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Os Passos para a Independência do Brasil: O Grito do Ipiranga e a Proclamação do Império Brasileiro


A Independência do Brasil foi um processo histórico que resultou na separação entre o então Reino do Brasil e o Reino de Portugal e Algarves. Ocorreu de 1821 a 1825, causando violenta oposição entre aqueles que eram a favor ou contra. Os Tribunais Gerais e Extraordinários da Nação Portuguesa, criados em 1820 como consequência da Revolução Liberal no Porto, tomaram decisões a partir de 1821 destinadas a reduzir a autonomia adquirida pelo Brasil, o que essencialmente o faria regressar ao seu antigo estatuto colonial.'

Em 1807, o exército francês invadiu o Reino de Portugal devido à sua recusa em participar num bloqueio continental contra o Reino Unido. A família real portuguesa e o governo fugiram para o Brasil, que era então uma das colónias mais ricas de Portugal e incapaz de resistir ao ataque. Como resultado, várias instituições públicas de Portugal continental foram estabelecidas no Rio de Janeiro durante este período que antecedeu 16 de dezembro de 1815, quando o Príncipe Regente D. João Maria de Bragança (futuro Rei D.João VI) tomou uma decisão que traria mudanças políticas, económicas e sociais significativas; ele elevou o status do Brasil de colônia a reino sob sua antiga metrópole.

No entanto, em 1820 eclodiu uma revolução liberal em Portugal e a família real foi forçada a regressar a Lisboa. Antes de deixar o Brasil, porém, o agora Rei Dom João VI nomeou seu filho mais velho, o Príncipe Pedro de Alcântara de Bragança, como Príncipe Regente do Brasil (1821). Embora Dom Pedro tenha permanecido fiel aos desejos de seu pai no início, a pressão dos tribunais portugueses exigindo que ele fosse repatriado (incluindo sendo rebaixado de príncipe regente a governador militar - essencialmente apenas um comandante do exército português sem poder político), e querendo que o Brasil voltasse sob o domínio colonial o levou a se rebelar. Comemorado oficialmente em 7 de setembro de 1822 é o Dia da Independência do Brasil; esta data marca o evento conhecido como "Grito do Ipiranga" que aconteceu às margens do rio Ipiranga, próximo à cidade de São Paulo. Em 12 de outubro, poucas semanas depois daquele ano, o príncipe foi aclamado Imperador D. Pedro IX, enquanto a coroação e consagração ocorreram oficialmente em 1º de dezembro do mesmo ano, e assim o país ficou conhecido como Império do Brasil.


Durante a Guerra da Independência - que começou com a expulsão dos exércitos portugueses de Pernambuco em 1821 - o Exército Brasileiro foi formado pela contratação de mercenários, alistamento de civis e algumas tropas coloniais. O exército imediatamente se opôs às forças portuguesas que controlavam partes do Brasil durante esse período, incluindo as províncias da Cisplatina (atual Uruguai), Bahia, Piauí, Maranhão e Grão-Pará. É importante notar que grande parte dos oficiais da tropa brasileira eram originários de Portugal neste momento. À medida que o conflito se seguiu nestas regiões, surgiu um movimento revolucionário conhecido como "Confederação do Equador" no atual Nordeste do Brasil, que procurou estabelecer a sua própria República; no entanto, enfrentou dura repressão por parte dos soldados, seguindo ordens dadas pelos monarcas localizados mais a sudeste.

Durante a guerra de independência brasileira, houve um número maior de combatentes em comparação às batalhas ocorridas nas guerras de libertação da América Espanhola, ambas na mesma época. No entanto, não há estatísticas confiáveis ​​em relação ao número preciso de mortes durante os combates. Considerando as informações oficiais e obtidas por meio das histórias sobre confrontos que não foram documentados oficialmente à época, estima-se que entre 2 e 3 milhões de pessoas tenham morrido durante a guerra pela independência do Brasil.

Após quatro anos de conflito, Portugal finalmente alcançou a independência do Brasil e em 29 de agosto de 1825 foi assinado o Tratado de Amizade e Aliança entre Brasil e Portugal. Como parte desta troca pelo reconhecimento como Estado soberano, o Brasil concordou em pagar uma indenização substancial ao Reino de Portugal, ao mesmo tempo que se submeteu a um tratado comercial com o Reino Unido como compensação pelos seus esforços de mediação.

Emancipação

Em abril de 1500, a terra que hoje conhece como o Brasil (cuja origem do nome é amplamente questionada) foi declarada propriedade de Portugal após a chegada da frota portuguesa conduzida por Pedro Álvares Cabral.

A colonização começou em 1534, quando D. João III dividiu o território em catorze capitanias hereditárias; no entanto, essa organização se mostrou problemática devido ao sucesso apenas das capitanias de Pernambuco e São Vicente. Em consequência disso, o rei atribuiu um governador-geral para administrar toda a colônia em 1549. Os portugueses assimilaram algumas tribos nativas enquanto outros foram escravizados ou exterminados por doenças europeias à qual não possuíam imunidade ou longas guerras entre os grupos indígenas rivais e seus aliados As populações europeias encontraram os primeiros dois séculos da colonização.

Durante a metade do século XVI, quando o açúcar se tornou a principal mercadoria exportada pelo Brasil, os portugueses conseguiram importar escravos africanos adquiridos nos mercados de escravatura da África Ocidental. Dessa forma, essas pessoas foram trazidas para lidar com as necessidades crescentes no exterior em relação ao produto e isso deu início ao que ficaria conhecido como ciclo da cana-de-açúcar.

As ideias do Iluminismo surgiram a partir da crise do ciclo do ouro no Brasil e do declínio econômico na região Nordeste, formando a base para os movimentos emancipacionistas na América portuguesa durante a segunda metade do século XVIII. Entre estes desafios ao domínio português incluíram-se eventos como: Conjuração Mineira (1789); Conjuração Carioca (1794); Revolta Baiana (1796) e Conspiração dos Suassunas (1801).. Mesmo quando meramente conspiratórios, estes movimentos distanciaram-se das revoltas autóctones através da promoção da separação de Portugal. No entanto, foram as convulsões naturalistas que levaram a lutas emancipatórias generalizadas no final do século XVIII e às fases iniciais dos conflitos de independência do século XIX.

A independência

Em 1820, a Revolução Liberal do Porto eclodiu em Portugal. O movimento liderado pelos constitucionalistas liberais resultou na convocação das Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa (ou Assembleia Constituinte), que foram encarregadas de criar a primeira constituição de Portugal para si e para os seus territórios ultramarinos. Nessa mesma altura, Cortés exigiu o regresso do Rei Dom João VI do Brasil, onde residia desde 1808, tendo-o elevado a reino como parte do domínio do Reino Unido, compreendendo Portugal, Brasil e Algarves em 15, quando o seu o filho Príncipe Pedro tornou-se Regente governando seus domínios em 7 de março de 21. Em 26 de abril, o rei partiu para a Europa enquanto Dom Pedro aparecia liderando o governo ao lado de ministros que governavam seu reino, iniciando a independência de facto do poder colonial.

O retorno do antigo monarca absoluto, agora monarca constitucional que ocuparia uma posição mais cerimonial e simbólica, deu início a um realinhamento da política portuguesa em relação ao Brasil. Isto reduziu a autonomia política do Brasil e estabeleceu uma administração hierárquica e centralizada cujo centro de poder deveria estar em Portugal. Naquela altura, a burguesia mercantil portuguesa ressentia-se das perdas económicas impostas pela Guerra Peninsular contra a França, bem como do nível de autonomia político-administrativa alcançado pelo Brasil em 1815.

Os militares portugueses estacionados no Brasil apoiavam totalmente o movimento constitucionalista que acontecia em Portugal. O general Jorge Avilez, líder dos oficiais, pressionou o príncipe a demitir e banir ministros do Reino e das Finanças que eram aliados leais de Pedro, mas agora caíram nas mãos desses mesmos soldados . Esta humilhação sofrida pelo Infante D. Pedro teve uma influência decisiva na sua abdicação dez anos depois, pois jurou nunca mais ceder às pressões deles provenientes. Enquanto isso, em 30 de setembro de 1821, Cortes aprovou um decreto que colocava todos os governos provinciais de todo o Brasil diretamente subordinados ao governo central de Lisboa - deixando apenas disponível para ele o cargo de Governador-Geral (Governador-Chefe), sendo aquele que não ocupava qualquer cargo político. poder.Decretos subsequentes exigiram o seu regresso à Europa, ao mesmo tempo que extinguiram os tribunais judiciais criados durante o reinado de João VI em 1808; esta decisão significou que os presidentes das províncias tornaram-se subordinados firmemente entre as regras de Cortez que apoiavam King com sede fora de Lisboa - não mais no Rio de Janeiro, onde as coisas costumavam ser colocadas originalmente - juntos ao lado do Tribunal da Restauração após a reinstalação da Tribuna da Relação em O Supremo Tribunal Real também estava localizado lá, de acordo com algumas fontes relatadas até agora. 

A partir de abril de 1821, as províncias brasileiras receberam os fundamentos da Constituição de Portugal, Brasil e Algarves, juntamente com instruções para realizar eleições para seus representantes na Assembleia Constituinte. (Os deputados do Minho, Trás-os-Montes, Beira Estremadura, Alentejo e Algarves já tinham sido eleitos em Janeiro de 1821.) Portanto, só em Agosto desse mesmo ano é que os primeiros deputados do Brasil tomaram assento nos Tribunais Gerais. vindo de Pernambuco e Rio de Janeiro. Seguido por aqueles que representaram o Maranhão Santa Catarina, Alagoas e Bahia. Somente em 1822 chegaram a Lisboa delegados representando São Paulo Paraíba Grão-Pará Espírito Santo Goiás e Ceará. As representações da Cisplatina (atual território conhecido como Uruguai), Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul não tiveram assento reservado nessas sessões judiciais, optando por um sentimento compartilhado que era oferecer apoio à regência permanecendo presentes em casa. Brasil.

A discordância entre os deputados brasileiros e portugueses surgiu em relação à gestão do Império Colonial Português. Enquanto os representantes de Portugal defendem que o império colonial deveria ser centralizado politicamente no próprio país, a delegação brasileira propunha uma divisão territorial com dois centros de poder - um na Europa e outro na América -, incluindo executivos e legislativos distintos para cada região, além da criação de uma assembleia geral responsável por decidir sobre questões importantes ao conjunto do território imperial. Esse modelo se baseava numa visão federalista luso-brasileira apresentada pelos parlamentares paulistas, liderados por Antônio Carlos Andrada e Silva. Entretanto esse projeto foi negado pelos colegas portugueses que argumentavam que as províncias sul-americanas do "Reino do Brasil" deveriam ter a mesma administração das demais províncias controladas pela metrópole em Lisboa, ignorando assim o título real concedido anteriormente às mesmas como parte integrante da Coroa A Portuguesa influencia apenas nas relações diplomáticas pertinentes aos jogadores internacionais relevantes desde sua independência até o momento certo deste processo medieval ocorrido durante o período histórico específico situado nos séculos XVI-XIX.

As divergências e hostilidades entre deputados brasileiros e portugueses alimentaram a dissidência, levando alguns brasileiros a abandonar as Cortes. Dos 97 delegados brasileiros eleitos para os Tribunais Gerais e Extraordinários de Lisboa (um número superior aos 64 de Portugal), apenas 51 conseguiram embarcar em navios com destino a Lisboa. Destes, apenas 36 aprovaram a nova constituição, sendo a maioria proveniente da região Nordeste do Brasil – cerca de 25 representantes no total. 

As tentativas dos deputados brasileiros de estabelecer a igualdade política e econômica entre os dois reinos, tendo o Rio de Janeiro como centro do poder na América, falharam, levando-os a retornar ao Brasil.

A grande maioria dos residentes do Brasil, tanto de origem brasileira quanto portuguesa, ficou insatisfeita com as resoluções das Cortes e esse descontentamento rapidamente se tornou público. Dois grupos surgiram para opor-se às ações que ameaçavam gradativamente a soberania brasileira: os liberais liderados por Joaquim Gonçalves Ledo - contando com o apoio da maçonaria - e os Bonifacianos encabeçados por José Bonifácio de Andrada. Embora tenham objetivos diferentes no âmbito nacional, ambos defendem um objetivo em comum que era preservar um reino monárquico unido entre Portugal e Brasil mantendo assim a sua soberania. 

O grito do Ipiranga

Pedro sobreviveu até a província de São Paulo com o objetivo de garantir que os habitantes locais permaneçam leais à causa brasileira. Ele chegou à capital em 25 de agosto e lá ficou até dia 5 de setembro.

Durante uma viagem, Leopoldina, sua esposa, casou-se com o regente. Como Portugal estabeleceu condições estritas para o seu regresso a Lisboa, ela convocou uma sessão extraordinária do Conselho de Estado em 2 de setembro de 1822 e decidiu com os seus ministros que o Brasil se separaria definitivamente de Portugal. Então ela assinou a declaração de independência. Depois Paulo Bregaro foi enviado como mensageiro para informar Pedro sobre o ocorrido. 

Uma característica da obra Independência ou Morte (também conhecida como O Grito do Ipiranga), de Pedro Américo.

No dia 7 de setembro, ao retornar à província do Rio de Janeiro, Pedro recebeu uma carta de José Bonifácio e Leopoldina. O príncipe foi informado de que as Cortes haviam anulado todas as ações do gabinete de Bonifácio e retirado qualquer poder remanescente que ele detinha. Voltando-se para os seus companheiros - que incluíam a sua Guarda de Honra - Pedro disse: "Amigos, as Cortes portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. A partir de hoje os nossos laços estão rompidos; nenhum vínculo nos unirá mais." Ele então removeu o símbolo de segurança azul e branco de Portugal antes de exclamar: "Retirem suas insígnias também, soldados! Viva a independência, a liberdade, a separação para o Brasil!" Desembainhando sua espada em afirmação, ele declarou: "Pelo meu sangue, minha honra e por Deus eu juro - deixe-me dar liberdade ao Brasil". Concluiu com “Independência ou morte”. Este evento é lembrado como Grito do Ipiranga (Grito do Ipiranga). 

Segundo as obras historiográficas de Cintra (1922, p. 38) e Pimenta (1972, p. 81), a proclamação da independência do Brasil através do Grito do Ipiranga ocorre conforme descrito abaixo:

"Desculpe, não consigo completar esta solicitação sem que o texto original seja reescrito."

Amigos, as Cortes portuguesas querem escravizar-nos e perseguir-nos. De agora em diante, nossas relações estão rompidas. Nenhum vínculo nos conecta mais!

Soldados, retirem suas medidas de segurança! Viva a independência, a liberdade e a separação do Brasil.

Eu prometo minha concessão à liberdade ao Brasil, por meio do meu sangue, da honra e em nome de Deus.

A partir de agora, a nossa bandeira brasileira será: Independência ou morte!

No dia 7 de setembro de 1822, em São Paulo, o Príncipe Pedro foi cercado por uma multidão após anunciar a independência do Brasil.

Ao chegar a São Paulo na noite de 7 de setembro de 1822, Pedro e seus companheiros compartilharam a notícia da independência do Brasil do domínio português. O príncipe foi recebido com grande festa popular e homenageado como “Rei do Brasil” e “Imperador do Brasil”. Retornou ao Rio de Janeiro em 14 de setembro; nos próximos dias, espalharam-se panfletos liberais (escritos por Joaquim Gonçalves Ledo) sugerindo que Pedro fosse aclamado Imperador Constitucional. No dia 17 de setembro o presidente José Clemente Pereira avisou às demais câmaras municipais do país que a Aclamação ocorreria no dia 12 de outubro – aniversário de Pedro.. No dia seguinte foi criada uma nova bandeira para um reino independente chamada Brasil, embora também acompanhasse o desenho do brasão.

A coroação do imperador Pedro I ocorreu no dia 1º de dezembro de 1822. A

separação oficial de Portugal só ocorreu em 22 de setembro de 1822, numa carta escrita por Pedro a João VI. Nele, Pedro ainda se referia a si mesmo como o “Príncipe Regente”, e seu pai era chamado de Rei do Brasil Independente. Em 12 de outubro daquele ano, no Campo de Santana (mais tarde conhecido como Campo da Aclamação), o Príncipe Pedro foi proclamado Dom Pedro I - Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil. Isso marcou o início do reinado de Pedro e também o estabelecimento do Império do Brasil. No entanto, o Imperador deixou claro que embora aceitasse este título se João VI voltasse da Europa ao Brasil, ele deixaria o poder por Seu Pai.

A razão para o título imperial era que o título de rei significaria simbolicamente uma continuação da tradição dinâmica portuguesa e talvez temesse o absolutismo, enquanto o título de imperador derivava da aclamação popular como na Roma Antiga. No dia 1 de dezembro de 1822 (aniversário da aclamação de D. João IV, primeiro rei a governar a dinastia de Bragança), Pedro I foi coroado e consagrado.

As origens e evolução do espectro político esquerda-direita: da Revolução Francesa à atualidade

O espectro político esquerda-direita é um conceito amplo para enquadrar ideologias e partidos. Esquerda e direita são frequentemente consideradas como opostas, embora indivíduos ou grupos possam ter uma posição mais à esquerda em algumas questões e postura de direita em outras. Na França, onde os termos surgiram, a esquerda tem sido chamada de “partido do movimento” enquanto a direta é conhecida por ser o “partido da ordem”.

Existem quatro dimensões (política, económica, religiosa e temporalidade) que definem com maior precisão os elementos de divisão ideológica entre esquerda e direita. Portanto, “como traços periféricos da divisão entre esquerda e direita temos: para o primeiro setor político, o status quo passado, o capitalismo laissez-faire e os EUA; para o último, a direção ideológica, a mudança futura, a intervenção estatal na economia e a URSS. " A direita é mais conservadora e contínua nas suas ideias, enquanto a esquerda prospera melhor com a descontinuidade.

Bobbio desafia o argumento de Laponce apresentando exemplos de movimentos não religiosos e remunerados da direita europeia. Bobbio afirma que diferentes atitudes em relação à igualdade são fundamentais para distinguir entre estratégias de esquerda e de direita. No entanto, estas distinções nem sempre são absolutas, pois nem a esquerda nem a direita são consistentemente igualitárias ou desiguais.

Nogueira Pinto, cientista político e jornalista português, pretende identificar as características essenciais desta divisão: À esquerda, temos o optimismo antropológico, o utopismo, o igualitarismo, a democracia, o determinismo económico e o internacionalismo. À direita são caracterizadas pelo pessimismo antropológico, antiutopismos, afirmação de diferenças ou direitos, elitismo evolutivo, sistemas de pensamento económico funcionais com pouca ênfase em aparatos políticos, falta de foco/divisão nacional.

Durante a Revolução Francesa de 1789 e o subsequente Império de Napoleão Bonaparte, os termos "esquerda" e "direita" foram criados como uma forma de divisão dos membros da Assembleia Nacional no Parlamento. Os partidários do rei sentaram-se à direita do presidente, enquanto aqueles simpatizantes com a revolução ficaram à sua esquerda. O Barão de Gauville explicou: “Começamos a nos ver uns aos outros - aqueles leais ao Rei (imperador) ou religião sentavam-se na direita para evitar gritarias, juramentos obscenos etc., que colocava as coisas fora das boas maneiras." No entanto , é importante destacar que houve resistência por parte dos representantes da ala mais conservadora quanto a esta divisão pois eles não desejavam formação de facções nem grupos políticos focados em interesses particulares/os quais poderiam ameaçar o bem comum Ao longo do século XIX na França levantaram duas principais. correntes opostas entre republicanos e monarquistas dando origem ao uso destes dois conceitos.políticosaças

Em 1791, a Assembleia Nacional foi substituída por uma Assembleia Legislativa composta por novos membros e foram estabelecidas divisões conjuntas. Os "inovadores" sentaram-se no lado esquerdo, os "moderados". " reuniram-se no centro enquanto aqueles que defendiam a consciência da Constituição ocupavam lugares à sua direita (onde costumavam sentar-se os apoiantes do Antigo Regime). Quando a Convenção Nacional se reuniu em 1792, a disposição dos assentos permaneceu inalterada, mas após a prisão dos girondinos após o golpe de estado em 2 de junho de 1793, ninguém ocupava mais cadeiras no lado direito e os membros restantes mudaram para o centro. No entanto, após o Termidor de 9 de Setembro no ano II (Julho/Agosto), os membros da extrema-esquerda foram excluídos das sessões da assembleia e a prática de organização de assentos foi também abolida com a adopção de regras constitucionais recentemente incorporadas que visavam eliminar facções partidárias dentro dos órgãos legislativos em todo o mundo.

No entanto, após a Restauração em 1814-1815, os clubes políticos foram novamente formados. A maioria dos ultramonarquistas escolheu sentar-se à direita. Os membros "constitucionais" sentavam-se no centro, enquanto os independentes sentavam-se no lado esquerdo. Termos como extrema-direita e extrema-esquerda, bem como centro-direita e centro-esquerda passaram a ser utilizados para descrever nuances de ideologia para diferentes posições dentro da assembleia.

Anteriormente, as denominações "esquerda" e "direita" não eram utilizadas para representar correntes políticas específicas. A sua aplicação aplica-se apenas à posição das cadeiras no âmbito legislativo. Após o ano de 1848, os grupos mais significativos no confronto passaram a ser constituídos pelos democrata-socialistas La Montagne versus aqueles associados como reacionários que adotaram bandeiras vermelhas ou brancas simbolizando sua tendência partidária.

Após o estabelecimento da Terceira República em 1871, os partidos políticos adotaram termos como Esquerda Republicana, Centro-Direita, Centro-Esquerda (em 1871), Extrema Esquerda (em 1876) e Esquerda Radical (1881). A partir do início do século XX, estes termos foram associados a ideologias políticas específicas e utilizados para descrever as políticas dos cidadãos. Isto atualizou gradualmente os rótulos anteriores, como “vermelhos” versus “reacionários” ou “republicanos” versus conservadores. Em 1914, metade dos assentos de esquerda do parlamento eram ocupados por socialistas unificados ao lado de republicanos socialistas e socialistas radicais; entretanto, aqueles rotulados como “esquerdistas” agora ocupavam o que é considerado politicamente falando como o lado direito.

A utilização dos termos direita e esquerda foi assimétrica entre os lados opostos. Enquanto a Direita negou que o espectro Esquerda-Direita fosse importante, pois considerado artificial e prejudicial para a unidade, a Esquerda promoveu essa distinção com o objetivo de mudar a sociedade. Em 1931, Émile Chartier comentou que quando as pessoas perguntam sobre divisões políticas no espectro do pensamento político é porque provavelmente não são homens de esquerda.

Na França, os partidos de Esquerda são apelidados como o "partido do movimento", enquanto a Direita é conhecida por ser o "partido da ordem". 

A aplicação dos termos esquerda e direita na política britânica surgiu durante as Eleições Gerais de 1906, em que o Partido Trabalhista tornou-se uma terceira força. Posteriormente, também foram utilizados nos debates sobre a Guerra Civil Espanhola no final da década de 1930.

No Manifesto do Partido Comunista, Marx afirma que a classe média se alinhava à direita.

A classe média composta por pequenos comerciantes, fabricantes, artesãos e agricultores está em conflito com a burguesia que exige a sua existência como classe média. Não são progressistas ou revolucionários, mas sim conservadores; mais ainda, podem ser considerados regressivos porque desejam fazer voltar a roda da história.

A esquerda

A esquerda, em todo o espectro político, é definida pela sua defesa de uma maior igualdade social. Isto implica normalmente uma preocupação com os cidadãos que são considerados desfavorecidos em relação aos outros e uma suposição de que existem desigualdades injustificáveis ​​que devem ser reduzidas ou eliminadas.

Durante a Revolução Francesa (1789-1799), surgiram os termos "direita" e "esquerda", que se referiam à posição dos políticos no parlamento francês. Os sentados à direita da cadeira do presidente foram desenvolvidos ao Antigo Regime.

A partir da restauração da monarquia francesa em 1815, o uso do termo "esquerda" ganhou destaque e foi atribuído aos indivíduos chamados "Independentes". Posteriormente, passou a ser utilizado para designar diversos movimentos sociais como republicanismos, socialismos, anarquismo comunismo.  No presente, é comum empregar-se o termo "esquerda" para se referir a uma ampla variedade de movimentos, incluindo os que lutam pelos direitos civis, antibelicistas ou ambientalistas.

Diversos sistemas econômicos têm sido associados à esquerda ao longo de sua história.

Principalmente durante o século XIX, a esquerda republicana e os liberais "radicais" apoiaram ou pelo menos toleraram o liberalismo econômico como forma de se oferecer às vantagens "feudais" e mercantilistas. Até mesmo alguns anarquistas individualistas, tais como Benjamin Tucker, se identificaram com as perspectivas do 'liberalismo de Manchester' argumentando que apenas a intervenção estatal possibilitaria lucros no capital.

Os partidos de esquerda afiliados à Internacional Socialista (bem como os social-liberais) defendem habitualmente uma abordagem económica que combine o keynesianismo, um estado de bem-estar social e algumas formas de democracia industrial para resolver o que consideram problemas dentro do capitalismo. Apesar desta posição, muitas das suas economias ainda permanecem em mãos privadas. Exemplos ilustrativos incluem os países nórdicos e as políticas do New Deal de Franklin Roosevelt implementadas nos Estados Unidos.

A parte esquerda defende a nacionalização em larga escala e o planejamento econômico, sendo uma inspiração para a criação do "socialismo real" na URSS e nos países do Bloco de Leste. Ao longo do século XX, essa ideia se expandiu por diversos países (como Cuba, Etiópia e China), principalmente sob o marxismo-leninismo. Contudo, no final da década de 1989, muitos dos países com economias centralizadas passaram por um processo de liberalização tanto económica quanto política.

Os socialistas de mercado social, os cooperativistas e os mutualistas defendem uma economia de mercado livre coletivizada, dominada por empresas cooperativas voluntárias e autogeridas, enraizadas na democracia económica e industrial. Embora os socialistas do mercado social possam apoiar políticas de estado de bem-estar social, os pontos de vista mutualistas alinham-se mais com os princípios libertários.

Os libertários socialistas, os comunistas de conselhos, os anarquistas e alguns humanistas acreditam numa economia descentralizada controlada por sindicatos, conselhos de trabalhadores, cooperativas, municípios e comunas. Eles opõem-se ao controlo governamental e privado da economia, preferindo o controlo local, através do qual uma nação de regiões descentralizadas está unida sob uma confederação ou sob uma Nação Humana Universal. A "Nova Esquerda" associada à contestação e à contracultura durante a década de 1960 também defendeu estas posições.

Desde o início do século XX, pode-se dizer que a esquerda tem estado associada a políticas que defendem uma intervenção governamental extensiva na economia dentro de certos limites. No entanto, esta definição ignora posições flagrantemente anti-estatistas sustentadas por alguns movimentos políticos de esquerda, como o Anarquismo - bem como tem em conta que as fases posteriores do comunismo prevêem a abolição até mesmo do próprio Estado proletário.

A esquerda sustenta a crença na economia marxista, que tem por base as teorias econômicas de Karl Marx. Enquanto alguns fazem uma distinção entre estes e sua filosofia política, argumentando que a abordagem marxiana para compreender a estrutura da economia independente tanto da defesa do socialismo revolucionário como também de seu convencimento sobre a inevitabilidade causada pela revolução proletária.

A teoria econômica marxista não se baseia somente em Marx, mas sim engloba diversas fontes tanto de origem marxista quanto não-marxistas. Os termos “ditadura do proletariado” ou “Estado dos trabalhadores” são usados ​​pelos adeptos da corrente para descrever um estado transitório que seria implementado entre a sociedade capitalista e o comunista.

A direita

Dentro do espectro político, a direita descreve um ponto de vista ou posição específica que normalmente aceita o estatuto social e a desigualdade como consequências naturais, normais ou casuais. Esta postura política geralmente justifica a sua posição com base na lei natural e na tradição.


Ao longo da história, o termo “direita” tem sido usado para se referir a diversas posições políticas. As frases "política de direita" e "política de esquerda" foram cunhadas durante a Revolução Francesa (1789-1799) em referência ao local onde os políticos tinham assento no parlamento francês; aqueles sentados à direita da cadeira do presidente parlamentar tendiam a defender os valores tradicionais dos antigos regimes.

A Direita na França originou-se como uma resposta à Esquerda e era composta por políticos que defendiam a posição, a tradição e o clericalismo. O uso do termo la droite (a direita) ganhou destaque na França após a restauração da monarquia em 1815, quando foi aplicado para descrever visões ultramonarquistas. Nos países de língua inglesa, este termo só foi utilizado no século XX, quando descreveu discretamente as posições políticas defendidas por políticos e ideólogos.

Após a Revolução Francesa, a direita mudou a sua posição em oposição ao poder crescente daqueles que fizeram fortuna através do comércio e procuraram preservar os direitos da nobreza hereditária. Eles estavam preocupados com o capitalismo, as ideias iluministas, o individualismo e a industrialização - lutando para defender posições e instituições sociais tradicionais.

No século XIX, a direita mudou e começou a apoiar novas riquezas em alguns países europeus, particularmente na Inglaterra, em vez de promover a nobreza em detrimento dos industriais e de favorecer os capitalistas em detrimento da classe trabalhadora (ver: Modernização conservadora). Outros movimentos de direita no continente, como o carlismo em Espanha e os movimentos nacionalistas em França, Alemanha e Rússia, permaneceram hostis ao capitalismo e ao industrialismo. Hoje ainda existem certos movimentos de direita como Nouvelle Droite (nova direita) em França ou CasaPound ou paleoconservadores que muitas vezes se opõem à ética capitalista devido à sua crença de que esta tem um impacto negativo na sociedade ao violar tradições sociais ou posições que consideram essenciais para a ordem social ( veja: Anti-capitalismo).

O termo "Nova Direita" foi criado pela esquerda francesa e é utilizado em diversos países para descrever políticas ou grupos de direita. Além disso, também foi enviado na classificação de partidos políticos surgidos após o colapso da União Soviética e de regimes comunistas inspirados pela mesma fonte, especialmente na Europa Oriental.

A alt-right, ou direita alternativa, é uma escola de pensamento que se apresenta como uma alternativa ao atual modelo conservador nos Estados Unidos. Milo Yiannopoulos foi identificado como um dos seus representantes, e afirma que alguns "jovens rebeldes" são atraídos para este movimento não devido a razões políticas profundas, mas sim porque lhes oferece diversão, nervosismo e desafia as normas sociais. .

Nos tempos modernos, o termo “certo” é por vezes utilizado para descrever o capitalismo laissez-faire, embora esta não seja uma definição precisa. Na Europa, a burguesia formou alianças com a direita durante os seus conflitos com os trabalhadores depois de 1848. Em França, o apoio da direita ao capitalismo remonta ao final do século XIX. A chamada direita neoliberal popularizada por Ronald Reagan e Margaret Thatcher combina o apoio aos mercados livres, à privatização e à desregulamentação com o tradicional apoio da direita à conformidade social. Os liberais de direita defendem uma economia descentralizada baseada na liberdade económica e afirmam que os direitos de propriedade estão entre algumas das liberdades mais importantes da sociedade, juntamente com o livre comércio. Russell Kirk acreditava que a liberdade estava ligada aos direitos de propriedade, enquanto Anthony Gregory escreve que "o libertarianismo de direita pode se referir". a uma série de orientações ou perspectivas políticas diferentes que se excluem." Ele afirma que não se trata de esquerda versus direita, mas sim se alguém vê o governo como uma grande ameaça ou simplesmente uma instituição que precisa de reforma em direção a certos objetivos políticos'].

A independência dos Estados Unidos

A Guerra de Independência dos Estados Unidos foi um conflito armado entre o Reino da Grã-Bretanha e as Treze Colônias na América do Norte. As colônias declararam sua independência tornando-se os Estados Unidos da América. Após a Guerra dos Sete Anos, cresceu nas colônias britânicas na América um sentimento de descontentamento com relação à metrópole baseado em diferenças filosóficas e políticas exacerbadas pelo azedamento dos laços entre a Coroa Inglesa e os povos das colônias. Em 1765, após a introdução da Lei do Selo, os patriotas americanoss protestaram contra a "tributação sem representatividade" iniciando boicotes aos produtos ingleses inclusive ao chá que acabaram sendo jogados no ancoradouro Boston pelos Filhos da Liberdade". O governo inglês reagiu fechando portosa d cidade além de outras medidas para punir Massachusetts. 

Em abril de 1775, os britânicos tentaram desarmar milícias rebeldes que haviam tomado conta da zona rural de Massachusetts, desencadeando o primeiro conflito armado da guerra. Os milicianos americanos cercaram Boston e finalmente expulsaram os ingleses em março de 1776. Enquanto isso, os revolucionários tentaram invadir Quebec na tentativa de trazer os canadenses para o conflito, mas falharam. Em 2 de julho de 1776 - com a escalada da violência em todas as treze colônias - o Congresso Continental votou pela independência e a proclamou dois dias depois, em 4 de julho. O comandante britânico Sir William Howe ordenou um contra-ataque enquanto suas forças invadiam cidades do norte, incluindo Nova York e Nova York. partes de Nova Jersey, o que causou desmoralização entre os revolucionários americanos. No entanto, as vitórias dos rebeldes em Trenton e Princeton restauraram a confiança em sua causa. prejudicado pela falta de cooperação entre os generais; o general Howe preferiu obter sucesso capturando a Filadélfia. Como resultado, Burgoy foi finalmente derrotado na batalha decisiva de Saratoga, em outubro de 1763.


O resultado da campanha de Saratoga foi significativo, pois convenceu a França (rival da Inglaterra) a juntar-se ao conflito ao lado dos americanos em 1778. No ano seguinte, a Espanha aliou-se aos franceses e americanos através do Pacte de Famille. Isto forçou a Grã-Bretanha a mudar a sua estratégia, com o general Charles Cornwallis a deslocar tropas para uma campanha mais ampla em áreas onde a presença leal era mais forte; no entanto, isso não se traduziu em uma vantagem. Em 1780, as tensões aumentaram, ameaçando agravar os conflitos para além do continente americano - como o desencadeamento da Guerra Anglo-Holandesa. As forças britânicas sofreram vários reveses, forçando Cornwallis a recuar até chegar a Yorktown, Virgínia - onde ele buscava planos de evacuação. A marinha francesa derrotou a Grã-Bretanha em Chesapeake, cortando sua rota de fuga, seguida por Rochambeau e George Washington liderando o exército franco-americano marchando em direção a Yorktown, obrigando a rendição de Cornwallis e sua força assinando-lhes posições e ações centradas no cerco fora do campo de batalha condizentes com as tradições emulativas, superadas gerações depois, que ainda estão sendo estudadas hoje em aulas de história em todo o mundo até hoje.

A guerra nas Treze Colônias sempre dividiu opiniões no Parlamento Britânico, com os Whigs se opondo aos Conservadores, que estavam empenhados em continuar o conflito. Após a rendição de Cornwallis em outubro de 1781, o movimento anti-guerra da Inglaterra ganhou força. Em 1782, os membros do parlamento votaram pelo fim de todas as operações militares na América do Norte, embora as hostilidades continuassem a espalhar-se pela Europa; O Reino Unido finalmente derrotou a Espanha em Gibraltar e na Batalha do Cabo de São Vicente, ao mesmo tempo que venceu a França na batalha de Saintes. Na Índia, Mysore aliou-se à França contra a Grã-Bretanha, mas esse conflito só terminou em 1784. Em 3 de setembro de 1783, os dois principais beligerantes assinaram o Tratado de Paris, encerrando formalmente a guerra, onde o Reino Unido reconheceu a soberania dos Estados-nação independentes. graças em grande parte ao envolvimento francês, no entanto, em geral, os franceses saíram desta situação tendo perdido muito, o que prejudicou enormemente a sua economia. A Espanha também saiu vitoriosa, mas não conseguiu anexar muito território ou riqueza. A Inglaterra resultou em perdas territoriais significativas devido ao extenso investimento financeiro realizado em campanhas lá.

Após a Guerra dos Sete Anos, também conhecida como Guerra Francesa e Indiana, em 1763, a Grã-Bretanha saiu vitoriosa sobre a França na América do Norte, mas ficou fortemente endividada. Com os impostos já elevados na Inglaterra, foi decidido que os colonos americanos deveriam contribuir mais. O Parlamento Britânico aprovou então a Lei do Selo de Março de 1765, que impôs a tributação directa às colónias, começando formalmente em 1 de Novembro. Este novo imposto irritou os colonos americanos que argumentaram que os seus "direitos como ingleses" não permitiam que novos impostos lhes fossem cobrados, uma vez que não tinham representação no Parlamento. Neste momento, embora muitos rejeitassem uma solução baseada na representação, argumentando que as circunstâncias locais tornavam isso impossível.


A resistência civil impediu que a Lei do Selo fosse violada e levou à efetivação de boicotes aos produtos britânicos. A resistência inesperada provocou uma “irritação violenta e natural” entre os britânicos. 

A lei do selo foi finalmente revogada devido a uma mudança no governo na Grã-Bretanha, mas o novo parlamento promulgou o Ato Declaratório de 1766 que afirmava que "as colônias e plantações na América foram, são e serão subordinadas e dependentes sobre a coroa imperial e o parlamento da Grã-Bretanha". 

Os americanos declararam que as leis internacionais que lhes foram impostas, como a Lei do Selo, eram ilegais, mas não as externas, como os direitos aduaneiros. Em 1767, o Parlamento Britânico aprovou uma lei criando o que ficou conhecido como Tarifas Townshend, que cobrava impostos sobre vários produtos britânicos exportados para as colônias. Os americanos denunciaram esta medida também porque estas tarifas visavam aumentar as receitas do Estado e não regulamentavam o comércio. 

Boston, uma cidade com os maiores portos da região da Nova Inglaterra, foi vítima da violência a partir de 1768. Um dos principais motivos de reclamação foi devido às medidas anti-contrabando tomadas pelo governo britânico e ao envio de quatro mil Soldados ingleses ocuparão Boston. O Parlamento de Londres ameaçou os cidadãos de Massachusetts de serem rotulados como traidores. No entanto, os colonos americanos não se intimidaram e formaram associações para boicotar os produtos britânicos, embora se tenham revelado menos eficazes do que antes, uma vez que as tarifas de Townshend eram amplamente utilizadas. Em março de 1770, cinco colonizadores de Boston perderam a vida quando as tropas inglesas abriram fogo contra os manifestantes que protestavam do lado de fora da Mansão do Governador, o que indignou todas as treze colônias. Então o parlamento tentou aplacar os americanos revogando todos os impostos, exceto aquele cobrado sobre o chá em 1773.

Em 1773, os ingleses pretendiam resgatar financeiramente a Companhia Britânica das Índias Orientais, aumentando as vendas de chá através da redução dos preços. Eles nomearam certos comerciantes na América para receber e vender este produto. No entanto,todas as colónias resistiram a esta medida, como quando o governador de Boston permitiu ancoragem de navios de chá; Os colonos americanos destruíram sua carga de caixas de chá.

Começo da Guerra

No mês de fevereiro do ano de 1775, Massachusetts foi declarado em estado rebelde pelo Parlamento Britânico. O tenente-general Thomas Gage era o comandante chefe das tropas inglesas na América do Norte e liderou cerca de quatro mil homens (quatro regimentos) para estabelecer sua base no quartel geral localizado em Boston; entretanto, a área rural estava sob posse de revolucionários. No dia 14 de abril daquele mesmo ano ele recebeu ordens autorizando-o a confiscar as armas dos insurgentes bem como prender os líderes relevantes desta luta pela independência. 

Na noite de 18 de abril de 1775, o General Gage enviou setecentos homens para transportar depósitos de munição da milícia colonial em Concord, Massachusetts. Um grupo de cavaleiros liderados por Paul Revere cavalgou pelo campo e alertou os camaradas revolucionários que os britânicos estavam chegando. Assim, quando as tropas britânicas se aproximaram de Lexington, na manhã de 19 de abril, encontraram setenta e sete milicianos americanos em posições defensivas. Seguiu-se um tiroteio intenso, mas breve, resultando em várias mortes de rebeldes. Os britânicos então prosseguiram em direção a Concord, onde uma força de três companhias extraiu cerca de quinhentos colonos, apenas para ser repelida pouco depois. Os ingleses recuaram de volta para Boston sob forte ataque ao longo de sua jornada em vários pontos até a chegada de reforços que salvaram o que restou como remanescentes. espalhados entre as forças britânicas. As Batalhas de Lexington e a concórdia marcadas durante este evento sinalizaram a entrada das colônias americanas em uma guerra em grande escala contra a Grã-Bretanha.

As milícias coloniais americanas dirigiram-se para Boston e cercaram as tropas britânicas na cidade. Cerca de 4.500 reforços ingleses chegaram por mar e, em 17 de junho de 1775, as forças britânicas comandadas pelo general William Howe marcharam para a península de Charlestown e derrotaram os americanos na batalha de Bunker Hill. Embora esta vitória tenha custado caro, em vez de usar sua superioridade numérica para atacar por vários meios; eles preferiram ataques frontais. Os colonos tiveram que se recuperar enquanto os britânicos perderam mais de mil homens (mortos ou feridos). A vitória em Bunker Hill, no entanto, não quebrou o cerco ao redor de Boston. Assim, o comando de Gage foi substituído pelo de Howe como Comandante-em-Chefe das forças continentais britânicas. O General Thomas Gage escreveu ao Secretário da Guerra de Londres: "Essas pessoas [rebeldes] mostraram um espírito e uma conduta contra nós que nunca demonstraram contra qualquer inimigo, exceto os franceses... Eles agora estão animados com um entusiasmo além da compreensão." Ele acrescentou que se uma ação rápida não for tomada com rapidez suficiente, nada de positivo poderá ser alcançado mais tarde, com tais agitações prevalecendo entre as colônias rebeldes hoje, em comparação mesmo durante os conflitos França-Grã-Bretanha, no período anterior da história, quando nenhuma rebelião ocorreu entre seus súditos, apesar das possíveis razões para tão acontecendo! No entanto, pequenos grupos agitados a partir de um local nunca podem produzir maiores resultados, a menos que sejam ajudados simultaneamente, distraindo os inimigos através de exércitos maiores implantados fora dos limites de possibilidade de danos, sustentados consequentes ganhos incertos alcançados até agora


O Pacto Molotov-Ribbentrop: Um Acordo de Neutralidade Entre Nazistas e Soviéticos

O Pacto Molotov-Ribbentrop, foi um acordo de neutralidade assinado em Moscou em 23 de agosto de 1939 por Joachim von Ribbentrop e Viatcheslav Molotov - ministros das Relações Exteriores do regime nazista alemão e da URSS, respectivamente. Este tratado foi seguido pelo Acordo Comercial Germano-Soviético em fevereiro de 1940.

O acordo estabeleceu esferas de influência entre as duas potências, que foram confirmadas pelo protocolo suplementar do Tratado de Fronteira Germano-Soviético que foi alterado após a invasão conjunta da Polónia. O pacto permaneceu em vigor por dois anos até o ataque da Alemanha às posições soviéticas na Polônia Oriental durante a Operação Barbarossa em 22 de junho de 1941.

As cláusulas do pacto entre nazistas e soviéticos incluíam uma garantia por escrito de não agressão, nenhum governo se aliaria com ou ajudar um inimigo do outro lado. Além desta disposição, havia um protocolo secreto que dividia a Polónia, a Lituânia, a Letónia, a Estónia, a Finlândia e a Roménia em esferas de influência para a Alemanha e a União Soviética. Isto antecipou a “reorganização territorial e política” nestes países. Em 1º de setembro de 1939, ocorreu a invasão da Polônia. O líder soviético, Joshef Stalin, ordenou a invasão em 17 de setembro, um dia após o cessar-fogo em Khalkhin Gol. Em novembro, partes das áreas da Carélia e Salla na Finlândia foram anexadas pela União Soviética após a Guerra de Inverno. , e partes de Romani (Bessarábia, Bukowina do Norte) e região de Herta). A anunciada preocupação com os ucranianos e bielorrussos étnicos foi apresentada como justificativa para a invasão soviética de Polamd.Pucareste; Stalin sariva para invadir Bucovine de qualquer maneira, o que violou o tratado além da esfera das esferas acordadas com o eixo.

Os territórios polacos que foram anexados pela União Soviética após a invasão nazista-soviética da Polónia encontrada na URSS até ao final da Segunda Guerra Mundial, quando foi estabelecida uma nova fronteira ao longo da Linha Curzon. Apenas Białystok e uma pequena parte da Galícia a leste do rio San juntamente com Przemyśl foram devolvidos à Polónia a partir dessa linha. Todos os outros territórios anexados pela URSS em 1939-40 permanecem ainda hoje sob controlo russo, exceto o Norte de Bucovina, Sul da Bessarábia e Herta que estão atualmente localizados na Ucrânia. É importante ressaltar que as informações apresentadas carecem de fontes apropriadas para serem consideradas como confiáveis.

O governo soviético negou a existência de um protocolo secreto até 1989, quando finalmente foi reconhecido e condenado. Embora Vladimir Putin condene o pacto como “imoral”, ele também argumentou que era uma medida necessária apesar dos homens provocados.

Tanto o Reich Alemão quanto a Rússia sofreram consequências desastrosas da Primeira Guerra Mundial. Os bolcheviques lutaram para sobreviver durante o conflito e Vladimir Lenin concedeu independência à Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia. Quando confrontados com um avanço militar alemão, Lenin e Trotsky foram obrigados a fazer parte do Tratado de Brest-Litovski que transferiu vários territórios russos ocidentais ao Império Alemão. Após o colapso da Alemanha aliados multinacionais intervêm na Guerra Civil Russa entre 1917-22.

Em 16 de abril de 1922, a Alemanha e a União Soviética assinaram o Tratado de Rapallo, no qual ambas renunciaram às reivindicações de territórios e aos créditos financeiros entre elas. Cada lado também se comprometeu com uma posição de neutralidade no caso de um ataque contra o outro ao abrigo do Tratado de Berlim de 1926. Embora o comércio entre estes dois países tenha despencado drasticamente após a Primeira Guerra Mundial, os acordos comerciais de meados da década de 1920 ajudaram a aumentar o comércio até aproximadamente Marcos do Reich por ano em 1927.

No início da década de 1930, a ascensão ao poder do Partido Nazista aumentou as tensões entre a Alemanha e a União Soviética, bem como outros países com cidadãos étnicos eslavos que eram considerados "Untermenschen" (inferiores; subumanos) de acordo com a ideologia racial nazista. Além disso, os nazis anti-semitas associaram os judeus ao comunismo e ao capitalismo financeiro, aos quais se opuseram. De acordo com as teorias nazistas, os eslavos na União Soviética eram governados por "mestres bolcheviques judeus". Em 1934, o próprio Adolf Hitler referiu-se a uma batalha inevitável contra o pan-eslavismo e o neo-eslavismo, cuja vitória poderia levar ao domínio mundial permanente, mas afirmou que caminharia ao lado dos russos se estes o ajudassem. A hostilidade resultante para com o antibolchevismo alemão, combinada com um aumento na dívida externa da Rússia, causou um declínio drástico nas relações comerciais germano-soviéticas, pelo que as importações da Rússia caíram significativamente, atingindo apenas 223 milhões de marcos do Reich, indicando que o isolacionismo estalinista consolidou o seu domínio, enquanto as restrições militares impostas sob o Tratado de Versalhes reduziu a dependência da Alemanha das importações russas.

Na Guerra Civil Espanhola de 1936, a Alemanha e a Itália fascista apoiaram os nacionalistas espanhóis, enquanto os soviéticos ofereceram suporte à Segunda República parcialmente socialista. Consequentemente, o conflito se transformou em um debate por procuração entre as potências da Alemanha e da URSS. Um ano depois do evento relatado anteriormente, tanto o Japão quanto a Itália discutiram o Pacto Anti-Comintern junto com a Alemanha.

Pacto Tripartite: Aliança e Consequências na Segunda Guerra Mundial

Durante a Segunda Guerra Mundial, em 27 de setembro de 1940, o Pacto Tripartite (ou Eixo), foi contratado pelos representantes da Alemanha Nazista, Itália Fascista e Império do Japão em Berlim. Esse acordo formalizou uma aliança estratégica que substituiu o Pacto Anticomintern de 1936. Hitler pretendia intimidar os Estados Unidos com esse pacto para mantê-los como país neutro durante uma guerra; no entanto, acabou legitimando sua entrada no conflito europeu quando declararam guerra ao Japão após o ataque surpresa japonês a Pearl Harbor.

O Pacto também recebeu a adesão da Roménia em 23 de Novembro de 1940.  A Bulgária aderiu em 1 de Março de 1941, pouco antes de ser invadida pelas forças nazis. O Reino da Hungria foi o quarto estado a concordar com o pacto e o primeiro a aderir depois de 27 de setembro de 1940. Em 25 de março, em Viena, Dragiša Cvetković, o primeiro-ministro da Iugoslávia, assinou o Pacto Tripartite. O Estado Independente da Croácia (Nezavisna Država Hrvatska ou NDH), criado a partir de alguns antigos territórios conquistados pela Iugoslávia, assinou o Pacto Tripartite em 15 de junho daquele ano, solicitado a participar pelas potências do Eixo, envolvendo uma conferência em Berlim no início de junho. Em meio à dissolução da Tchecoslováquia, em 14 de março de 1939, uma nova república soberana independente chamada República Eslovaca foi proclamada, abrindo caminho para uma maior expansão alemã em direção à Europa Oriental. Em 24 de novembro do mesmo ano, Ribbentrop deu as boas-vindas à Vojtech Tukaina Berlim para assinar a adesão da Eslováquia ao Pacto das Três Potências. 

Embora a Alemanha e o Japão se tenham tornado tecnicamente aliados com a assinatura do Pacto Anti-Comintern em 1936, o Pacto Molotov-Ribbentrop em 1939 entre a Alemanha e a União Soviética foi uma surpresa para o Japão. Em Novembro de 1939, a Alemanha e o Japão assinaram um "Acordo de Cooperação Cultural entre o Japão e a Alemanha", que restaurou a sua "aliança relutante".

Texto oficial do Pacto Tripartite, escrito pelos japoneses:

Os governos do Japão, da Alemanha e da Itália concordaram em apoiar os esforços uns dos outros nas regiões do Grande Leste Asiático e da Europa, respectivamente. Eles vêem como um pré-requisito para qualquer paz que cada nação tenha o seu próprio lugar e estão empenhados em estabelecer uma nova ordem destinada a promover a prosperidade e o bem-estar mútuo de povos específicos. Além disso, desejam alargar a sua cooperação para além destas regiões com nações inclinadas para objectivos semelhantes que contribuiriam para alcançar o objectivo final – a paz mundial. Como tal, acordaram conjuntamente o seguinte: 

Artigo 1: O Japão e confirma a liderança da Alemanha e Itália na criação de uma nova ordem europeia.

No estabelecimento de uma nova ordem no Grande Leste Asiático, a liderança do Japão é estabelecida e respeitada pela Alemanha e Itália.

No terceiro artigo, é acordado que Japão, Alemanha e Itália irão cooperar juntos em relação às áreas mencionadas acima. Eles também se comprometem a apoiar uns aos outros usando todos os meios políticos, econômicos e militares caso uma das Partes Contratantes seja atacada por um país não envolvido atualmente na Guerra Europeia ou no conflito sino-japonês.

Com o objetivo de fazer na prática este acordo, as comissões técnicas conjuntas designadas pelos governos do Japão, Alemanha e Itália se reunirão imediatamente.

O acordo em questão não tem relação com o status político atual entre as três Potências Contratantes - Japão, Alemanha e Itália - e a Rússia Soviética.

O acordo entrará em vigor imediatamente após sua assinatura e terá validade de dez anos a partir desse momento. Antes do término deste prazo, as partes envolvidas podem iniciar negociações para renovação, caso seja solicitado por qualquer um dos signatários.

Com confiança, aqueles que abaixo assinam e estão devidamente autorizados por seus governos, soberanos aprovaram o presente pacto e colocaram suas assinaturas nele.

Triplicado em Berlim, no vigésimo sétimo dia de setembro de 1940, durante o décimo nono ano da era fascista. Isso corresponde ao vigésimo sétimo dia do mês nove e décima quinto ano do reinado Showa (Imperador Hirohito).

O fim da Cortina de Ferro: A queda do muro de Berlim e o início da reunificação alemã

Em 9 de novembro de 1989, a queda do muro de Berlim foi um evento crucial na história mundial. Ele marcou o fim da Cortina de Ferro e o início do declínio do comunismo na Europa Oriental e Central. Pouco depois, ocorreu a queda da fronteira interna da Alemanha. Três semanas após este acontecimento significativo para mudar os rumores políticos mundiais ocorridos na Cúpula de Malta onde se declarou oficialmente o fim da Guerra Fria. Finalmente em outubro no ano seguinte ocorreria uma reunificação completa com ajuda financeira dos países ocidentais mais ricos que acabaram por ajudar-la nesse processo histórico importante pela sua integração econômica, social, política ao eixo central do mundo comunidade internacional globalizada contemporânea atual nos dias atuais cada vez mais conectada tecnologicamente globalizados.

No dia 1º de novembro, Krenz permitiu a abertura da fronteira com a Tchecoslováquia que anteriormente havia sido fechada para evitar que os cidadãos orientais da Alemanha se refugiassem na parte ocidental. Em 4 de novembro ocorreu um protesto na Alexanderplatz.

Em 6 de Novembro, o Ministério do Interior divulgou um projecto de novos regulamentos de viagens, que introduziram alterações cosméticas nas regras da era Honecker. O processo de aprovação permaneceu opaco e persistiu a incerteza quanto ao acesso à moeda estrangeira. Este projecto indignou os cidadãos comuns e foi denunciado como "lixo completo" pelo presidente da Câmara de Berlim Ocidental, Walter Momper. Centenas de refugiados ficaram retidos nos degraus da embaixada da Alemanha Ocidental em Praga, irritando as autoridades checoslovacas que ameaçaram fechar a sua fronteira com a Alemanha Oriental.

Em 7 de novembro, Krenz aprovou a renúncia do primeiro-ministro Willi Stophe por dois terços dos membros do Politburo. No entanto, Krenz foi reeleito por unanimidade como Secretário-Geral pelo Comitê Central.

A remoção do Muro começou na noite de 9 de novembro de 1989 e continuou nos dias e semanas seguintes. Pessoas apelidadas de "Mauerspechte" usaram diversas ferramentas para retirar peças como lembranças, demoliram grandes trechos ao longo do caminho e criaram diversas passagens não oficiais nas fronteiras. 


Os cidadãos que demoliram o muro em 9 de Novembro foram imediatamente seguidos pelo regime da Alemanha Oriental, que anunciou dez novas passagens de fronteira, incluindo locais historicamente significativos como Potsdamer Platz, Glienicker Brücke e Bernauer Straße. Multidões reuniram-se em ambos os lados deste cruzamento histórico durante horas para testemunhar escavadoras a derrubar partes do muro divisório e a reconectar estradas. Embora a vigilância ocasional tenha diminuído com o passar do tempo, novas passagens fronteiriças continuaram por um período após os acontecimentos daquele dia. Tentativa inicial de reparos causados ​​​​por "Mauerspechte", ou pessoas que bicavam buracos nas paredes com martelos para facilitar as rotas de fuga antes que pudessem ser fechadas novamente; eventualmente, os guardas tornaram-se mais relaxados, permitindo crescentes demolições através de pontos de entrada não autorizados, conhecidos como “buracos”. 

Em 22 de dezembro de 1989, o Portão de Brandemburgo em Berlim foi inaugurado; naquela ocasião, o chanceler da Alemanha Ocidental, Helmut Kohl, atravessou o portão e foi recebido pelo primeiro-ministro da Alemanha Oriental, Hans Modrow. A partir de 23 de dezembro, os alemães ocidentais e os berlinenses poderão viajar sem visto. Antes desta data, eles só podiam visitar a Alemanha Oriental ou Berlim Oriental sob condições restritivas que incluíam a solicitação de um visto com dias ou semanas de antecedência e a troca de pelo menos 25 marcos alemães por dia durante a estadia planejada - dificultando as visitas espontâneas. entre 9 de novembro e 23 de dezembro, os alemães orientais puderam viajar com mais liberdade do que os ocidentais.

Em 13 de junho de 1990, as tropas fronteiriças da Alemanha Oriental começaram oficialmente a desmantelar o muro, começando em Bernauer Straße e ao redor do distrito de Mitte. A partir daí, a demolição continuou em Prenzlauer Berg/Gesundbrunnen, Heiligensee e em toda Berlim até dezembro daquele ano. De acordo com estimativas das tropas fronteiriças, um total de aproximadamente 1,7 milhões de toneladas de entulhos de construção foi produzido por estas demolições. Extraoficialmente, no entanto, a demolição da Bornholmer Straße já havia começado devido a obras ferroviárias - isto envolveu um total de 300 guardas de fronteira da RDA e depois de 3 de outubro de 1990 - seiscentos pioneiros da Bundeswehr distribuídos entre cento e setenta e cinco caminhões (175), sessenta e cinco vans (65), cinquenta e cinco escavadeiras (55) e treze escavadeiras (13). Praticamente todas as estradas cortadas pelo Muro de Berlim foram reconstruídas e reabertas em primeiro de agosto de 1990. Somente em Berlim - 184 km (114 mi) de muro - 154 km (96mi) de cerca - 144 km de sistemas de sinalização (variáveis, embora normalmente descritos como "dispositivos", por exemplo, sensores infravermelhos ou detectores acústicos que desempenhavam um papel integrado com paredes/cercas, etc. .) barreiras de milhas e oitenta e sete quilômetros (valas / entrincheiramentos, vazios criados entre elementos paralelos apresentados, como cercas de arame, teriam ocupado espaço físico análogo, em termos geométricos, a trincheiras, mas também, às vezes, métodos semelhantes alcançados visualmente por meio de tubos cheios de água, valas, barricadas, etc) Foram removidos. O que restou foram alguns objetos que deveriam ser preservados hoje sob regras altamente regulamentadas que bloqueiam manifestações arquitetônicas soltas não autorizadas. além de porções sólidas que separam Berlim de Brandemburgo. Em 1990, alguns segmentos pintados com representações consideradas artisticamente importantes foram leiloados tanto em Monte Carlo quanto em Berlim.

Pacto de Varsóvia: Aliança militar dos soviéticos


O Pacto de Varsóvia, foi uma aliança militar assinada em Varsóvia, Polônia, entre a União Soviética e sete outras repúblicas socialistas da Europa Central e Oriental durante a Guerra Fria. em maio de 1955. O pacto serviu de complemento à COMECON - a organização económica regional dos Estados Socialistas na Europa - tendo como objetivo principal a coordenação da defesa entre os estados membros. Este acordo foi formulado devido à preocupação com a integração da Alemanha Ocidental na OTAN após conferências realizadas em Londres e Paris ao longo de 1954.

O Pacto de Varsóvia foi estabelecido como um equilíbrio de poder ou contrapeso à OTAN, dominada pela União Soviética. Não houve confrontos militares diretos entre estas organizações; em vez disso, o conflito ocorreu numa base ideológica e através de guerras por procuração. Tanto a NATO como o Pacto de Varsóvia levaram à expansão e integração das respectivas forças militares dentro de cada bloco. O maior envolvimento militar ocorreu em Agosto de 1968, quando todas as nações, excepto a Albânia e a Roménia, invadiram a Checoslováquia sob o comando do Comité Central de Moscovo, mas a Albânia desistiu um mês depois, revisando a sua decisão anterior. À medida que as revoluções começaram a espalhar-se pela Europa de Leste em 1989, com eventos como o Movimento de Solidariedade na Polónia a experimentarem sucesso eleitoral naquele mês de Junho, seguido de um piquenique pan-europeu dois meses mais tarde, sinalizando problemas de desintegração com os habitantes locais parecendo cansados ​​de cumprir as decisões centradas em Moscovo, levando os membros a afastarem-se completamente fazendo com que, em última análise, desmorone completamente algum tempo depois deste período, à medida que outras alianças se formaram em busca de apoio fora da dinâmica tradicional da Guerra Fria, que não foi muito afetada ao longo do tempo desde então, mesmo que alguns novos desenvolvimentos tenham surgido recentemente, ameaçando novamente a estabilidade global.'

Após a reunificação alemã em 1990, a Alemanha Oriental retirou-se do Pacto. Em 25 de fevereiro de 1991, numa reunião realizada na Hungria, os Ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros dos seis estados restantes declararam o fim do Pacto. A própria União Soviética foi dissolvida em dezembro daquele ano; no entanto, a maioria das ex-repúblicas soviéticas formaram a Organização do Tratado de Segurança Coletiva logo depois. Nas duas décadas seguintes, desde a sua dissolução fora do território da URSS, os países que eram membros aderiram à OTAN (Alemanha Oriental através da reunificação com a Alemanha Ocidental; República Checa e Eslováquia como nações separadas), incluindo três Estados Bálticos anteriormente parte da URSS.

A Organização do Tratado de Varsóvia tinha uma estrutura dupla: o Comité Consultivo Político tratava de questões políticas, enquanto o Comando Combinado das Forças Armadas controlava forças multinacionais designadas baseadas em Varsóvia, Polónia. Apesar de parecer ser uma aliança de segurança colectiva semelhante, o Pacto de Varsóvia diferenciou-se da OTAN porque de jure os seus oito países membros prometeram defesa mútua se algum membro fosse atacado; as relações entre os signatários do tratado baseavam-se na não intervenção nos assuntos internos de cada um e no respeito pela soberania nacional e pela independência política. 

No entanto, o pacto foi de facto um reflexo direto do autoritarismo e do domínio indiscutível da URSS sobre o Bloco Oriental no contexto do que é conhecido como Império Soviético, que não tinha contrapartida à influência dos Estados Unidos no Bloco Ocidental. Todos os comandantes do Pacto de Varsóvia deveriam ser oficiais de alta patente da União Soviética nomeados para um mandato indeterminado; O Comandante Supremo das Forças Armadas Unificadas sob o Tratado da Organização em homenagem a Varsóvia comandou e controlou todo o pessoal militar pertencente aos países membros, mas também ocupou o cargo de Primeiro Vice-Ministro da Defesa na URSS, enquanto o Chefe do Estado-Maior General do Tratado de Organização Unificada das Forças Armadas Combinadas em homenagem a Varsóvia também serviu simultaneamente como Primeiro Vice-Chefe do Comitê de Armamentos de Tropas do Partido Comunista, representando as Forças Armadas Soviéticas.

Apesar da hegemonia dos Estados Unidos (predominantemente nos aspectos militares e económicos) sobre a NATO, todas as decisões tomadas pela Aliança do Atlântico Norte alcançaram um consenso unânime no Conselho do Atlântico. A admissão de países nesta aliança não estava sujeita à dominação, mas sim a um processo democrático natural. Por outro lado, no Pacto de Varsóvia, as decisões eram tomadas exclusivamente pela União Soviética; os países membros não tinham igual poder de negociação para a sua entrada ou capacidade de tomada de decisão.

O Legado do Manifesto Comunista: Uma análise profunda da influência e relevância global


O Manifesto Comunista é um dos documentos políticos mais influentes da história, escrito por Karl Marx e Friedrich Engels e publicado em 1848. Neste ensaio, abordaremos não só o conteúdo do Manifesto Comunista, mas também sua relevância a um nível global, do surgimento do comunismo e do socialismo científico como se fez conhecido este movimento de estrema e a sua influência na história mundial.

O Manifesto Comunista transformou-se num grito de guerra e uma declaração de objectivos para o proletariado, abordando os problemas subjacentes gerados pela economia de mercado e industrialização, que permitiu que os ricos ficassem mais ricos enquanto o resto sofria.

O problema da desigualdade para Marx e Engels era o problema económico radical. Reconheceram a importância de outras variáveis que contribuem para a posição social, tais como raça, gênero e nação, mas argumentaram que, em última análise, a economia era o fator determinante subjacente.
A história da sociedade é central para a visão marxiana da sociedade. Neste documento histórico podemos ver a visão de Karl Marx e Friedrich Engels sobre a história de todas as sociedades e do percurso do conflito de classes.

 
Marx e Engels argumentaram que no início da história, toda a gente tinha a mesma quantidade de recursos porque todas as pessoas tiveram que lutar pela sua sobrevivência com as próprias mãos. Mas quando a agricultura se tornou a principal força económica, a sociedade tornou-se mais organizada e concentrada em recrutar o excedente social de tropas agrícolas.
Consequentemente, as pessoas que eram fortes fisicamente e capazes de trabalhar eram espalhadas e tornavam-se sem teto. Enquanto aqueles que eram mais fracos foram protegidos pelos agricultores e, seminômades, tornaram-se escravos desta nova classe.

 
Como a economia desenvolveu, também o fez as classes, os senhores e os escravos tornaram-se pequeno-burgueses e pessoas da classe plebéia. Sob o sistema feudal, uma nova classe de aristocracia e camponeses pobres emergiu, ainda mais as pessoas começaram a diversificar seus modos de ganhar dinheiro e a burguesa e a classe operária foram formadas.
Devido ao progresso técnico que a revolução industrial trouxe, a classe dos operários e burgueses começaram a diferenciar-se: os burgueses tornaram-se ricos e poderosos e os proletários pobres e sem propriedade. Assim, o capitalismo da sociedade feudal causou um avanço tecnológico impressionante que, juntamente com o agravamento da divisão do trabalho, acelerou o progresso das forças produtivas.
Os burgueses ganharam direitos iguais do governo e da lei, enquanto os proletários foram livres e forçados a vender seu trabalho para sobreviver. Marx e Engels acreditavam que esta forma de relação de civilização diminuiria o número de classes na sociedade em dois: sem uma casa nem um terreno, o proletário seria o nome de uma pessoa; com o tempo, a pobreza se tornaria comum e a ideologia da burguesia como a principal classe de poder dominante seria aberta a críticas e a sistemas alternativos seriam necessários.


A burguesia continuou a ser a classe económica dominante, ajudando assim a sociedade a se tornar mais mutável, então a classe operária tem crescido e tornou-se mais coesa e politicamente cientista. Mas, de acordo com a ideia de Friedrich Engels, em torno da segunda metade do século XIX, falar de classe, tinha que se referir a classe operária, porque era a única posição social que destacava o indivíduo de entre os outros.
Assim, o Manifesto Comunista conclui que, embora a burguesia tenha se retirado das classes feudais dos artesãos, dos pequeno-burgueses e dos londrinos, a sociedade ainda está dividida entre duas classes: os capitalistas e os assalariados. O problema é que também as classes trabalhadoras não são só isentas de crescer e diminuir a economia, tal como o resto do mundo, porque as duas classes são cada vez mais unidas e perdendo o seu caráter de sector económico. Soaria que, na prática, já algumas estimativas seguravam.


No próximo movimento, os Marquistas falaram sobre a incapacidade dos fundamentos morais e econômicos do capitalismo e a necessidade urgente de mudança para o socialismo, para a solução de muitos dos problemas que a revolução industrial causou.
Do ponto de vista moral, os marxistas argumentaram que o capitalismo estava baseado fundamentalmente no egoísmo: nas relações burguesas e proletárias, cada pessoa pretende maximizar os seus benefícios em detrimento dos outros. Eles argumentaram que para resolver esse problema, deveria impulsionar a economia do socialismo, segundo o qual o governo possuir a totalidade dos negócios e a terra e redistribuir a riqueza com base nas necessidades de cada cidadão.
Os marxistas também afirmaram que o capitalismo estava condenado ao colapso económico porque era impossível manter o lucro do empresário e os salários dos trabalhadores ao mesmo tempo. De acordo com a lei do valor, o valor de um item é baseado em quanto tempo leva para fazê-lo: Os empresários obtêm lucros porque pagam aos fabricantes menos valoração do que a venda de productos.
Assim, o nacional-vende-shop mentality foi útil por um tempo, mas com o tempo a acumulação ilimitada de capitais de investimento e outras empresas não seria capaz de manter o sistema e o mercado seria expulso. O Marcresta acabaria, dizendo que a revolução socialista era um acontecimento inevitável, que acabaria com o regime burguês e estabeleceria uma economia social.


Marx estava argumentando que a classe operária era capaz do capitalismo eletrónico, e que ao responder ao sistema económico que estava dependente, a classe operária iria iniciar um governo socialista sob a sua gestão. Marx não era um utopista e não acreditava que um dia idealista e trabalhador poderia vir, em vez disso, estava convencido de que o papel do ideologicamente e de liderança do governo na reforma socialista é necessário pelo desenvolvimento da história.
Os marxistas achavam que o socialismo deveria ser igual para todos os países do mundo, e um dos objectivos de sua doutrina era de expressar a consciência de classe da burguesia e a necessidade de mudança. O Manifesto Comunista declarou que o cepticismo deveria ser o suporte dos movimentos revolucionárias dos proletários para aqueles que consideram socialismo como uma ideia obscura e estranha.


Nos anos seguintes, surgiram muitos governos que afirmaram ser influenciados pelas ideias de Marx, mas o paradigma político e económico fundado no Manifesto do Partido Comunista acabou por ser um erro para a maioria dos países. Para além de ter sido o leimotiv para a criação da União Soviética em 1922, que durou 69 anos no poder, também a China após a guerra civil, em 1949, sob o lido liderança de Mao Zedong e, entre outros, se tornou um país socialista.


Após esses emprevistos, não parece credível que o capitalismo entre em colapso e que a revolução do proletariado sobrevenha o capitalismo que tem estado com a nossa sociedade por cerca de duzentos anos. Marquistas negariam firmemente que o factum de o capitalismo ter sobrevivido tenha refutado a solididade teórica das suas ideias e argumentariam que estamos a viver um período de transição parecido com a idade média.

No geral, o Manifesto Comunista marca o início de uma nova era, bem como uma nova fórmula de transformação da realidade social.

Bibliografia

K . Musa . , Wirtschaft und Kastei. Die islamische Welt des koming und 19. Jahrhundens, Leipzig, Liban IV, 216 st.
Communist Manifesto ,que está incluso na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão ,nas obras patrimónicas da Unesco. , em: http://unesdoc.unesco.org/images/0005/000552/055251fb.pdf
Hal Draper: (F. Engels) a “Classe” que redescobrimos “
F. Engels: Do Actuel, 1 marte 1877
F. Engels; L’Anti-Du’ Hengl- Fiot. dés sa 5 avril 1886
F. Engels: Partito socislista autonomo – Congrégation de Rome, 17 de março 1888

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