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Resenha: O sertanejo, de José de Alencar

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ISBN-13: 9788572326742
ISBN-10: 857232674X
Ano: 2013 / Páginas: 354
Idioma: português
EditoraMartin Claret

Num Brasil desconhecido, de paisagens coloridas e exuberantes contrastando com uma pobreza evidente, um amor proibido dá início a uma saga de lutas e aventuras. Arnaldo — um sertanejo de hábitos simples, filho de um local onde o sol queima e a água falta — apaixona-se por Flor — filha de seu patrão; um fazendeiro capitão-mor, conhecido como o maior homem do Ceará. Apesar de simples, Arnaldo é destemido e determinado e lutará contra diversas barreiras para viver seu amor genuíno. Em O Sertanejo , publicado em 1875, José de Alencar nos leva para um local de natureza bruta, ainda pouco desbravado no final do século XIX: o sertão no nordeste do país. Alencar povoa nossas mentes, mexendo o caldeirão de nosso imaginário com seus ricos personagens e locais detalhadamente descritos. ¨*¨

O Sertanejo, Num Brasil desconhecido, de paisagens coloridas e exuberantes contrastando com uma pobreza evidente, um amor proibido dá início a uma saga de lutas e aventuras. Arnaldo – um sertanejo de hábitos simples, filho de um local onde o sol queima e a água falta – apaixona-se por Flor – filha de seu patrão; um fazendeiro capitão-mor, conhecido como o maior homem do Ceará. Apesar de simples, Arnaldo e destemido e determinado e lutará contra diversas barreiras para viver seu amor genuíno.

RESENHA 

Nos primeiros capítulos do livro o narrador apresenta primeiro a paisagem do sertão, para depois aparecer com o personagem principal e enredo.
A história de O sertanejo se passa no nordeste e tem como personagem-narrador Severino, uma pessoa que tenta se definir ao longo da obra mas não consegue, então passa a ser uma figura genérica que representa o povo daquela região. Ele é representante de um povo sofrido, que luta contra a fome, sede e miséria.
O personagem principal é Arnaldo Loureiro, um vaqueiro cearense, simples, mas que luta pelo que quer e enfrenta tudo pelo amor e seus ideais. O vaqueiro trabalha para o capitão-mor, de nome Arnaldo Campelo. Arnaldo enfrenta todos os riscos necessários com a esperança de um dia conquistar a simpatia da meia irmã do capitão-mor, Dona Flor.
Arnaldo é descrito ao longo da obra como arredio, simples e bom. Chega a ser uma figura misteriosa, atenta a todos os pedidos de seu patrão e se mostrando um funcionário exemplar, ele tem o hábito de dormir no alto de arvores na mata. Sua submissão é reconhecida como digna. O único rival de Arnaldo se chama Marcos Fragoso, e Dona Flor é prometida para Leandro Barbilho. No dia do casamento, inimigos do capitão-mor surgem, acontece um tiroteio onde Leandro Barbilho morre. Arnaldo tenta consolar Flor enquanto ela lamenta. A história acontece no sertão de Quixeramobim, Ceará.
No final o capitão-mor reconhece a bravura e dignidade de Arnaldo, e permite que ele use seu sobrenome, Campelo.
2. SOBRE O AUTOR
O escritor brasileiro José de Alencar (1829-1877) nasceu no Ceará, região nordeste do Brasil. Antes de iniciar sua vida literária, atuou como advogado, jornalista, deputado e ministro da justiça. Aos 26 anos publicou sua primeira obra: “Cinco Minutos”. Seu nome está entre os maiores nomes de autores literários brasileiros. Formado em direito pela Universidade de São Paulo, ele é considerado o maior romancista durante o movimento do Romantismo brasileiro. Em suas obras ele descrevia a cultura brasileira e buscava uma identidade nacional. Entre suas grandes obras está “Senhora”, “O Guarani”, “Iracema”, “O sertanejo”, entre outras.
Ele tenta mostrar aspectos sociais, geográficos e temáticos do Brasil da época, usa uma linguagem que foge do português de Portugal e se aproxima mais do português do Brasil. Ele conseguiu retratar desde o sertanejo do nordeste até a sociedade burguesa carioca. Seus romances estão divididas em: urbano, indianista, regionalista e histórico. No romance regionalista está “O Sertanejo”.

3. CARACTERISTICAS DO LIVRO
O Sertanejo, romance da fase regionalista (ou sertanista) de José de Alencar, publicado em 1875, põe em cena o interior nordestino do século XVIII, onde se desenrola a trajetória repleta de heroísmo de Arnaldo, vaqueiro cearense, homem do campo, simples, mas bravo lutador que tudo enfrenta por amor e por seus ideais. Os dias e os trabalhos do vaqueiro traçam um painel do Nordeste do Brasil. A obra apresenta uma prosa com personagens característicos do sertão. Onde o personagem-narrador é Severino, que ao longo do texto tenta se definir, mas com tudo o que fala não consegue, por isso Severino passa a ser como uma figura genérica, ou seja, passa a ser a característica do povo sofrido pelas difilculdades como a fome,sede e miséria.
É um dos romances bastantes brasileiros em que Alencar dá expansão ao seu gênero de pincelador retratando com belas e radiantes cores a paisagem do sertão. Traça todo um complexo de características geográficas e culturais, registrando o típico de nossa sociedade rural, desde o comportamento individual e as relações domésticas, até o registro do folclore.
4. TRECHO DA OBRA
Ao final deste romance, há um diálogo significativo. Arnaldo conversa com o fazendeiro, seu patrão:
— E para si, Arnaldo, que deseja? Insistiu Campelo.
— Que o Sr. Capitão-mór me deixe beijar sua mão: basta-me isso.
— Tu és um homem, e de hoje em diante quero que te chames Arnaldo Louredo Campelo.
5. PERSONAGENS E SUAS CARACTERÍSTICAS
Severino: o personagem-narrador é Severino, que ao longo do texto tenta se definir, mas com tudo o que fala não consegue, por isso Severino passa a ser como uma figura genérica, ou seja, passa a ser a característica do povo sofrido pelas dificuldades como a fome, sede e miséria;
Arnaldo Loureiro: Arnaldo é apresentado no romance como homem arredio, bom, simples e servidor, primeiro vaqueiro de uma fazenda, figura excepcional e misteriosa, com o pleno conhecimento e domínio da natureza, tendo hábito de dormir no alto de árvores na mata, cercado de animais selvagens, sabendo distingui-los como ninguém;
Gonçalo Pires Campelo (capitão-mor): Fazendeiro, o maior homem do Ceará;
Dona Genoveva: Esposa do capitão-mor;
Dona Flor: Filha do capitão-mor. Rica, bela, jovem, bondosa e orgulhosa, D.Flor cresceu com Arnaldo na fazenda e o tem como irmão;
Dourado: o mais belo, valioso e veloz boi daquelas terras e homem nenhum o havia capturado;
Fragoso: filho de fazendeiro rico e acostumado a conquistar o que quer, nem que seja usando a violência de uma guerra;
Alina: aldeã apaixonada por Arnaldo, amiga de Flor;
Justa: mãe de Arnaldo, também aldeã.

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