ZINDACTA, Vitor. TDAH de A a Z: o manual definitivo para entender e superar. Rio Verde, GO: [edição do autor], 2025. 350 p.; 14 x 21 cm.
A obra TDAH de A a Z: O Manual Definitivo para Entender e Superar, de Vitor Zindacta, publicada de forma independente em 2025, constitui um guia abrangente e prático sobre o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), fundamentado em pesquisas científicas e experiências pessoais do autor. Com estrutura organizada em 22 capítulos, introdução, apêndices e referências, o livro busca desmistificar o TDAH, promovendo estratégias de gerenciamento, autoajuda e perspectivas futuras, com ênfase em abordagens baseadas em evidências como o DSM-5 (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA, 2013) e estudos genéticos recentes. Destinado a leigos, profissionais de saúde e indivíduos com TDAH, o texto é oferecido gratuitamente em formato digital, alinhando-se a uma visão acessível de saúde mental, onde o autor destaca que "o TDAH é uma condição neurobiológica complexa que afeta milhões de pessoas" (ZINDACTA, 2025, Introdução), afetando cerca de 5-7% das crianças e 2-5% dos adultos globalmente.
No plano científico, Zindacta integra narrativas pessoais com dados empíricos, explorando desde conceitos básicos até avanços contemporâneos. O Capítulo 1 define o TDAH como "um transtorno neurodesenvolvimental caracterizado por padrões persistentes de desatenção, hiperatividade e impulsividade" (ZINDACTA, 2025, Capítulo 1), classificando-o em três tipos: predominantemente desatento, hiperativo-impulsivo e combinado, com sintomas persistentes desde a infância. Indiretamente, o autor diferencia o TDAH de comorbidades como ansiedade, transtorno bipolar e autismo, citando que taxas de comorbidade com ansiedade ou depressão são elevadas, o que exige avaliações multidisciplinares. A visão histórica, traçada desde Sir George Frederic Still em 1902 até o DSM-5-TR de 2022, reflete evoluções neurológicas, como a identificação de desequilíbrios em dopamina e noradrenalina.
Os capítulos subsequentes (2 a 6) detalham sintomas, causas e diagnósticos, com rigor acadêmico. No Capítulo 2, sintomas são categorizados por idade, destacando em crianças hiperatividade motora e em adultos inquietação interna, com critérios diagnósticos exigindo pelo menos seis sintomas persistentes por seis meses. Causas genéticas, com heritabilidade de 70-90%, e ambientais, como exposições pré-natais, são discutidas no contexto de estudos como GWAS (DEMONTIS et al., 2018). Tratamentos convencionais no Capítulo subsequente incluem psicoestimulantes como metilfenidato e terapias comportamentais, com eficácia comprovada em melhorias de concentração.
Abordagens alternativas e estratégias práticas ocupam capítulos centrais (7 a 21), enfatizando manejo holístico. Zindacta promove mindfulness, nutrição rica em ômega-3 (baseado em BLOCH; QAWASMI, 2011) e exercícios físicos, que elevam neurotransmissores como dopamina, reduzindo sintomas em até 30-50%. Rotinas diárias, como a Técnica Pomodoro, e suporte comunitário via grupos como ABDA são sugeridos para produtividade no trabalho e estudos. O Capítulo 21 aborda estigma, recomendando educação e advocacia, enquanto recursos incluem apps como Todoist e podcasts como "How to ADHD".
O Capítulo 22 projeta avanços futuros, como terapias genéticas e IA para diagnósticos personalizados, citando que "a IA está revolucionando a forma como entendemos e tratamos o TDAH" (ZINDACTA, 2025, Capítulo 22). Apêndices enriquecem com glossário, exercícios práticos (ex.: planner diário) e referências, incluindo meta-análises sobre corantes alimentares (NIGG et al., 2012).
Pontos fortes residem na acessibilidade, integração de evidências com exemplos reais e foco em neurodiversidade, alinhado a metas da OMS. Fraquezas incluem ausência de ISBN, potencial viés em narrativas pessoais sem dados quantitativos primários e generalizações sobre "cura", que o autor esclarece como gerenciamento crônico. Recomendada para estudos em psicologia, neurociência e educação inclusiva, a obra contribui para o debate sobre saúde mental no Brasil, promovendo empoderamento e redução de estigmas.
Referências
ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA. Diagnostic and statistical manual of mental disorders: DSM-5. 5. ed. Arlington: American Psychiatric Association, 2013.
BLOCH, M. H.; QAWASMI, A. Omega-3 fatty acid supplementation for the treatment of children with attention-deficit/hyperactivity disorder symptomatology: systematic review and meta-analysis. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, v. 50, n. 10, p. 991-1000, 2011.
DEMONTIS, D. et al. Discovery of the first genome-wide significant risk loci for attention deficit/hyperactivity disorder. Nature Genetics, v. 51, n. 1, p. 63-75, 2018.
NIGG, J. T. et al. Meta-analysis of attention-deficit/hyperactivity disorder or attention-deficit/hyperactivity disorder symptoms, restriction diet, and synthetic food color additives. Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, v. 51, n. 1, p. 86-97.e8, 2012.
ZINDACTA, Vitor. TDAH de A a Z: o manual definitivo para entender e superar. Rio Verde, GO: [edição do autor], 2025. 350 p.; 14 x 21 cm.
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