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100 termos para compreender o universo da política

A política é uma área complexa e cheia de termos técnicos que nem sempre são compreendidos pela maioria das pessoas. Por isso, é essencial ter um bom conhecimento sobre os termos básicos que permeiam o universo político. Neste artigo, apresentaremos 100 termos fundamentais para quem deseja compreender melhor como funciona a política, desde conceitos básicos como democracia e poder, até termos mais específicos como bipartidarismo e lobby. Com esse conhecimento, será possível ter uma visão mais clara e informada do cenário político atual.

1. Governo: sistema de organização política que exerce autoridade sobre uma determinada área geográfica.

2. Política: atividade que envolve a tomada de decisões coletivas e o exercício do poder.

3. Estado: entidade política que detém o monopólio legítimo do uso da força em um território.

4. Democracia: regime político em que o poder emana do povo, sendo exercido por meio de representantes eleitos.

5. República: forma de governo em que a chefia de Estado não é hereditária e sim escolhida pelo povo ou por representantes eleitos.

6. Monarquia: forma de governo em que o chefe de Estado é uma pessoa pertencente a uma dinastia hereditária.

7. Parlamento: órgão legislativo que representa o povo e exerce a função de elaborar leis.

8. Congresso: órgão legislativo composto por duas câmaras (Câmara dos Deputados e Senado) em muitos países.

9. Supremo Tribunal: órgão do poder judiciário responsável por julgar casos de maior relevância e interpretar a Constituição.

10. Constituição: documento fundamental que estabelece os princípios e normas básicas de um país.

11. Liderança: habilidade de influenciar e mobilizar pessoas em direção a um objetivo comum.

12. Partido Político: organização que representa interesses políticos e ideológicos específicos e disputa eleições para governar.

13. Eleição: processo pelo qual os cidadãos escolhem seus representantes políticos.

14. Corrupção: prática ilegal de desvio de recursos públicos por parte de agentes políticos.

15. Lobby: ação de grupos de interesse que buscam influenciar decisões políticas em benefício de suas causas.

16. Propaganda Política: estratégias de comunicação utilizadas para promover ideias e candidatos políticos.

17. Oposição: grupo ou partido político que se opõe às ações do governo e apresenta propostas alternativas.

18. Coalizão: formação de alianças entre partidos políticos para governar em conjunto.

19. Estado de Direito: princípio fundamental que estabelece que todos estão sujeitos às mesmas leis e que estas devem ser justas e igualmente aplicadas.

20. Soberania: autoridade e poder absoluto do Estado sobre seu território e população.

21. Federalismo: sistema de governo em que o poder é distribuído entre diferentes níveis de governo (federal, estadual, municipal).

22. Política Externa: conjunto de ações e decisões tomadas por um governo em suas relações com outros países.

23. Globalização: interconexão cada vez maior entre pessoas, governos, empresas e culturas em escala mundial.

24. Imperialismo: política de expansão territorial e econômica de um Estado sobre outros territórios.

25. Nacionalismo: ideologia que valoriza e promove a identidade nacional e o interesse do Estado.

26. Totalitarismo: forma extrema de governo em que o Estado exerce controle absoluto sobre todos os aspectos da vida dos cidadãos.

27. Autoritarismo: regime político em que o poder é concentrado em uma única pessoa ou grupo, que exerce controle sobre a sociedade.

28. Populismo: estratégia política que apela às emoções e sentimentos do povo em detrimento da racionalidade e do debate público.

29. Fascismo: ideologia política de extrema direita que valoriza o nacionalismo, o autoritarismo e a violência.

30. Comunismo: ideologia política de esquerda que preconiza a abolição da propriedade privada e a criação de uma sociedade igualitária.

31. Socialismo: ideologia política que propõe a redistribuição de riqueza e poder em benefício da classe trabalhadora.

32. Capitalismo: sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção e na livre concorrência.

33. Neoliberalismo: corrente ideológica que defende a redução do papel do Estado na economia e a liberalização dos mercados.

34. Estado de Bem-Estar Social: modelo de organização econômica que combina o capitalismo com políticas sociais de proteção ao cidadão.

35. Desigualdade Social: disparidade econômica e social entre indivíduos e grupos dentro de uma sociedade.

36. Direitos Humanos: direitos fundamentais e universais reconhecidos a todos os seres humanos, independentemente de raça, religião, sexo ou nacionalidade.

37. Tolerância: atitude de respeito e aceitação das diferenças e opiniões divergentes.

38. Cidadania: conjunto de direitos e deveres que os cidadãos possuem em relação ao Estado.

39. Participação Política: envolvimento ativo dos cidadãos na vida política, por meio do voto, protesto, ativismo, entre outros.

40. Governança: forma de gestão administrativa baseada na transparência, responsabilidade e prestação de contas.

41. Transparência: princípio que estabelece que as ações e decisões governamentais devem ser públicas e acessíveis à sociedade.

42. Corresponsabilidade: princípio que atribui aos cidadãos e ao Estado responsabilidades compartilhadas na gestão pública.

43. Desenvolvimento Sustentável: modelo de crescimento econômico que concilia a preservação do meio ambiente com o bem-estar social.

44. Política Ambiental: conjunto de diretrizes e ações para proteger e preservar o meio ambiente.

45. Política Econômica: conjunto de medidas e estratégias para promover o crescimento e desenvolvimento econômico de um país.

46. Política Social: conjunto de políticas e programas destinados a promover o bem-estar social e combater a desigualdade.

47. Política Fiscal: conjunto de medidas relacionadas à arrecadação e gastos do governo.

48. Política Monetária: conjunto de medidas relacionadas à oferta de moeda e controle da inflação.

49. Política Externa: conjunto de ações e posições adotadas por um país em suas relações com outros países.

50. Guerra Fria: período de tensão e rivalidade entre Estados Unidos e União Soviética no pós-Segunda Guerra Mundial.

51. Bloco Econômico: aliança de países que estabelecem acordos comerciais e econômicos para promover o desenvolvimento mútuo.

52. Diplomacia: arte de negociar e estabelecer relações pacíficas entre Estados.

53. ONU: Organização das Nações Unidas, entidade internacional que promove a cooperação entre países e a paz mundial.

54. Direito Internacional: conjunto de normas e tratados que regem as relações entre Estados.

55. Conflito Armado: confronto violento entre Estados ou grupos armados com objetivos políticos.

56. Guerra: conflito armado de larga escala entre Estados.

57. Paz: estado de harmonia, segurança e ausência de conflitos entre indivíduos, grupos ou nações.

58. Terrorismo: prática de violência e intimidação com objetivos políticos.

59. Genocídio: extermínio sistemático de um grupo étnico, racial, religioso ou social.

60. Democracia Participativa: modelo de democracia em que os cidadãos têm maior participação nas decisões políticas.

61. Reforma Política: conjunto de mudanças e medidas para aperfeiçoar o sistema político e eleitoral.

62. Descentralização: transferência de poder e responsabilidades do governo central para os níveis locais.

63. Federalismo Fiscal: sistema em que a arrecadação de impostos é compartilhada entre diferentes níveis de governo.

64. Movimento Social: entidade organizada que busca promover mudanças sociais e políticas por meio de ações coletivas.

65. Manifestação: ato público de protesto ou reivindicação de direitos por parte da sociedade civil.

66. Greve: paralisação de atividades por parte de trabalhadores em busca de melhores condições de trabalho.

67. Boicote: recusa em consumir produtos ou serviços como forma de protesto político.

68. Revolução: mudança política e social radical que rompe com as estruturas existentes.

69. Desobediência Civil: prática de resistência não violenta contra leis consideradas injustas.

70. Anarquismo: ideologia política que preconiza a abolição do Estado e a organização da sociedade sem hierarquias.

71. Conservadorismo: ideologia política que valoriza a tradição, a ordem e a estabilidade.

72. Liberalismo: ideologia política que defende a liberdade individual, a propriedade privada e a livre iniciativa.

73. Social-Democracia: corrente política de centro-esquerda que busca conciliar o capitalismo com políticas sociais.

74. Fascismo: ideologia política autoritária, nacionalista e antidemocrática.

75. Totalitarismo: forma extrema de governo em que o Estado exerce controle absoluto sobre todos os aspectos da vida dos cidadãos.

76. Autoritarismo: regime político em que o poder é concentrado em uma única pessoa ou grupo, que exerce controle sobre a sociedade.

77. Populismo: estratégia política que apela às emoções e sentimentos do povo em detrimento da racionalidade e do debate público.

78. Fascismo: ideologia política de extrema direita que valoriza o nacionalismo, o autoritarismo e a violência.

79. Comunismo: ideologia política de esquerda que preconiza a abolição da propriedade privada e a criação de uma sociedade igualitária.

80. Socialismo: ideologia política que propõe a redistribuição de riqueza e poder em benefício da classe trabalhadora.

81. Capitalismo: sistema econômico baseado na propriedade privada dos meios de produção e na livre concorrência.

82. Neoliberalismo: corrente ideológica que defende a redução do papel do Estado na economia e a liberalização dos mercados.

83. Estado de Bem-Estar Social: modelo de organização econômica que combina o capitalismo com políticas sociais de proteção ao cidadão.

84. Desigualdade Social: disparidade econômica e social entre indivíduos e grupos dentro de uma sociedade.

85. Direitos Humanos: direitos fundamentais e universais reconhecidos a todos os seres humanos, independentemente de raça, religião, sexo ou nacionalidade.

86. Tolerância: atitude de respeito e aceitação das diferenças e opiniões divergentes.

87. Cidadania: conjunto de direitos e deveres que os cidadãos possuem em relação ao Estado.

88. Participação Política: envolvimento ativo dos cidadãos na vida política, por meio do voto, protesto, ativismo, entre outros.

89. Governança: forma de gestão administrativa baseada na transparência, responsabilidade e prestação de contas.

90. Transparência: princípio que estabelece que as ações e decisões governamentais devem ser públicas e acessíveis à sociedade.

91. Corresponsabilidade: princípio que atribui aos cidadãos e ao Estado responsabilidades compartilhadas na gestão pública.

92. Desenvolvimento Sustentável: modelo de crescimento econômico que concilia a preservação do meio ambiente com o bem-estar social.

93. Política Ambiental: conjunto de diretrizes e ações para proteger e preservar o meio ambiente.

94. Política Econômica: conjunto de medidas e estratégias para promover o crescimento e desenvolvimento econômico de um país.

95. Política Social: conjunto de políticas e programas destinados a promover o bem-estar social e combater a desigualdade.

96. Política Fiscal: conjunto de medidas relacionadas à arrecadação e gastos do governo.

97. Política Monetária: conjunto de medidas relacionadas à oferta de moeda e controle da inflação.

98. Política Externa: conjunto de ações e posições adotadas por um país em suas relações com outros países.

99. Guerra Fria: período de tensão e rivalidade entre Estados Unidos e União Soviética no pós-Segunda Guerra Mundial.

100. Bloco Econômico: aliança de países que estabelecem acordos comerciais e econômicos para promover o desenvolvimento mútuo.

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Como se constitui a organização política do Brasil?



O sistema político do Brasil funciona no modelo de uma República Federativa Presidencialista, composta pela União, estados, Distrito Federal e municípios. O exercício do poder é atribuído a órgãos distintos e independentes, sujeitos a um mecanismo de controlo que garante o cumprimento das leis e da constituição. O Brasil é uma república porque seu chefe de estado é eleito pelo voto popular para um mandato; é presidencial, já que essa figura atua como Chefe de Estado e de Governo; além disso, federal devido à autonomia regional concedida aos Estados individuais.

A União está dividida em três poderes independentes e harmoniosos, nomeadamente o legislativo que cria as leis; o executivo que executa programas ou presta serviços públicos; e o judiciário que resolve conflitos entre cidadãos, entidades e o Estado.

No Brasil, há um sistema pluripartidário que permite a existência legal de vários partidos políticos. Essas agremiações são formadas voluntariamente por pessoas que possuem ideais, interesses e objetivos semelhantes em relação às doutrinas políticas com o objetivo de influenciar na política e fazer parte do poder.

O cientista político Sergio Abranches cunhou o termo “presidencialismo de coalizão” em 1988 para descrever o mecanismo de funcionamento do regime político-institucional do Brasil. O presidencialismo de coligação refere-se a uma situação em que, apesar de serem chefiados por um presidente, vários partidos partilham o poder parlamentar e forçam o poder executivo a práticas tipicamente associadas aos sistemas parlamentaristas. Segundo Abranches, mesmo sendo eleitos diretamente, os presidentes devem formar coalizões dentro do Congresso para governar com eficácia.

Foto: Gazeta do Povo
Histórico

Em 1494, Portugal persuadiu com sucesso o Papa Alexandre VI a mediar entre duas potências católicas proeminentes, Espanha e Portugal, no Tratado de Tordesilhas. De acordo com os seus termos, Portugal reivindicaria todas as terras num raio de 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Seis anos depois, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil iniciando uma colonização gradual que duraria quatro séculos antes de atingir sua forma plena. Rivais como as forças holandesas que tomaram brevemente o controle dos territórios do Nordeste no século XVII foram eventualmente derrotados, enquanto os escravos africanos substituíram os trabalhadores indígenas que haviam se mostrado resistentes ao trabalho manual anteriormente. eram esporádicos, mas mesmo assim demorou algum tempo até que as autoridades portuguesas que governavam esta colónia do sul da América se estabilizassem economicamente.

Enquanto uma sociedade semifeudal se consolidava no litoral através das Capitanias do Brasil, uma sociedade mais dinâmica e sem lei crescia em São Paulo, no Oeste, no Sul e acima dos afluentes do Rio Amazonas, onde a miscigenação era comum. No início do século XIX, o Brasil juntou-se ao mundo europeu após a invasão de Portugal pelas forças de Napoleão em 1807. Escoltada pela marinha britânica, a corte portuguesa permaneceu no Rio de Janeiro de 1808 a 1821. Eventualmente, uma onda de modernidade emergiu, mas também destacou diferenças entre o Brasil e o resto do país. América Latina. O iluminismo das ideias, bem como as revoluções americana e francesa, lideraram rebeliões violentas contra a coroa espanhola, enquanto o filho mais novo proclamou a independência do Império Brasileiro de forma conservadora, disputando sua posição sendo o último país das Américas abolindo a lavagem. Durante 1889, um golpe militar encerrou este período.

No início do século XX, a política brasileira era dominada pela política do “café com leite”. Os estados de São Paulo, com suas vastas plantações de café, e de Minas Gerais, conhecido pela produção de laticínios, controlavam o poder político nacional. A região Nordeste era governada por proprietários conservadores chamados coronéis, que podem ou não ter servido anteriormente como oficiais militares. Num Sul sem lei, havia preocupações relativamente à lentidão da burocracia e à corrupção no governo federal do Rio de Janeiro. O próprio sistema político dependia fortemente do elitismo pessoal, bem como da negociação em troca de favores; esta prática foi mantida desde os tempos imperiais. A sociedade permaneceu principalmente agrária, embora os centros urbanos como o Sudeste começaram lentamente a integrar práticas capitalistas-industriais ao longo do tempo. Por exemplo, em 1904, Francisco Matarazzo estabeleceu sua primeira fábrica têxtil que eventualmente produziu receitas representando cerca de 87-5%. do PIB estadual trinta anos depois. Em 1922, foi fundado o Partido Comunista Brasileiro (PCB). A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), seis anos após a fundação do PCB, também entraria no cenário industrial paulista.

Em 1930, Getúlio Vargas chegou ao poder através da Revolução. Ele já havia atuado como presidente do Rio Grande do Sul e concorreu às eleições naquele ano pelo partido Aliança Liberal. Embora recebesse apoio dos presidentes das províncias de Minas Gerais e Paraíba, a votação não era anônima e as eleições eram influenciadas por máquinas políticas que dividiam recursos entre os estados.[3] O presidente Washington Luís declarou que seu próprio candidato, Julio Prestes, venceu com o dobro de votos; no entanto, devido ao principal produto de exportação do Brasil (café) ter sido duramente atingido à luz de crises envolvendo fuga de capitais estrangeiros que esgotaram as reservas do governo - resultando em ouro zero no final de 1930 - juntamente com a insatisfação entre os oficiais subalternos do Exército conhecidos pela mentalidade tenentista - criou circunstâncias ideais que antecederam a revolução cujo sucesso aconteceu em poucas semanas.

Até seu suicídio em 1954, Vargas era uma figura proeminente na política brasileira. Ele derrotou uma rebelião em São Paulo em 1932, frustrou uma tentativa de golpe comunista em 1935 e foi preso durante um levante fascista quase bem-sucedido liderado pelo grupo Integralistas para derrubá-lo. Além disso, ele estabeleceu uma ditadura personalista com características fascistas em novembro daquele ano (ou “fascismo seguido”, já que ‘estilo’ não tem lugar aqui como adjetivo ou advérbio), levando o Brasil a se juntar aos Aliados contra os países do Eixo durante a Segunda Guerra Mundial. Embora a ideologia fascista tenha falhado completamente com os trabalhadores, além de ter destruído os sindicatos em toda a Europa; sofreu uma reinterpretação sob o regime do Estado Novo, de modo a incorporar os trabalhadores sindicalizados na sociedade de forma paternalista, mas o clientelismo permeou o Ministério do Trabalho, onde o poder residia enquanto permanecia liberdade limitada para os trabalhadores industriais formando associações colectivas. Embora as greves tenham sido proibidas após a adopção da Constituição naquela altura - no contexto da aplicação do salário mínimo entre algumas categorias -, a assistência chegou às pessoas de baixos rendimentos que migravam das áreas rurais, ajustando-se às indústrias urbanas que satisfaziam as suas necessidades para sempre, até certo ponto, apesar da disposição inflexível em relação a liberdades humanas básicas na formulação de políticas sociais em sua essência.

Organização Política

O chefe do Poder Executivo é o presidente da República, eleito por voto direto para um mandato de quatro anos, renovável uma vez. No nível estadual, os Governadores exercem o poder executivo; e a nível municipal, os Presidentes da Câmara fazem-no.

No âmbito federal, a instituição responsável pelo poder legislativo é o Congresso Nacional que se divide em duas casas: Câmara dos Deputados e Senado. Para as eleições da Câmara são escolhidos deputados federais cujas cadeiras são distribuídas entre os estados numa proporção equitativa aos indivíduos dos vinte e sete Unidades da Federação para um período de quatro anos. Já no caso do Senado, cada estado tem três promoções com mandato de duração fixa equivalente a oito anos cada um.

Nos estados, a função legislativa é desempenhada pelos deputados estaduais nas Assembleias Legislativas Estaduais; enquanto nos municípios, os vereadores exercem essa função pelas Câmaras Municipais.

No Brasil, há vinte e seis estados e um Distrito Federal que são indivisíveis. Cada entidade possui um eleitor eleito por meio de votação direta para exercício de mandato de quatro anos com possibilidade de renovação pelo mesmo período. Essa mesma periodicidade se aplica aos prefeitos municipais em todo o país. A representação parlamentar é única tanto nos estados quanto nos municípios: os legisladores estaduais atuam na Assembleia Legislativa após serem escolhidos pelos cidadãos em uma eleição quadrienal; enquanto isso, os vereadores assumem a Câmara Municipal pelo mesmo intervalo temporal.

A instância judicial máxima do Brasil é o Poder Judiciário, cuja autoridade máxima é o Supremo Tribunal Federal (STF). Composto por onze membros com notável expertise jurídica e impecável histórico judicial, são nomeados pelo Presidente e aprovados pelo Senado. A composição do STF não é totalmente renovada a cada mandato presidencial; um novo membro só será nomeado quando um se aposentar ou falecer. Desde 2015, a aposentadoria compulsória dos ministros do STF é aos 75 anos, mas eles podem se aposentar mais cedo, se desejarem. Seu salário ($ 41.650,92 em 2023) representa o limite máximo dos salários dos servidores públicos no Brasil.

Estados Brasileiros

O estado brasileiro está estruturado em torno de três poderes: os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, que são independentes, mas harmoniosos. Adicionalmente, a organização político-administrativa do Brasil compreende três níveis de governo: federal (representado pela União), estados (incluindo o Distrito Federal) e municípios; cada um operando de forma independente dentro dos termos constitucionais.

Os cinco princípios fundamentais que definem uma Federação são: soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e liberdade de iniciativa e pluralismo político. A Constituição cria oficialmente os ramos clássicos tripartites de governo - executivo, legislativo e judiciário - dentro do sistema de controle e equilíbrios. O executivo e o legislativo operam independentemente em todas as esferas governamentais, enquanto o judiciário é organizado apenas no nível federal, assim como nas esferas estaduais ou no Distrito Federal.

Cada um dos poderes possui uma atividade principal e outras secundárias. O Legislativo tem como função primária a produção e fiscalização de leis, administração e julgamento em segundo plano. Já o Judiciário é responsável por interpretar as leis para resolver conflitos concretos, buscando pacificar a sociedade; suas funções atípicas incluem legislar ou administrar. Por sua vez, cabe ao Executivo implementar o que determina a lei através da gestão pública do Estado - fornecimento de serviços básicos à população como infraestrutura, saúde ou educação - enquanto suas funções secundárias abrangem legislação e julgamentos específicos.

O que foi o golpe militar de 1964

O Golpe Militar de 1964 no Brasil resultou na destituição do Presidente João Goulart e marcou o fim da Quarta República Brasileira (1946-1964), levando a um período de ditadura militar que durou até 1985. O golpe começou inicialmente como uma rebelião de militares forças, que foi seguido pelo Congresso declarando vaga para a Presidência em 2 de abril. Uma junta militar conhecida como "Comando Supremo da Revolução" foi formada com o presidente exilado quatro dias depois. Ranieri Mazzilli o substituiu temporariamente pelo General Humberto de Alencar Castelo Branco sendo eleito seu sucessor permanente após o Congresso ter conduzido um processo eleitoral.

Jango, vice-presidente eleito democraticamente em 1960, assumiu o poder após a renúncia do presidente Jânio Quadros em 1961 e a Campanha da Legalidade que derrotou um golpe militar que tentava impedir sua posse. Durante o seu mandato, as crises económicas e os conflitos sociais aprofundaram-se à medida que vários movimentos políticos defendiam reformas em diferentes sectores, tais como sindicatos, grupos de agricultores, organizações de estudantes e oficiais militares de baixa patente. Estas reformas também foram propostas pelo próprio presidente, mas enfrentaram oposição crescente das elites da sociedade, incluindo famílias urbanas de classe média, juntamente com membros proeminentes de instituições religiosas e meios de comunicação que o acusaram de pôr em perigo a ordem jurídica ao mesmo tempo que eram cúmplices da influência comunista, o que poderia trazer o caos quando uniram-se culminando no enfraquecimento das posições militaristas. Ao longo da presidência de Goulart, houve esforços contínuos para pressionar ou desestabilizar as operações do governo por meio de planos revolucionários destinados a alcançar a remoção de posições hierárquicas por meio de círculos de conspiração, às vezes auxiliados pelos Estados Unidos, cujas relações deterioradas os levaram a fazer parcerias com mais frequência do que antes com facções extremistas que buscavam mudanças, assim como fizeram durante este período. período de tempo que culminou no apoio contra essas visões opostas, cumpriu com sucesso seus objetivos, deixando para trás apenas taxas de aprovação marginais, especialmente porque ele não conseguiu apoio suficiente entre os colegas e, em última análise, nos levou diretamente à nossa crise política agravada que se desenrolou ao longo de março de 1964, livros de história, destacando o que precedeu tudo isso contextualiza hoje e ainda lembra causas que devemos evitar para sempre, sempre que possível!


No dia 31 de março eclodiu uma rebelião em Minas Gerais, composta principalmente por militares e alguns governadores. Tropas legalistas e rebeldes mobilizaram-se para a batalha, mas Goulart não queria a guerra civil. Inicialmente em menor número, os legalistas ganharam apoio por meio da adesão em massa, o que levou ao agravamento da situação militar do presidente, fazendo-o fugir do Rio de Janeiro para Brasília e depois para Porto Alegre, seguido pela região do interior gaúcho antes de finalmente buscar refúgio no Uruguai. Em 1º de abril, os golpistas controlaram a maior parte do Brasil, inclusive declarando o Congresso vazio em 2 de abril, enquanto ele ainda estava em território brasileiro. Os esforços feitos por aqueles que apoiaram a administração de Jango, tais como a convocação de greves gerais, foram insuficientes contra a forte repressão enfrentada por outros que se lhe opunham. A classe política previa um rápido regresso ao governo civil; no entanto, isto revelou-se errado, tendo a consolidação ocorrido nos anos subsequentes em torno de uma ditadura autoritária inclinada ao nacionalismo, bem como politicamente alinhada com os Estados Unidos.

Numerosas interpretações do evento foram dadas por historiadores, cientistas políticos e sociólogos. Foi ao mesmo tempo a implementação de uma ditadura militar e a última de uma série de crises políticas semelhantes que ocorreram dentro da República Populista, como aconteceu em 1954, 1955 e 1961. Internacionalmente falando, influenciou a narrativa da Guerra Fria na América Latina por conta de vários outros golpes militares ocorridos em vários países durante este período.


Contexto

O período democrático iniciado em 1946 foi caracterizado pela oposição entre nacional-estatistas e liberais-conservadores, que estavam divididos quanto à sua posição em relação ao investimento estrangeiro, ao alinhamento com os Estados Unidos e à intervenção estatal na economia e nas relações laborais. Em três momentos distintos - 1954 (o suicídio de Getúlio Vargas), 1955 (o contra-golpe liderado pelo Marechal Lott) e 1961 (a renúncia de Jânio Quadros) - alguns membros das forças militares e políticos do bloco liberal-conservador tentaram golpes de Estado. que criou crises graves que se aproximavam da guerra civil. Contudo, não receberam apoio suficiente da sociedade ou das Forças Armadas em geral para terem sucesso. Em contraste, em 1964 o conflito surgiu mais uma vez entre estes dois blocos, mas desta vez um golpe teve base suficiente para a vitória.[15] Dadas as tentativas anteriores de derrubar governos através de meios violentos, é evidente que o que aconteceu durante os acontecimentos do Golpe Militar de Abril não foi apenas um resultado devido a circunstâncias imediatas.

Os três principais partidos eram o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Democrata (PSD). O PTB representou o legado trabalhista de Vargas, enquanto o PSD emergiu da máquina política varguista, com a UDN emergindo como sua oposição. A tendência gradual de urbanização ampliou os votos no PTB, que formou aliança com o PSD durante a maior parte do período. Enquanto a UDN representava a ideologia de direita, o PTB inclinou-se para a esquerda e o PSD permaneceu no centro do palco.

Em 1960, Jânio Quadros tomou posse como Presidente da República com o apoio da UDN, mas posicionando-se acima das linhas partidárias. Seu vice-presidente foi João Goulart, do PTB. Apesar de serem adversários nas eleições do sistema eleitoral da época, foram eleitos separadamente para os respectivos cargos. Uma vez no poder, Jânio isolou-se e renunciou após um curto período como presidente em agosto de 1961 - possivelmente através de manobras estratégicas, esperando a recusa da sua renúncia e emergindo politicamente mais forte. Ele tinha amplo apoio entre os militares devido à forte desaprovação deles em relação ao seu vice-presidente, que por acaso estava em uma viagem oficial visitando a China. Os militares tinham opiniões favoráveis ​​sobre Jânio, enquanto viam João de forma negativa, especialmente porque ele havia sido rotulado de excessivamente esquerdista quando Ministro do Trabalho. sob o governo de Vargas anteriormente (1954), levando-o a ser demitido após o Manifesto do Coronel.


A manobra de Jânio fracassou e sua renúncia foi aceita. Porém, a rejeição do vice-presidente se materializou no veto de três ministros militares, incluindo Odílio Denys, Ministro da Guerra, ao retorno de Goulart ao Brasil e à posse. Leonel Brizola, governador do Rio Grande do Sul, rejeitou o veto e iniciou a Campanha pela Legalidade, que recebeu amplo apoio em todo o país, enquanto o General José Machado Lopes aderiu à causa da sucessão constitucional. solução: Jango assumiria o cargo sob a nova República Parlamentar, onde os seus poderes foram reduzidos.

A próxima eleição presidencial foi programada para 1965, com Juscelino Kubitschek como pré-candidato mais forte pelo PSD e Carlos Lacerda, governador da Guanabara e oposicionista ferreiro pela UDN. As opções do PTB incluíam Brizola ou Goulart, mas a lei não permitia reeleições nem candidaturas de parentes próximos (Brizola era cunhado de Jango).

Desdobramentos

Castelo Branco, ao assumir o poder, definiu o processo que o elevou à autoridade como “não um golpe, mas sim uma revolução”. O termo voltou a aparecer no primeiro Ato Institucional. Este conceito de revolução é mais inspirado em pronunciamentos que visam derrubar os poderes governamentais e reafirmar a soberania popular do que na ruptura radical da ordem estabelecida, como ocorreu durante a Revolução Russa de 1917. O termo foi usado dentro e fora das bases militares durante e após os tempos da ditadura; contudo, para Ernesto Geisel, o que aconteceu não se qualificou como revolução, uma vez que carecia de um componente idealista - o movimento de 1964 era simplesmente contra a corrupção, a subversão e o próprio Goulart. Gilberto Freyre elogiou estes acontecimentos e considerou-os favoravelmente chamando este período de uma fase revolucionária 'branca' ou pacífica, promovendo a estabilidade política ao lado da ordem social.'

A historiografia atual emprega o termo “golpe” para descrever esse processo. Houve uma tomada de órgãos do Estado pela força militar e os novos detentores do poder ficaram acima da ordem jurídica anterior. Isto pode ser visto no preâmbulo do AI-1: “os processos constitucionais não funcionaram para remover o governo”, e a “revolução vitoriosa” promulga normas jurídicas sem ser limitada pela normatividade pré-existente antes de sua vitória.” Tomar o poder.” também acontece durante uma revolução, mas em termos modernos é acompanhada por “mudanças profundas nos sistemas políticos, sociais e económicos”. Em contraste, o que aconteceu no Brasil foi definido como a defesa da ordem estabelecida contra a desordem. revolução' é usado positiva ou negativamente entre alguns militares e acadêmicos, enquanto há também outro termo chamado contra-golpe. A rejeição favorável a rotular esses eventos com rótulos diferentes de golpe existe no discurso político contemporâneo que é descrito como revisionismo ou. negacionismo.

Desde os anos 70, diversos autores divergem sobre a classificação do golpe como “civil-militar”. Embora o termo tenha sido utilizado pela primeira vez por René Armand Dreifuss em 1981, ele se referia especificamente aos civis envolvidos no setor empresarial. Já outros estudiosos descreveram o evento como um movimento político-militar ou empresarial-militar. O uso da expressão “civil-militar” ocorre porque tanto militares quanto alguns grupos de civis participaram na execução e apoio ao golpe. Contudo, é importante destacarmos que mesmo com tais contribuições dos civis para sua realização bem-sucedida, foram considerações estratégicas puramente militares – como poder bélico das tropas mobilizadas - que permitiram seu sucesso sem enfrentamento direto entre as partes.

O Legado do Manifesto Comunista: Uma análise profunda da influência e relevância global


O Manifesto Comunista é um dos documentos políticos mais influentes da história, escrito por Karl Marx e Friedrich Engels e publicado em 1848. Neste ensaio, abordaremos não só o conteúdo do Manifesto Comunista, mas também sua relevância a um nível global, do surgimento do comunismo e do socialismo científico como se fez conhecido este movimento de estrema e a sua influência na história mundial.

O Manifesto Comunista transformou-se num grito de guerra e uma declaração de objectivos para o proletariado, abordando os problemas subjacentes gerados pela economia de mercado e industrialização, que permitiu que os ricos ficassem mais ricos enquanto o resto sofria.

O problema da desigualdade para Marx e Engels era o problema económico radical. Reconheceram a importância de outras variáveis que contribuem para a posição social, tais como raça, gênero e nação, mas argumentaram que, em última análise, a economia era o fator determinante subjacente.
A história da sociedade é central para a visão marxiana da sociedade. Neste documento histórico podemos ver a visão de Karl Marx e Friedrich Engels sobre a história de todas as sociedades e do percurso do conflito de classes.

 
Marx e Engels argumentaram que no início da história, toda a gente tinha a mesma quantidade de recursos porque todas as pessoas tiveram que lutar pela sua sobrevivência com as próprias mãos. Mas quando a agricultura se tornou a principal força económica, a sociedade tornou-se mais organizada e concentrada em recrutar o excedente social de tropas agrícolas.
Consequentemente, as pessoas que eram fortes fisicamente e capazes de trabalhar eram espalhadas e tornavam-se sem teto. Enquanto aqueles que eram mais fracos foram protegidos pelos agricultores e, seminômades, tornaram-se escravos desta nova classe.

 
Como a economia desenvolveu, também o fez as classes, os senhores e os escravos tornaram-se pequeno-burgueses e pessoas da classe plebéia. Sob o sistema feudal, uma nova classe de aristocracia e camponeses pobres emergiu, ainda mais as pessoas começaram a diversificar seus modos de ganhar dinheiro e a burguesa e a classe operária foram formadas.
Devido ao progresso técnico que a revolução industrial trouxe, a classe dos operários e burgueses começaram a diferenciar-se: os burgueses tornaram-se ricos e poderosos e os proletários pobres e sem propriedade. Assim, o capitalismo da sociedade feudal causou um avanço tecnológico impressionante que, juntamente com o agravamento da divisão do trabalho, acelerou o progresso das forças produtivas.
Os burgueses ganharam direitos iguais do governo e da lei, enquanto os proletários foram livres e forçados a vender seu trabalho para sobreviver. Marx e Engels acreditavam que esta forma de relação de civilização diminuiria o número de classes na sociedade em dois: sem uma casa nem um terreno, o proletário seria o nome de uma pessoa; com o tempo, a pobreza se tornaria comum e a ideologia da burguesia como a principal classe de poder dominante seria aberta a críticas e a sistemas alternativos seriam necessários.


A burguesia continuou a ser a classe económica dominante, ajudando assim a sociedade a se tornar mais mutável, então a classe operária tem crescido e tornou-se mais coesa e politicamente cientista. Mas, de acordo com a ideia de Friedrich Engels, em torno da segunda metade do século XIX, falar de classe, tinha que se referir a classe operária, porque era a única posição social que destacava o indivíduo de entre os outros.
Assim, o Manifesto Comunista conclui que, embora a burguesia tenha se retirado das classes feudais dos artesãos, dos pequeno-burgueses e dos londrinos, a sociedade ainda está dividida entre duas classes: os capitalistas e os assalariados. O problema é que também as classes trabalhadoras não são só isentas de crescer e diminuir a economia, tal como o resto do mundo, porque as duas classes são cada vez mais unidas e perdendo o seu caráter de sector económico. Soaria que, na prática, já algumas estimativas seguravam.


No próximo movimento, os Marquistas falaram sobre a incapacidade dos fundamentos morais e econômicos do capitalismo e a necessidade urgente de mudança para o socialismo, para a solução de muitos dos problemas que a revolução industrial causou.
Do ponto de vista moral, os marxistas argumentaram que o capitalismo estava baseado fundamentalmente no egoísmo: nas relações burguesas e proletárias, cada pessoa pretende maximizar os seus benefícios em detrimento dos outros. Eles argumentaram que para resolver esse problema, deveria impulsionar a economia do socialismo, segundo o qual o governo possuir a totalidade dos negócios e a terra e redistribuir a riqueza com base nas necessidades de cada cidadão.
Os marxistas também afirmaram que o capitalismo estava condenado ao colapso económico porque era impossível manter o lucro do empresário e os salários dos trabalhadores ao mesmo tempo. De acordo com a lei do valor, o valor de um item é baseado em quanto tempo leva para fazê-lo: Os empresários obtêm lucros porque pagam aos fabricantes menos valoração do que a venda de productos.
Assim, o nacional-vende-shop mentality foi útil por um tempo, mas com o tempo a acumulação ilimitada de capitais de investimento e outras empresas não seria capaz de manter o sistema e o mercado seria expulso. O Marcresta acabaria, dizendo que a revolução socialista era um acontecimento inevitável, que acabaria com o regime burguês e estabeleceria uma economia social.


Marx estava argumentando que a classe operária era capaz do capitalismo eletrónico, e que ao responder ao sistema económico que estava dependente, a classe operária iria iniciar um governo socialista sob a sua gestão. Marx não era um utopista e não acreditava que um dia idealista e trabalhador poderia vir, em vez disso, estava convencido de que o papel do ideologicamente e de liderança do governo na reforma socialista é necessário pelo desenvolvimento da história.
Os marxistas achavam que o socialismo deveria ser igual para todos os países do mundo, e um dos objectivos de sua doutrina era de expressar a consciência de classe da burguesia e a necessidade de mudança. O Manifesto Comunista declarou que o cepticismo deveria ser o suporte dos movimentos revolucionárias dos proletários para aqueles que consideram socialismo como uma ideia obscura e estranha.


Nos anos seguintes, surgiram muitos governos que afirmaram ser influenciados pelas ideias de Marx, mas o paradigma político e económico fundado no Manifesto do Partido Comunista acabou por ser um erro para a maioria dos países. Para além de ter sido o leimotiv para a criação da União Soviética em 1922, que durou 69 anos no poder, também a China após a guerra civil, em 1949, sob o lido liderança de Mao Zedong e, entre outros, se tornou um país socialista.


Após esses emprevistos, não parece credível que o capitalismo entre em colapso e que a revolução do proletariado sobrevenha o capitalismo que tem estado com a nossa sociedade por cerca de duzentos anos. Marquistas negariam firmemente que o factum de o capitalismo ter sobrevivido tenha refutado a solididade teórica das suas ideias e argumentariam que estamos a viver um período de transição parecido com a idade média.

No geral, o Manifesto Comunista marca o início de uma nova era, bem como uma nova fórmula de transformação da realidade social.

Bibliografia

K . Musa . , Wirtschaft und Kastei. Die islamische Welt des koming und 19. Jahrhundens, Leipzig, Liban IV, 216 st.
Communist Manifesto ,que está incluso na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão ,nas obras patrimónicas da Unesco. , em: http://unesdoc.unesco.org/images/0005/000552/055251fb.pdf
Hal Draper: (F. Engels) a “Classe” que redescobrimos “
F. Engels: Do Actuel, 1 marte 1877
F. Engels; L’Anti-Du’ Hengl- Fiot. dés sa 5 avril 1886
F. Engels: Partito socislista autonomo – Congrégation de Rome, 17 de março 1888

Resenha: O Brasil tem cura, de Rachel Scheherazade

APRESENTAÇÃO

"O Brasil tem cura" faz uma radiografia, sem máscaras, da nossa pátria. Em busca de soluções, põe sob os holofotes as principais mazelas que assolam o país. Partindo de uma análise histórica, Rachel Sheherazade identifica alguns dos problemas que adoecem o Brasil e propõe caminhos para saná-los. A obra se guia pelo pressuposto de que o país só será passado a limpo se cada brasileiro fizer a sua parte e passar a agir com integridade inegociável, ensinando essa postura às futuras gerações. Convido-o a, juntos, descobrirmos por que nosso país enveredou por caminhos tão penosos e a refletir acerca de quais escolhas nos têm feito pagar um preço tão alto por sermos brasileiros. Proponho-me a indicar e a contextualizar as que entendo ser algumas das principais mazelas do Brasil, de modo que sirvam de ponto de partida para repensarmos tudo o que precisa ser mudado. Rachel Sheherazade

RESENHA

O livro se inicia com uma apresentação autobiográfica de uma autora, que, cresceu durante a ditadura militar no Brasil. Ela relata como a censura e a perseguição política afluíam em sua infância e como, posteriormente, a redemocratização do país permitiu que ela se tornasse uma jovem ativista política. Ela participou de protestos estudantis e se envolveu em questões políticas, incluindo o impeachment do presidente Fernando Collor em 1992.

Ela também aborda na introdução a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente em 2002 e como a jornalista foi influenciada pela sua campanha e discurso de mudança. No entanto, ela também relata como a realidade do governo de Lula não atendeu às suas expectativas e como ela começou a questionar a sinceridade do discurso do PT.

O primeiro capítulo, diagnóstico, a autora explica que o Brasil é um país com muitas qualidades, mas enfrenta problemas graves como insegurança, violência, corrupção e injustiças. Apesar disso, o brasileiro comum tenta fazer sua parte, inspirando outros com seus exemplos. O brasileiro sofre de um "complexo de vira-lata", com baixa autoestima e uma autoimagem negativa, apesar dos avanços do país. Isso se deve em parte ao tipo de colonização portuguesa, que moldou o caráter do brasileiro como individualista, paternalista e patrimonialista. Os primeiros colonizadores portugueses vinham ao Brasil apenas em busca de riqueza fácil, sem interesse em se estabelecer ou construir um futuro para o país. Muitos eram degredados enviados pela coroa, o que contribuiu para a falta de senso de coletividade e compromisso com a nação. Essa herança colonial ajuda a explicar o comportamento individualista, a tendência ao paternalismo e a dificuldade de muitos brasileiros em se orgulhar e amar seu país, devido ao desconhecimento de sua história e trajetória.

Já o segundo capítulo intitulado 'doença',  discute a relação entre pobreza e violência no Brasil, argumentando que a pobreza não é a causa da criminalidade. Ele cita o exemplo do sertão nordestino, onde a população vive em condições de miséria, mas não apresenta altos índices de violência. O autor também menciona que a redução da desigualdade social durante o governo Dilma Rousseff não levou a uma diminuição proporcional da violência, contrariando a lógica de que a redistribuição de renda combate o crime.

Rachel ainda critica fortemente a impunidade de crimes de colarinho branco, usando como exemplo o escândalo do Mensalão. Apesar das condenações iniciais, os réus acabaram beneficiados por leis frouxas e recursos protelatórios, não cumprindo penas efetivas. O autor argumenta que a impunidade é o maior combustível da violência, pois aumenta a audácia dos criminosos. Outro fator mencionado é a legislação penal brasileira, considerada falha por não punir adequadamente os criminosos. O excesso de recursos em favor dos réus e a demora nos julgamentos também fortalecem a impunidade, como ilustrado pelo caso do assassinato da líder sindical Margarida Maria Alves. Desta forma, violência no Brasil não tem origem na pobreza, mas na impunidade, na legislação penal ineficiente e no sistema judiciário moroso, que não pune devidamente os criminosos, sejam eles pobres ou de colarinho branco.

Já no terceiro capítulo intitulado 'o tratamento', aborda a importância da participação política e da ética individual para a transformação do Brasil. Alguns pontos discutidos pela autora são: Política é a arte de convergir interesses individuais e beneficiar a maioria, não deve ser confundida com politicagem. O cidadão consciente vota com conhecimento dos candidatos e fiscaliza os eleitos, pois suas escolhas selam o destino da nação. A corrupção não se restringe aos políticos, mas é um problema de toda a sociedade, que precisa começar a mudar pelo exemplo individual. Atitudes éticas no dia a dia, como respeitar leis e denunciar abusos, têm grande poder transformador quando multiplicadas. A família é o primeiro referencial de conduta, então pais devem dar bons exemplos para os filhos. A Operação Lava Jato revelou um esquema de corrupção bilionário na Petrobras, mostrando como o desvio de recursos públicos causa grandes danos à sociedade. Apesar de condenações, muitos corruptos acabam beneficiados por leis brandas e impunidade, o que precisa mudar. Em resumo, o texto defende que a transformação do Brasil depende da participação política consciente e de uma revolução ética individual, começando pela família, para combater a corrupção sistêmica.

Scheherazade conclui seu relato destacando sua jornada de transformação como jornalista e cidadã engajada, que busca fazer a diferença no Brasil. Ela destaca a importância de se posicionar, de renovar a mente e agir para mudar a realidade do país. Inspirada por exemplos históricos de transformação, ela desafia os leitores a agirem, acreditando que cada indivíduo pode contribuir para uma mudança positiva. A autora enfatiza que a renovação da mente é essencial para mudar atitudes e que cada um deve fazer a sua parte para transformar a sociedade. Ela acredita que o Brasil pode ser transformado, desde que cada cidadão assuma sua responsabilidade e atue em prol de um país melhor.

O livro de Rachel Scheherazade é uma leitura envolvente e inspiradora, que nos leva a refletir sobre a realidade política e social do Brasil. A autora consegue abordar de forma clara as questões complexas, como a relação entre pobreza e violência, a impunidade nos crimes de colarinho branco e a importância da participação política e ética individual. Sua narrativa autobiográfica adiciona uma camada emocional e pessoal à análise política, tornando o texto ainda mais impactante. A mensagem final de esperança e transformação, incentivando cada cidadão a fazer a diferença, é extremamente inspiradora e nos desafia a agir em prol de um país melhor. Definitivamente, um livro que vale a pena ler e refletir.

Resenha: 12 lições contra o neofascismo, de Paulo Cotias

Foto: Arte digital

APRESENTAÇÃO

Nesta obra, Paulo Cotias analisa o neofascismo como fenômeno caleidoscópico, ou seja, multifacetado, com manifestações muitas vezes silenciosas e subliminares. Daí surgem as 12 lições que motivam o título do livro e seus capítulos. 

Historiador, especialista em Docência Superior e mestre em Educação, Cotias aposta na linguagem clara e objetiva aliada a uma detalhada – e necessária  –  contextualização histórica. Logo de início, um alerta: “Cuidado com o academicismo”.

“Tratar o neofascismo com eufemismos ou outros nomes menos comprometedores – como “populismo de direita”, “extrema direita”  ou “conservadores” – é fazer seu jogo. Ele, como veremos, não pode vir à luz com esse nome. Não quer isso”.

Nas páginas seguintes, o autor segue com o dedo na ferida. Na lição 4 – “O neofascista precisa de arautos” –, afirma: “O neofascista se admira no espelho, mas é temeroso das leis, ética e civilidade, que acredita que o oprimem e podem punir. Por isso, reluta, esperneia e revolta-se se for percebido clara e publicamente como tal. É como a retirada vergonhosa de um disfarce.”

RESENHA

12 Lições Contra o Neo Fascismo de Paulo Cotias é uma obra que analisa de forma profunda e detalhada o neofascismo, um fenômeno multifacetado e muitas vezes silencioso. Com sua expertise como historiador e mestre em Educação, o autor apresenta 12 lições essenciais para compreender e combater essa ideologia perigosa. Em um estilo claro e objetivo, Cotias contextualiza historicamente o surgimento e a propagação do neofascismo, alertando para a necessidade de não utilizar eufemismos para descrevê-lo. Ao longo dos capítulos, o autor aborda temas como a necessidade de arautos, seguidores, inimigos, estética, braço armado, multiverso, fé e algoritmo para sustentar o neofascismo. Uma leitura indispensável para aqueles que desejam compreender e resistir a essa ameaça à democracia e aos direitos humanos.

Partindo do pressuposto da necessidade de conhecimento para ação, Paulo Cotias desenvolve em sua obra uma premissa fundamental e indispensável para construção de barreiras para o avanço do neofascismo. A teoria central da obra convida o leitor para o conhecimento da esfera manipuladora e problemática erradica pelos neofascistas, que, por vezes, recebem títulos de 'salvadores', 'donos da verdade', e outros que costumo dizer 'pais de família', o que os fazem se enraizar no seio da sociedade e se perpetuarem de forma silenciosa e claudicante, promovendo entre seus aliados um ritual de desordem, exclusão e prepotência, o que em síntese, é um efeito da coisa, não de sua difusão. Reconhecer os sinais que fazem o neofascismo se tornar tão presente e popular é uma forma de elaborar uma forma de impedir a contaminação de outras pessoas por meio da ignorância e falta de conhecimento de alguns.

Usando de forma figurada a comparação entre neofascismo e caleidoscópio, o autor promove, desta forma,  um paralelo entre a existência, o ato e a consequência dos movimentos e da inserção silenciosa dos ideais fascistas no seio social por meio da propagação e expansão de seus reais idealizadores e apoiadores por meio de discursos bem elaborados para ouvidos desatentos. Para o autor, derrubar um político ou candidato neofascista não impede o movimento de se propagar ou existir, é necessário assim, atentar-se para as raízes que mantém a base em sua solidificação, sendo necessário pensar em uma ação conjunta que possibilite uma ação efetiva de forma a erradicar não um sintoma, mas a causa como um todo.

Em lição 1: cuidado com o academicismo, o autor se desdobra a desvencilhar as esferas do neofascismo na história, desde os acontecimentos recentes com o uso de notícias e publicidade para desvirtuar o foco do reconhecimento da problemática, o colocando como um acontecimento distinto, não o fascismo propriamente dito. Para ilustrar a raiz e os efeitos, ele analisa de forma contextualizada o fascismo promovido por Benito Mussolini e os resultados catastróficos para os italianos, que enfrentaram a pior crise econômica da história, as greves intensas, que culminaram na acensão de Mussolini como primeiro-ministro de Vitor Emanoel III para formação do Estado Fascista. As condições atuais existentes possibilitaram o discurso de que o fenômeno atual das complicações políticas, dos discursos inflamados e dos problemas sociais fossem intitulados de qualquer outra coisa, menos fascismo, como resultado do academicismo que passou a chamar as recentes problemáticas de populismo; extrema-direita ou autoritarismo, o que fez com que houvesse uma análise menos aprofundada dos termos, levando em consideração sua 'pureza', em relação aos acontecimentos promovidos pela ideologia fascista.

Em lição 2: O fascismo tende a se unificar, o autor estuda a estrutura do fascismo, expondo que, como não há evidências de um movimento orgânico com características visíveis e palpáveis como noutros momentos da história, criou-se então a introdução de que essa ilusão política da falta de análise das problemáticas, era, senão, em um moisaco difundido em diferentes territórios, não mais unificado. O que claro, fortaleceu a ideia de acensão de um fascismo territorializado e menos fragmentado por meio da figura de um líder, responsável pela condução de uma nova hierarquia através dos discursos e da difusão de uma política mais reconhecida por meio de um poder de ação pautado em ideologias, uniformes, hinos e rituais que permitiram, ao passo, ainda que lento, reconhecer os sinais de um levantamento facista social.

Em lição 3: O neofascismo é envergonhado de si, o autor se desdobra a explicitar de forma erudita a dificuldade de se encontrar um participante do movimento de forma clara, o que claro, é resultado do seu fracasso na história, tornando assim, seus seguidores uma forma não linear entre a sociedade. A perversão da democracia liberal ocasionou na criminalização do fascismo, bem como em apologias ao movimento, o que fazem os nazifascistas não se assumirem como parte constitutiva do movimento.

Em lição 4: O neofascismo precisa de arautos, descreve que os neofascistas buscam disseminar suas ideias através de profecias autorrealizadoras e sinais que possam ser interpretados como prodígios. Eles atuam em diversos espaços, como igrejas, redes sociais, mídias de massa e através de influenciadores. Recrutam arautos intelectuais e pseudocientistas para legitimar suas ideias e buscam ocupar espaços na sociedade através de autores que abordam temas sensíveis de forma sensacionalista. A estratégia dos neofascistas é ampliar seu alcance e influência de maneira a manipular a opinião pública e se estabelecer como figuras de poder.

Em lição 5: O neofascismo precisa de seguidores, explica que o neofascismo depende de uma comunidade imaginada, em que arautos falam para um público engajado que se torna disseminador das mensagens. A retórica e a produção de verdades são essenciais para mobilizar os seguidores. Além disso, são utilizadas estratégias estéticas e de produção de conteúdo para conquistar novos seguidores. Há também a figura dos influenciadores, ideólogos e fanáticos, que atuam em diferentes níveis dentro da ideologia neofascista. Crianças são estimuladas a se tornarem arautos, enquanto a formação de uma comunidade imaginada se estende a diferentes aspectos da sociedade. O recrutamento por ressentimento é uma estratégia poderosa do neofascismo.

Em  lição 6: Democracia em desencantonos fala que para a população em geral e para o desenvolvimento econômico e social, a busca por um equilíbrio entre investimentos, gastos públicos e arrecadação é fundamental. A substituição da cidadania pelo consumo e do emprego sólido por arranjos precarizados tem levado a um cenário de endividamento e fragilização da economia e da sociedade. As crises econômicas desencadeiam problemas sistêmicos que necessitam de medidas cuidadosas e equilibradas, que levem em consideração não apenas os interesses do grande capital, mas também os da população e o desenvolvimento nacional.

Em lição 7: O neofascismo precisa de inimigos, discute a ascensão de regimes autoritários e totalitários no século XX, como o nazifascismo e o regime stalinista na União Soviética. Também aborda a crise do Estado liberal e do capitalismo na década de 1920, culminando na Grande Depressão de 1929. Após a Segunda Guerra Mundial, surge a Guerra Fria entre o socialismo de Estado e as democracias liberais, consolidando o Estado de Bem-Estar Social. No entanto, a introdução do neoliberalismo provocou mudanças significativas, como a desindustrialização e a precarização do emprego. O surgimento do neofascismo contemporâneo é abordado, mostrando como a corrupção foi utilizada como um inimigo útil para legitimar a ascensão ao poder, especialmente no Brasil. As estratégias políticas e as consequências desses movimentos são discutidas, ressaltando a importância da conscientização e resistência democrática para evitar retrocessos autoritários.

Em lição 8: O neofascismo precisa de uma estéticaesclarece que todo movimento que visa longevidade necessita de uma estética, que diferencia o eu do outro e estabelece hierarquias e pertencimento. A estética opera no campo simbólico, modulando pensar, sentir e agir. Nas redes sociais, a busca por reconhecimento é ainda mais intensa, levando à adesão estética mesmo sem conhecimento das causas. Neofascistas modernos buscam capturar estéticas já existentes para se identificar e ganhar poder. No Brasil, as cores nacionais e a camisa da seleção de futebol são usadas como símbolos. A relação entre política e futebol no país torna essa apropriação mais fácil. Com estética, simbologia e uniformes estabelecidos, o neofascismo precisa formar um braço armado.


Foto: detalhes da diagramação / Sophia editora / reprodução


Em lição 9: O neofascismo precisa de um braço armado, esclarece e discute  que em 1849, Luis Bonaparte fundou a sociedade 10 de Dezembro para alcançar o poder na França, usando de violência para impor seus desejos absolutistas. Na Itália, Mussolini emergiu em um cenário de ascensão dos partidos populares, contando com apoio de grandes empresários, latifundiários, intelectuais nacionalistas e militares desempregados. No Brasil, os integralistas não conseguiram chegar ao poder devido ao regime ditatorial de Vargas. O neofascismo busca se fortalecer atrelando-se ao poder do Estado e armando a população. O desarmamento é atacado para beneficiar grileiros, madeireiros e garimpeiros, potenciais aliados neofascistas. A concessão de armas pode servir como reserva armada para agir contra instituições democráticas, como visto nos Estados Unidos. Para posicionar militantes nas ruas a favor do neofascismo, é necessário mobilizar diversos segmentos e colocá-los como vanguarda.

Em lição 10: O neofascismo precisa de um multiverso, narra que a dificuldade do neofascismo em um contexto de realidade heterogênea é o uso de manipulação e criação de diferentes narrativas para se manter no poder. Ao criar realidades paralelas em que fatos e valores são distorcidos, o neofascismo tenta controlar e influenciar a população. Por meio de manipulação da informação e negação da ciência, busca manter seu apoio e justificar suas ações, mesmo que sejam prejudiciais à sociedade. Essas práticas criam universos paralelos em que o líder neofascista é visto como uma figura divina ou superior, em que a realidade é distorcida e onde oposições e críticas são desconsideradas. Para perpetuar estas realidades paralelas, o neofascismo depende da fé cega de seus seguidores.

Em lição 11: O neofascismo precisa de uma fé, em resumo, o desenvolvimento de sistemas de crenças e fé tem sido fundamental para a construção de comunidades cooperativas ao longo da história da humanidade. A religião desempenhou um papel central na organização social e na compreensão do mundo, possibilitando ações e controle sobre aspectos da vida que estavam fora do alcance humano. No entanto, com o avanço da ciência e da tecnologia, novas formas de compreender e agir sobre o mundo surgiram, desafiando as narrativas tradicionais de fé. O neofascismo brasileiro atual busca capturar a noção de Deus e a liberdade, adaptando-as de forma a unir diferentes grupos em torno de uma ideologia política específica. A coexistência de sistemas de crenças, tanto tradicionais quanto contemporâneos, demonstra a importância da fé na sociedade atual.

Em lição 12: O neofascismo precisa de um algoritmo, esclarece que a introdução de termos do mundo digital no Instagram e algoritmos refletem processos presentes no nosso organismo. Os algoritmos, como conjunto de regras sistemáticas, são utilizados para reforçar gostos, ideias e tendências, levando todos a agir de forma convergente. Esses algoritmos são produzidos por grupos especializados, como os "gabinetes do ódio", e têm como objetivo controlar a liberdade de expressão, testar os limites da democracia, se apresentar como antissistema e cultuar a violência para impor sua ideologia neofascista.

O livro '12 Lições Contra o Neofascismo', de Paulo Cotias, é uma leitura essencial para compreender as nuances e estratégias do neofascismo na contemporaneidade. O autor apresenta de forma clara e cuidadosa cada uma das lições, abordando desde a manipulação da informação até a necessidade de um braço armado para fortalecer o movimento neofascista. A análise profunda e detalhada de Cotias sobre a estética, os seguidores, a fé e o algoritmo necessários para sustentar o neofascismo nos faz refletir sobre os perigos e desafios enfrentados pela democracia atualmente. Com uma linguagem acessível e exemplos históricos e contemporâneos, o autor nos convida a despertar para a importância da resistência democrática e da conscientização diante do avanço de ideologias autoritárias. Em tempos de polarização política e manipulação da informação, '12 Lições Contra o Neofascismo' se mostra como uma obra atual e relevante para todos que buscam compreender e combater o neofascismo em nosso mundo.

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