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[RESENHA #673] O menino do dedo verde, de Maurice Druon

APRESENTAÇÃO

Tistu não é uma criança como as outras. Ele os empurra seus polegares verdes para dentro da terra e coisas mágicas acontecem! Encantador e sensível como O pequeno principe, O menino do dedo verde é um clássico da literatura francesa para crianças grandes e pequenas. 

Era uma vez Tistu...Um menino diferente de todo mundo. Com uma vidinha inteiramente sua, o pequeno de olhos azuis e cabelos loiros, deixava impressões digitais que suscitavam o reverdecimento e a alegria. As proezas de seu dedo verde eram originais e um segredo entre ele e o velho jardineiro, Bigode, para quem seu polegar era invisível e seu talento, oculto, um dom do céu.

O menino do dedo verde encanta gerações de leitores no Brasil e no mundo, há pelo menos cinco décadas, com a mensagem de esperança do menino que transforma tudo o que toca. A mágica história de Tistu, garoto com raro poder de semear o bem por onde passa, é uma aventura fantástica com final singelo e extraordinário. 

RESENHA

O menino do dedo verde é um clássico da literatura que ganhou fama global por tratar de assuntos sérios repletos de questões humanitárias e filosóficas de forma clara e inocente. Lançado originalmente em francês em 1957, a obra consagrou-se como uma das obras necessárias para se ler antes de morrer, ainda que não tenha obtido o mesmo status que o livro o pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, o livro mostra-se prolífico na arte de transmitir valores à todas as gerações. Druon através de sua obra tece críticas ao modelo educacional vigente, as particularidades de cada criança, a inocência inexplorada, a incapacidade dos adultos em compreender os dons e talentos das crianças, bem como a pluralidade de dons individuais de cada aluno em sala de aula.

A obra fala sobre Tistu, batizado originalmente de João Batista. O garotinho relutou com a escolha do nome ainda bebê, ele chorava e berrava, porém, seu nome permaneceu. Então com o tempo, como se tudo confirmasse, as pessoas não se habituaram ao seu nome, então ele foi apelidado de Tistu. 

Nesse dia, como quase todos os bebês em idênticas circunstâncias, o coitadinho protestou, gritou, ficou vermelho de chorar. Mas as pessoas grandes, que não compreendem os protestos dos recém-nascidos e teimam em sustentar suas idéias pré-fabricadas, garantiram com a maior firmeza que o menino se chamava mesmo João Batista. Mas em seguida, mal a madrinha de manga comprida e o padrinho de chapéu preto o recolocaram no berço, deu-se um fato curioso: as pessoas grandes já não conseguiam pronunciar o nome que lhe haviam dado, e puseram-se a chamá-lo de Tistu.

Tistu não gostava de estudar, ou não entendi bem as aulas, o que o fazia adormecer entre as aulas, e claro, ser expulso, por não ser considerado com os outros. O episódio fez com que  Sr. papai, o coloque para ter aulas particulares com o Sr. Trovão, gerente da fábrica de canhões do pai, bem com o jardineiro da fábrica, bigode. Por mais que o garoto não se empenhe nas aulas escolares, ao ter toda atenção para o seu ensino em casa, o garoto começa a desenvolver e construir pensamentos e comentários cada vez mais ácidos acerca da humanidade, ecologia e sobre os homens.

A partir deste ponto, o autor começa a construir uma poética acerca da existência de características pré-moldadas e consistentes, como as escolhas que não fazemos ou a decisões que outras pessoas tomam por nós (como a escolha de nosso nome), bem como a finitude de informações e opiniões que se formam no decorrer de nossa vida. Assim, Tistu começa a se mostrar insatisfeito e começa a questionar a realidade através dos estudos e de sua vivência com o Sr. Bigode, o jardineiro da fábrica de canhões de seu pai.

Então, o Sr. Bigode nota que o garoto possui um talento inexplorado e curioso: ele possui a ponta dos dedos verdes, entre outras palavras, flores eram concebidas em toda superfície ao serem tocadas pelo garoto, despertando a admiração do Sr. Bigode, que decide manter o talento do garoto em segredo.

Após conhecer a realidade existente em locais como cadeia e hospitais, através de suas conversas com o Sr. Bigode, o garoto decide que, talvez, a tristeza destas pessoas possam ser amenizadas de alguma forma. Ele então decide silenciosamente fazer com que flores brotem nestes locais, tudo veladamente. A iniciativa do garoto faz com que os encarcerados pelas cadeias afetadas por sua iniciativa desistam da fuga, bem como em hospitais.  

O Sr. papai fazia questão de frisar que a Fábrica de canhões era uma excelente iniciativa, que, como sabemos, era o sustento principal da família, mas as palavras do Sr. papai já não ecoavam com os efeitos esperados sobre o garoto:

— Tistu, meu filho, nosso negócio é excelente. Canhão não é como guarda-chuva, que ninguém quer comprar quando faz sol. Ou como chapéu de palha, que fica na vitrina quando chove. Canhão sempre se vende, seja qual for o tempo!

Tistu decide mostrar publicamente seu talento e começa auxiliar o pai em um novo negócio: uma fábrica de flores, porém, ele se abala ao ouvir de seu pai que o jardineiro que o fez refletir tanto sobre a vida e participou de sua educação, estava dormindo. Esta alegoria fez com que o garoto ficasse triste e confuso. Tituse decide, que, talvez, o Sr. Bigode precisava revê-lo, então ele constrói uma escada de flores até o céu para visitá-lo, o que claro, provoca grande alegria no Sr. Bigode, mas tristeza profunda em todos os que ficaram abaixo da escada, uma vez que Tistu faleceu.

O AUTOR

Maurice Druon nasceu no ano de 1918, na capital da França, Paris. Uma curiosidade do autor é que um de seus antepassados também era escritor e tinha nacionalidade brasileira. Odorico Mendes, bisavô de Druon, trabalhava como jornalista e político, além de escrever e traduzir obras famosas.

No entanto, Odorico Mendes não era o único parente de Maurice que tinha relação com a literatura. O autor Joseph Kessel era um dos tios de Druon, e juntos escreveram o “Canto dos Partidários”, que serviu como hino para grupos de resistência na Segunda Guerra Mundial.

Foi em 1946, então, que Maurice Druon se consagrou nos livros, ganhando o Prêmio Goncourt pela obra As Grandes Famílias, junto a diversos outros prêmios que chegaram para prestigiar a famosa novela.

Além de O Menino do Dedo Verde, outras obras que se destacaram na carreira de Druon são a série Os Reis Malditos e, como já citada, As Grandes Famílias, que com certeza irão agradar os fãs do escritor.

[RESENHA #624] Surfista Carioca, de Éric Rebière



APRESENTAÇÃO 

Um jovem carioca se lança no sonho de viver do surfe neste que é o livro de estreia de Éric Rebière, atleta acostumado a desafiar ondas gigantes. Além das aventuras no mar, a obra contextualiza a rotina de uma família no subúrbio carioca, na década de 1990. A história retrata a adolescência e juventude do protagonista, Gabriel, e suas disputas contínuas com o irmão, Alexandre, sob a educação ora amorosa, ora severa do pai. Também são narradas suas primeiras experiências amorosas, as saídas à noite, em que frequentava os bailes funks da região, e a vivência no bairro, marcada por regras de convívio impostas pela violência. A obra expõe o contraste entre a periferia e a Zona Sul, o que é observado pelo jovem durante suas incursões para as disputas em categoria de base. Em sua jornada, Gabriel descobre um novo mundo no meio do esporte e é convidado para um desafio de arrepiar: uma viagem ao Peru, repleta de lições, encrencas e ondas gigantes. 

Éric Rebière é um surfista profissional franco-brasileiro. Nascido e criado em Arraial do Cabo, mudou-se em 1998 para a Europa e, atualmente, vive entre Anglet, na França, e La Coruña, na Espanha. Faz parte da elite mundial de surfistas de ondas gigantes, o Nazaré Tow Challenge, único evento dessa modalidade organizado pela World Surf League. Éric é o único participante que também fez parte do World Championship Tour, no qual apenas os 32 melhores surfistas do mundo competem. Acumula dezenas de vitórias em circuitos amadores no estado do Rio de Janeiro. Foi três vezes campeão na Europa, duas vezes profissional e uma em circuito amador. É conhecido em Nazaré por ser um “mestre” em pilotagem de jet ski, tendo colocado Maya Gabeira na onda que lhe rendeu seu primeiro recorde Guiness. Além disso, é faixa preta de jiu-jítsu e empresário. Organiza dois eventos internacionais de ondas grandes na Galícia: o Illa Pancha Challenge e o Coruña Big Waves. Leitor voraz, inspira-se nas experiências de um grupo de amigos surfistas para escrever.

RESENHA

A obra de Éric fala sobre um jovem carioca que parte em uma jornada repleta de desafios em busca do seu sonho de se tornar um surfista profissional. Essa história incrível é contada por Éric Rebière, um atleta renomado por enfrentar corajosamente ondas gigantes. Além das empolgantes aventuras no mar, o livro também mergulha na realidade cotidiana de uma família que vive no subúrbio carioca durante a década de 1990. Através dos olhos do protagonista, Gabriel, testemunhamos sua adolescência e juventude, repletas de rivalidades constantes com seu irmão Alexandre. A educação que recebem do pai oscila entre o amor e a severidade, moldando suas personalidades e influenciando suas escolhas. A narrativa também explora as primeiras experiências amorosas de Gabriel, suas animadas saídas noturnas para os famosos bailes funks da região e a vivência no bairro, onde as regras de convivência são ditadas pela violência que permeia a área. Essas experiências contrastam fortemente com a realidade da Zona Sul, e o jovem protagonista observa essa disparidade durante suas incursões em competições de base.

Em sua jornada rumo ao sucesso no surfe, Gabriel descobre um novo mundo no meio desse esporte apaixonante. E, como se não bastasse, ele recebe um convite que lhe proporcionará uma experiência arrebatadora: uma viagem ao Peru, onde enfrentará ondas gigantes e aprenderá lições valiosas, ao mesmo tempo, em que se envolve em situações complicadas. O livro aborda a formação de Gabriel no subúrbio, bem como sua crescente paixão pelo surfe, o sonho de viver de competições, as rivalidades com outros competidores, as paixões à flor da pele, o anseio por mais uma onda, os problemas advindos com a inveja de outros competidores, o primeiro amor, dentre outras descrições acerca da vida do protagonista. A obra se consolida como um vento de frescor em meio ao calor, a escrita de Éric narra não apenas uma história de um surfista, mas também todo seu empenho em viver seu sonho e todos os flashs de felicidade que o tomavam pela expectativa de viver de seu sonho. Uma obra deliciosamente refrescante para os leitores aficionados por um ar puro em meio ao caos das metrópoles. 


Análise de Livro
Capa do Livro

Avliação geral

Surfista Carioca é um livro de contos ficítios que poderia facilmente falar sobre a vida de um garoto carioca qualquer. O autor transmite em seu seio uma série de descrições poéticas sobre as praias, ondas e sobre a ansiedade por mais uma onda. Gabriel é resiliente, forte e sonhador, sua busca é implacável, assim como seus desejos. O trabalho gráfico elaborado pela Sophia Editora torna o livro ainda mais mágico, nota-se que houve um cuidado com toda diagramação e com a finalização da obra. Certamente, esta obra é uma onda de frescor nos tempos calorosos que enfrentamos.

Comentários

[RESENHA #623] Somos feitos de história, de Luisa Aguiar

Somos feitos de história é um livro de crônicas em forma de diário que abarcam o início da pandemia em 17 de março de  2020 e se finaliza em janeiro de 2022, escrito pela professora e oftalmologista carioca Luisa Aguiar, publicado no Brasil através da editora Autografia, a obra consta com 291 páginas. 


O título e a capa da obra descrevem o conteúdo. Podemos observar a capa com uma imagem de uma montanha gigante com uma persona em seu topo. A imagem representa a pequenez da existência humana perante os acontecimentos e o universo, como grãos de areia no meio do deserto, que pode ser um forte simbolismo de que somos frágeis perante ao universo e aos acontecimentos do cotidiano. O título, uma alusão ao processo dessa caminhada através da montanha [vida] e de todo processo de aquisição de identidade e força através dos obstáculos, que, por muitas das vezes, mostram-se maiores do que nós. Mas como poderemos observar, não somente na constância da história em curso do real cotidiano, ma também na obra, uma constante superação em um dia após o outro em anos turbulentos e carregados de dor e medo se fazem presente.

A obra de Luisa é uma grande sacada. Sua iniciativa me lembrou a obra 2022, o ano em que o mundo parou, do projeto apparere, do qual tive a honra de fazer parte. Em ambas as obras, poderemos observar que, assim como em todos os lares, com Luisa e seus filhos, não foi diferente. O medo do desconhecido, as inúmeras mortes que acometeram o Brasil, os leitos de hospitais superlotados, os cemitérios repletos de covas semiabertas para o funeral daqueles que ainda estavam em vida, porém, na zona de risco, puseram-nos a pensar na finitude da vida, na morte incerta, no medo do tempo de cárcere imposto pela pandemia, e as repletas notícias trágicas, custaram nossa economia e nossa sanidade mental.

No primeiro relato, terça-feira, dia 17, Luisa comenta sobre como esperava e acreditava que o cárcere da pandemia fosse um exagero, ou pelo menos ela gostaria que fosse assim. Ela fechou o consultório de oftalmologia onde trabalhava e ficou em casa observando toda onda de acontecimentos pela tevê e por amigos. O pior medo de todos, talvez, era a insegurança promovida pela pandemia. Um mês ou dois de cárcere? O tempo passava e nada sufocava mais que a incerteza.

Sempre é mais fácil acreditar que o problema está mais distante e que não tem relação com o nosso mundinho. Difícil acreditar que não estamos no controle [...] (pag. 13 -- in terça-feira, dia 17).

No dia 11, quinta-feira, a autora nos consta sobre a triste notícia do falecimento de uma conhecida. Suas palavras não tecem surpresa ou luto, apenas insegurança, que nos é confirmada por sua frase sem pudor: quando é que essa merda vai acabar? Três meses de cárcere, quarentena, privação. É nítido que ela estava exausta psicologicamente, a sequência de notícias sobre mortes e mais mortes era algo rotineiro, com o qual não gostaria de participar.

Me pergunto se ela está entendendo que não pode sair e que não podemos entrar. Nos vemos de longe, raramente. (p. 42 -- in quinta-feira, dia 11).

Fevereiro de 2021, segunda-feira, dia 01. Um amigo próximo perde a mãe para o COVID. Isso faz com que a autora vasculhe suas lembranças e memórias dos momentos antes da pandemia. Os momentos de reflexão acerca da vida começam a mexer profundamente com o emocional da autora, sua vida começa a perder, de certa forma, o sentido, é como se a insegurança fizesse parte de sua rotina.

Penso em mim, que um dia também sentirei saudade do colo da minha mãe e nos meus filhos que sentirão saudades minhas. (p.161 in -- Fevereiro de 2021, dia 01).

A obra também se parece muito com os descritos no diário de Anne Frank, onde a autora, assim como Luisa, descrevem os dias passando vagarosamente, repleta de medos e temores por si e sua família. Em ambas as obras poderemos entender a ótica caótica da vida longe daqueles que amamos e da incapacidade que temos de protegê-los, tudo isso somado ao fato de que não podemos, sequer, fazer algo por nós e por nossa família. Nada é pior do que se sentir exatamente abandonada por suas próprias convicções.

Em síntese, a obra da autora é um emaranhado poético e triste acerca da pandemia, da morte e da vivência diária com o desconhecido. O livro é uma ótima pedida para uma dose reflexiva e poética de nossas vidas e incertezas.

[RESENHA #622] Como fazer amigos e influenciar pessoas, de Dale Carnegie

Arte gráfica / post literal / todos os direitos reservados

APRESENTAÇÃO

DALE CARNEGIE (1888-1955) foi um escritor e palestrante americano. Nascido numa família pobre no Missouri, escreveu livros que marcaram época e que venderam mais de 50 milhões de exemplares em dezenas de idiomas ao redor do mundo.O legado de Carnegie, no entanto, vai além de seus livros: anos antes de publicar Como fazer amigos e influenciar pessoas, ele fundou a Dale Carnegie Training, que ministra cursos de desenvolvimento pessoal, vendas, treinamento corporativo, oratória e habilidades interpessoais. Criada em 1912, hoje é uma organização internacional presente em mais de 90 países.

RESENHA

Arte gráfica / post literal / todos os direitos reservados

Como fazer amigos e influenciar pessoas é um livro de autoajuda escrito pelo autor americano Dale Carnegie no ano de 1936, sendo considerado um dos precursores das relações sociais. O livro estabelece parâmetros que fomentam e estreitam laços na comunicação, sendo considerado uma das obras mais famosas e lidas ao redor do mundo, com incríveis 30 milhões de cópias vendidas. A obra foi publicada no Brasil pela editora sextante.

Dale Carnegie descreve 30 princípios para se tornar uma pessoa mais amigável e influente. Esses princípios incluem:

1. Evite criticar, condenar ou reclamar. Em vez disso, adote uma postura positiva e focada em soluções.

E não adianta criticar, porque isso coloca a pessoa na defensiva e, em geral, faz com que ela tente se justificar. A crítica é perigosa porque fere o precioso orgulho do indivíduo, atinge seu senso de importância e desperta ressentimento.

2. Dê apreciação honesta e sincera. Seja autêntico em suas palavras de reconhecimento, evitando elogios falsos.

3. Desperte um desejo ansioso nas pessoas. Motive e inspire os outros a agirem de acordo com seus objetivos.

4. Seja genuinamente interessado nas outras pessoas. Pratique a escuta ativa e esteja presente durante as conversas.

Precisamos entender que as críticas são como um pombo-correio: sempre voltam para casa.

5. Sorria. Um sorriso é contagiante e cria uma atmosfera positiva.

6. Lembre-se do nome das pessoas. O nome é importante e demonstra atenção e respeito.

7. Seja um bom ouvinte. Incentive os outros a falarem sobre si e pratique a escuta ativa.

8. Fale sobre os interesses da outra pessoa. Encontre pontos em comum para tornar a conversa mais interessante e envolvente.

9. Faça a outra pessoa se sentir importante. Reconheça o valor que ela traz e faça-a sentir-se apreciada.

Mas o livro também aborda outros tópicos divididos em quatro sessões, sendo:

Parte Um: Técnicas Fundamentais para Lidar com Pessoas (3 princípios):

1. Não critique, condene ou reclame.

2. Dê apreciação honesta e sincera.

3. Desperte um desejo ansioso nas outras pessoas.


Parte Dois: Seis Maneiras de Fazer as Pessoas Gostarem de Você (6 princípios):

1. Torne-se genuinamente interessado nas outras pessoas.

2. Sorria.

3. Lembre-se do nome das pessoas.

4. Seja um bom ouvinte.

5. Fale em termos dos interesses da outra pessoa.

6. Faça a outra pessoa se sentir importante.


Parte Três: Como Conquistar as Pessoas para a Sua Maneira de Pensar (12 princípios):

1. Evite discussões.

2. Mostre respeito pelas opiniões dos outros.

3. Seja diplomático ao expressar suas ideias.

4. Comece de maneira amigável.

5. Consiga que a outra pessoa diga "sim" imediatamente.

6. Deixe a outra pessoa falar mais sobre si mesma.

7. Deixe a outra pessoa sentir que a ideia é dela.

8. Tente sinceramente ver as coisas do ponto de vista da outra pessoa.

9. Seja receptivo a mudanças e adaptações.

10. Elogie o progresso e o esforço da outra pessoa.

11. Proporcione à outra pessoa uma reputação positiva para zelar.

12. Estimule os outros a terem uma atitude positiva.


Parte Quatro: Seja um Líder: Como Mudar as Pessoas Sem Ofender ou Despertar Ressentimentos (9 princípios):

1. Comece com elogios e apreciação sincera.

2. Chame a atenção para os erros de maneira indireta.

3. Fale sobre seus próprios erros antes de criticar os outros.

4. Faça perguntas em vez de dar ordens diretas.

5. Deixe a outra pessoa salvar o rosto.

6. Elogie cada melhoria, por menor que seja.

7. Dê à outra pessoa uma reputação nobre a ser alcançada.

8. Incentive a cooperação em vez da competição.

9. Torne a outra pessoa feliz por fazer o que você sugere.

Em síntese, podemos dizer que nenhuma pessoa é mais agradável do que aquela que visa conhecer o outro. Procure falar sobre a outra pessoa, demonstrar interesse no que ela diz, sorria, preste atenção de forma clara e interrupta, realize perguntas e comente casos específicos ou semelhantes aos narrados por ela. Esteja pronto para apreciar, ouvir e questionar as respostas obtidas. Caso seu interesse seja algo além da amizade, como um interesse de negócio, analise o ambiente e o momento ideal para introduzir seus tópicos de forma agradável, seguindo o ritmo da conversa estabelecida, sendo sempre cordial e apto a ouvir, analisar e momento ideal para introduzir um novo tópico, aproveitando assim, o gancho cativado: a atenção. 

Portanto, a única forma de influenciar as pessoas é falar sobre o que elas querem e mostrar como alcançar o que desejam

Porém, é importante estabelecer que, as pessoas que procuram métodos de se comunicar melhor com pessoas via dicas e receitas mágicas, podem incorrer no pecado da mentira. É extremamente chato, para muitos, inclusive, mostrar-se interessado em alguém apenas pelo fato de possuir um interesse por trás da comunicação, o que pode causar a impressão de falsidade ou interesse disfarçado de simpatia. Estabeleça conexões com pessoas que buscam ou possuem o mesmo interesse que os seus, e/ou vise estabelecer uma conversa até chegar em um denominador comum. Ser educado e gentil é o gancho principal de toda boa amizade e comunicação, mas forçar uma conversa para parecer mais legal ou semelhante, é apenas uma tática de se mostrar forçado perante os outros. Não, não estou dizendo que o livro não funciona, ele funciona completamente, pois além de ensinar como se relacionar bem, a obra do autor também fomenta debates interessantes acerca dos vínculos estabelecidos entre as pessoas e seus reais interesses preexistentes ou que poderão surgir naquela ocasião através da divergência de ideias entre dois denominadores negativos.

O AUTOR

DALE CARNEGIE (1888-1955) foi um escritor e palestrante americano. Nascido numa família pobre no Missouri, escreveu livros que marcaram época e que venderam mais de 50 milhões de exemplares em dezenas de idiomas ao redor do mundo.O legado de Carnegie, no entanto, vai além de seus livros: anos antes de publicar Como fazer amigos e influenciar pessoas, ele fundou a Dale Carnegie Training, que ministra cursos de desenvolvimento pessoal, vendas, treinamento corporativo, oratória e habilidades interpessoais. Criada em 1912, hoje é uma organização internacional presente em mais de 90 países.

Lançamento: Erva Brava, de Paulliny Tort



SOBRE O LIVRO

As doze histórias que compõem Erva brava orbitam ao redor de Buriti Pequeno, cidade fictícia incrustada no coração de Goiás. Paisagem rara em nosso repertório literário, o Centro-Oeste brasileiro é palco de embates silenciosos, porém aguerridos, retratados neste livro com sutileza e maestria. Regida pelo compasso da literatura — que se ocupa de levantar perguntas, mais do que oferecer respostas —, a escritora brasiliense Paulliny Tort evidencia o nervo exposto de um país que desafia todas as interpretações.

Estão ali as relações patriarcais como a de Chico e Rita, em “O cabelo das almas”; a monocultura da soja que devasta o cerrado; o clientelismo rural que separa mãe e filha em “Matadouro” e a religiosidade sincrética de Dita, protagonista do conto “O mal no fundo do mar”. O rico encontro entre as culturas indígena e afro-brasileira também está em todas as histórias, as festas populares, como o cortejo de Reis que Neverson acompanha de sua moto em “Titan 125”. E, num conto final que coroa o livro como poucas coletâneas conseguem fazer, está também a revolta implacável da natureza diante da ação predatória do homem em “Rios voadores”.

A precisão e a cadência do texto nos convidam a ler em voz alta a prosa cristalina e imagética de Paulliny Tort. Por trás de uma escrita despretensiosa como os personagens de seus contos, ela revela a ironia necessária para dar conta, sem caricaturas ou preconceitos, de um país cruel e encantador.

TÍTULO
ERVA BRAVA
CAPA
FLÁVIA CASTANHEIRA
PÁGINAS
104
ISBN
978-65-89733-38-6
ISBN DIGITAL
978-65-89733-07-2
DATA DA PUBLICAÇÃO
08/10/2021

Ouça “Má sorte”, conto do livro Erva brava, de Paulliny Tort

Direção: Mika Lins.Edição: Julia Leite.Trilha sonora: Maria Beraldo.

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