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Crítica: The trip, 2021

 

SINOPSE

Não recomendado para menores de 18 anos

Em The Trip, ansiosos para terminar seu matrimônio ao matarem um ao outro, um casal decide ir para uma remota cabana para terminar o que planejaram. Mas logo percebem que para sobreviver eles terão que se ajudar mais uma vez.

CRÍTICA

A maioria das pessoas não se prepara para fugir com seus cônjuges comprando um martelo, uma serra, fita adesiva e corda – mas Lars (Aksel Hennie) não é a maioria das pessoas, e “A Viagem”, dirigido por Tommy Wirkola, não é a maioria dos filmes. Sua premissa inicial é esta: Lars planejou assassinar sua esposa, Lisa (Noomi Rapace), durante as férias, mas ele fica frustrado quando descobre que Lisa está se preparando para acabar com ele na mesma viagem. Infelizmente, embora esse conceito prometa um thriller divertido e ágil, “The Trip” rapidamente se transforma em uma bagunça juvenil e niilista. O banho de sangue mútuo de Lars e Lisa se transforma em um caso de grupo quando alguns estranhos inesperados, incluindo os fugitivos Dave (Christian Rubeck), Roy (Andre Eriksen) e Petter (Atle Antonsen), coincidentemente entram na briga. Cada ator enfrenta corajosamente a violência e a turbulência emocional que se seguem, e Rapace é particularmente excelente em fazer malabarismos com os dois. O filme revela suas muitas surpresas através de flashbacks, edição apurada e um roteiro absurdo que almeja claramente a irreverência. Mas “The Trip” perturba seu próprio equilíbrio tênue de escuridão e diversão, agarrando-se a material de mau gosto sobre órgãos genitais e cocô, embora sua premissa básica seja muito mais inteligente – e perfeitamente encantadora – por si só. Essa ingenuidade transforma o que poderia ser um filme rápido e alegre em um trabalho árduo. Ao final de uma prolongada sequência de tentativa de estupro, fiquei consternado ao descobrir que estava apenas na metade de suas duas horas de duração. “The Trip” às vezes é divertido, mas outros filmes lidaram com sangue sangrento e tortura psicológica com um toque muito mais habilidoso. O filme presta uma clara homenagem a “Funny Games” de Michael Haneke, um comentário inteligente sobre a violência cinematográfica. Não faz nenhum favor a si mesmo ao convidar essa comparação.

Um enredo sem igual para amantes de bons filmes de aventura sangrentos.

Crítica: Minions 2: A origem de Gru


SINOPSE

Livre

Minions 2: A Origem de Gru é a continuação das aventuras dos Minions, e desta vez, eles ajudam um Gru ainda criança, descobrindo como ser vilão. Na década de 1970, Gru está crescendo no subúrbio. Fã de um grupo de supervilões conhecido como Vicious 6, Gru traça um plano para se tornar malvado o suficiente para se juntar a eles. Felizmente, ele recebe apoio de seus leais seguidores, os Minions. Juntos, eles exercem suas habilidades enquanto constroem seu primeiro covil, experimentam suas primeiras armas e realizam as primeiras missões. Quando os Vicious 6 expulsam seu líder - o lendário lutador Wild Knuckles - Gru participa de uma entrevista para se tornar seu mais novo membro. A entrevista não vai bem, e só piora depois que Gru os supera e de repente, o garoto se vê como inimigo mortal do grupo do mal. Gru se voltará para uma fonte improvável de orientação, o próprio Wild Knuckles, e descobrirá que até os supervilões precisam de uma ajudinha de seus amigos.

CRÍTICA

“Minions 2: A Origem de Gru” se passa em 1976. Se eu tivesse assistido naquela época, teria gargalhado como uma criança de seis anos e pedido para ver de novo e de novo. Infelizmente, eu não sou mais uma criança. O meu senso de humor, por outro lado, ainda é bem infantil. Por isso, este último (e espero que final) capítulo do Universo Meu Malvado Favorito (UMF) pareceu perfeito para os aspectos mais bobos da minha personalidade. Era como se um checklist tivesse sido feito para me agradar. Cabelos afro e moda dos anos 70? Confere! Mulheres poderosas em ação? Confere! Piadas e trocadilhos terríveis? Pode crer! Música disco? Eu adoro! Brincadeiras com freiras potencialmente ofensivas e violentas? Ai, ai!

Os leitores deste site sabem do meu fascínio pelos Minions, aqueles seres amarelos e cilíndricos que são loucamente leais a Gru ( Steve Carell ). Eles me fazem rir e não tenho vergonha disso. Depois de sua própria prequela, " Minions ", e uma parada para a atual trama de rivalidade entre irmãos de " Meu Malvado Favorito 3 ", Kevin O Minion e seus amigos de um e dois olhos voltaram ao passado para apoiar a versão de onze anos e três quartos de Gru. Eles o chamam afetuosamente de “mini-chefe”. Quando ele não está se perguntando como seus empregados “conseguiram tanto jeans” para suas roupas, Gru está sonhando em se juntar ao The Vicious 6, um grupo de vilões parecido com os Vingadores criado por Wild Knuckles ( Alan Arkin ).

Vemos Wild Knuckles e sua equipe em ação em um lugar exótico ao estilo Indiana Jones. Eles estão lá para pegar um colar de pedras preciosas chamado Pedras do Zodíaco. Uma vez pegado, dará ao Vicious 6 uma quantidade ilimitada de energia na noite do Ano Novo Chinês. Considerando todas as piadas ruins que acontecem nesta série, eu esperava que as Pedras do Zodíaco fossem acompanhadas por aquela música clássica e cafona “Float On” dos Floaters. Infelizmente, os cineastas não foram tão espertos. É verdade que essa música foi lançada em 1977, mas “Minions 2: A Origem de Gru” usa o sucesso de 1980 da Lipps Inc., “Funkytown”, não uma, mas duas vezes.

Depois de arriscar a vida para pegar as joias, Wild Knuckles é traído pela integrante da equipe Belle Bottom ( Taraji P. Henson ), que explica friamente que a honra entre os ladrões é uma lenda antes de jogá-lo do avião para sua suposta morte. Com seu figurino em constante mudança e um enorme afro (que é animado com uma quantidade incrível de textura), Belle parece com Cleópatra Jones. Os outros quatro integrantes têm nomes igualmente baseados em trocadilhos. Tem Stronghold ( Danny Trejo ), uma freira que usa nunchaku chamada Nun-Chuck ( Lucy Lawless ), o fortão nórdico Svengeance ( Dolph Lundgren ) e um cara com uma enorme garra de lagosta no lugar da mão. Seu nome é Jean-Clawed e ele é dublado por Steven Seagal . Estou brincando! Ele é dublado por Jean-Claude Van Damme . Eu disse que esse filme não era muito inteligente.

Agora que o velhíssimo Wild Knuckles está fora de cena, The Vicious 6 - quer dizer, Five - está procurando um substituto bem mais jovem. Gru se candidata ao cargo e recebe uma resposta contida em uma fita de 8 pistas que se autodestrói. Ele entra na loja de discos que esconde secretamente o esconderijo de Belle Bottom, conhecendo seu futuro colega Dr. Nefario ( Russell Brand ) no processo. Nefario dá a Gru um 45 do cover de “You’re No Good” de Linda Ronstadt , a chave para entrar no esconderijo secreto. Como ele mal saiu da escola primária, Gru é rejeitado, mas não antes de roubar as Pedras do Zodíaco. Belle e sua equipe o perseguem para pegá-las.

Acredite se quiser, há mais duas histórias com enredo complicado em “Minions 2: A Origem de Gru”. Uma delas diz respeito à busca de vingança dos sobreviventes Wild Knuckles, baseados em São Francisco,

O que se sabe até o momento sobre meu malvado favorito 4


SINOPSE

Nesta sequência, o vilão mais amado do planeta retorna e agora Gru, Lucy, Margo, Edith e Agnes dão as boas-vindas a um novo membro da família: Gru Jr., que pretende atormentar seu pai. Enquanto se adapta com o pequeno, Gru enfrenta um novo inimigo, Maxime Le Mal, forçando sua namorada Valentina e a família a fugir do perigo.

CRÍTICA

Meu Malvado Favorito 4 é uma animação divertida e emocionante que traz de volta o vilão mais querido do cinema, Gru, e sua família adorável. Nesta sequência, Gru tem que lidar com um novo desafio: seu filho Gru Jr., que quer seguir os passos do pai e se tornar um supervilão. Ao mesmo tempo, ele enfrenta um novo inimigo, Maxime Le Mal, um criminoso francês que planeja dominar o mundo com sua namorada Valentina. Gru conta com a ajuda de sua esposa Lucy, suas filhas Margo, Edith e Agnes, e é claro, os hilários Minions, que sempre aprontam confusões.

O filme é uma mistura de ação, comédia e aventura, que agrada tanto as crianças quanto os adultos. Os personagens são carismáticos e engraçados, e a história é cheia de reviravoltas e surpresas. O visual é colorido e vibrante, e a trilha sonora é animada e contagiante. O filme também tem uma mensagem positiva sobre o valor da família, da amizade e do amor.

Meu Malvado Favorito 4 é um filme que vale a pena assistir, pois garante boas risadas e momentos de diversão. É uma ótima opção para quem gosta de animações de qualidade e de histórias envolventes. Eu recomendo este filme para todos os fãs da franquia Meu Malvado Favorito e para quem procura um entretenimento leve e agradável. Eu dou 4 estrelas para este filme. 👍

Data de estreia do filme no Brasil é dia 04 de Julho de 2024.

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Crítica: Meu malvado favorito 3,

SINOPSE

Em Meu Malvado Favorito 3, nos anos 1980, Balthazar Bratt fazia muito sucesso através de sua série de TV, onde interpretava um vilão chamado EvilBratt. Entretanto, o tempo passou, ele cresceu, a voz mudou e a fama se foi. Com a série cancelada, Balthazar tornou-se uma pessoa vingativa que, nas décadas seguintes, planejou seu retorno triunfal como vingança. Gru e Lucy são chamados para enfrentá-lo logo em sua reaparição, mas acabam sendo demitidos por não terem conseguido capturá-lo. Gru então descobre que possui um irmão gêmeo, Dru, e parte com a família para encontrá-lo no país em que vive.

CRÍTICA

Meu Malvado Favorito 3 é uma animação que mantém o charme e a diversão da franquia, trazendo novos personagens e desafios para o ex-vilão Gru e sua família. Desta vez, Gru descobre que tem um irmão gêmeo chamado Dru, que o convida para voltar à vida de crimes. Enquanto isso, ele também precisa enfrentar um novo inimigo, o ex-astro de TV Balthazar Bratt, que quer se vingar do mundo por ter sido esquecido nos anos 80.

O filme tem vários aspectos positivos, como o ritmo, o humor, o visual e a trilha sonora. O ritmo é ágil e dinâmico, sem deixar o espectador entediado. O humor é bem variado e agrada tanto as crianças quanto os adultos, com referências culturais, situações absurdas e os adoráveis Minions. O visual é caprichado e colorido, criando um universo rico e atraente. A trilha sonora é animada e combina com o clima do filme, destacando-se as músicas dos anos 80, que embalam as cenas do vilão Bratt.

O enredo é simples, mas bem construído, com uma boa dose de ação, aventura e emoção. O filme mostra a evolução de Gru, que precisa equilibrar sua relação com seu irmão, sua esposa, suas filhas e seus Minions. O filme também aborda temas como a família, a identidade, o passado e o futuro, de forma leve e divertida.

Meu Malvado Favorito 3 é um filme que vale a pena assistir, pois é uma ótima opção de entretenimento para toda a família. O filme é uma sequência que mantém o mesmo nível das produções anteriores, sem perder a originalidade e a qualidade. Eu recomendo este filme para quem gosta de animação, comédia e aventura. Eu dou 4 estrelas para este filme. 🌟🌟🌟🌟

Crítica: Meu malvado favorito 2, 2013

SINOPSE

Gru (voz de Steve Carell/Leandro Hassum) mudou radicalmente sua vida e agora seu negócio é se dedicar às filhotas Agnes (Elsie Fisher), Edith (Dana Gaier) e Margo (Miranda Cosgrove), deixando de lado os tempos de vilão. Ele só não contava que seu passado de "ladrão da Lua" pudesse falar mais alto e ser responsável pelo seu recrutamento, através da AVL (Liga Anti-Vilões), para salvar o mundo na companhia da agente Lucy (Kristen Wiig/Maria Clara Gueiros). Juntos, eles precisam localizar o criminoso que roubou a fórmula PX41, e Gru desconfia que um antigo "concorrente", chamado El Macho (Beijamin Bratt/Sidney Magal), possa ser o responsável por essa maldade. Para completar os problemas, o parceiro Dr. Nefário (Russell Brand/Luiz Carlos Persy) resolveu abandoná-lo e Margo está vivendo seu primeiro amor.

CRÍTICA

Meu Malvado Favorito 2 é uma animação divertida e cativante, que continua as aventuras do ex-vilão Gru e suas três filhas adotivas. Desta vez, Gru é recrutado por uma agência secreta para combater um novo inimigo, que planeja usar uma arma química para transformar animais e pessoas em monstros. No meio dessa missão, Gru conhece e se apaixona por Lucy, uma agente simpática e atrapalhada, que se torna sua parceira e sua futura esposa.

O filme tem vários pontos positivos, como o humor, os personagens, o visual e a trilha sonora. O humor é bem dosado e agrada tanto as crianças quanto os adultos, com piadas inteligentes e situações engraçadas. Os personagens são carismáticos e bem desenvolvidos, especialmente os Minions, que roubam a cena com suas travessuras e sua linguagem própria. O visual é colorido e detalhado, criando um universo rico e atraente. A trilha sonora é animada e combina com o clima do filme, destacando-se a música Happy, de Pharrell Williams, que foi indicada ao Oscar.

O enredo é simples, mas bem construído, com uma boa dose de ação, romance e emoção. O filme mostra a evolução de Gru, que deixa de ser um malvado favorito para se tornar um pai amoroso, um espião corajoso e um marido feliz. O filme também aborda temas como a família, a amizade, o amor e a redenção, de forma leve e divertida.

Meu Malvado Favorito 2 é um filme que vale a pena assistir, pois é uma ótima opção de entretenimento para toda a família. O filme é uma sequência que supera o original, mantendo o mesmo charme e a mesma qualidade. Eu recomendo este filme para quem gosta de animação, comédia e aventura. Eu dou 4,5 estrelas para este filme. 🌟🌟🌟🌟✨

Crítica: Meu malvado favorito, 2010


SINOPSE

A pirâmide de Gizé foi roubada, sendo substituída por uma imensa réplica a gás. O feito é considerado o roubo do século, o que mexe com o orgulho de Gru (Steve Carell). Desejando realizar algo ainda mais impressionante, ele planeja o roubo da Lua. Para tanto conta com a ajuda dos mínions, seres amarelados que trabalham como seus ajudantes, e do dr. Nefario (Russell Brand), um cientista. Só que para realizar o roubo terá que tomar de Vetor (Jason Segel), o ladrão da pirâmide, um raio que consegue diminuir o tamanho de tudo que atinge. Sem conseguir invadir a fortaleza de Vetor, Gru encontra o plano perfeito quando vê as três órfãs Margo (Miranda Cosgrove), Agnes (Elsie Fisher) e Edith (Dana Gaier) entrarem no local para vender biscoitos. Ele então vai ao orfanato e resolve adotá-las. Só não esperava que, aos poucos, fosse se afeiçoar às irmãs.

CRÍTICA

Meu Malvado Favorito é um filme de animação muito divertido e sincero sobre um personagem extremamente vil transformado pelo amor de três meninas. Não foi projetado para ser uma comédia engraçada, mas sim uma aventura de desenho animado que termina de forma otimista.

O filme começa com o roubo da grande pirâmide de Gizé. O mundo está preocupado com quem roubou a pirâmide. O vilão Gru está chateado porque há outro vilão por aí que é mais covarde do que ele. Ele reúne centenas de pequenos ajudantes para realizar o maior assalto de todos os tempos: roubar a lua! Gru acredita que o Evil Bank financiará seu ato covarde.

Enquanto isso, três meninas órfãs vendem biscoitos para o orfanato. O cruel Gru manda Agnes, Marge e Edith embora, então elas vão visitar o nerd que se tornou vilão, Vector, que na verdade compra seus biscoitos.

Gru descobre que Vector roubou a Grande Pirâmide e tenta roubá-la dele, mas tudo o que ele faz falha. O presidente do Evil Bank, que costumava ser chamado de Lehman Bros., diz a Gru que não vai lhe dar mais dinheiro até que mostre ao banqueiro a máquina de raios que encolhe. Infelizmente, Vector rouba a máquina de encolhimento de Gru.

Gru adota as três crianças para poder contrabandear biscoitos robóticos para o esconderijo de Vector e roubar a arma de raios encolhida. O que Gru não espera é que as três meninas roubem seu coração e o transformem através de seu amor inocente, bondade e gentileza. Vector ou Gru irão roubar a lua? Quem será o maior ladrão de todos? O que acontecerá com as três meninas? O filme se torna uma corrida até o final, mas a corrida termina de uma forma que ninguém espera.

Raramente um filme é inteligente o suficiente para realmente surpreender o público. Em muitos aspectos, MEU MALVADO FAVORITO faz exatamente isso. Desde o início, cada uma das três meninas faz uma oração sincera para serem adotadas. Claramente, suas orações foram atendidas. O filme mostra o egoísmo e as qualidades desprezíveis do coração de cada pessoa, mas também mostra o poder transformador do amor, especialmente o amor das três meninas. Portanto, o cerne da história é uma história de redenção.

Existem muitos momentos divertidos em MEU MALVADO FAVORITO e algumas cenas engraçadas. No entanto, o filme é mais ação e aventura do que engraçado. Há muita violência nos desenhos animados. Algumas dessas cenas podem ser questionáveis para pais exigentes, como o uso de armas de lula, armas de raios, armas de piranha, golpes, empurrões, lutas e assim por diante. Também há algum humor escatológico. A maioria da violência, se não toda, é voltada para a ação e não é muito assustadora. No entanto, pesquisas mostram que, quando a violência parece divertida e não assustadora, as crianças têm mais probabilidade de imitá-la se forem propensas a isso, então os pais devem ter cautela.

Dito isso, o final é tão inspirador e redentor que supera as falhas do filme.

Crítica: Minions, 2015

SINOPSE
Livre

Seres amarelos milenares, os minions têm uma missão: servir os maiores vilões. Em depressão desde a morte de seu antigo mestre, eles tentam encontrar um novo chefe. Três voluntários, Kevin, Stuart e Bob, vão até uma convenção de vilões nos Estados Unidos e lá se encantam com Scarlet Overkill (Sandra Bullock), que ambiciona ser a primeira mulher a dominar o mundo.

CRÍTICA

Em 2010, a Illumination Entertainment lançou seu primeiro filme animado, "Meu Malvado Favorito", sobre um gênio do mal chamado Gru que estava lutando para se manter no topo do negócio de vilões, com a ajuda de seus ajudantes em tamanho pequeno conhecidos como minions. Aquele filme arrecadou mais de $250 milhões apenas nos EUA (quase quádruplo do que custou), então, naturalmente, houve uma sequência. Em 2013, "Meu Malvado Favorito 2" arrecadou mais de $368 milhões localmente e foi avaliado pelo público como ainda melhor que o original. Os minions foram uma das grandes razões para isso. Eles foram um sucesso no primeiro filme e tiveram um papel maior no segundo filme, que teve um desempenho ainda melhor que o primeiro, então, naturalmente, eles ganharam um filme próprio.

Os minions são criaturas amarelas em formato de pílula e do tamanho de crianças cujo único propósito na vida é servir um mestre do mal. Alguns são um pouco mais altos que os outros, têm estilos de cabelo (escassos) levemente diferentes, alguns têm dois olhos e outros apenas um, mas todos usam óculos de proteção e falam em uma espécie de balbucio infantil que combina inglês, espanhol, francês e possivelmente pedaços de algumas outras línguas também (é um pouco difícil de identificar). Ah, e mais uma coisa - eles são simplesmente e completamente ADORÁVEIS! Apesar de suas inclinações maléficas, eles são inocentes simples e de mentalidade infantil que apenas querem se divertir e realizar seu potencial como ajudantes. E eles estão bem no centro de "Minions" (PG, 1:31).

Essa sequência dos filmes "Meu Malvado Favorito" é realmente um spin-off e também uma prequela, que nos leva de volta ao início da história dos minions - ATÉ o começo mesmo. Nós vemos como os minions surgiram e, através de uma série curta de vinhetas, nós observamos suas bem-intencionadas, porém hilariantemente fracassadas tentativas de servir uma grande variedade de mestres mal-humorados ao longo da história. Finalmente, eles são expulsos para o exílio em uma caverna de gelo na Antártida. Eles constroem uma civilização e fazem o seu melhor para se divertirem, mas sem um mestre para servirem, eles ficam insuportavelmente entediados. Então, em 1968, Kevin (dublado pelo co-diretor Pierre Coffin, que faz todas as vozes dos minions), um minion alto, informa à sua tribo que ele vai em uma busca para encontrar um novo mestre para eles. Com apenas o minion extremamente infantil (até os padrões dos minions) chamado Bob e um "voluntário" chamado Stuart para ajudar, Kevin começa sua jornada.

Os três minions acabam na Villain Con, uma convenção secreta de super vilões e seus fãs, onde os minions conhecem e são contratados por Scarlet Overkill (Sandra Bullock), a primeira super vilã feminina. Scarlet está levando seu típico sonho infantil de ser uma princesa um pouco a sério demais. Ela quer que seus recém-contratados ajudantes roubem as joias da coroa britânica para que ela possa se tornar a Rainha da Inglaterra. O marido de Scarlet, Herb (John Hamm), fornece a Kevin, Stuart e Bob uma variedade de suas invenções do mal e eles embarcam em sua missão. Claro, sendo minions, nada sai como planejado, uma coisa leva a outra, Scarlet sente que os minions a traíram e ela sai em busca de vingança contra Kevin, Stuart e Bob, enquanto ainda tenta alcançar seu objetivo. Enquanto isso, o resto dos minions recebe a notícia de que Kevin encontrou um novo mestre para eles no Reino Unido e toda a tribo está trabalhando para chegar lá o mais rápido possível.

"Minions" tem um público-alvo um pouco diferente dos filmes "Meu Malvado Favorito" e parece ser um pouco demais da mesma coisa. Não me entenda mal - EU AMO os minions, mas o humor deles pode se tornar cansativo. Mesmo a fofura poderosa dos minions não consegue sustentar um filme inteiro. Além disso, enquanto os filmes "Meu Malvado Favorito" pareciam agradar quase igualmente crianças, adolescentes e adultos, o spin-off dos minions é mais voltado para crianças. A animação, dublagem e história são tão boas quanto nos filmes anteriores em que os minions apareceram, mas o humor deste filme é um pouco mais rasteiro. Os adultos vão gostar da trilha sonora e há muitos momentos fofos, inteligentes e engraçados. "Minions" funciona bem como um filme para toda a família, mas acho que os pequenos amarelinhos deveriam continuar sendo divertidos ajudantes malvados. É o que eles fazem melhor. "B+"

10 filmes sobre vampiros (além conde Drácula)

Se há um tema que cativa e instiga a imaginação do público há séculos, são os vampiros. Desde o icônico Drácula, criado por Bram Stoker, essas criaturas míticas fascinam a todos com seu poder de sedução e imortalidade. Porém, além do conde transilvano mais famoso de todos, há uma gama de filmes que exploram o universo dos vampiros de maneiras surpreendentes e inovadoras. Com os avanços da tecnologia cinematográfica e uma crescente diversidade de temas e abordagens, o mundo dos filmes sobre vampiros foi além do óbvio e nos presenteou com obras cinematográficas que vão muito além das histórias corriqueiras do Conde Drácula. 

1. Nosferatu

Em mais uma adaptação do clássico Nosferatu, filme mudo de 1922, seguimos o vampiro Conde Orlok - Inspirado em “Drácula” - que quer comprar uma casa na Alemanha, mas acaba se apaixonando pela esposa do corretor de imóveis.

2. Buffy

Buffy Summers (Sarah Michelle Gellar), uma adolescente de 15 anos, descobre logo cedo que não é uma garota comum. Ela é uma Caça-Vampiros, uma das escolhidas para lutar contra o mal e proteger o mundo de monstros. Com os amigos Willow (Alyson Hannigan) e Xander (Nicholas Brendon), e seu Guardião Giles (Anthony Head), ela vai enfrentar os perigos dos vampiros e demônios enquanto tenta sobreviver ao Ensino Médio. 

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3. Renfield: Dando o Sangue Pelo Chefe

Não recomendado para menores de 18 anos

Renfield - Dando Sangue Pelo Chefe é um filme de comédia, terror e fantasia sombria, que conta a história de Renfield (Nicholas Hoult), o leal capanga do temido Conde Drácula (Nicolas Cage). Renfield se dedica totalmente a servir o Conde e obedece prontamente todas as suas ordens, incluindo encontrar as presas perfeitas para que o vampiro possa continuar vivendo por toda a eternidade. Porém, após tantos séculos de servidão, Renfield finalmente tem um momento de lucidez e decide que quer deixar seu posto para começar uma nova vida longe do “chefe” - vontade que se intensifica ainda mais quando ele acaba se apaixonando.

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4. Dupla Jornada

Não recomendado para menores de 16 anos

Em Dupla Jornada, um pai trabalhador só quer proporcionar uma boa vida para sua filha de 8 anos de idade. Mas seu trabalho comum de limpeza de piscinas em San Fernando Valley é apenas uma fachada, para sua verdadeira fonte de renda: caçar e matar vampiros.

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5. HollyBlood

Desesperado para conquistar uma garota, um adolescente tímido decide se passar por um vampiro. Mas um imortal de verdade está à espreita.

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6. Morbius

Não recomendado para menores de 14 anos

Baseado no personagem de mesmo nome da Marvel Comics, Michael Morbius (Jared Letto) sempre sofreu com uma condição rara em seu sangue que o faz andar de bengala e desde criança ser excluído por outros, mas sua vida solitária foi preenchida por livros. Após se formar na faculdade, Doutor Morbius é renomado na área de biomedicina e tenta achar uma cura para sua rara condição, afim de não apenas se ajudar, mas ajudar outras pessoas que também sofrem como ele. Experimentando com o DNA de morcegos, Morbius espera achar a cura e se usa como teste para o soro. Usando o DNA que isolou e uma mistura de eletrochoque, a cura foi um sucesso temporário, mas os efeitos colaterais acabaram transformando-o em um pseudo-vampiro e que agora precisa sobreviver como um. Apesar de ganhar capacidades iguais a de um morcego, Morbius precisa de sangue humano para sobreviver, os efeitos colaterais também o fez mudar fisicamente, ganhando presas e uma pele pálida. Além disso, a cada pessoa que ele morde, ela também vira um ser igual a ele.

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7. Dez Minutos Para a Meia-Noite

Não recomendado para menores de 14 anos

Devido a uma forte tempestade, uma apresentadora veterana fica presa em uma estação de rádio. Depois de ser mordida por um morcego, ela passa a aterrorizar os seus colegas de trabalho enquanto lentamente se transforma em uma vampira.

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8. V para Vingança

Emma e Scarlett vão atrás de sua irmã, após ela ser sequestrada por um grupo de vampiros. Depois do resgate, elas juram vingança aos que fizeram mal a sua família.

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9. Entrevista com o Vampiro

Um jornalista biógrafo entrevista um jovem que afirma ser vampiro. Louis de Pointe du Lac, um homem que perdeu tudo, narra suas experiências dos últimos 200 anos e reconta seu encontro com Lestat de Lioncourt, uma criatura da noite.

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10. Blade Trinity

A guerra entre humanos e vampiros continua, mas a melhor esperança dos humanos, o meio-vampiro Blade, foi acusado de vários assassinatos e, agora, a opinião pública está contra ele. O responsável pela publicidade negativa de Blade é Danica Talos, que está determinada a vencer. Agora Blade precisa aliar-se aos caçadores de vampiros para salvar a humanidade.

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Crítica: Que horas ela volta?, 2015

SINOPSE

Não recomendado para menores de 12 anos

A pernambucana Val (Regina Casé) se mudou para São Paulo a fim de dar melhores condições de vida para sua filha Jéssica. Com muito receio, ela deixou a menina no interior de Pernambuco para ser babá de Fabinho, morando integralmente na casa de seus patrões. Treze anos depois, quando o menino (Michel Joelsas) vai prestar vestibular, Jéssica (Camila Márdila) lhe telefona, pedindo ajuda para ir à São Paulo, no intuito de prestar a mesma prova. Os chefes de Val recebem a menina de braços abertos, só que quando ela deixa de seguir certo protocolo, circulando livremente, como não deveria, a situação se complica.

CRÍTICA

Em um momento em que o cenário político brasileiro é contestado por cidadãos e representantes eleitos, o filme "Que Horas Ela Volta?", dirigido por Anna Muylaert, surge como uma obra exemplar ao discutir um Brasil dividido. Através de uma mistura de drama e comédia, o filme aborda as questões que confrontam o Nordeste e o Sudeste, os ricos e os pobres, o Brasil segregacionista e a ideia de união nacional.

A protagonista Val, interpretada por Regina Casé, é uma empregada doméstica de Recife que vive há mais de uma década em São Paulo, na casa de seus patrões. Apesar de ser considerada "quase da família" e de ter criado os filhos dos patrões como se fossem seus, ela ainda é segregada, fazendo suas refeições em uma mesa separada e dormindo no quartinho dos fundos, nunca tendo tido acesso à grande piscina onde os outros se divertem. A escolha de retratar uma empregada doméstica ilustra a condescendência de uma elite que acredita ser superior, como já discutido pelos sociólogos Michel Pinçon e Monique Pinçon-Charlot.

Anna Muylaert sempre soube brincar com as diferenças sociais, especialmente destacando a classe média. Às vezes, seu humor peculiar e absurdo funciona bem, como em "Durval Discos" e "É Proibido Fumar", enquanto outras vezes ela força um pouco a mão na caricatura, como em "Chamada a Cobrar". "Que Horas Ela Volta?", com um cunho mais dramático e uma narrativa mais convencional que seus filmes anteriores, é sua melhor obra até agora, a mais doce e comovente, evitando cair no maniqueísmo que o confronto entre opostos poderia resultar.

A chegada de Jéssica (Camila Márdila), filha de Val, à casa dos patrões para se preparar para o vestibular, é o elemento que implode a dinâmica familiar. Jéssica é uma garota questionadora que funciona como um elemento subversivo, evidenciando a artificialidade daquela estrutura que parecia natural tanto para a família como para Val. Assim como o visitante de "Teorema", ela chega com um passado misterioso, seduzindo o pai e o filho, questionando a autoridade da patroa e desestabilizando sua própria mãe.

A representação é equilibrada graças ao excelente trabalho do elenco. Regina Casé desconstrói seus gestos corporais amplos e adota uma feição mais simples e lenta, uma mulher que desempenha as mesmas tarefas há décadas. O humor de suas falas é irônico, mas simples e cotidiano, o que leva sua personagem e o filme para um tom bem-vindo de crônica social. Camila Márdila também tem uma atuação excepcional, navegando pelo terreno desconhecido daquela casa e sutilmente ganhando espaço como uma estrategista. Karine Teles e Lourenço Mutarelli cumprem bem o papel do casal rico e supostamente descolado, apesar de estarem presos às convenções sociais.

O roteiro talvez insista um pouco demais em certos símbolos, como o sorvete e as xícaras de café, mas isso se justifica pela intenção de transformar um único lar em um exemplo de milhares de outros lares em situações semelhantes. Por isso, pequenos detalhes ganham uma importância maior do que teriam normalmente. A atitude de Carlos em relação a Jéssica também pode surpreender, mas encaixa-se nos pequenos surrealismos que Muylaert gosta de inserir em suas histórias, como uma assinatura pessoal. No entanto, esses aspectos não alteram o ritmo agradável da história, que levou a plateia ao riso no Festival de Berlim e conquistou o público em Sundance.

É possível que o público brasileiro se identifique com o filme. Muitas pessoas irão enxergar em tela suas próprias famílias ou famílias de pessoas que conhecem. Comédias de cunho social são raras no cinema brasileiro, especialmente com a qualidade e profundidade de "Que Horas Ela Volta?". É preciso torcer para que esta obra represente aquele segmento do mercado tão necessário e tão carente em nossa cinematografia: os "filmes do meio", entre pequenos filmes de arte e grandes produções da comédia popular.

VEJA O TRAILER

Crítica: O ano em que meus pais saíram de férias, 2006

SINOPSE

1970. Mauro (Michel Joelsas) é um garoto mineiro de 12 anos, que adora futebol e jogo de botão. Um dia, sua vida muda completamente, já que seus pais saem de férias de forma inesperada e sem motivo aparente para ele. Na verdade, os pais de Mauro foram obrigados a fugir da perseguição política, tendo que deixá-lo com o avô paterno (Paulo Autran). Porém o avô enfrenta problemas, o que faz com que Mauro tena quhe ficar com Shlomo (Germano Haiut), um velho judeu solitário que é vizinho do avô de Mauro. 

CRÍTICA

A crítica com relação ao filme "O Ano Em Que Meus Pais Saíram de Férias" encontra-se muito bem desenvolvida e formulada, ressaltando aspectos únicos da obra. O título escolhido pelo diretor Cao Hamburger, que contempla as duas dimensões da história vivida pelo menino Mauro, é bastante adequado para transmitir toda a essência do enredo. 

Ao contrário de outras produções cinematográficas que abordam ditaduras, este filme brasileiro apresenta um tom distinto em relação à investigação e denúncia das brutalidades do regime ou à celebração burlesca da vida em condições extremas. O longa-metragem é, indubitavelmente, triste, não permitindo ao espectador sequer rir durante seus momentos mais leves. A paleta de cores em tons dessaturados, escolhida pela cinematografia de Adriano Goldman, confere uma melancolia que percorre o filme do começo ao fim. 

A tristeza generalizada que permeava o Brasil naquela época é mostrada episodicamente, principalmente através de subtextos presentes em palavras de ordem escritas em muros e em galopes de cavalos da polícia militar pelas ruas. Assim, o filme não se foca apenas na militância política, mas também na tristeza que envolvia o país como um todo naquele momento histórico.

A escolha do roteiro em trabalhar a vida de um menino em estado de quase-abandono, sem culpabilizar os pais, é pertinente, já que reflete o abandono que a nação como um todo experimentava naquele período turbulento. Embora possa ser considerada um tanto óbvia e genérica, a construção da relação entre Mauro e Shlomo contribui para o desenvolvimento do protagonista, que, mesmo inserido em uma realidade terrível, encontra maneiras de crescer e estabelecer relações, explorar sua sexualidade e celebrar pequenas alegrias, como a vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1970.

Ao observar os momentos de Mauro assistindo às partidas de futebol, jogando botão com os amigos e interagindo em almoços na vizinhança, percebe-se que é possível vivenciar momentos felizes e plenos mesmo em uma realidade opressora. O futebol, representado como elemento agregador, desempenha um papel central na trama. Em um país dividido pela política, qualquer elemento que una as pessoas e as faça torcer e vibrar em uníssono merece destaque. Portanto, o filme se revela essencialmente disruptivo em relação ao cenário político conturbado ao redor.

Em resumo, o filme de Cao Hamburger recusa o tom melodramático usualmente adotado em obras com temáticas semelhantes, mas também não nega a melancolia presente na vivência da época. Ele demonstra que a vida nem sempre é bela, mas que também pode apresentar momentos de felicidade em certas circunstâncias e em doses controladas. Por fim, o filme faz uma sentença importante ao afirmar que a vida consegue subsistir mesmo nos piores cenários, contrariando todas as expectativas.

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Crítica: O som ao redor, 2012

SINOPSE
Não recomendado para menores de 16 anos

A presença de uma milícia em uma rua de classe média na zona sul do Recife muda a vida dos moradores do local. Ao mesmo tempo em que alguns comemoram a tranquilidade trazida pela segurança privada, outros passam por momentos de extrema tensão. Ao mesmo tempo, casada e mãe de duas crianças, Bia (Maeve Jinkings) tenta encontrar um modo de lidar com o barulhento cachorro de seu vizinho.

CRÍTICA

"O som aniquila a grande beleza do silêncio", disse Charles Chaplin. Grande nome do cinema mudo, o ator e diretor resistiu por muitos anos a aderir à técnica da fala, por achar que algo se perdia na experiência de assistir a um filme. Se estivesse vivo, o eterno Carlito provavelmente estaria ainda mais preocupado com a situação do cinema nos dias de hoje. Desde os anos 80, principalmente depois da criação da MTV, nos deparamos com produções cada vez mais barulhentas e equivocadas do ponto de vista sonoro. Alguns diretores, como o brasileiro Eduardo Coutinho, ainda procuram reforçar a importância do silêncio, mas estão cada vez mais isolados nesse mundo de Michael Bays. Felizmente, "O Som ao Redor" surge carregando essa bandeira, mesmo que não intencionalmente. O filme fala de forma sutil e utiliza o som de uma forma pouco vista no cinema mundial.

Aqueles que acompanham o cenário de curtas-metragens no Brasil já tinham voltado seus olhos para Pernambuco há alguns anos. O crítico e jornalista Kleber Mendonça Filho vem desde o início dos anos 2000 produzindo curtas muito interessantes, sempre com algo a dizer. Foi assim com "Vinil Verde" (2004), "Eletrodoméstica" (2005) e, principalmente, "Recife Frio" (2009), que arrebatou prêmios pelo mundo inteiro e chegou a ser lançado comercialmente em DVD, algo raro no formato. Ele estreou em longas com o ótimo documentário "Crítico" (2008), mas só agora se arrisca no cinema de ficção. Com "O Som ao Redor", o diretor comprova que é um profissional a ser observado no cinema brasileiro.

Diante de uma onda de violência, os moradores de uma pacata rua na zona sul do Recife decidem contratar o serviço de seguranças particulares para vigiarem as redondezas. Liderados por Clodoaldo, os vigilantes assumem uma posição importante na região, caindo nas graças até mesmo do misterioso Francisco, uma espécie de coronel dos dias de hoje, com inúmeros imóveis na área e exercendo muita influência no bairro. Essa é a premissa principal da produção, mas a verdade é que o filme é muito mais do que isso. Mendonça Filho retrata de uma forma pouco vista a classe média brasileira, destacando personagens que se revoltam, mas não perdem tempo tomando atitudes contra o que lhes causa revolta. Isso fica evidente na ótima sequência da reunião de condomínio, em que um morador se diz contra uma demissão para logo em seguida abandonar a reunião por causa de outros compromissos.

Ao registrar a rotina de inúmeras casas, o diretor também estuda a relação entre patrão e empregado. É curioso notar como essa relação varia de personagem para personagem. Temos a dona de casa que não precisa de empregada, mas que sofre com a solidão nos momentos em que o marido e os filhos estão fora. Temos o homem bonito que conhece a empregada há vários anos e a trata como se fosse de casa. E temos ainda a mulher abastada que trata mal os funcionários. A dinâmica entre essas situações é feita de forma natural, favorecida pelo ótimo desempenho de todo o elenco. Irandhir Santos, mais uma vez, mostra que é um dos melhores atores do Brasil, mas ele não está sozinho. Gustavo Jahn faz um ótimo trabalho como João, neto de Francisco, enquanto Maeve Jinkings rouba a cena como Bia, conquistando e entretendo o público em sua rotina de ódio pelo cachorro vizinho.

Assim como a história, o título "O Som ao Redor" também diz muito. Não se trata de uma obra sobre crimes elaborados ou sobre relacionamentos individuais. É um filme sobre o que está ao nosso redor, sobre ruas cada vez mais vazias e muros cada vez mais altos. Sobre câmeras de segurança, cachorros e, principalmente, pânico. Não o pânico produzido por um grande susto, mas sim aquele que existe diante da certeza permanente de que algo ruim pode acontecer. E no mundo de hoje, isso está na mente de adultos e crianças, como mostrado no longa. Além de dirigir e escrever o roteiro, Kleber Mendonça Filho também foi responsável pela montagem (ao lado de João Maria) e pelo desenho de som (ao lado de Simone Dourado). Os quatro trabalhos estão totalmente ligados nessa produção. Direção, roteiro e montagem sempre caminharam juntos no cinema, mas aqui o trabalho de som também é um elemento chave na produção. Os efeitos sonoros, trilha sonora e design sonoro são ótimos, mas os elementos que roubam a cena são a captação e a mixagem. A forma como vários sons são inseridos em meio aos poucos diálogos é merecedora de aplausos.

"O Som ao Redor" não é um filme que precisa gritar para ser ouvido, não precisa de grandes cenas dramáticas para chegar ao seu objetivo ou mesmo para contar uma história. Evolui um relacionamento amoroso para depois dizer que ele terminou sem mostrar o fim ao espectador, que, surpreendentemente, ainda se dará por satisfeito. Afinal, está claro desde o início que a vida dos personagens não é o foco da trama, mas sim a rotina de uma comunidade.

Bonito, divertido, assustador e cativante. "O Som ao Redor" é um dos melhores filmes brasileiros dos últimos tempos. Talvez o mais impressionante desde "Cidade de Deus". Celebra o cinema de gênero de John Carpenter ao mesmo tempo em que investe em um tom mais realista. Passado no Recife, no bairro em que o próprio diretor vive, também poderia se passar em qualquer grande cidade do mundo, onde as relações sociais estão cada vez mais marcadas pela paranoia e pela impessoalidade. Não deixe de assistir e escutar esse longa.

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Crítica: Aquarius, 2016


SINOPSE
Não recomendado para menores de 16 anos

Clara (Sonia Braga) tem 65 anos, é jornalista aposentada, viúva e mãe de três adultos. Ela mora em um apartamento localizado na Av. Boa Viagem, no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada em construir um novo prédio no espaço, os responsáveis por uma construtora conseguiram adquirir quase todos os apartamentos do prédio, menos o dela. Por mais que tenha deixado bem claro que não pretende vendê-lo, Clara sofre todo tipo de assédio e ameaça para que mude de ideia.

CRÍTICA

"Aquarius", dirigido por Kleber Mendonça Filho, é um drama brasileiro de 2016 que conta a história de Clara, uma mulher de 65 anos que se recusa a vender seu apartamento para uma construtora que pretende demolir o edifício e construir um novo empreendimento no local. O filme retrata a luta de Clara contra a pressão e corrupção do mercado imobiliário, enquanto reflete sobre temas como memória, resistência e identidade. A trama de "Aquarius" é cativante e envolvente. A história é bem desenvolvida, com um ritmo adequado que permite ao espectador se envolver emocionalmente com os personagens. O filme aborda questões relevantes da sociedade contemporânea, como a especulação imobiliária, a preservação do patrimônio cultural e a resistência dos indivíduos frente ao poder corporativo.

As atuações em "Aquarius" são convincentes e emocionantes. Sonia Braga entrega uma performance excepcional como Clara, transmitindo toda a complexidade e força de sua personagem de forma brilhante. O elenco coletivo também se destaca, com atores e atrizes talentosos que trazem vida aos demais personagens da trama.

Do ponto de vista técnico, o filme é impecável. A direção de Kleber Mendonça Filho é precisa e hábil, conduzindo a história de forma inteligente e sensível. O roteiro é bem estruturado e as cenas são cuidadosamente planejadas e executadas. A cinematografia é deslumbrante, captando os detalhes da vida cotidiana e da arquitetura da cidade de Recife com maestria. A trilha sonora complementa perfeitamente a atmosfera do filme, enquanto a edição, figurino e design de produção são impecáveis. Em relação à análise estilística, "Aquarius" reflete o estilo autoral de Kleber Mendonça Filho. O diretor utiliza uma abordagem realista e íntima para retratar a vida de Clara, criando uma conexão emocional com o espectador. As escolhas estéticas, como a fotografia detalhada e os enquadramentos cuidadosamente selecionados, contribuem para a experiência de assistir ao filme, tornando-o visualmente deslumbrante e impactante.

Em termos de conteúdo, "Aquarius" aborda questões sociais e políticas relevantes, como a preservação da memória e o enfrentamento do poder corporativo. O filme provoca reflexão sobre o valor das lembranças individuais e coletivas, além de destacar a importância da resistência e da luta pelos direitos e pela justiça. Em comparação com outros filmes do mesmo gênero, "Aquarius" se destaca pela sua abordagem única e pelo retrato verossímil de uma batalha pessoal em meio a questões sociais mais amplas. O filme traz uma visão autêntica da cultura brasileira e oferece uma experiência cinematográfica rica e significativa.

Em minha opinião pessoal, "Aquarius" é um filme brilhante que merece ser visto. É uma obra de arte emocionante, que nos envolve e nos faz refletir sobre temas importantes da sociedade contemporânea. As atuações, a direção e os aspectos técnicos são de alta qualidade e contribuem para uma experiência cinematográfica excepcional. Recomendo fortemente a visualização de "Aquarius" para todos os amantes do cinema e para aqueles que buscam filmes que promovam reflexão e engajamento.

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Crítica: O pagador de promessas, 1962

SINOPSE

Zé do Burro (Leonardo Villar) e sua mulher Rosa (Glória Menezes) vivem em uma pequena propriedade a 42 quilômetros de Salvador. Um dia, o burro de estimação de Zé é atingido por um raio e ele acaba indo a um terreiro de candomblé, onde faz uma promessa a Santa Bárbara para salvar o animal. Com o restabelecimento do bicho, Zé põe-se a cumprir a promessa e doa metade de seu sítio, para depois começar uma caminhada rumo a Salvador, carregando nas costas uma imensa cruz de madeira. Mas a via crucis de Zé ainda se torna mais angustiante ao ver sua mulher se engraçar com o cafetão Bonitão (Geraldo Del Rey) e ao encontrar a resistência ferrenha do padre Olavo (Dionísio Azevedo) a negar-lhe a entrada em sua igreja, pela razão de Zé haver feito sua promessa em um terreiro de macumba.

CRÍTICA

"O Pagador de Promessas", filme dirigido por Anselmo Duarte e lançado em 1962, é uma obra-prima do cinema brasileiro que merece ser celebrada por sua trama envolvente, atuações brilhantes, aspectos técnicos impecáveis, estilo marcante e conteúdo reflexivo.

A história do filme gira em torno de Zé do Burro, um homem simples e devoto que faz uma promessa para salvar seu burro, que se machuca durante uma tempestade. Ao cumprir sua promessa e entregar a Cruz de Caravaca à Igreja de Santa Bárbara, Zé entra em conflito com a igreja e com outras pessoas que não aceitam seu ato de fé, resultando em uma série de obstáculos e consequências trágicas.

A trama apresentada no filme é cativante e bem desenvolvida, capturando a atenção do espectador do começo ao fim. O enredo é repleto de tensão e conflitos, explorando temas como fanatismo religioso, intolerância, poder e ética. Além disso, a narrativa é habilmente construída, alternando entre momentos de suspense, emoção e reflexão, mantendo o público sempre envolvido.

As atuações do elenco são uma das grandes qualidades do filme. Leonardo Villar, no papel de Zé do Burro, entrega uma performance convincente e emocionante, transmitindo com maestria a devoção e o sofrimento de seu personagem. Também é digno de destaque a atuação de Glória Menezes, interpretando a esposa de Zé, que traz momentos de força e vulnerabilidade.

Em termos técnicos, "O Pagador de Promessas" é impecável. A direção de Anselmo Duarte é precisa e habilidosa, conseguindo extrair o máximo do elenco e das locações. O roteiro é consistente e bem estruturado, explorando as dimensões emocionais e políticas da trama. A cinematografia é belíssima, com composições de quadro cuidadosas e uso eficiente da luz e da sombra. A trilha sonora, composta por Gabriel Migliori, complementa perfeitamente o clima do filme, adicionando emoção e tensão nas cenas.

A estilística do diretor Anselmo Duarte é marcante e se reflete em todo o filme. Ele faz uso de planos sequências longos, diálogos intensos e momentos de silêncio, contribuindo para a experiência única de assistir a "O Pagador de Promessas". As escolhas estéticas são autênticas e servem para reforçar a mensagem do filme, tornando-o inesquecível.

No que diz respeito ao conteúdo, "O Pagador de Promessas" levanta questões relevantes sobre o papel da religião na sociedade, discutindo a intolerância religiosa e os conflitos entre fé e poder institucionalizado. O filme provoca reflexões profundas sobre esses temas, convidando o espectador a questionar suas próprias crenças e valores. Além disso, a obra possui um impacto sociocultural significativo, sendo considerada um marco do Cinema Novo brasileiro e um divisor de águas na história do cinema nacional.

Ao comparar "O Pagador de Promessas" com outros filmes do mesmo contexto, é possível perceber a sua importância e relevância. O filme se destaca por sua originalidade e coragem ao abordar questões tão sensíveis de forma crítica e profunda. Sua influência pode ser sentida em outras produções brasileiras que exploram questões sociais e políticas de maneira similar.

Em minha opinião, "O Pagador de Promessas" é uma obra-prima do cinema brasileiro que merece ser valorizada e apreciada. Seu enredo envolvente, atuações impressionantes, aspectos técnicos impecáveis, estilo marcante e conteúdo reflexivo fazem dele um filme indispensável para qualquer amante do cinema. Recomendo fortemente a sua visualização, pois sua mensagem inspiradora e sua qualidade artística o tornam um clássico atemporal.

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