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RESENHA: O menino do pijama listrado - A inocência e o encontro trágico com a morte


O Menino do Pijama Listrado é um filme de 2008 dirigido por Mark Herman e baseado no romance de mesmo nome de John Boyne. O filme conta a história de Bruno, um garoto de 8 anos que vive na Alemanha nazista. Um dia ele descobre que seu pai, um oficial nazista, foi designado para supervisionar uma prisão de campo de concentração e a família precisa se mudar para lá.

Incapaz de entender a realidade de seu pai e curioso para saber o que está acontecendo, Bruno decide explorar a área e logo descobre um vilarejo próximo onde as casas são feitas de madeira e as pessoas usam pijamas listrados. Ele logo se aproxima de Shmuel, um menino do vilarejo com a mesma idade.

A amizade entre os dois meninos cresce rapidamente, mas Bruno acaba descobrindo que o vilarejo não é o que parece. É na verdade um campo de concentração e os pijamas listrados que as pessoas usam são símbolos de sua prisão.

Apesar do tema difícil, O Menino do Pijama Listrado é um filme que trata de forma poética e sensível a realidade da vida durante o período do holocausto. É uma história de amizade e de esperança que aborda de forma madura como a inocência de uma criança pode ajudar a revelar a verdade e mudar o destino das pessoas. Uma obra muito bonita e importante que nos faz refletir sobre o que realmente importa.

A obra retrata como a guerra afeta diretamente a vida das crianças, por meio de seus olhos e a forma como elas reagem ao julgamento do mundo adulto. É uma narrativa de amizade e de aceitação entre dois meninos de etnias diferentes, que encontram em sua relação o alívio necessário para que possam sobreviver ao horror da guerra.

Ao longo do filme, vemos como a inocência das crianças é capaz de derrubar as barreiras da discriminação racial e religiosa. Elas são capazes de encontrar forças para enfrentar as tragédias da guerra e encontrar um novo sentido de esperança em seus laços de amizade. A obra também nos mostra a realidade das perseguições e do holocausto vivido pelo povo judeu durante a guerra, assim como a violência e o terror exercidos contra essa minoria. O filme nos oferece uma reflexão sobre o horror da guerra, a violência e o ódio, mas também sobre o amor e a aceitação entre pessoas de etnias diferentes. É uma obra que nos permite refletir sobre a importância de nos mantermos firmes em nossas convicções, e de nos abrirmos para a aceitação de quem é diferente de nós.

O HORROR DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

Durante a Segunda Guerra Mundial, as crianças foram afetadas de várias formas. Muitas foram forçadas a deixar suas casas e se mudar para áreas seguras, ou foram enviadas para trabalhar em fábricas ou no campo. As crianças também enfrentaram fome, privação e escassez de suprimentos, assim como bombardeios e outras formas de violência. Algumas delas foram obrigadas a se juntar ao exército e lutar na guerra, enquanto outras serviram como refugiadas. Muitas crianças também foram vítimas de abuso e exploração.

O Holocausto foi um dos mais atrozes crimes contra a humanidade na história, durante a Segunda Guerra Mundial. O regime nazista da Alemanha, liderado por Adolf Hitler, foi responsável por uma campanha de aniquilação em massa de judeus, ciganos, homossexuais, políticos, dissidentes, pessoas com deficiência e outros grupos minoritários. Durante o Holocausto, crianças eram particularmente alvo das atrocidades nazistas. Na verdade, estima-se que cerca de 1,5 milhão de crianças judias e não judias foram mortas durante a Segunda Guerra Mundial. Muitas foram executadas, enquanto outras foram mandadas para campos de concentração, onde foram submetidas a trabalhos forçados, fome e doenças. Algumas foram separadas de suas famílias e enviadas para orfanatos ou adotadas por outras famílias. Muitas crianças judias também foram enviadas para campos de trabalho, onde eram obrigadas a trabalhar em condições extremamente difíceis.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a expatriação de civis ocorreu em todas as partes do mundo. Os países envolvidos na guerra obrigaram os civis a sair de suas casas. Isso aconteceu principalmente em áreas controladas pelos governos nazistas na Europa, onde os civis foram forçados a deixar suas casas devido à perseguição aos judeus, aos membros de minorias étnicas e àqueles considerados inimigos do regime. Na América do Norte, a expatriação também aconteceu devido às medidas de austeridade impostas pelos governos norte-americanos. A lei do Serviço de Trabalho e da Emigração, promulgada em 1942, foi aprovada para controlar o fluxo de emigrantes em direção aos Estados Unidos. Esta lei permitia a emigração de civis, mas proibia qualquer pessoa que estivesse ligada ao governo alemão ou às forças armadas alemãs de entrar no país. Além disso, durante a guerra, muitas pessoas foram forçadas a sair de suas casas. Isso aconteceu principalmente na Europa Oriental e na Ásia Central, onde os governos soviéticos forçaram milhares de pessoas a se mudarem para zonas remotas. A expatriação durante a Segunda Guerra Mundial deixou milhões de pessoas deslocadas e deslocadas de suas casas. Ainda hoje, muitos destes deslocados não têm acesso a direitos civis básicos, como a proteção dos direitos humanos.

TRAILER DO FILME



[#LeiaNacional] Entrevista com Flavia Kalpurnia, autora de ❝Pura Sorte❞



1. Primeiramente, fale-nos um pouco sobre você.

"Flavia Kalpurnia, de São Vicente, São Paulo, hoje mora em Belo Horizonte. Casada, mãe de gatos e cachorros, sócia de um estúdio de música com o seu marido. Escritora desde os 14 anos, sempre foi apaixonada pelos livros. Encantou-se por Harry Potter ainda criança, escrevia fanfictions até começar a rascunhar livros autorais em 2009. Leitora de romances eróticos e terror, gosta de se arriscar em thrillers e fantasia, para ler e escrever. É autora de mais de vinte livros publicados digitais e físicos, incluindo Olhos Negros, o seu primeiro romance que trata de questões familiares e sentimentos conflitantes.”


2. Há quanto tempo você escreve, como começou?

Sempre gostei de ler e começar a escrever foi um passo, realmente. Comecei livros autorais em 2009, mas publicação apenas em 2016.


3. Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar um novo livro?

Não paro de escrever, sempre escrevo algo, todos os dias. Sejam ideias, esqueletos ou realmente um capítulo.


4. Quais foram suas principais referências na literatura, arte e/ou cinema?

Anne Rice, Stephen King, André Vianco, Edgar Alan Poe, H. P. Lovecraft, J. K. Rowling, Jane Austin, entre outros.


5. Qual foi seu trabalho mais desafiador até hoje em relação à escrita?

A primeira série que escrevi, sobre uma banda. Tive que fazer inúmeras pesquisas e ficar entrevistando meu marido, que é músico.


6. Qual a parte mais difícil de se escrever um livro?

Conseguir conciliar ideias com a real escrita. Em minha cabeça é uma coisa e quando escrevo, transforma-se em outra.


7. Qual foi seu primeiro livro, o que pensou ao iniciar sua escrita? o que te incentivou?

Meu primeiro livro foi Olhos Negros. Eu queria um livro com uma temática que até aquele momento, não tinha lido. Esse foi o meu maior incentivo.


8. Tem algum personagem que você tenha criado ao qual foi difícil desapegar?

Sim, Ethan, de Pura Sorte. Ele é meu único mocinho mocinho mesmo, então, é bem único.


9. Quais são suas principais referências literárias na hora de escrever?

Eu sempre penso no King, não pelo gênero, mas pela fluidez.


10. Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar a escrita de um novo livro?

Não parar de escrever quando a ideia vem. A inspiração sempre me acerta com força, então gosto de estar preparada. Seja no celular, papel, computador.


11. Você reúne notas, anotações, músicas, filmes e/ou fotografias para se inspirar durante a escrita?

Sim, vou guardando em pastas no meu Google Drive e sempre pego para usar como inspirações para continuar quando fico travado.


12. O que você faz para driblar a ausência de criatividade que bate e trava alguns momentos da escrita? Existe algo que você faça para impedir ou driblar estes momentos?

Leio, vejo fotos dos avatares que selecionei, ouço música que selecionei para a playlist do livro. Sempre me ajuda bastante.


13. A maioria dos autores possuem contatos e amigos de confiança para mostrar o progresso do seu trabalho durante o percurso da escrita. Você teria um time de “leitores beta”, para analisar seu livro antes de prosseguir com a escrita?

Tenho duas leitoras betas fiéis e que surtam sempre quando libero capítulos. Acho que é necessário esse tipo de contato.


14. Qual a parte mais complicada durante a escrita?

Conseguir organizar as ideias, manter os plots de livros separados, não reutilizar personalidades de personagens..


15. Você prefere escrever diversas páginas por dia durante longas jornadas de escrita ou escrever um pouco todos os dias? O que funciona melhor para você?

Tudo depende do dia. Tem dias que escrevo páginas e tem dias que são apenas uma ou outra linha. Depende muito de como estão meus horários.


16. Em relação ao mercado literário atual: o que você acha que deve melhorar?

União da classe literária. Existe muita inimizade.


17. A maioria das pessoas não conseguem se manter ativas em vários projetos, como funciona para você, você escreve vários rascunhos de diferentes obras ou se mantém até o final durante o processo de um único livro?

Não só apenas alguns, mas vários. Sempre tenho plots do nada, então eu estou sempre colocando projetos nas minhas pastas, mas não me atrapalha quando estou escrevendo um livro ou outro.


18. O que motiva você a continuar escrevendo?

É o que sempre quis fazer da minha vida. Era a carreira que eu almejava e fui atrás.


19. Que conselho você daria para quem está começando agora?

Não desistir, persistir. O meio literário é bem complexo, mas converse com outros autores e pessoas da parte editorial, são dicas valiosas.


20. Para você, qual o maior desafio para um autor/a no cenário atual? Você tem algum hábito ou rotina de escrita?

Conseguir conciliar todas as redes sociais e o trabalho de escrita. A rotina depende do dia, mas normalmente escrevo todos os dias, na parte da manhã.


21. Como você enxerga o cenário literário atual e a recepção dos leitores da atualidade em relação aos novos autores?

Normalmente vemos leitores novos todos os dias, alguns continuam e outros não, mas é sempre bom ter novas pessoas, pois o mercado tem espaço para todo mundo e todos podemos crescer juntos.


22. Se pudesse indicar quatro obras literárias que te inspiraram, quais seriam?

Harry Potter, Senhor dos Anéis, O Apanhador de Sonhos e Os Sete.


23. Que conselho você daria para quem está começando a escrita do primeiro livro?

Paciência. Não queira lançar por lançar. Um livro é sua marca no mundo, então tenha paciência e resiliência.


24. O que esperar para o ano de 2023 em relação à sua escrita?

Estou novamente focando em livros únicos, deixando as séries para outro momento. Então, estou com o planejamento de pelo menos quatro livros novos esse ano, e com alguns gêneros diferentes do erótico, que foi o que eu dei início na minha carreira.

[#LeiaNacional] Entrevista com Raquel Machado, autora de ❝Histórias do povo❞

  1. Primeiramente, fale-nos um pouco  sobre você.

Meu nome é Raquel Machado, sou autora gaúcha que ama romances e viajar. Sou formada em Ciência da Computação, mas participo do mundo das artes desde criança, realizando apresentações de teatro e dança. A literatura sempre fez meu coração bater mais forte, escrever para mim é como respirar.


  1. Há quanto tempo você escreve, como começou?

Eu escrevo desde criança, aliás minha brincadeira preferida era “criar histórias”. Ainda tenho a primeira história que escrevi, na época eu tinha 7 anos.

 

  1. Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar um novo livro?

Minha inspiração para escrita é a vida. Inclusive vários dos meus contos são baseados em situações reais. Acredito que por participar do teatro um bom tempo eu acabei me acostumando a observar mais o mundo ao meu redor e é muito bonito.

 

  1. Quais foram suas principais referências na literatura, arte e/ou cinema?

Sou fã de romances e comédias românticas. Amo os livros da Carina Rissi e da Sophie Kinsella. Porém, autores que considero referência são a Diana Gabaldon e o Stephen King por construir histórias espetaculares com personagens fantásticos.

 

  1. Qual foi seu trabalho mais desafiador até hoje em relação à escrita?

Acredito que quando participei da organização da antologia Mascotes que teve seu lançamento na Bienal do RJ de 2019.

 

  1. Qual a parte mais difícil de se escrever um livro?

Criar personagens cativantes e reviravoltas que façam o leitor ficar grudado em cada página.

 

  1. Qual foi seu primeiro livro, o que pensou ao iniciar sua escrita? o que te incentivou?

Meu primeiro livro lançado se chama Vingança Mortal, é um suspense policial ambientado no RS. Naquela época não era tão fácil publicar, a Amazon estava chegando por aqui, então um dia trocando uma ideia com uma amiga minha ela me disse uma frase que nunca vou esquecer: “Você pode arriscar e publicar deixando essa história para o mundo ou morrer com ela na gaveta”. A resposta vocês á sabem.

 

  1. Tem algum personagem que você tenha criado ao qual foi difícil desapegar?

Todos personagens moram dentro do meu coração, mas ainda não tive o problema de me desapegar de algum deles.

 


  1. Quais são suas principais referências literárias na hora de escrever?

Carina Rissi, Diana Gabaldon, Stephen King, Dan Brow, Sarah J. Maas entre outros.


  1. Você reúne notas, anotações, músicas, filmes e/ou fotografias para se inspirar durante a escrita?

Sim. O processo de pesquisa é uma das partes principais em escrever o livro. Atualmente tenho guardado várias fotos de looks maravilhosos (afinal a personagem adora se vestir bem).

 

  1. O que você faz para driblar a ausência de criatividade que bate e trava alguns momentos da escrita? Existe algo que você faça para impedir ou driblar estes momentos?

Eu geralmente dou um tempo. Paro para assistir um filme que gosto ou ler um livro que tenho vontade.

 

  1. A maioria dos autores possuem contatos e amigos de confiança para mostrar o progresso do seu trabalho durante o percurso da escrita. Você teria um time de “leitores beta”, para analisar seu livro antes de prosseguir com a escrita?

Tentei realizar um grupo de betar uma vez, mas acabei me frustrando pois não consegui finalizar o livro. Atualmente se for fazer isso penso que preciso estar com o livro quase finalizado.

 

  1. Qual a parte mais complicada durante a escrita?

O final para mim sempre é complicado. Fico triste ao me despedir dos meus personagens.

 

  1. Você prefere escrever diversas páginas por dia durante longas jornadas de escrita ou escrever um pouco todos os dias? O que funciona melhor para você?

Tenho me regrado a escrever um pouco por dia. Mas claro, que tenho meus surtos em dias que escrevo muito mais do que tinha previsto.

 

  1. Em relação ao mercado literário atual: o que você acha que deve melhorar?

Acredito que os autores perceberem que somos um time e não adversários. Se cada um apoiasse mais a literatura nacional com certeza todos sairíamos ganhando.

 

  1. A maioria das pessoas não conseguem se manter ativas em vários projetos, como funciona para você, você escreve vários rascunhos de diferentes obras ou se mantém até o final durante o processo de um único livro?

Já tentei focar em diversos projetos, porém como meu tempo é escasso ultimamente tenho focado em um por vez. Assim se tenho mais alguma ideia escrevo o resumo dela e deixo na gaveta, para após terminar o projeto atual, eu trabalhe no próximo.

 

  1. O que motiva você a continuar escrevendo?

Sinceramente é complicado de responder. Com certeza, o feedback dos leitores ajuda muito, pois saber que impactei de uma forma positiva a vida de outra pessoa é algo impagável. Porém, acredito que vai além disso. Eu simplesmente acredito que nunca vou parar de escrever, porque eu preciso, e como o ar que respiro.

 

  1. Que conselho você daria para quem está começando agora?

Ler muito e diversos livros. Ser muito persistente e ter paciência. O trabalho de escritor é igual ao trabalho de formiguinha um dia por vez.

 


  1. Para você, qual o maior desafio para um autor/a no cenário atual? Você tem algum hábito ou rotina de escrita?

Meu maior desafio é formar a rede de leitores e conseguir tempo para escrevrer e investir no marketing.

 

  1. Como você enxerga o cenário literário atual e a recepção dos leitores da atualidade em relação aos novos autores?

Acredito que estamos bem melhores do que alguns anos atrás. As pessoas estão mais receptivas ao ler novos autores e isso é algo incrível.


  1. Se pudesse indicar quatro obras literárias que te inspiraram, quais seriam?

Perdida da Carina Rissi, Outlander da Diana Gabaldon e Os Delírios de Consumo da Becky Bloom da Sophie Kinsella


  1. Que conselho você daria para quem está começando a escrita do primeiro livro?

Pense sobre sua história. Que público você deseja atingir? Qual é o objetivo final? Seus personagens são cativantes?

  1. O que esperar para o ano de 2023 em relação à sua escrita?

Pretendo lançar meu próximo livro esse ano que será um chick lit.

Onde encontrar a autora:

Instagram:@autora.raquel.machado

[#LeiaNacional] Entrevista com Mauro A. Souza, autor de ❝Vila dos murmúrios❞

Mauro A. Souza nasceu em Cataguases, região da Zona da Mata Mineira, em 27/10/1976. É autor dos livros “O Diabo Pede Carona”, “Possessão Demoníaca - a história de Maycon e Paula”, “Vila dos Murmúrios”, “Sombrio Coração”, “Limiar” e “Fantasmas no Porão”. Teve contos publicados nas antologias “Pesadelos Mórbidos”, “Velórios Mortais”, “Vampírica” e “Boteco Maldito”. É também coautor e editor da obra, “Setenário Sombrio – estranhos contos transeuntes”, na qual dividiu o trabalho de escrita da história com mais 6 autores. Divide seu tempo entre a literatura e a música. É compositor, guitarrista e vocalista, tendo participado de várias bandas de rock, entre elas a Arkhan, com a qual lançou um álbum homônimo em 2014.

1. Primeiramente, fale-nos um pouco sobre você.

Sou Mauro A. Souza, mineiro, da cidade de Cataguases na Zona da Mata, adoro ambientar minhas histórias na região onde moro e além de escritor, sou editor, revisor, diagramador e músico.

2. Há quanto tempo você escreve, como começou?

Escrevo desde fui alfabetizado. Ainda criança, escrevia e desenhava histórias em quadrinhos, coisa que fiz até a adolescência (infelizmente todo esse material foi perdido). Aos quinze anos, quando entrei no mundo da música, comecei a compor, então escrevia as letras das canções da minha banda. Na literatura em prosa eu só me lancei 2013, escrevendo contos para um blog (todos estão no meu mais recente livro, Fantasmas no Porão) e, em 2017, comecei a me preparar para lançar meu primeiro romance, que saiu em 2018.

3. Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar um novo livro?

Não sei se posso considerar um segredo ou técnica, mas escrevo escutando música. Cada livro meu tem uma trilha sonora. E geralmente elejo um artista, ou uma vertente musical para me inspirar na escrita. Decoro discografias durante a escrita de um livro, pois escuto repetidas vezes. Quanto a inspiração para histórias, digamos que tem uma mente fértil (e pouco saudável hehehe).

4. Quais foram suas principais referências na literatura, arte e/ou cinema?

Comecei a escrever terror por conta do Stephen King. Sem dúvida, meu ídolo. Mas amo a escrita de William Peter Blatty, Neil Gaiman, Alan Moore, Richard Matteson, Peter Straub, Paulo Coelho, Kaled Housein, entre outros. Busco um pouco de referência em cada um desses feras.

5. Qual foi seu trabalho mais desafiador até hoje em relação à escrita?

Cada trabalho exige um desafio diferente, mas sem dúvida, meu novo romance, Possessão Demoníaca – o legado (ainda inédito, e que sairá este ano). Talvez por ser continuação de Possessão Demoníaca – a história de Maycon e Paula, meu primeiro romance publicado, mas principalmente pela quantidade de assuntos sensíveis que abordo no livro, pela quantidade de pesquisas que fiz, por ter muitos núcleos de personagens, o que gera inúmeras subtramas. Além de ser um livro que terá quase mil páginas.

6. Qual a parte mais difícil de se escrever um livro?

A meu ver o trabalho de pesquisa, pois o escritor não pode escrever somente sobre assuntos que domina. Gosto de ser verossímil em tudo que escrevo, então, se eu tiver uma ideia, mas não conseguir material de pesquisa, acaba deixando-a no “armário”.

7. Qual foi seu primeiro livro, o que pensou ao iniciar sua escrita? o que te incentivou?

Meu primeiro lançamento foi o Diabo pede Carona, mas trata-se de um conto, então não considero meu primeiro livro. Possessão Demoníaca – a história de Maycon e Paula foi meu primeiro livro publicado. Tive a ideia vendo (pela enésima vez) o filme O Exorcista e pensei que eu poderia escrever uma história de possessão e exorcismo sob uma ótica totalmente diferente. Abordei tais fatos sob a visão do espiritismo kardecista. E eu, nessa época, precisava fazer um “exorcismo” na minha vida e já tinha umas ideias de uma história em mente. Então juntei o exorcismo com o que já tinha e me lancei na escrita.


8. Tem algum personagem que você tenha criado ao qual foi difícil desapegar?

Sim, vários, mas vou citar dois, a menina Laís e um vilão, Azrael.

9. Quais são suas principais referências literárias na hora de escrever?

Stephen King, William Petter Blatty, Richard Matteson, Peter Straub e outros.

10. Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar a escrita de um novo livro?

De uns tempos para cá, parei de fazer roteiros prévios. Tenho a ideia central imagino o início e o final do livro, me sento e deixo a inspiração me guiar. É uma tática arriscada, pois você pode ser contraditório em algum ponto, mas confesso que já me acostumei e me sinto bem assim (combina com minha personalidade anárquica).

11. Você reúne notas, anotações, músicas, filmes e/ou fotografias para se inspirar durante a escrita?

Como já disse anteriormente, música. E cada livro, como também já falei, tem uma trilha diferente. O Mais novo, a sair agora antes do meio do ano, foi escrito ao som de Doom Metal.

12. O que você faz para driblar a ausência de criatividade que bate e trava alguns momentos da escrita? Existe algo que você faça para impedir ou driblar estes momentos?

Eu releio o que escrevi. Além de me ajudar a fazer uma revisão prévia, acaba me dando novas ideias.

13. A maioria dos autores possuem contatos e amigos de confiança para mostrar o progresso do seu trabalho durante o percurso da escrita. Você teria um time de “leitores beta”, para analisar seu livro antes de prosseguir com a escrita?

Sim, tenho algumas pessoas de confiança que fazem a betagem dos meus escritos

14. Qual a parte mais complicada durante a escrita?

O início do livro deve chamar a atenção do leitor. A primeira frase, o primeiro parágrafo, os primeiros capítulos precisam de muito mais atenção por parte do autor.

15. Você prefere escrever diversas páginas por dia durante longas jornadas de escrita ou escrever um pouco todos os dias? O que funciona melhor para você?

Escrevo todo dia. Em alguns, uma página, um parágrafo, já em outros 10 a 15 páginas. Depende da inspiração e do assunto abordado em algumas partes do livro.

16. Em relação ao mercado literário atual: o que você acha que deve melhorar?

A auto publicação democratizou a escrita, mas criou um problema, hoje temos muitos escritores e poucos leitores. Não vejo como melhorar o mercado, pois é o sinal dos tempos. Quem se adaptar, pode se dar bem, quem não…

17. A maioria das pessoas não conseguem se manter ativas em vários projetos, como funciona para você, você escreve vários rascunhos de diferentes obras ou se mantém até o final durante o processo de um único livro?

Trabalho em vários projetos ao mesmo tempo e não teria como não ser, pois além de escrever meus livros, edito, reviso, faço copydesque e diagramação de muitos autores. No momento por exemplo, estou envolvido em quatro trabalhos (de autores clientes) e começando um novo romance.

18. O que motiva você a continuar escrevendo?

Em primeiro lugar, meus leitores, depois minha sanidade mental. A escrita é uma espécie de catarse para mim.

19. Que conselho você daria para quem está começando agora?

Leia muito, estude muito (língua portuguesa em especial), pesquise muito e esteja aberto a conselhos. No mais, confie na sua intuição.


20. Para você, qual o maior desafio para um autor/a no cenário atual? Você tem algum hábito ou rotina de escrita?

O maior desafio é a parte de marketing. As redes sociais, com “aperfeiçoamento” dos algoritmos, estão deixando de ser “parceiras” do autor independente.

21. Como você enxerga o cenário literário atual e a recepção dos leitores da atualidade em relação aos novos autores?

Tem crescido bastante, mas também cresce um movimento de “cobrar” por resenhas que pode ser (se crescer) prejudicial. Pior é ver que a pessoa faz uma resenha do John Green e do Stephen King de graça e cobra a de um autor nacional iniciante. Mas ainda temos muitos IGs que valorizam a literatura nacional por amor.

22. Se pudesse indicar quatro obras literárias que te inspiraram, quais seriam?

O Exorcista, de William Petter Blatty; A Dança da Morte, de Stephen King; Gost Story, de Peter Straub e 1984, de George Orwell.

23. Que conselho você daria para quem está começando a escrita do primeiro livro?

Pesquise, se atente para algumas regras básicas da língua portuguesa e não desanime, se empacar em algum ponto da escrita. Caso isso aconteça, pare e releia o que foi escrito. Garanto que a inspiração voltará.

24. O que esperar para o ano de 2023 em relação à sua escrita?

Este ano já começou com muitos trabalhos editorais, então promete ser cheio. Quanto a minhas obras, lançarei ainda em janeiro um conto, até o meio do ano haverá o lançamento de Possessão Demoníaca – o legado (o livro está terminado e em estágio de edição e revisão para ir para a diagramação), a reedição de Vila dos Murmúrios, meu segundo livro e único que ainda não tem edição física e, se der tempo, talvez um novo romance de terror até o fim do ano.

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