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7 Romances gays fora da curva para se conhecer

Escolher um novo livro para se aventurar é sempre uma árdua tarefa, isso ocorre porque na maioria das vezes estamos habituados com um único gênero ou clichês previsíveis, ou, nos encontramos na chamada "ressaca literária", que é o travamento da leitura de um próximo livro devido aos acontecimentos do livro anterior, que pode, ou não, terem sido causados por eventos positivos. Pensando na vastidão dos motivos, listamos abaixo sete livros de romances gays totalmente fora da curva, alguns são grandes bestsellers, outros, uma indicação singela.


1. Das cinzas ao folgo, de Murilo Guerra

"Mas algo lhe atormentava mais do que a ideia de expor seus sentimentos, era o de percebê-los"
As escolhas de Robert parecem ser as piores. Após ser pego em um grande assalto, ele é enviado para prisão Beeloser, um ambiente hostil que promete destruir sua alma. Vulnerável e cheio de cicatrizes, Robert se agarra a qualquer resquício de segurança que parece encontrar em seu colega de cela. Patrick é charmoso, espontâneo e tem um carisma irresistível, porém parece envolvê-lo em uma trama perigosa.

Sem esperança, a chegada do jovem Henry trará para sua vida todo o sentimento que julgava não existir mais e, sem perceber, ele se encantará por sua figura ingênua. Robert notará, conforme permite-se aproximar, que precisará de todas as suas forças para proteger esse sentimento e se manter vivo.

Com uma escrita profunda, Murilo Guerra escreve sobre sentimentos controversos, que fazem de nós descobridores contínuos, Robert é a personificação dos erros e das transformações, sendo este um romance sobre as mais brutais emoções.


2. História é tudo o que me deixou, de Adam Silvera


“Devastadoramente doce, apaixonadamente honesto, incrivelmente humano.”

— Becky Albertalli, autora de Simon vs a agenda homo sapiens


Quando o primeiro amor e ex-namorado de Griffin, Theo, morre afogado em um acidente, seu universo implode. Embora Theo tivesse se mudado para a Califórnia a fim de cursar a faculdade e começado a namorar Jackson, Griffin nunca duvidou de que Theo voltaria para ele quando chegasse a hora certa. Entretanto, o futuro que ele tanto desejava está despedaçado.

Para piorar a situação, a única pessoa que realmente entende sua tristeza é Jackson. Todavia, não importa o quanto eles conversem e se entendam, a espiral depressiva de Griffin continua. Ele está se perdendo em suas compulsões obsessivas e escolhas destrutivas, e seus segredos o estão consumindo.

Se Griffin pretende reconstruir sua vida, ele precisará visitar e confrontar o que viveu com Theo, história por história.



3. Tipo uma história de amor, de Abdi Nazemian
Em 1989, o jovem iraniano Reza se muda para Nova York com a mãe para morar com seu padrasto e o filho dele. Apesar de nunca ter contado para ninguém, Reza sabe há muito tempo que é gay. Porém, tudo que ele vê na televisão sobre a pandemia da aids e a comunidade LGBT reforça seu medo de que sua sexualidade está ligada a algo terrível. Então, o rapaz decide esconder sua verdade para se proteger das possíveis críticas da sua cultura e da sua mãe.Na escola nova, Reza conhece Judy, uma aspirante a estilista que adora criar e usar roupas coloridas. O maior ídolo dela é seu tio Stephen, um homem gay e soropositivo, que perdeu o parceiro para a aids e que usa seu ativismo para trazer atenção à doença. Ela tem certeza de que nunca vai se apaixonar ― até conhecer Reza. Os dois iniciam um relacionamento, mas ele não consegue evitar os sentimentos que começa a ter por Art, melhor amigo de Judy.Art é o único garoto assumidamente gay da escola. Ele adora a Madonna, fotografa os protestos da comunidade e participa com orgulho do movimento gay ― apesar da desaprovação de seus pais conservadores.À medida que os sentimentos de Reza por Art tomam forma, Reza luta para entender os desafios de assumir quem é sem machucar aqueles à sua volta. Numa jornada emocionante de autodescobrimentoe amizade, Tipo uma história de amor é também um fantástico relato sobre a luta da comunidade LGBT e sobre o ato revolucionário de existir em meio ao medo e ao preconceito sem perder a alegria.

4. Procura-se um namorado, de Alexis Hall

Quando uma foto comprometedora vai parar nos tabloides britânicos, Luc O’Donnell vê sua reputação e seu emprego ameaçados. Para limpar sua imagem, ele sabe que precisa de um namorado perfeito. E quem é melhor que Oliver Blackwood, o advogado com quem sua amiga vem tentando juntá-lo há anos?

Luc O’Donnell, infelizmente, é um cara famoso. Quer dizer, mais ou menos. Sendo filho de duas estrelas do rock, ele é uma das subcelebridades preferidas dos tabloides. E agora que seu pai está voltando aos holofotes, ele se tornou o centro das atenções, o que significa que uma foto comprometedora pode ― e vai ― estragar tudo.

Mas Luc tem um plano: para limpar sua imagem, ele só precisa de um namorado normal e bonzinho, e Oliver Blackwood é as duas coisas, além de advogado, vegetariano e basicamente alérgico a qualquer tipo de escândalo. O único problema é que, tirando o fato de ambos serem gays e solteiros e precisarem de acompanhantes para um evento, Luc e Oliver não têm nada em comum.

É por isso que eles estabelecem um namoro falso, até quando for necessário. Mas o perigo de namorar de mentira é que se parece muito com namorar de verdade. E, quando sentimentos verdadeiros começam a surgir, eles precisam descobrir como fazer dar certo ― não para as câmeras, mas para si mesmos.


5. Última parada, de Casey McQUISTON

Da autora de Vermelho, branco e sangue azul, um romance onde nada é impossível ― inclusive se apaixonar por alguém de outro tempo.

Aos vinte e três anos, August Landry tem uma visão bastante cética sobre a vida. Quando se muda para Nova York e passa a dividir apartamento com as pessoas mais excêntricas ― e encantadoras ― que já conheceu, tudo o que quer é construir um futuro sólido e sem surpresas, diferente da vida que teve ao lado da mãe.

Até que Jane aparece. No vagão do metrô, em um dia que tinha tudo para ser um fracasso, August dá de cara com uma garota de jaqueta de couro e jeans rasgado sorrindo para ela. As duas passam a se encontrar o tempo todo e logo se envolvem, mas há um pequeno detalhe: Jane pertence, na verdade, aos anos 1970 e está perdida no tempo ― mais especificamente naquela linha de metrô, de onde nunca consegue sair.

August fará de tudo para ajudá-la, mas para isso terá que confrontar o próprio passado ― e, de uma vez por todas, começar a acreditar que o impossível às vezes pode se tornar realidade.


6. Ela fica com a garota, de Rachel Lipp e Alyson Derrick

Da mesma autora de A cinco passos de vocêTodo esse tempo e A lista da sorte

Um romance leve sobre duas meninas com vidas totalmente diferentes que se conhecem na faculdade e, sem perceber, criam uma relação de respeito e apoio mútuo

Alex Blackwood é teimosia com uma pitada de caos e uma boa dose de flerte. Ela sabe como ficar com a garota. Manter, no entanto, é outra história. Molly Parker tem tudo na vida sob controle, exceto a completa falta de tato social perto de qualquer pessoa que não seja sua mãe. Ela sabe que é apaixonada pela incrível Cora Myers. Só nunca chegou a realmente falar com ela na vida.

Alex e Molly não parecem fazer parte do mesmo planeta, que dirá do mesmo campus da faculdade. Mas quando Alex, depois de um término péssimo (mas com sorte não permanente), descobre a paixão escondida de Molly, elas percebem que têm um interesse em comum. Talvez, se Alex se voluntariar a ajudar a colega a ficar com a garota de seus sonhos, ela consiga provar para sua ex que não é uma egoísta paqueradora e que está pronta para se comprometer de verdade. Apesar de Alex ser a última pessoa em quem Molly poderia imaginar confiar, não dá para negar que ela sabe o que está fazendo quando o assunto é garotas. Ao embarcarem em um plano de cinco etapas para fazer as garotas de quem são a fim se interessarem por elas, Molly e Alex começarão a perceber que talvez estejam se apaixonando... uma pela outra.


7.Romance real, de Clara Alves

Da mesma autora de Conectadas, este livro é um conto de fadas moderno sobre perdas e segundas chances.

Dayana deixou o Rio de Janeiro para trás e está de mudança para Londres. Há pouco tempo, seu maior sonho era visitar o país da One Direction, sua banda preferida, mas agora ela tem certeza de que está vivendo um pesadelo. Depois de dez anos sem encontrar o pai, ela se vê obrigada a morar com o homem que a abandonou, a mulher dele e sua filha ― a família perfeita que Dayana nunca teve. Tudo isso enquanto tenta lidar com o luto pela morte recente da mãe.
O que ela não imaginava era que, logo em seus primeiros dias ali, iria esbarrar em uma ruiva charmosa pulando as grades do Palácio de Buckingham. À medida que se aproximam e se ajudam a enfrentar os conflitos pelos quais estão passando, as duas se apaixonam. Mas Dayana tem certeza de que a garota está escondendo algo sobre sua relação com a família real…
Será que Londres conseguirá curar o coração de Dayana e dar a ela um final feliz?


[RESENHA #495] A escassez na abundância capitalista, de Luiz Gonzaga Belluzzo e Gabriel Galípolo

Luiz Gonzaga Belluzzo e Gabriel Galípolo. A escassez na abundância capitalista. São Paulo, Editora Contracorrente, 2019. 207 pp.

A EDITORA CONTRACORRENTE tem a satisfação de publicar mais uma obra do ilustre professor Luiz Gonzaga Belluzzo, em coautoria com o Prof. Gabriel Galípolo. Trata-se do livro “A ESCASSEZ NA ABUNDÂNCIA CAPITALISTA”, um livro denso, erudito, rico em informações, mas, ao mesmo tempo, supreendentemente acessível ao público em geral. No estilo consagrado do Prof. Belluzzo, a economia é vista de maneira crítica e sem falsificações. Nas palavras dos autores, “Cientistas supostamente têm de chegar às suas conclusões depois de pesquisar e avaliar as evidências, mas, em economia, conclusões podem vir primeiro, com economistas gravitando na direção de uma tese que se encaixa em sua visão moral do mundo. Não deveria ser surpresa. A economia sempre tem sido um exercício ético e social, sendo seu propósito a produção de regras pelas quais uma comunidade organiza sua produção”.


Durante a pandemia, muitas dúvidas surgem sobre o real papel da economia. Nesse caos, algumas dessas tristes formas de pensar a ciência estão completamente sob controle, no que diz respeito ao rumo que devem seguir as relações de produção e distribuição.

Se queremos resolver problemas econômicos e processos econômicos, é importante melhorar a forma como as informações e ideias são transmitidas. Nesse sentido, Belluzzo (2013) cita uma passagem importante de Lukács onde ele enfatiza a determinação e os processos de pensamento e conhecimento.

"O caminho da compreensão é determinado pela estrutura objetiva (ontologia, categoria) de seu objeto [...]. O conhecimento científico e filosófico deve começar com a compreensão real. do que existe, que cada vez se torna sua própria coisa e leva à verdadeira compreensão, elucidando sua estrutura ontológica” (Lukács, 2010, p.129 Apud Belluzzo, 2013, 2013). p.45).

Lukács afirma a visão de Marx sobre o método político-econômico, ou seja, a impossibilidade de dirigir as classes econômicas da maneira que historicamente foi determinada como impossível e errônea. Como nos lembra Belluzzo (2013), sua ordem é determinada pela relação que existe entre eles na sociedade capitalista moderna e é exatamente o oposto do que aparenta ser a ordem.

Assim, ao apontar o “controle psicológico” enfrentado pelos economistas em geral, eles explicam que “em economia, as conclusões podem ser tiradas primeiro, já que os economistas recuam economicamente”. pág. 9).

Como nos lembra Skidelsky (2020), desde a década de 1980 até a crise financeira global de 2008, a política macroeconômica foi realizada à sombra de Friedman, ou seja, a estabilidade necessária para manter O aspecto mais importante de uma economia de mercado capitalista é o nível de preços, enquanto a inflação continuar. controlada pelos bancos centrais e com os orçamentos governamentais mantidos "em equilíbrio", toda a economia se estabilizaria na "taxa natural de desemprego".

No final do século XX e início do século XXI, houve um reexame dos princípios teóricos e práticos das políticas de desenvolvimento, com base na aplicação de políticas econômicas gerais definidas por várias agências, especialmente Banco Mundial, FMI e OMC. .

Porém, após 2, a prática de intervenção do Estado ganhou força e encontrou sua matriz teórica na Teoria Geral dos Usos dos Juros e da Moeda, publicada por Keynes em 1936.”.

Em geral, a política económica ortodoxa assume que a economia é constituída por um conjunto de agentes económicos e que estes agentes são, por um lado, iguais ou do tamanho dos recursos e, por outro lado, o poder de tudo. , incluindo "muito dinheiro". É, portanto, dever de todos mostrar como o “mecanismo de mercado”, através da produção, circulação e distribuição, cria uma combinação perfeita ou quase perfeita entre os usos de bens e serviços e a satisfação do consumidor. (Prado, 2001)

A partir da década de 1970, o Império despontou como vilão. Todo mal parece se resolver abrindo a economia, encolhendo o Estado e/ou cortando custos. "O show se concentra no ataque dos EUA à Reaganomics e à economia do lado da oferta; o apoio da Grã-Bretanha à Sra. Thatcher e ao setor privado; no terceiro mundo, o Consenso de Washington em espera." (Paulani, 1999, p.121).

Segundo Dardot e Laval (2016), o “neoliberalismo” se apresenta como uma rejeição da “nova liberdade” e, por vezes, como uma alternativa a outras formas de intervenção econômica e reforma social pregadas pela “nova liberdade”.

Assim, os dois primeiros capítulos abordam “os períodos infindáveis ​​e contínuos que caracterizam o desenvolvimento da Economia Política” (p.15), narrando os percursos entre autores e correntes de pensamento. utilitarismo, revolução marginal e a "revolução histórica" ​​do final do século XIX, início do século XX - até as grandes revoluções do século XX (especialmente o capitalismo). neoliberalismo de Friedrich Hayek e Ludwig von Mises).

Realista e ao mesmo tempo denso, tem dois objetivos principais claros; escreva e faça a pergunta "quatro condições, personalidade, paz e segurança nacional, simulação científica, o que é normal" (p.15); e mostrar como economia e política são indissociáveis, de modo que esta última participa de conflitos e produtos intelectuais que afetam a primeira.

Na tentativa de compreender a dinâmica da modernidade, as mudanças sociais e as ideias promovidas pela sociedade capitalista, especialmente na explicação do significado da liberdade, os autores se concentram em Nietzsche e analisam os desdobramentos desse período; "As pessoas sofrem e se arrependem porque se sentem livres, não porque são livres. Ninguém é responsável. A existência é o resultado das características, influências e dificuldades presentes." (Página 59).

Esta é uma verdade assustadora que nem todo mundo quer enfrentar. É agradável para as almas escravizadas retornar às trevas e mentiras. Existe a opinião de que o prêmio da liberdade é reservado aos grandes, ou seja, aos superiores aos seres humanos, a todas as pessoas. Uma massa de pessoas fracas e perdidas, sem perceber que um "grande homem" nascerá entre elas, assim como pessoas mesquinhas ou capitalistas não acreditarão que a fé na virtude da livre concorrência desaparecerá. Eles se tornaram a classe dominante. As vítimas do Superman estão incluídas na super capital.

Norbert Trenkle reconhece a forma moderna da Vontade de Poder de Nietzsche: "O que Nietzsche revela aqui é muito diferente da vontade de poder clássica, mas é uma expressão muito mais desenvolvida do estado interior de Nietzsche. A violência é encontrada em muitos livros de administração e panfletos do socialismo - Darwin na Propaganda Liberal e Neoliberal”.

No Capítulo IV - Karl Marx, a sociedade moderna e a autonomia do indivíduo - de forma abrangente e profunda, ele apresenta não apenas os conceitos básicos de O Capital, mas também trechos de Grundrisse (texto pouco conhecido) mas muito próximo do Fundamentos. como mudança tecnológica, globalização, financeirização, monopólio e hiperindustrialização.

Ao contrário de Nietzsche, a crítica de Marx era o ressurgimento otimista de forças sociais capazes de realizar o projeto de liberdade e igualdade, slogan do Iluminismo. Como apontam os autores, Marx foi o herdeiro do Iluminismo ao desenvolver sua Crítica: crítica filosófica, crítica taxonômica, crítica da política de classe, crítica econômica, economia política. Marx perseguiu as promessas e contradições do pensamento liberal-democrático moderno, mas rejeitou as ideias vivas do romantismo alemão, que nasceu na época para reintegrar as pessoas à sociedade. Bata o título dividido, isolado, sozinho, desesperadamente sozinho.

Na Crítica Filosófica dos Direitos de Hegel, Marx disse: “Em uma sociedade capitalista, há uma grande contradição entre o homem real, isto é, o homem egoísta, e o homem real”. Básico, ou seja, cidadãos "invisíveis". Portanto, a democracia não é a última forma de liberdade humana, mas a mais alta forma de liberdade humana dentro dos limites da organização social moderna. princípios materiais”.

Nesse sentido, os autores dizem que, além dos processos básicos, cria-se a escassez moderna criando demanda ilimitada ("comprar") e fortalecendo as famílias e valorizando os recursos. A renda surge, assim, como meio de distribuição da riqueza alheia e não como temporária, pois se baseia na configuração atual do capitalismo financiado: “a financeirização não é uma transformação do capitalismo, que é um ‘aperfeiçoamento’ de sua própria natureza” (pág. 91).

Marx analisa a forma do precedente e passa a mostrar que, no capitalismo, toda forma de dominação parece estar sujeita a essa admissão de precedente. Todas as formas de renda estão na forma de renda (isso se estende até aos salários). Marx dá o exemplo de usar 100 libras rendendo 5%. Isso significa que qualquer investimento no valor de £ 100, com a taxa média de retorno do mercado, renderá 5%. Ao fazer essa declaração, ele disse que os juros são claramente vistos como a restrição mínima ao uso de qualquer moeda.

A existência dessa capitalização ou a natureza da remuneração do capital determina o valor de resgate do ativo. Todos os capitalistas, incluindo os assalariados, começam a calcular seu capital com base neste critério. Outro tipo de estrutura de capital, as relações legais de propriedade ressurgem do capital e começam a se acumular com outros: o veículo de geração de capital de giro é atribuído ao mercado de ações.

Os títulos que representam direitos de propriedade forçam um novo tipo de contabilidade, que avalia o valor de todo o dinheiro. Essa nova forma se dá pelo retorno esperado que o capitalista almeja obter de qualquer quantia em qualquer aplicação, de ações existentes, de novas ações ou do capital produtivo. Há um deslocamento do eixo do cálculo capitalista.

As maiúsculas fictícias têm um significado teórico maior do que os marxistas costumam pensar. O capital fictício estabelece condições de custo-benefício diferentes do capital de giro. Esses critérios são especulativos no sentido de que são baseados em uma avaliação da volatilidade esperada do valor de um título. O retorno esperado é descontado pela taxa de juros de mercado.

No Capítulo V são apresentadas diferentes visões (baseadas basicamente em Marx, Kalecki e Keynes) sobre o pensamento macroeconômico. Nela são discutidos assuntos técnicos e importantes: decisões de investimento, sistemas bancários e de crédito, moedas e taxas de câmbio, taxas de câmbio, natureza dos problemas (especialmente é financeiro), desregulamentação e estrutura do dinheiro, sempre visando contradizer, direta ou indiretamente, os pressupostos neoclássicos (equilíbrio, decisão racional, igualdade de informação) ), troca neutra, etc) e contrato chave.

Em uma economia monetária, o enriquecimento privado só pode ser alcançado por meio da produção de bens ou da propriedade de bens novos ou existentes com renda na forma de dinheiro. Em situações incertas, os proprietários de riqueza apostam na capacidade do poder "excepcional" da riqueza de manter seu valor durante mudanças significativas e inevitáveis ​​na forma "normal", o dinheiro.

Para Keynes, como para Marx, o dinheiro não era apenas um meio de troca, mas ao mesmo tempo um bem social e a única forma socialmente reconhecida de enriquecimento privado. Como uma "boa sociedade", o dinheiro é uma medida da produção e troca de bens, bem como uma medida de riqueza e crédito. Como resultado, o dinheiro está sujeito a regras de emissão, circulação e destruição para garantir a verificação de sua disponibilidade universal como valor, meio de pagamento e reserva de valor.

Financeira e financeiramente, o crescimento da economia capitalista levou ao desenvolvimento do sistema de crédito: a principal atividade dos bancos nos primórdios do capitalismo concentrava-se no financiamento da dívida pública (por meio de garantias fiscais) e no comércio de longa distância. 🇧🇷 Após a revolução industrial, com a aceleração das atividades empresariais, os bancos britânicos expandiram seus negócios de descontos comerciais, ampliando seu papel como sistema de crédito internacional. Nos países de industrialização tardia, especialmente nos Estados Unidos e na Alemanha, o crédito substituiu o papel do dinheiro.

Assim, a reprodução do capitalismo, com suas estruturas e medidas de capital indivisíveis, colocou a consolidação do sistema bancário (incluindo o Banco Central) e a unidade do sistema bancário, seu valor na formação das forças que governam a competição entre empresas. Em uma economia com muitas formas de moeda virtual e domínio dos bancos na comunicação financeira, o desenvolvimento de longo prazo se baseia na necessidade de aumentar a produtividade social dos trabalhadores, incentivando assim a concorrência forte da inovação tecnológica. ferramentas e equipamentos de nova geração. A acumulação de renda é acelerada pela capacidade dos bancos de levantar capital, tomando emprestado de seus livros uma grande parte dos depósitos exigidos - um empréstimo que os depositantes podem tomar emprestado sem aviso prévio e cobrar em dinheiro.

O capítulo final enfoca o processo mais recente de globalização, que, segundo os autores, “determina de fato a intensidade da competição entre firmas, trabalhadores e países, acompanhada de um sistema financeiro o mundo descentralizado e rigidamente controlado do dólar” (p. .193), e desde então os problemas econômicos generalizados na região destruíram esta instituição. o ambiente socioeconômico moderno e o período das décadas de 1920 - 1930 do século passado - manifestação do poder de criar e destruir o capitalismo, a capitalização e a realização , protecionismo, estabilidade financeira e desemprego.

- é importante entender os fatores que compõem o contexto político e econômico em que ocorre a ascensão da extrema-direita em alguns países.

Em suma, esses elementos representam “uma violação do acordo geoeconômico estabelecido há 40 anos” (p.196). Tal planejamento foi resultado do colapso do fordismo, do Estado Socialista e do Acordo de Bretton Woods nos países de classe média, bem como da implantação do Consenso de Washington e do esfriamento dos programas de desenvolvimento desenvolvidos em países médios, muitos emergentes ' países.

O impacto do aumento da competição entre empresas e trabalhadores é inquestionável: observou-se uma tendência de maior igualdade no período do final da Segunda Guerra Mundial até meados dos anos 1970 - meados dos anos 1970. classes sociais e entre elas - se inverteu. Na era do “fardo” e do capitalismo, os frutos do crescimento estão concentrados nas mãos dos donos de carteiras, que representam o direito à participação na renda e na riqueza. Para outros, persiste a ameaça de desemprego, aumento da insegurança e vulnerabilidade a novos empregos e exclusão social.

Até hoje, a disseminação de formas ativas de competição encontrou pouca resistência em seu esforço incansável para reduzir o "conteúdo" da vida humana a relações controladas, aumentar o valor de troca. Mas as pessoas - ou a maioria delas - não conseguem resistir ao sentimento de que suas vidas diárias e destinos são controlados por forças "espirituais" opressivas que destroem o projeto de uma vida. Viva bem e seja gentil.

[#LeiaNacional] Entrevista com Debora Sapphire, autora do livro 'o mistério da mansão walker'

Debora Sapphire é o pseudônimo de uma influencer literária e colunista. Aliás, é uma empreendedora entusiasta da literatura e leitora beta profissional nas horas vagas. Adepta ao veganismo e à filosofia da bruxaria natural. Além de trazer consigo um senso crítico considerável para abordar com autoridade assuntos sociais e temas atemporais necessários a fim de levar reflexão importante aos leitores.

Aos 26 anos, já realizou diversas parcerias e entrevistas com autores nacionais ao longo dos últimos cinco anos. E segue em sua página do blog Amante da Arte da Literatura e nas redes sociais como @sapphiredebbie, divulgando autores nacionais contemporâneos em prol da valorização de toda a ampla literatura nacional. 

Passou anos estudando Comunicação Social. Mora no interior do estado de São Paulo. Bilíngue, com Certificação Internacional de Cambridge. Possui domínio cultural e fluência nas respectivas línguas, português e inglês. Já trabalhou como professora de inglês por alguns anos.

Para ela, sua afinidade com a escrita vem desde criança. Jovem adulta, tornou-se uma leitora assídua e vive criando histórias onde reina a diversidade e apresenta o empoderamento feminino em seu protagonismo. Inclusive, ela escreve suas narrativas sob um olhar crítico-social. Algumas nunca saem dos rascunhos de papel.


Confira a entrevista desta escritora fantástica:


1. Primeiramente, fale-nos um pouco sobre você.
Olá, pessoal! Agradeço pela oportunidade de participar desse quadro aqui no blog, para
autores nacionais. Meu nome é Debora. Eu tenho 26 anos. Escrevo desde os 13 anos sob o
pseudônimo de Debora Sapphire. Sou uma leitora antes de tudo e que sempre teve a arte da escrita como uma forma de terapia. Desde criança e agora adulta, sem dúvida, escrever ajuda a libertar minha mente cheia de ideias e histórias pra criar. Uma garota imaginativa com questões pessoais melhores resolvidas ao externá-las através da escrita. Gosto muito de participar de concursos literários e de escrita criativa desde muito nova. Já
que me divirto escrevendo.

2. Há quanto tempo você escreve, como começou?
Eu gosto muito de escrever, seja um artigo, uma resenha ou participações em outros livros de antologias de poesia, contos e crônicas. Como eu disse anteriormente, escrever é algo terapêutico pra mim. Então frequentemente estou ativa em algum projeto que envolva a escrita e a leitura também.
De vez em quando, recebo o convite de outros autores e colegas de profissão para escrever os prefácios e apresentações de seus livros.
Desde a época da escola, uma das minhas matérias preferidas é a literatura. Quando eu tive a oportunidade de escrever uma redação e alguma história,
independente do gênero literário, ou um texto dissertativo, eu já me animava. Aos 26 anos, finalmente me tornei uma autora publicada. Em uma obra independente.

3. Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta
inspirada/o antes de iniciar um novo livro?
Acredito que escrever tem muito a ver com prática. Assim como a leitura, a escrita é uma atividade diária na minha rotina. Um hábito para mim. Inspirações, eu costumo retirar de todos os lugares. Por exemplo; minhas próprias experiências do dia-a-dia, das experiências
de outras pessoas e de pensamentos que surgem de reflexões intimistas. Gosto de observar as coisas acontecendo à minha volta, analisar situações cotidianas e ver as reações psicológicas das pessoas e o comportamento humano diante desses acontecimentos da atualidade ou atemporais. Como escrevo muito por um olhar crítico-social, essa parte da minha personalidade observadora com senso crítico e

autocrítica, me faz querer escrever sobre muita coisa. O tempo todo. Então isso praticamente ajuda muito na hora de criar diálogos para os meus personagens complexos. Sobretudo as protagonistas femininas fortes e empoderadas, as quais fogem totalmente dos
estereótipos de mocinhas.

4. Quais foram suas principais referências na literatura, arte e/ou cinema?
Para escrever o meu livro de estreia: " O Mistério da Mansão Walker", a minha maior referência é a rainha do crime Agatha Christie. Além dessa referência de ficção policial, gosto de ler outras escritoras de fantasia sombria. Portanto, de alguma maneira, cada uma delas acaba me influenciando. E algumas das minhas referências, até vem de séries como Sandman e O Conto da Aia. E obras como Drácula de Bram Stoker e Frankenstein de Mary Shelley. Tanto que no livro há várias referências da cultura pop, voltada mais para a
literatura gótica.

5. Qual foi seu trabalho mais desafiador até hoje em relação à escrita?
Escrever O Mistério da Mansão Walker foi desafiador no sentido de finalmente ter coragem para o mundo conhecer uma história que está longe de ser um conto de fadas. Há personagens imperfeitos e complexos. Lançar um enredo com uma protagonista que é uma anti-heroína já é desafiador e moderno. Talvez muitos possam não estar preparados, outros
já estão na hora de sair da zona de conforto do policiamento correto.
Eu queria escrever um livro que pudesse mexer com as pessoas e causar certo desconforto. E ao mesmo tempo, entrar na mente de personagens reais, fora do padrão, profundos e intensos e entender suas ações e pensamentos discordando ou não, porém acima de tudo, refletir sobre o porquê desse pensar de tal forma e agir de tal modo.

6. Qual a parte mais difícil de se escrever um livro?
A meu ver, mais difícil do que finalizar um livro é iniciá-lo. Por muitos motivos, deixamos algo pra depois e nunca sai de um pensamento ou rascunho de papel. Decidir começar a escrever o livro é o primeiro passo, mas por uma série de cobranças internas e até mesmo pessimismo, muitos autores não iniciam seus livros ou têm medo de compartilhá-lo. O mais difícil é aceitar que seu livro está pronto para alçar voo para os leitores. E como a experiência de cada leitor é individual, claro que o feedback de todos será único e diferente. Por isso, bate aquele friozinho na barriga tanto por uma repercussão positiva quanto pela negativa. Acho que todo autor deve estar preparado para isso. E não falo sobre haters, e sim sobre críticas construtivas. O que um leitor pode achar maravilhoso, pra outro pode não funcionar. O que está tudo bem. Isso não é o que valida ou invalida nosso trabalho. Para alguém, o livro será um Oásis. E é nesse leitor que precisamos focar. Porque o livro pode
fazer uma grande diferença na vida dele ou dela.

7. Qual foi seu primeiro livro, o que pensou ao iniciar sua escrita? o que te incentivou?
Ainda falando sobre esse meu lançamento recente do dia 17/12, O Mistério da Mansão Walker. Eu só pensei que como uma história se destacou mais na minha mente, a todo custo eu precisava abrir o notebook e escrever. Logo depois, a história parece criar vida própria. Passei noites em claro e madrugada afora escrevendo. Uma palavra para descrever o ato de escrever esse livro: libertador. É libertador poder colocar essa história para fora, assim surgiu o livro. Simplesmente de uma necessidade minha de contar essa história. Uma história que acredito ser poderosa. Um livro que eu queria não só escrever, mas ler
também.

8. Tem algum personagem que você tenha criado ao qual foi difícil desapegar?
Sim, com certeza. Vamos falar da minha protagonista Jennifer Walker, ela tem tanto potencial dentro dela que está se redescobrindo. Acho uma das personagens mais complexas que escrevi. E escrever sobre a jornada de autoconhecimento dela, muitas vezes, também me ajudou de muitas maneiras a lidar com emoções conflitantes minhas.

9. Quais são suas principais referências literárias na hora de escrever?
Na verdade, eu não penso muito sobre referências literárias enquanto estou escrevendo. Mas, como eu disse, a literatura gótica é uma referência que vem naturalmente por eu gostar muito de consumir.

10. Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta
inspirada/o antes de iniciar a escrita de um novo livro?
Não necessariamente. No meu caso, o primeiro de tudo, a história precisa fazer sentido pra mim. Se eu sentir que a história precisa ser contada e faz alguma diferença contar ou não, eu abro o notebook e o resto flui muito bem.

11. Você reúne notas, anotações, músicas, filmes e/ou fotografias para se inspirar
durante a escrita?
Não tenho esse hábito. Até para não atrapalhar, de algum modo, a fluidez na hora da escrita. Principalmente não durante o processo de escrita. Porém, depois que o livro vai para a leitura sensível e crítica, começo a fazer a minha própria revisão e fortalecer uma
coisa ou outra com uma boa pesquisa.

12. O que você faz para driblar a ausência de criatividade que bate e trava alguns momentos da escrita? Existe algo que você faça para impedir ou driblar estes momentos?


Pausa. Eu passo horas e madrugadas escrevendo, meu horário favorito, quando minha mente está mais ativa. E o silêncio reina. E isso fisicamente é desgastante, então a "ausência de criatividade", muitas vezes, pode ser um desgaste mental e físico. Mesmo que eu possa estar tão imersa na escrita e não perceber, o meu corpo humano, vai sentir esse
esforço físico e mental. Em razão disso, procuro tirar um tempo para colocar o sono em dia e pausar a escrita. Logo depois, quando me sentir melhor disposta e descansada, renovada, geralmente volto a escrever a todo vapor. Evito forçar a escrita, quando meu corpo e minha mente gritam por descanso. Extrapolar qualquer atividade física ou mental,
ou ir além do limite humano, isso não é saudável.


13. A maioria dos autores possuem contatos e amigos de confiança para mostrar o progresso do seu trabalho durante o percurso da escrita. Você teria um time de “leitores beta”, para analisar seu livro antes de prosseguir com a escrita?


Bom, eu costumo recorrer aos leitores, profissionais, influencers literários, outros jornalistas e escritores, ou até mesmo os profissionais pagos para fazer a leitura crítica. Antes e após a preparação de texto e revisão, feitos por profissionais freelancers ou não do mercado editorial. Tenho meus leitores betas sim, literalmente, para fazer a leitura de betagem. Um
processo muito importante para o livro passar.
Entretanto, se eu for publicar com editora, o processo já é diferente. Porque passa pelo editor(a), quem vai ler o livro pra fazer a leitura crítica e cuidar de todo o processo a seguir. Antes de encaminhar para a revisão textual.


14. Qual a parte mais complicada durante a escrita?

Depende, a paciência é algo complicado pra mim. Porque são meses entre a leitura de betagem, a crítica, sensível e a revisão, tanto minha quanto da revisora profissional. Então, surgem muitas cenas novas ou que podem melhorar nesse meio tempo e a pressa pra juntar tudo e encaixar no contexto leva alguns meses.
Confesso que bate uma certa ansiedade, apesar de controlada.
Muitas vezes, o estresse por problemas externos pode ser complicado também e travar a escrita. Nesses dias, eu faço uma pausa pra não contaminar minha escrita de tal livro igualmente. Seja em qual original eu estiver trabalhando no momento.

15. Você prefere escrever diversas páginas por dia durante longas jornadas de escrita
ou escrever um pouco todos os dias? O que funciona melhor para você?

Olha, eu nunca pensei muito sobre isso. Porque quando começo a escrever e a escrita flui, eu só paro para descansar, beber água, comer e por necessidade de dormir entre outras. Realmente fico imersa na escrita quando está fluindo.

Claro, tem dias e momentos que esse ritmo diminui ou aumenta. Então depende muito do dia também, se eu não tiver nenhum compromisso marcado que precise pausar a escrita.

16. Em relação ao mercado literário atual: o que você acha que deve melhorar?


Acho que no mercado editorial, as editoras como qualquer empresa, acabam por não apostar em títulos de autores desconhecidos e ainda sem uma determinada quantidade de público já consumidor do livro. Penso que é totalmente lógico não arriscar em um material que não há retorno certo para eles. Isso é normal para uma empresa. Porém, com as opções de publicação independente para autores nacionais em tantas outras plataformas, hoje em dia, as publicações independentes vêm crescendo. E acho isso muito positivo, no sentido de que os autores podem contratar uma equipe de assessoria literária e marketing por conta própria, sem depender de vínculos com editoras. O que acaba compensando bem
mais, muitas vezes.


17. A maioria das pessoas não conseguem se manter ativas em vários projetos, como
funciona para você, você escreve vários rascunhos de diferentes obras ou se
mantém até o final durante o processo de um único livro?
Depende muito, se estou escrevendo um conto e uma pequena participação em outro projeto que não exige tanto de mim, ou me dedicando a escrita de um exemplar mais complexo de 70 mil palavras, como foi o caso de O Mistério da Mansão Walker.

18. O que motiva você a continuar escrevendo?
O que me motivou a continuar escrevendo O Mistério da Mansão Walker foi o feedback dos meus leitores betas e todo apoio que recebi de outros leitores e escritores, os profissionais que acreditaram nesse projeto, assim como eu desde o início.

19. Que conselho você daria para quem está começando agora?
Meu conselho é escreva. E mantenha a mente aberta para contratar profissionais qualificados para te ajudar a entrar nesse mercado, não se sobrecarregue querendo fazer tudo sozinho. Não tenha pressa nem crie altas expectativas. Tenha em mente
o objetivo de fazer o seu livro ser lido e publicado para estar com qualidade nas mãos dos leitores certos. Pensar no depois como fazer sucesso e ganhar dinheiro, isso só atrapalha muitos autores.
Entendo que muitos escritores pensam em ganhar uma renda com a escrita, de imediato. E isso pode gerar frustração. Mas, o principal pra quem está começando agora é ser lido. O resto vem com o tempo e muito trabalho duro. Minha agente literária tem me ajudado muito nos outros requisitos ao ingressar na carreira literária, porque só pensar em escrever, já dá trabalho.

20. Para você, qual o maior desafio para um autor/a no cenário atual? Você tem algum
hábito ou rotina de escrita?
Na minha visão é conciliar a escrita com a vida pessoal. Se sua vida pessoal ou profissional não estiver alinhada com os seus objetos para ingressar na carreira como escritor(a), há grandes chances da escrita não ser sua prioridade. O que pode mais atrapalhar do que ajudar. Pois você pode cair na procrastinação. Ou seja, nunca iniciar nada e também não finalizar nenhum livro. Há quem goste de escrever só por hobby também. E tudo bem. Muito do que escrevo, eu não tenho a intenção de publicar. Então é bom estabelecer objetivos e não desistir deles. Organização com foco é fundamental, independente de tudo.

21. Como você enxerga o cenário literário atual e a recepção dos leitores da atualidade em relação aos novos autores?
Eu evito contato com escritores que tenham uma visão da carreira literária muito contrária à minha, porque isso pode desanimar muito um escritor iniciante e contaminar minhas motivações. Então, assim como na vida real, se afaste de pessoas negativas e que não vão te agregar em nenhum desenvolvimento pessoal. Somente tenha por perto pessoas que vão te colocar para cima e orientar da melhor forma possível, sem tentar te colocar para baixo a fim de diminuí-lo.
Como influencer literária e resenhista, muitos dos meus autores parceiros me incentivaram muito e me senti acolhida em todo o processo de escrita. Até a finalização do livro e divulgação de lançamento. Lá no Clube do Livro Arte da Literatura, onde tenho contato com leitores, criadores de conteúdo literário, profissionais do livro e outros escritores do ramo.

22. Se pudesse indicar quatro obras literárias que te inspiraram, quais seriam?
E Não Sobrou Nenhum, de Agatha Christie. SINHÔ: Sangue na Serra dos Cristais, de Túlio Augusto Lobo. A série Crônicas Lunares, de Marissa Meyer. E por último,1984, de George Orwell.

23. Que conselho você daria para quem está começando a escrita do primeiro livro?

Tente não cobrar tanto de si. Acho que se sobrecarregar com negatividade já atrapalha qualquer escrita. Apenas escreva, sem se preocupar com o que vem depois. Cuidado pra escrita não se tornar um fardo.

24. O que esperar para o ano de 2023 em relação à sua escrita?
Continuar a escrever e fazer com que as pessoas leiam meus livros, acho que é o principal. Tenho um público alvo em mente que quero alcançar. E, inclusive, ter a mente aberta para aprender e melhorar sempre a minha escrita, sem perder a minha essência, é claro. Vem aí, a publicação do meu livro físico também: "O Mistério da Mansão Walker". Este ano, saiu o lançamento do e-book, o livro em formato digital lá em plataformas como a Amazon. Disponível para leitura gratuita com assinatura Kindle Unlimited. O livro já está cadastrado na maior plataforma de leitores do Brasil, então quem tiver Skoob, bora lá adicionar na biblioteca. Ajuda muito!

Compre o livro: Amazon

Poluição dos oceanos e morte da vida marinha são temas do livro de Isa Colli


A poluição do meio ambiente tem sido pauta de importantes discussões por ser um problema que coloca em risco a vida do Planeta. E como uma das bandeiras levantadas pela escritora Isa Colli é a sustentabilidade, a sua nova criação traz como tema a limpeza dos rios e mares.

Pesquisadores alertam que os resíduos plásticos e outros dejetos jogados nos oceanos podem triplicar nos próximos 20 anos, ameaçando ainda mais a vida marinha. A solução para combater drasticamente essa poluição é a ação conjunta entre governos, empresas e cidadãos. Como escritora, Isa Colli acredita que possa ajudar nessa missão.

A nova obra da autora faz parte da coleção que tem como protagonistas duas abelhas: Vivene (vida) e Florine (flor), amigas ambientalistas, que viajam o mundo em busca de solução para os mais variados problemas provocados pelos humanos. Nesta história, a dupla realiza o sonho de conhecer o fundo do mar. Elas se preparam para a viagem fazendo curso de mergulho e embarcam em uma aventura superdivertida com os peixes da região. Tudo ia muito bem até se depararem com toneladas de lixo e decidirem agir para acabar com o problema.

“Sinto-me no dever de escrever sobre o tema e chamar a atenção para esse problema, pois viver em equilíbrio com a natureza é primordial para a preservação do planeta. Essas questões precisam ser apresentadas para as nossas crianças desde cedo para que a nova geração não cometa os mesmos erros do passado”, afirma a autora.

O livro apresenta muitas soluções para esse problema que hoje atinge os oceanos Atlântico, Pacífico, Ártico e Índico, além de rios e lagos. “Vamos nos juntar a Vivene e Florine e cuidar da nossa casa?”, propõe Isa.

Todos os livros da editora podem ser encontrados facilmente no Brasil, na Europa, e no mundo todo nos principais sites de e-commerce no formato impresso e e-book. Seguem alguns exemplos de lojas: Amazon, Wook, Fnac, Americanas, Submarino, entre outros.

Lançamento do livro `Vivene e Florine no fundo do mar’

Editora Colli Books

Escritora Isa Colli

Literatura infantojuvenil

Ilustrações: Ryan Casagrande

Valor: R$45

Páginas: 36

Para mais informações acesse o site da Editora Colli Books

https://www.collibooks.com/

[RESENHA #494] Me chame pelo seu nome, de André Aciman

Livro que inspirou o filme dirigido por Luca Guadagnino, aclamado nos festivais de Berlim, Toronto, do Rio, no Sundance e um dos principais candidatos ao Oscar de 2018.

A casa onde Elio passa os verões é um verdadeiro paraíso na costa italiana, parada certa de amigos, vizinhos, artistas e intelectuais de todos os lugares. Filho de um importante professor universitário, o jovem está bastante acostumado à rotina de, a cada verão, hospedar por seis semanas na villa da família um novo escritor que, em troca da boa acolhida, ajuda seu pai com correspondências e papeladas. Uma cobiçada residência literária que já atraiu muitos nomes, mas nenhum deles como Oliver. 

Elio imediatamente, e sem perceber, se encanta pelo americano de vinte e quatro anos, espontâneo e atraente, que aproveita a temporada para trabalhar em seu manuscrito sobre Heráclito e, sobretudo, desfrutar do verão mediterrâneo. Da antipatia impaciente que parece atravessar o convívio inicial dos dois surge uma paixão que só aumenta à medida que o instável e desconhecido terreno que os separa vai sendo vencido. Uma experiência inesquecível, que os marcará para o resto da vida. Com rara sensibilidade, André Aciman constrói uma viva e sincera elegia à paixão, em um romance no qual se reconhecem as mais delicadas e brutais emoções da juventude. Uma narrativa magnética, inquieta e profundamente tocante.

Aciman, André. São Paulo: Me chame pelo seu nome, p. 288, 2018 ISBN: 978-85-510-0273-5

Leia um trecho desta obra aqui.

O romance de estreia imaginativo do livro de memórias/acadêmico Aciman (Variações enigma, 2017, etc.), combina um novo amor com temas familiares de migração e peregrinação.

Em algumas partes do mundo, pode-se ser pego pelo pequeno romance em questão, conhecendo um estudante de música de 17 anos que é extremamente bem educado - muito poucos adultos com diploma universitário que leram Celan, ouviram falar de Athanasius Kircher ou nunca. O livro narra a história de um estudioso de 24 anos que põe o pé no mundo dos gregos antigos e o outro pé em qualquer submundo que uma cidade litorânea italiana possa oferecer. Oliver é brutalmente bonito e observa um mundo cruel, "um juiz frio e perspicaz de caráter e circunstância". Coberta com óleo bronzeador, sob o sol do Mediterrâneo, ele deixou o jovem Elio quando a viu. Oliver estava bem ciente do resultado, pois todos, homens e mulheres, o amavam: o pai de Elio, hóspede de Oliver, apreciava a bravura do jovem em debater filosofia e recursos de palavras, e as jovens da vizinhança por causa deles. afeto de estrela de cinema, velha esposa com seu comportamento de cowboy. A chance de Highsmith de obter conquistas surgiu, mas enquanto Oliver tinha seu lado perigoso (por exemplo, ele era um jogador de cartas), Aciman nunca foi ingênuo; O amor de Elio tem uma certa qualidade pura ("Eu sou Glauco e ele é Diomedes"), que não alivia a dor quando tudo é revelado, quando o jogo mental acaba e o homem O homem mais sábio do livro é revelado. tornou-se o pai bondoso e carinhoso de Elio, com pungência e inquestionável conforto da melhor forma: “Agora é tristeza. Não invejo sua dor. Mas eu invejo sua dor. Essa dor cria um final feliz, de certa forma.

A história segue Elio, de dezessete anos, e o convidado americano de seu pai, Oliver, por mais de seis semanas quentes e úmidas na casa italiana da família. À medida que Elio e Oliver formam uma amizade improvável, ela rapidamente se transforma em um relacionamento romântico, fortalecido ainda mais pela suave e bela paisagem italiana como pano de fundo para o crescimento de seu afeto. Conforme a história avança, o relacionamento deles se fortalece, mas, infelizmente, uma viagem de verão chegando ao fim os deixa tensos.

Cheio de poesia e prosa poderosa, Call Me by Your Name é uma história evocativa e atmosférica que atrai leitores ao longo das praias ensolaradas da Riviera italiana. Um conto apaixonado de amor, intimidade e decepção, bem como amor e desgosto que muitas vezes se desenrola, Me Chame Pelo Seu Nome é uma bela história de amadurecimento que cativará leitores de todas as idades. e muita bondade. de amor desaparece e envelhece, mas permanece forte e eterno.

Os guias espirituais envolvidos na atração raramente são capturados de forma mais brilhante do que na representação franca, inabalável e comovente da paixão humana de André Aciman. Me chame pelo seu nome é claro, rebelde e, finalmente, inesquecível.

Um livro quente e misto em sentimentos e noções de afeto e a busca pelo reconhecimento do amor em nós, amargo como tomar vodca pela primeira vez e doce como a última.

[RESENHA #493] Aporofobia: a aversão ao pobre, de Adela Cortina


CORTINA, Adela. Aporofobia,  a  aversão  ao  pobre:  um  desafio  para  a  democracia. SãoPaulo: Ed.Contracorrente, 2020

A Editora Contracorrente tem a satisfação de oferecer ao público brasileiro a tradução de “Aporofobia, a aversão ao pobre: um desafio para a democracia”, de autoria de Adela Cortina, uma das mais destacadas filósofas da atualidade.

“Aporofobia”, o neologismo que dá nome ao medo, rejeição ou aversão aos pobres, foi escolhido como a palavra do ano 2017 pela Fundación del Español Urgente (Fundéu) e incorporado ao Diccionario de la lengua española no mesmo ano.

Segunda a autora, aqueles que produzem verdadeira fobia são os pobres. Os estrangeiros com dinheiro não produzem rejeição. Ao contrário, espera-se que tragam recursos e são recebidos com entusiasmo. Aqueles que inspiram desprezo são os pobres, aqueles que parecem não poder oferecer nada de bom, sejam eles migrantes ou refugiados políticos. E, no entanto, não havia nome para essa realidade social inegável. Diante de tal situação, Adela Cortina procurou no léxico grego a palavra “aporos”, que significa pobre, e cunhou o termo “aporofobia”. Além de definir e contextualizar o termo, ela explica a predisposição que todos nós temos para esta fobia e propõe formas de superá-la através da educação, da eliminação das desigualdades econômicas, da promoção de uma democracia que leva a igualdade a sério e da promoção de uma hospitalidade cosmopolita.

Com prefácio de Jessé Souza, o livro é de leitura obrigatória não somente para conhecer o termo “aporofobia”, mas também para compreender melhor esse fenômeno que marca a sociedade brasileira.

Desde 1992, 17 de outubro é o Dia Internacional para a Eliminação da Pobreza (INTERNACIONAL, s. d.). E, enquanto for "celebrado" é para confirmar a sua derrota. A redução da pobreza faz parte da Agenda 20302, que é um dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), identificados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Publicado em novembro de 2020 pela Contracorrente/São Paulo. Apresenta tradução de Daniel Fabre e prefácio de Jessé Souza, organizado em oito capítulos.

Como autor desta edição, é Professor Emérito de Filosofia Ética e Política da Universidade de Valência. Diretor de Educação da Fundación ÉTNOR (Ética Empresarial e Organização Empresarial). A primeira mulher a ingressar, em 2008 (VILARES, 2014), como membro titular da Real Academia Espanhola de Ciência Política e Ética (fundada em 1857, 2019 já estava constituída), publicou o livro Ética y filosofía politica: Homenaje a Adela Cortina. Honoris Causa de várias universidades na Europa e América Latina. Integrou o júri dos prémios Príncipe de Astúrias de "Comunicações, Humanidades" e "Ciências Sociais". Assim é “um dos mais proeminentes filósofos do nosso tempo” (CONTRACORRENTE, s. d.).

Podemos até saber muito, e por muito tempo, sobre a inegável presença da pobreza e da miséria na vida real da sociedade. No entanto, o fenómeno (social e económico) que todos tendemos a albergar e as propostas para o ultrapassar, permanece sem nome: a aporofobia. A palavra, retirada do dicionário grego aporos (não procure ajuda) e vicebos (medo; assustado), já está disponível, graças a Adela Cortina.

Em 2017, aporofobia foi escolhida pela Fundación del Español Urgente (Fundéu/Banco Bilbao Vizcaya Argentaria [BBVA]) como a palavra do ano. Está incluído no Diccionario de la lengua española, da Real Academia Española (REA) e da Associación de Academias de la Lengua Española (ASALE). A versão online diz: “aporofobia –del gr. ἄποροςáporos 'pobreza de recursos' e -medo, termo cunhado pelo filósofo espanhol A. Cortina. 1. culto. A obsessão pelos pobres e pelos pobres. ” (REAL ACADEMIA ESPAÑOLA, 2020). A presença do dicionário é um acréscimo ao autor, conforme relata no livro (CORTINA, 2020, pág. 28).

No entanto, até que o neologismo seja reconhecido e hoje seja possível encontrar "cerca de 273.000 resultados em 0,39 segundos", quando você pergunta porofobia em um mecanismo de busca na Internet3, a jornada é longa. A primeira publicação do termo foi na década de 1990, no ABC Cultural ([1995] MIRANDA, 2020), para mostrar a importante distinção entre "nação dentro do país" ou "racismo". eles. estado de pobreza. Com seu discurso alucinante e divertido, como os do TEDxUPValència(2018)4, Adela Cortina é uma mulher branca, de cabelos curtos e escrita acessível. Pelo resumo, percebe-se a diversidade e a interdisciplinaridade de sua obra. Utiliza referências a áreas e temas como ética, ética, bioética, economia, filosofia, biologia, neurociência, política, direitos civis, democracia, métodos O método de comunicação, educação, na constituição propõe a hospitalidade em todos os lugares.

A introdução começa por distinguir xenofobia, xenofobia e aporofobia, ambientada em 20165, com um grande número de estrangeiros a entrar na Europa. No entanto, eles foram divididos. Não tratados, abandonados, porque são de outros lugares. Mas sim, pelo estado em que se encontravam quando cruzaram a fronteira. Simplificando, pessoas de outros países que não trazem recursos, refugiados, imigrantes, não serão aceitos. E paredes são construídas para detê-lo. Para os expatriados que trarão serviços, turistas, foi criado até um curso de formação para eles: Hospitality Science (APOROFOBIA, 2018). A obsessão é pelos pobres, ou seja, por aqueles que (em sua maioria) não têm dinheiro. É a principal moeda de troca do contrato social em que vivemos hoje. Essa identificação é então selecionada, compartilhada e divulgada ao público. A Apore, porque não exerce as suas funções no atual sistema contratual, porque não participa especificamente da economia, não quer estar na sociedade. A aporofobia mostra a violência no tratamento dos pobres.

Uma forma possível de lidar com os movimentos irracionais, “ataques diários, quase invisíveis, contra a dignidade humana, o bem-estar social e a felicidade” (CORTINA, 2020, p. 19. Os colchetes são meus) para alcançar a independência. A formação de cidadãos compassivos e responsáveis, por meio de processos de educação, diálogo e consulta, baseia-se na flexibilidade de nosso cérebro biossocial: ser influente na sociedade. . A vinculação poderia significar o fim de tal violência, “[...] se valorizarmos, ao menos essas duas chaves de nossa cultura, o respeito pela igual dignidade da pessoa humana. e a compaixão” (CORTINA, 2020, p. 19) . É um processo complexo, envolvendo muitos requisitos diferentes, à medida que o escritor avança no livro.

No primeiro capítulo, "Ferida sem nome", é explicada a necessidade de nomear a si mesmo, para que você não precise mais apontar o dedo. Um exemplo é tirado de Cem Anos de Solidão, do colombiano Gabriel Garcia Marques. Ter o nome de trazer-se à consciência e, assim, ser capaz de refletir sobre ela (e, neste caso, transcendê-la).

Em Crimes de ódio contra os pobres, o autor apresenta uma reviravolta, muitas vezes usada pela mídia, para culpar os pobres, e não os pobres. Preconceito, promoção de crimes de ódio, incidentes de ódio e discurso de ódio. O crime afeta uma pessoa se ela for identificada como um grupo dos chamados inferiores. A vítima deixa de ser o sujeito e passa a ser o meio. Assim, é um ataque ao individual, com o objetivo de atingir o coletivo: mulheres, negros, LGBTQIA+, pobres. A alegoria do lobo e da ovelha de La Fontaine (In: GLUCKSMANN, 2007) é utilizada para indicar as categorias de crimes de ódio: o primeiro aspecto é que a pessoa é considerada infinita: um, um, de pé, estuprando o nome do agressor. quem quer atacar (desigualdade, não reconhecimento, dignidade, justiça). A discriminação contra pessoas e grupos supostamente feridos é o segundo fator. Eles são considerados perigosos para a sociedade, mesmo que não tenham provas. O terceiro fator é incitar a violência espalhando mentiras. Naturalizar a desigualdade entre vítimas e agressores obscurece o fato de que “a fonte do ódio e do desprezo são os odiadores, não os odiados” (CORTINA, 2020, p. 34). O quarto elemento que distingue o "seu" do "nosso" é a criação de lobos e ovelhas: "pessoas de outra raça (racista), de outra raça (xenofobia), de sexo diferente (atitudes femininas), de orientação sexual diferente (homofobia), de uma religião em particular (cristianismo ou islamofobia), ou de um ambiente social perigoso (por exemplo, medo de aporofobia)”. (CORTINA, 2020, pág. 40) Por fim, como quinto elemento, a produção do discurso de ódio: “Falar é fazer” (CORTINA, 2020, p. 66) Quando não há conflito, Para Cortina, educação formal e informal, através da comunicação, da ação social, das instituições e da sociedade, começando por abordar a desigualdade, abordando a pobreza, é o começo dos lobos racionais, as suspeitas são anunciadas por vingança, e deixam as ovelhas, os pastores, os cães, . . .

A seguir, o autor apresenta a falta de regulamentação sobre o discurso de ódio, dependendo das ações do governo de cada país6. Por estarem tão distantes dos valores da cultura democrática que deveriam ser iguais e livres, as três manifestações do discurso de ódio são: monólogo, violência e violação de cada lei, e assimétrico. Para um filósofo, quando a lei não basta, a moral é a alternativa. Porque, “no conflito entre discurso de ódio e liberdade de expressão, não bastam soluções legais, mas também é muito importante promover a ética democrática”. (CORTINA, 2020, pp. 62-63).

Os próximos dois capítulos, "Nosso cérebro é aporofóbico" e "Consciência e fama", são uma viagem do passado ao nosso eu interior, com fontes que vão desde textos bíblicos e filosofia, até biologia e neurociência. A lacuna da democracia, entre o texto e a vida, e sua capacidade de transpor essas montanhas, é uma confirmação da plasticidade de nossos cérebros, influenciados pela sociedade. Assim, a resiliência (CORTINA, 2020, p. 92), com expectativa de repetição (CORTINA, 2020, p. 92), pode romper lugares familiares. Ou seja, o altruísmo não se limitará a grupos de pares. A transformação dos valores sociais e individuais. As ações de educação e assistência social, somadas ao poder intuitivo proporcionado pelas redes sociais virtuais, podem ser combinadas de métodos e ferramentas, para facilitar, por exemplo, como integração e participação, é possível “passar” o contrato de troca de gestão.

Em "Improving Bioethics", Adela Cortina explora a relação entre a biologia e a filosofia (bioética, neuroética, biodiálogo, metafísica), pela falta ou falta dela: o acesso à educação impedirá o desenvolvimento da consciência individual e social. Neste ponto, considere se os recursos biomédicos de engenharia podem ser usados. Porém, não perca de vista a reflexão e as questões éticas. Percebendo que este é um tema delicado, fazemos questão de ressaltar: acessibilidade às pessoas, previsibilidade de resultados (limitações e riscos como a eugenia7), são as forças motrizes por trás do comportamento. Este último, indicado por pesquisas que indicam que “a ética tem uma base biológica, ou seja, as emoções, que estão intimamente relacionadas à motivação”. (CORTINA, 2020, pág. 137). No entanto, para utilizar esses recursos, é necessária uma ética comum, que deve ser defendida por eles mesmos e por todos. Ao final, concluiu que a biomedicina ainda possui muitas limitações. Portanto, ele também usa a educação, formal e informal, ao compartilhar conhecimento, “sofrimento e alegria, viver com compaixão, continua sendo a melhor escola” (CORTINA, 2020, página 145) para incentivar o comportamento.

No capítulo anterior, a abordagem foi direto ao problema: "Eliminando a pobreza, reduzindo a desigualdade". Adela Cortina melhora os resultados e escapa da pobreza. Revela o direito do indivíduo como autor da obra enquanto comunidade, com base em referências a, entre outros, os filósofos gregos, Adam Smith, Immanuel Kant , Amartya Sen. E, novamente, ele aponta, é uma questão de educação, estendendo a responsabilidade às famílias, à mídia, avaliando a distribuição e o crescimento econômico. Trata-se de ultrapassar os “[s] de efeito contratual” (CORTINA, 2020, pág. 174. Os parênteses são meus.), dos acordos que os acompanham, não ajudando “os que estão fora do jogo. troca” (CORTINA, 2020, p. .174). Por tal,

[...] ética da boa razão,[...] sabendo da importância dos acordos para a vida política, econômica e social[...mostra] uma forma de responsabilidade do outro humano [enraizado] na aliança. A solidariedade daqueles que se veem como iguais, como seres humanos dotados de dignidade, não só de valor, como pessoas vulneráveis ​​que precisam de justiça, mas também de cuidado e compaixão. (CORTINA, 2020, pp. 174-175.

Como a luz no fim do túnel, a conclusão deste livro oferece a "Hospitalidade Internacional" do futuro. Para ser melhor, concorde em construir uma sociedade internacional. Em suas propostas, como políticas de acolhimento e integração (CORTINA, 2020, p. 195), visa distanciar-se de ideais e utopias. Além disso, para avançar na Agenda 2030, ele acredita que "é necessária uma governança global, em um país democrático ou em uma coalizão de nações, mas o ponto principal é a hospitalidade universal, que pode fazer do mundo um lar comum para todos, como um dever de justiça". (CORTINA, 2020, página 197).

Jessé Souza (na contracapa e no prefácio) menciona que "quase metade da humanidade" vive a pobreza, e que "entender as razões de discriminar os excluídos e os excluídos para serem marginalizados é entender porque não podemos nos colocar, forçosamente , autenticamente e com compromisso, no lugar mais vulnerável e vulnerável de todos.” Porém, se segundo Alysson Leandro Mascaro (na segunda orelha), os pobres, “um importante indicador da estrutura social”, são a “cola da exploração " (e deveria ser o "primeiro objeto de crítica" das "formas capitalistas de sociedade")." ), talvez o problema não seja a incapacidade de colocá-las "com força, honestidade e devoção, no lugar dos outros", mas sim , para criar e manter, este "outro" (mais precisamente visível para quem quer ver, não morto por pedra, fogo, fome, frio, ...).

Dada a abrangência do modelo, uma sociedade inclusiva é possível. Ensinar é uma forma de proteger a dignidade de todas as pessoas. É um processo institucionalizado (lei) que promove um tipo de democracia que permite aos cidadãos vivenciar a hospitalidade internacional. O objetivo é atualizar como a socialização funciona usando a plasticidade e o impacto social do cérebro humano. Um senso de moralidade e responsabilidade moral, do indivíduo, é a cura, não apenas para aporofobia.

Agora que isso foi dito, o ódio aos pobres entra na consciência, no diálogo, na crítica e no confronto. Tal como acontece com outras "fobias" (e outras formas de discriminação), é importante reconhecer que temos medo para continuar a atender à necessidade de mudança social e cultural, para evitá-los. É pela assimetria, alto e baixo, baseada no ódio, na negação da dignidade humana, que persistem as patologias sociais.

No caso do Brasil, é a crença do filósofo no processo educacional, vale lembrar que estamos comemorando o centenário de nascimento do nosso professor Paulo Freire, em 2021. os presos, presos escravizados e mortos, e os nativos locais , também capturados, escravizados e mortos, a pobreza aqui tem muito a ver com raça. Os resultados do processo de projeto colonial ainda são consistentes com a realidade atual. Vivemos tempos de “expurgo” dos doadores para a educação, conforme refletido no plano de governo do presidente eleito do partido republicano.

Sabendo que além da natureza do dinheiro, como “condutor”, “sem gosto e sem cor” (SIMMEL, 2005, p.25), “ninguém pode dar nada em troca” ( CORTINA, 2020, p. 29). Mas a raça superior branca está disposta a "quebrar o acordo" (WERNEK, 2020, pp. 138; PIRES, 2020, p. 141)? "Ao perder o poder especial do clube humano" (PIRES, 2020, 142.)

“A pobreza é evitável” (CORTINA, 2020, p.153). Essa é a garantia, desejo e recomendação de Adela Cortina. Num contexto ético e político, pensar de forma mais ampla, discutir o desenvolvimento humano proporciona tecnologia e desumanização. Das causas às dificuldades de combate, quando terminamos de ler o livro, somos impelidos a agir. Seu debate é atual, especialmente diante da atual situação da pandemia. Para qualquer pessoa interessada no tema, seja você um especialista no assunto ou não.

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