O enredo de Invocação do Mal 4: Últimos Ritos reutiliza fórmulas desgastadas da série, centrando-se nos investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren em um caso final envolvendo possessões demoníacas. No entanto, a trama se perde em subtramas caóticas, como a família atormentada pelos espíritos, que parecem mais um pretexto para cenas de drama doméstico do que para terror autêntico. Críticos destacam que os riscos parecem menores do que nunca, apesar da promessa de um "grand finale", resultando em uma história linear e previsível que não justifica sua duração inchada.
Os efeitos visuais, particularmente as entidades demoníacas renderizadas em CGI, são criticados por sua falta de impacto, aparecendo como caricaturas digitais sem peso ou ameaça real. Os jumpscares, outrora uma marca da franquia, agora são preguiçosos e telegráficos, dependentes de sons altos e falsos alarmes que irritam mais do que assustam. A direção de Michael Chaves falha em criar atmosfera, com uma cinematografia que prioriza close-ups sentimentais sobre sequências de tensão prolongada, tornando o filme mais uma novela sobrenatural do que um horror visceral.
Embora Vera Farmiga e Patrick Wilson entreguem performances competentes, seus personagens estão subdesenvolvidos, reduzidos a arquétipos conservadores que enfatizam valores familiares e religiosos de forma pesada e didática. Isso gera controvérsia, com alguns vendo o filme como propagando ideais retrógrados, o que compromete sua neutralidade. Elementos como flashbacks para filmes anteriores parecem forçados, servindo mais como fan service do que como contribuição orgânica à narrativa.
Afranquia que outrora redefiniu o horror sobrenatural contemporâneo chega a um fim patético, arrastando-se como um espírito relutante que perdeu toda a sua essência aterrorizante. Dirigido por Michael Chaves, o filme promete um encerramento épico para Ed e Lorraine Warren (interpretados por Patrick Wilson e Vera Farmiga), mas entrega uma bagunça reciclada, inchada e desprovida de inovação, que mais parece uma obrigação contratual do que uma visão criativa. Com uma duração de 2 horas e 15 minutos, o ritmo é agonizantemente lento, como se o roteiro de David Leslie Johnson-McGoldrick estivesse preso em um limbo narrativo, desperdiçando tempo em subtramas familiares caóticas que diluem o terror em um drama excêntrico e piegas. Os riscos, supostamente elevados para um "caso final", parecem minúsculos e lineares, com a trama seguindo trilhos previsíveis que ignoram qualquer oportunidade de surpresa ou profundidade, resultando em um filme que se sente menor e mais derivativo do que seus predecessores.
Os sustos, o cerne da série Invocação do Mal, são escassos e ineficazes, dependendo de jumpscares preguiçosos que se resumem a explosões sonoras abruptas e falsos alarmes telegráficos, sem construir tensão atmosférica genuína. Críticos profissionais, como os do New York Times, descrevem-no como "mais um drama familiar excêntrico do que um chiller real", destacando como o foco em dinâmicas domésticas sobrecarregadas por tropos de horror – possessões, objetos amaldiçoados e entidades sombrias – cria uma narrativa overstuffed e incoerente, onde nada se conecta de forma orgânica. No AV Club, a resenha vai além, afirmando que "ambas as linhas narrativas são mais caóticas do que coerentes", com a casa lotada da família Smurl servindo como um depósito de clichês horroríficos que sufocam qualquer potencial de medo autêntico.
Os elementos visuais agravam o problema: as entidades demoníacas, renderizadas em CGI datado, não inspiram terror algum, aparecendo como caricaturas digitais sem peso físico ou psicológico, incapazes de evocar o pavor primal dos primeiros filmes. Um usuário no X (antigo Twitter) resume cruamente: "fraco, decepcionante, lento, com jumpscares preguiçosos e as entidades de CGI não assustam nem um pouco", ecoando o consenso de que o design dos fantasmas é risível, mais adequado a um videogame de baixo orçamento do que a um blockbuster de horror. A cinematografia, em vez de explorar sombras e espaços claustrofóbicos, opta por close-ups sentimentais que priorizam o romance entre os Warrens, transformando o que deveria ser um confronto com o mal em uma novela sobrenatural conservadora, carregada de temas religiosos didáticos que beiram o propagandístico. Como apontado no Bulwark, o filme "faz todo o stuff de jumpscare de forma perfeitamente adequada", mas em intervalos tão espaçados que o tédio se instala, questionando se o diretor estava mais interessado em fan service do que em assustar o público.
As atuações, embora competentes, não salvam o naufrágio. Farmiga brilha com sua habilidade impecável, mas está presa a um papel subescrito que a reduz a uma figura maternal espiritualizada, enquanto Wilson parece desconfortável com as limitações físicas de Ed, impostas por problemas cardíacos que servem mais como plot device preguiçoso do que como desenvolvimento real. Críticos no Roger Ebert notam que "Farmiga é a principal atração", mas mesmo ela não consegue elevar um roteiro que transforma os Warrens em touchstones reconfortantes para um público que prefere horror "não muito bagunçado", ignorando a necessidade de evolução. Essa ênfase em valores conservadores gera controvérsia, com resenhas no Rotten Tomatoes criticando como o filme "se inclina demais para ideais conservadores", diluindo o horror em sentimentalismo que aliena espectadores em busca de algo mais ousado.
Comparado aos antecessores, Últimos Ritos é o nadir da franquia principal. Onde o primeiro filme construiu tensão mestremente e o segundo expandiu o universo com criatividade, este quarto capítulo recicla elementos como a boneca Annabelle em sequências forçadas, que parecem ticks de caixa em vez de inovações. No Collider, é descrito como "relativamente lento e comparativamente leve em sustos" em comparação aos dois primeiros, com uma promessa de abertura falsa que não se sustenta. No Reddit, usuários vão direto ao ponto: "de longe o pior filme da franquia Conjuring", superando até o terceiro em decepção, com qualidade equivalente a "áudio" – presumivelmente uma referência a algo mal produzido. Outros no X lamentam: "Conjuring 4 foi decepcionante, mas ainda não ruim", ou mais duramente, "bakwaas bani hai" (uma bobagem), destacando a falta de surpresas e o fim insatisfatório.
Em termos de controvérsias temáticas, o filme é acusado de se prender ao fan service, marcando caixas da série sem adicionar nada novo, como flashbacks nostálgicos que interrompem o fluxo em vez de enriquecer. No Mashable, nota-se que "apesar de sustos sólidos, o filme se sente um tanto preso em fan service", enquanto no Vulture, é visto como "bordeando o camp", questionando se é uma piada às custas dos sujeitos. A violência, mais sangrenta do que o usual, parece gratuita, com resenhas no Plugged In focando no "spewing blood, slash-bash violence e demonic creepiness" que não compensa a falta de coerência.
Para ilustrar as falhas comparativas, considere esta tabela de elementos criticados versus filmes anteriores:
Elemento | Invocação do Mal (2013) | Invocação do Mal 2 (2016) | Invocação do Mal 3 (2021) | Invocação do Mal 4 (2025) |
---|---|---|---|---|
Sustos | Intensos e bem construídos | Criativos e atmosféricos | Moderados, mas efetivos | Escassos, preguiçosos e ineficazes |
Ritmo | Ágil e tenso | Equilibrado com drama | Lento em partes | Inchado e arrastado (2h15min) |
Originalidade | Inovadora no gênero | Expande o universo | Reciclada, mas funcional | Totalmente derivativa e caótica |
CGI/Entidades | Prático e aterrorizante | Mistura eficaz | Aceitável | Datado e não assustador |
Foco Narrativo | Horror puro | Horror com emoção | Drama com horror | Drama familiar sobre horror |
Consenso Crítico | Altamente elogiado | Bem recebido | Misto, decepcionante | Predominantemente negativo, pior da série |
Essa tabela destaca como Últimos Ritos falha em manter os padrões, com resenhas no Hindustan Times afirmando que é "bastante monótono e falta sustos", potencialmente "o mais fraco da franquia". No IMDb, usuários chamam-no de "limp, recycled mess", um final que parece mais um spin-off ruim do que um adeus digno. Até espectadores casuais no X ecoam: "não assustador o suficiente, mas fofo e engraçado", invertendo involuntariamente o gênero para comédia involuntária.
Em suma, Invocação do Mal 4 é uma decepção crua, um encerramento que enterra a franquia em tédio e clichês, deixando fãs questionando se o mal maior foi a decisão de prolongá-la. Como diz o AV Club: "Graças a Deus acabou".
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