O materialismo dialético
Racionalismo: Da Filosofia à Matemática
O racionalismo é uma postura epistemológica ou filosófica que se destaca pela atribuição de autonomia a pelo menos uma das três teses seguintes: 1) razão e intuição devem ser privilegiadas em relação à sensação e experiência na busca do conhecimento; 2) toda ou grande parte de nossas ideias são inatas, ao invés de adquiridas durante o curso da vida; e 3) a certeza do conhecimento deve ter prioridade sobre sua mera probabilidade nas investigações filosóficas. Uma característica compartilhada por todos os principais representantes dessa corrente – como René Descartes, Baruch Espinoza e Gottfried Wilhelm Leibniz – é também a crença na realidade substancial como princípio fundamental unificador das coisas.
O segundo método era o de dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas parcelas quantas possíveis e quantas necessárias fossem para melhor resolvê-las.
O terceiro método era o de conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelos objetos mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco, como por degraus, até o conhecimento dos mais compostos, e supondo mesmo uma ordem entre os que não se precedem naturalmente uns aos outros.
O quarto método era o de fazer em toda parte enumerações tão completas e revisões tão gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir."
As ideias de René Descartes influenciaram vários pensadores, incluindo o filósofo holandês Spinoza e o matemático e político alemão Leibniz. Além de desenvolver o cálculo infinitesimal ainda em uso hoje, Leibniz defendeu o racionalismo, que afirma que algumas ideias e princípios existem dentro de nós, mas não são derivados de experiências sensoriais - um ponto de vista partilhado com Descartes. Ele cita conceitos geométricos junto com lógica e aritmética como exemplos de conhecimento inato.
Confisco da poupança: reflexos do governo Collor em 1990
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Foto: Folha de São Paulo |
O confisco dos valores depositados em poupanças foi um projeto econômico brasileiro intitulado Plano Brasil Novo durante a gestão do presidente Collor. Esse plano restringiu o acesso aos recursos das cadernetas de poupança, Certificados de Depósito Bancário (CDBs), fundos que possuíam renda fixa e também os valores contidos nas contas correntes e investimentos com prazo diário para resgate overnight.
No dia seguinte à posse presidencial de Fernando Collor, sua equipe econômica liderada por Zélia Cardoso de Mello, do Ministério da Economia, anunciou medidas econômicas significativas como parte de um pacote composto por 21 medidas provisórias e dezenas de portarias. Entre elas estava uma ação inédita para confiscar todas as contas bancárias e poupanças dos brasileiros por um período de 18 meses.
Este foi o quarto plano econômico que os brasileiros enfrentaram em cinco anos, tendo os anteriores ocorrido sob governos diferentes do de José Sarney. Os exemplos incluem o Plano Cruzado de 1986, o Plano Bresser de 87 e o Plano Verão de 89 – todas tentativas frustradas de conter a inflação.
A implementação
Durante a semana da posse do presidente Collor, Maílson da Nóbrega, ministro da Fazenda do governo Sarney, declarou feriado bancário de três dias, de 14 a 16 de março. Quando os bancos reabriram as suas portas, as pessoas formaram longas filas à porta das agências que não tinham fundos disponíveis para cobrir os levantamentos dos clientes. Consequentemente, as vendas no comércio despencaram drasticamente.
As consequências
O que é a filosofia analítica?
A filosofia analítica é uma escola de pensamento contemporânea reivindicada por filósofos bastante distintos e com a caracterização de duas ações distintas cuja filosofia precursora surgiu da superação da filosofia sintética do século XIX. Originalmente, o seu ponto comum era a ideia de que a filosofia trata da análise do significado das declarações linguísticas; em outras palavras, reduz-se à pesquisa sobre a linguagem. Desde cerca de 1960, houve um fim na chamada “virada linguística”, de modo que a Filosofia analítica não tem mais nenhum compromisso particular com a análise da linguagem. Atualmente, poderia ser melhor descrito como tendo espírito científico (em sentido amplo): os problemas filosóficos são tratados como questões factuais resolvidas através de técnicas de argumentação. É muito típico deste ramo usar ferramentas das ciências formais (como matemática ou lógica), juntamente com resultados derivados das ciências naturais, como física, biologia, neurologia, psicolinguística, antropologia). A Filosofia Analítica permanece amplamente difundida até agora, predominantemente nos países de língua inglesa (EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália), embora existam centros de pesquisa significativos tanto na América Latina, na Europa continental, como em qualquer outro lugar do mundo. Como consequência, a difusão geográfica relacionada, juntamente com o abandono em direção a perspectivas linguísticas, tornou-se extremamente diversificada, afastando-se significativamente até mesmo de seus pressupostos linquísticos e positivistas originais, responsáveis por dar início à sua história em primeiro lugar.
Contexto histórico
O que é a filosofia continental?
O estilo único do intelectual frio, exótico e engajado, em contraste com o pensador analítico conservador e acadêmico, tem aparecido frequentemente em representações comuns da filosofia continental.
Quem foi Martin Heidegger?
A adoção de uma abordagem fenomenológica e hermenêutica por Heidegger teve como finalidade direcionada a atenção para o que muitas vezes fica oculto nas coisas evidentes. Ambos os conceitos têm em comum a intenção de trazer à luz aquele quilo que se manifesta, mas fica camuflado pela aparência superficial das coisas. Com essa abordagem é possível interpretar aquilo que está escondido no objeto observado, revelando sua verdadeira essência mesmo quando não parece inicialmente.
O método adota uma abordagem às especificidades, realizando sua análise e esclarecendo o modo de manifestação direta. Heidegger explica que essa metodologia segue um modelo kantiano ou copernicano de projeção da perspectiva. Ele introduz uma mudança no ponto de vista através do desvio do foco do Dasein para o Ser, concentrando-se nos modos de ser dos entes em vez das formas tradicionais ontológicas. Essa alteração é definida como flexão focalizada na versão da ontologia convencional.
Legado
O impacto de Heidegger em todo o pensamento filosófico foi amplo e profundo. Figuras notáveis que foram influenciadas por este filósofo alemão incluem Henry Corbin, Giorgio Agamben, Simone de Beauvoir, Maurice Blanchot, Hubert Dreyfus, Michel Foucault, Jürgen Habermas, Karl Jaspers, Hans Jonas, Karl Löwith, Gabriel Marcel Herbert Marcuse Jean-Luc Marion Quentin Meillassoux Maurice Merleau-Ponty Jean-Luc Nancy Jan Patočka Karl Rahner Richard Rorty Jean-Paul Sartre Peter Sloterdijk Leo Strauss Xavier Zubiri Lorenz Bruno Puntel e Eugen Fink entre outros.
Entretanto, para ser mais preciso:
Hans-Georg Gadamer, que foi aluno de Heidegger, introduziu uma abordagem hermenêutica que derivou da primeira. No entanto, o próprio Heidegger distinguiu-os ao afirmar: “Infelizmente a hermenêutica é um problema para Gadamer”. (Citado em: Gadamer-Lesebuch,Tübingen 1997,p.281) Em seu livro Verdade e Método publicado em 1960,Gadamer estabeleceu os fundamentos da hermenêutica moderna, enfatizando principalmente o papel da arte na descoberta da verdade ontológica.
Nos seus primeiros escritos intitulados "O conceito de amor em Agostinho", Hannah Arendt foi grandemente influenciada por Heidegger. Depois que se atrasou em 1933, o filósofo também percorreu distância com relação às ideias do pensador alemão. No ensaio de 1946 intitulado "O que é filosofia existencial?" ela criticou severamente o ponto de vista heideggeriano, apontando para sua incapacidade no campo político-moral e ausência do sujeito responsável na situação política contemporânea. Entretanto, quando surgiu sua obra tardia sobre “Vida ativa ou Sobre A Vida Ativa”, conseqüentemente após uma ruptura mencionada anteriormente deixando Heideggar pelo caminho; tal trabalho recebeu grande liberdade pelo autor mesmo tendo desviado dos pressupostos baseados nas obras anteriores deste último - este livro levantou praticamente tudo isso segundo suas próprias palavras expressas numa carta pessoal enviada ao guru da fenomenologia (edição número vinte).
A desconstrução de Derrida atrapalhou o programa de destruição metafísica de Heidegger, ao mesmo tempo que utilizou o termo na tentativa de se distanciar de Heidegger. Derrida acusou Heidegger de permanecer dentro do pensamento categorizador e metafísico, dividindo-o em duas categorias: “dentro” e “fora” da metafísica.
Emmanuel Levinas visitou Friburgo em 1928/29 para ouvir Husserl, onde também descobriu Heidegger. Em Heidegger, encontrou “o filósofo mais importante do século XX”. No entanto, Levinas começou a ler Heidegger criticamente desde cedo. Acima de tudo, criticou o modo de pensar ancorado na tradição europeia que colocava o geral acima do individual e o ser acima do que é. Em vez disso, ele tentou encontrar um “caminho de ser para os seres”. Embora não compartilhe das críticas de Heidegger à tecnologia como tal; antes, considerá-lo como um instrumento de libertação.
Edmund Husserl: Vida e obras
Biografia
O mito da caverna, de Platão
René Descartes e o discurso do método
Biografia
O discurso do método
Os filósofos da era Socrática
Os filósofos pré-socráticos, do primeiro período da filosofia grega, desenvolveram suas teorias do século VII ao V a.C. Antes de Sócrates, buscaram nas elementos da natureza as respostas sobre a origem do ser e do mundo, sendo chamados de “filósofos da physis” ou "filósofos da natureza".
Responsáveis pela transição da consciência mítica para a filosófica, abandonaram a cosmogonia da mitologia grega em favor da cosmologia baseada no lógos. Essa mudança deu origem a uma produção de conhecimento que serviu como base para o desenvolvimento da cultura ocidental.