfalto (1960), escreveu ou escreveria não apenas falas da mais absoluta beleza e precisão, nada faltando, nada sobrando, como também “deixas” de um lirismo único, que no teatro contemporâneo só se encontra talvez num Eugene O´Neill (“Só estão em cena os espectrais vizinhos. Cochicham entre si. É ainda a casa dos Drummond, sempre a casa dos Drummond”; outros exemplos: “Em cena, também os vizinhos. São figuras espectrais. Um farol remoto cria, na família, a obsessão da sombra e da luz. Há também um personagem invisível: o mar próximo e profético, que parece estar sempre chamando os Drummond, sobretudo as suas mulheres”).[3]
É lógico que as revelações bombásticas de crimes e disposições incestuosas beirariam o cômico não fosse a genialidade do autor de Toda nudez será castigada (1965), que domou o excesso com a perícia cirúrgica do seu texto. Todas as vezes que o li , não conseguia imaginar como seria no palco, que tom poderia ser adotado para não ficar como nas ridículas versões de cinema (especialmente a de Álbum de família, escrita na mesma toada), as quais resvalavam para o chanchadesco. Foi preciso esperar por Antunes Filho para constatar que sim, era possível, e que o Nelson Rodrigues de Senhora dos afogados é um ponto-limite no dizer teatral e na forma cênica.
Em tempo: a peça foi interditada pela censura em 1948, liberada apenas em 1953. Na estreia (montagem dirigida por Bibi Ferreira), um ano depois, houve vaias, e a estreante Nathalia Thimberg, aterrada com o tumulto, testemunhou o autor enfrentando a plateia. Nelson Rodrigues, longe do tom das homenagens do seu centenário, era tido então como tarado e degenerado. [4}