Responsive Ad Slot

[RESENHA #499] Vozes Negras, por: Amanda Condasi, Flor, Priscila, Isa Souza, Maria Ferreira e Pétala Souza


Vozes negras é um livro de contos brasileiro publicado pela editora Se Liga Editorial. O livro possui contos escrito por escritoras negras que trabalham em seus textos o protagonismo, a voz e a ação do negro no geral. Os contos abordam temas como amor, família, identidade, ancestralidade, racismo, violência,injustiça e desigualdades. Os textos refletem sobre a luta dos negros por direitos e igualdade, ao mesmo tempo que celebram a força e a beleza dessa cultura. Os contos questionam o racismo e a desigualdade, e buscam uma forma de mudar o status quo. O livro foi escrito para ajudar a ampliar a visibilidade da literatura negra e dar voz às mulheres negras. A narrativa torna-se um grito que precisa ser ouvido por todos por meio de suas propostas individuais e seus desdobramentos únicos dentro de cada narrativa. O livro conta com contribuições de Amanda Condasi (@amandacondasi), Flor (@aflorpriscilaof), Isa Souza, Maria Ferreira (@mari.frreirac) e Pétala Souza. A narrativa destaca-se por possuir uma forte identidade de suas escritoras, que imprimiram por meio de uma narrativa linear suas percepções em cada linha, tornando o livro não somente uma narrativa, mas um confessionário.

Os contos abordam temas como o racismo, as relações interraciais, a experiência de ser negro e suas diferentes nuances, a trajetória de uma identidade afro-brasileira, a luta em defesa da igualdade e o direito à existência. Esses temas são abordados de formas variadas, e cada conto mostra um lugar e uma história única, que constituem um mosaico de realidades e experiências que precisam ser lidas, compreendidas e reconhecidas. O livro pretende servir como uma ferramenta de conscientização e de luta contra o racismo, ao mesmo tempo em que leva ao leitor a compreensão da realidade e a visão crítica desta problemática. É um grito que precisa ser ouvido por todos e que se mostra através das histórias contadas de forma poética.


O livro possui quatro contos, sendo eles:

Coincidências: Uma narrativa leve que introduz a consciência racial por meio de sua narrativa, através de um enredo repleto de amores, decepções e amizades. O enredo também aborda de forma 'velada' a condição do negro no Brasil, bem como suas dificuldades no dia a dia.

Carimbo e Memórias: O conto narra a vida de uma jornalista que recorda seus momentos de vida, muitos deles sofrido. A narrativa provoca no leitor uma série de questionamentos, não somente pelo roteiro em si, mas pela elaboração das provocações criadas pela autora, nota-se um cuidado e um zelo em cada linha, onde podemos perceber as dores e os obstáculos enfrentados pela protagonista. Um conto repleto de protagonismo e referências.

Não existem futuros suficientes para futuro: O conto mais complexo de todo o livro, escrito por Isa Souza e Pétala. A história aborda um enredo no qual as pessoas precisam-se se isolar por conta de um vírus mortal, o que acabou, por um tempo, tornando as pessoas extremamente egocêntricas e individualistas, o que para mim, provocou um paralelo com a realidade em relação ao coronavírus que o mundo enfrentou durante a pandemia de 2019-2020. A narrativa provoca diversas reflexões acerca do isolamento, do desenvolvimento da solidão e da frieza das pessoas em relação aos outros por meio da solidão, ao meu ver, um conto que merece ainda mais destaque. Torço para que um dia torne-se um livro único.

Na ponta dos sonhos: Narra a busca pelos sonhos e os problemas sociais que acometem as comunidades/pessoas menos favorecidas. Uma história leve sobre vencer obstáculos e encontrar força dentro de si próprio durante a realização de um sonho, um belo encerramento para esta obra.

Este livro faz parte de um projeto pessoal, ao qual me desdobrarei para ler mais livros de temáticas sociais, sendo este, o quinto da lista. Uma publicação admirável da Se Liga Editorial, altamente recomendado para todos os que necessitam de uma leitura leve e reflexiva.


Detalhes da obra:

Editora: Se Liga

Autoras: Amanda Condasi, Flor, Priscila, Isa Souza, Maria Ferreira e Pétala Souza

Edição: 2

Ano de Edição: 2022

Idioma: Português

ISBN978-658077704-4


"Vozes Negras" é um livro que se faz resistência. Um grito de liberdade de mulheres duplamente silenciadas (pelo gênero e pela cor) que reivindicam seu protagonismo e ampliam suas vozes pela escrita. Através de ilustrações da Limão e quatro  histórias de ficção, as autoras Amanda Condasi, Flor, Priscila, Isa Souza, Maria Ferreira e Pétala Souza narram a trajetória de personagens em busca de seus sonhos e de se verem representadas.



[#LeiaNacional] Entrevista com Pedro P. R, autor de ❝Sombras Ocultas❞

 

Primeiramente, fale-nos um pouco  sobre você.

Oi, eu sou Pedro P. R. escritor baiano de fantasia, leitor compulsivo, entusiasma da literatura. Pai de 4 series publicadas na amazon.


Há quanto tempo você escreve, como começou?

Não lembro a quanto tempo escrevo, mas deixando os rascunhos de lado, comecei a publicar minhas obras no wattpad por volta de 2015 e passei cinco anos por lá antes de publicar de uma forma mais seria.


Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar um novo livro?

Acho que não. Eu tenho uma mente muito fértil, o que tem seus pontos positivos e negativos. Tenho idéias com muita facilidade, mas isso acaba sendo ruim já que acabo trabalhando com dois ou três projeto de uma vez.


Quais foram suas principais referências na literatura, arte e/ou cinema?

Principalmente livros e series, mas em alguns casos algumas light novels asiáticas, animes e mangas. Os principais livros que influenciaram minha escrita foram As crônicas de Gelo e Fogo, O Trono do Sol, A Roda do Tempo. E a escrita de Bernard Cornwell,


Qual foi seu trabalho mais desafiador até hoje em relação à escrita?

Com certeza reescrever meus livros. Em dois casos eu tive que pegar o que eu tinha escrito no wattpad anos atrás, olhar para aquele rascunho e começar do zero com as novas experiências que eu tinha atualmente para escrever.


Qual a parte mais difícil de se escrever um livro?

O devido estudo do que estamos escrevendo. Se não tomarmos cuidados, os personagens ficam caricatos demais, o cenário não cativa, os diálogos ficam rasos e mecânicos.


Qual foi seu primeiro livro, o que pensou ao iniciar sua escrita? o que te incentivou?

Meu primeiro livro foi As crônicas de Maya que publiquei durante 5 anos no wattpad. Ele nasceu da vontade de colocar meus pensamentos fantasiosos no papel e de levá-los para outras pessoas. Agora, o primeiro que publiquei seriamente foi Noite Eterna, uma obra de fantasia urbana que quis escrever pois queria algo tipo as light novels que eu lia, ou Percy Jacson, só que se passando no Brasil.


Tem algum personagem que você tenha criado ao qual foi difícil desapegar?

Sinceramente, não. Não tenho dificuldade em retirar personagens da historia quando o momento deles chegou ao fim. Seja eles simplesmente se afastando da trama principal, ou tendo que morrer para dar continuidade na trama da obra.


Quais são suas principais referências literárias na hora de escrever?

George R. R. Martin, Rick Riordan, Brandon Sanderson, Robert Jordan e Bernard Cornwell,


Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar a escrita de um novo livro?

Acho que não existi muito disso, “segredo de escrita”. Acho que muito se resume ao desejo de contar historias e o estudo e pratica para contar bem.

 

Você reúne notas, anotações, músicas, filmes e/ou fotografias para se inspirar durante a escrita?

Não chego a fazer muitas anotação, mas quando algo me inspira, fico repassando aquela idéia varias vezes na mente formando cenas, situação e falas que podem ser usadas em livros que já estou escrevendo, ou em novos.

 

O que você faz para driblar a ausência de criatividade que bate e trava alguns momentos da escrita? Existe algo que você faça para impedir ou driblar estes momentos?

Geralmente eu leio outros livros, tentando distrair a mente e buscando novas inspirações. Faço anotações de coisas que possam cair dentro da historia e quem sabe encontrar algo que possa usar que não estava pensando no momento. Também releio o que escrevi, para engatilhar novamente no enredo. A maioria dos autores possuem contatos e amigos de confiança para mostrar o progresso do seu trabalho durante o percurso da escrita. Você teria um time de “leitores beta”, para analisar seu livro antes de prosseguir com a escrita?

Sim, tanto de autores quanto leitores. Eu tenha em mente qual meu publico, então sempre procuro pessoas desse meio para lerem e me dizerem o que acharam.

 


Qual a parte mais complicada durante a escrita?

Não se distrair. Como muita gente escreve no computador hoje em dia, é quase que impossível não se distrair com alguma coisa enquanto tenta escrever.

 

Você prefere escrever diversas páginas por dia durante longas jornadas de escrita ou escrever um pouco todos os dias? O que funciona melhor para você?

Eu tento manter uma meta de 1000 palavras escritas por dia. As vezes faço mais, as vezes menos. Tem dia que a inspiração está em alta e consigo fazer 4000 ou 5000 palavras de uma vez, e tem dias que o cotidiano me suga e não produzo nada.


Em relação ao mercado literário atual: o que você acha que deve melhorar?

É um assunto que debato muito com outros autores. Durante a quarentena, vimos muitos novos autores surgindo com lançamentos de ebook, no final da quarentena as editoras voltaram em peso com publicação de livros de ficção, mas também vimos muita gente desistindo pelo caminho, vendo que viver da escrita não é algo que acontece da noite para o dia. Por um lado, estamos confiantes de uma melhora pelo numero de obras novas chegando todos os meses, mas ao mesmo tempo, nos preocupamos com o preço do papel subindo constantemente.

 

A maioria das pessoas não conseguem se manter ativas em vários projetos, como funciona para você, você escreve vários rascunhos de diferentes obras ou se mantém até o final durante o processo de um único livro?

Costumo trabalhar varias coisas de um vez. Durante a época do wattpad eu escrevi 3 livros de uma vez. Hoje, escrevo um por vez, mas intercalo entre 4 series diferentes, sem contar os contos que escrevo.

 

O que motiva você a continuar escrevendo?

O prazer por criar historias. Gosto de dar vida a personagens, criar mundo, tramas e o melhor de tudo, apresentar essas historias para outras pessoas.

 

Que conselho você daria para quem está começando agora?

Foque bastante na divulgação. É o trauma de muito autor, muito pior que o trabalho que temos para escrever.

 

Para você, qual o maior desafio para um autor/a no cenário atual? Você tem algum hábito ou rotina de escrita?

O maior desafio nem é o de escrever, isso podemos fazer aos poucos e em determinado momento a história estará pronto. O maior desafio é se tornar relevante, é ganhar o público e divulgar sua obra.

 

Como você enxerga o cenário literário atual e a recepção dos leitores da atualidade em relação aos novos autores?

Acho bastante positivo. Vejo muitos perfis focados em divulgar cada vez mais obras de autores nacionais e as editoras trazendo cada vez mais obras estrangeiras. Talvez tenhamos o retorno de momentos que tivemos por volta de 2010 e 2015 antes da crise das livrarias.


Se pudesse indicar quatro obras literárias que te inspiraram, quais seriam?

A Roda do Tempo, O Caminho dos Reis, A Ruína de Noltara e Percy Jacson.

Que conselho você daria para quem está começando a escrita do primeiro livro?

Comece com uma historia curta e de final fechado. Muita gente deixa de ler o livro quando sabe que é o primeiro de uma serie gigantesca.

 

O que esperar para o ano de 2023 em relação à sua escrita?

Tenho 3 projetos em andamento para 2023. O primeiro é o final do catarse de pré-venda para o livro impresso de Noite Eterna que encerra dia 31/01. O segundo é o projeto em parceria com a Agencia Polarys, onde criamos um clube de assinatura para contos de autores nacionais. Por apenas R$ 5,00 os assinantes recebem mensalmente 3 contos de diferentes autores. E para o segundo semestre planejo o lançamento inédito do ebook do segundo volume de minha série Os Miseráveis. 


[#LeiaNacional] Entrevista com Diego Betioli, autor de ❝Em casas❞

Primeiramente, fale-nos um pouco sobre você.

Meu nome é Diego, 32, publicitário que trabalha com conteúdo digital há cerca de 10 anos. Nasci e cresci em São Paulo, e apesar de todos os defeitos, adoro a cidade. Sou apaixonado por cultura pop, esportes e hamburgueres. E tudo que envolve terror.

Há quanto tempo você escreve, como começou?

Antes de escrever, eu era um fanzineiro. Escrevia e desenhava minhas histórias, às vezes em parceria com meu primo (também escritor), Rodolfo Bezerra. Com o tempo, acabei deixando os desenhos em segundo plano e focando na escrita. Comecei para valer em 2013, quando eu e o Rodolfo começamos a escrever meu primeiro livro, A Última Estação.

Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar um novo livro?

Gosto muito de trazer o cotidiano para minhas histórias, então muito da minha inspiração vem da simples observação das ruas e das pessoas. A Última Estação e CEP nasceram assim.

Quais foram suas principais referências na literatura, arte e/ou cinema?

Sempre falo que o Rodolfo Bezerra é uma inspiração para mim, pois foi quem me fez escrever. Além dele, cito Machado de Assis (meu autor nacional favorito), Eduardo Spohr (primeiro autor de fantasia brasileira que li), Stephen King e Neil Gaiman. Shinji Mikami, criador de Resident Evil e The Evil Within, também é uma influência enorme para mim.


Qual foi seu trabalho mais desafiador até hoje em relação à escrita?

Meu livro mais recente, Em Casas: contos, encontros e desencontros em tempos de pandemia, provavelmente foi o mais difícil pelo fato de fugir do terror (meu gênero de maior domínio) e me fazer arriscar histórias curtas e baseadas em fatos reais. Mas foi muito gratificante e um enorme aprendizado para minha escrita.


Qual a parte mais difícil de se escrever um livro?

Ter uma história coesa. Muitas vezes, durante o processo de escrita, deixamos escapar pontas que, em uma revisão, notamos que podem enfraquecer a história ou deixá-la incoerente, e aí não há boa premissa que salve. Por isso a revisão é de suma importância.


Qual foi seu primeiro livro, o que pensou ao iniciar sua escrita? o que te incentivou?

A Última Estação foi o primeiro, e partiu de uma ideia anteriormente fracassada, mas com o mesmo plot (a história contava o desaparecimento de um trem; mas no original, isso ocorria nos EUA e não em São Paulo). Meu primo Rodolfo sugeriu reviver a ideia do livro, mas se propôs a escrevê-lo comigo. E assim ele nasceu, escrito a quatro mãos.

Tem algum personagem que você tenha criado ao qual foi difícil desapegar?

Nossa, muitos. A Última Estação tem uma série de personagens e, inevitavelmente, parte deles tem um destino trágico nessa caminhada. Nunca pensei que fosse tão duro dar adeus a eles.

E quando terminamos o livro, senti saudades real dos protagonistas Gabriel e Alex (meus personagens favoritos até hoje).

Quais são suas principais referências literárias na hora de escrever?

São diversas, mas diria que bebo muito na fonte de Stephen King e Edgar Allan Poe. Este último, principalmente, quando penso na escrita de contos.

 

Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar a escrita de um novo livro?

Antes de iniciar uma nova obra, pesquiso muito. Penso nas ideias que tenho e tento me aprofundar ao máximo nelas. Em A Última Estação, por exemplo, pesquisei a fundo a história e funcionamento do metrô de São Paulo, tempo de viagem entre x regiões, etc., para dar o máximo de verossimilhança. Inclusive, cheguei a desenhar o mapa da cidade sobrenatural que abriga a maior parte da trama.


Você reúne notas, anotações, músicas, filmes e/ou fotografias para se inspirar durante a escrita?

Muitas! Música sempre me acompanha no processo criativo e na escrita. Costumo criar playlists de cada livro, inclusive. Faço anotações o tempo todo e costumo compilar tudo que pesquiso. Incluiria os games também entre essas inspirações. Jogar melhora muito meu processo criativo.

 

O que você faz para driblar a ausência de criatividade que bate e trava alguns momentos da escrita? Existe algo que você faça para impedir ou driblar estes momentos?

Costumo reler tudo que escrevi até ali e entender se tirar ou acrescentar algo pode me fazer avançar. Se não rolar de imediato, deixo o texto “descansando” um pouco. Às vezes assistir um filme, ler ou jogar algo nesse meio tempo me traz uma nova inspiração e consigo retomar.

A maioria dos autores possuem contatos e amigos de confiança para mostrar o progresso do seu trabalho durante o percurso da escrita. Você teria um time de “leitores beta”, para analisar seu livro antes de prosseguir com a escrita?

O Rodolfo é sempre meu primeiro leitor beta nas obras individuais. Além dele, fiz parceiros literários valiosos nos últimos tempos que também tem me ajudado com essas leituras.

Qual a parte mais complicada durante a escrita?

Começar. Pode parecer clichê, mas o começo sempre parece solto de tudo e a chance de a escrita morrer ali é grande. Por isso é importante ter ao menos um primeiro norte de onde você quer chegar ali no princípio.

Você prefere escrever diversas páginas por dia durante longas jornadas de escrita ou escrever um pouco todos os dias? O que funciona melhor para você?

Sem dúvidas, um pouco todos os dias. Adoraria escrever por mais tempo, mas minha rotina (a literatura ainda não é meu retorno financeiro) não me dá, ao menos por enquanto, esse espaço.


Em relação ao mercado literário atual: o que você acha que deve melhorar?

Acho que falta maior incentivo ao cenário nacional. Vejo enorme esforço de autores independentes e pequenas editoras, e inclusive me integrei a algumas comunidades recentemente que se ajudam de forma mútua, mas é pouco. O mercado editorial como um todo (reunindo as grandes editoras e os órgãos competentes) podem criar iniciativas para dar mais visibilidade para os talentos brasileiros (que são muitos!).

A maioria das pessoas não conseguem se manter ativas em vários projetos, como funciona para você, você escreve vários rascunhos de diferentes obras ou se mantém até o final durante o processo de um único livro?

Tento me manter fiel a uma obra por vez. A exceção ocorre quando há editais de contos que me interessam. Nesse caso, como é necessário o envio do texto até X data, priorizo essa entrega e “pauso” meu projeto principal.

 

O que motiva você a continuar escrevendo?

Eu encontrei na escrita uma forma de dar vida às inúmeras histórias que pingam o tempo todo na minha cabeça. Sinto prazer em escrever, e quando entendi que conseguia fazer isso, trazendo essas histórias pro papel e compartilhando com outras pessoas, descobri que era algo que vai fazer parte da minha vida para sempre.

 

Que conselho você daria para quem está começando agora?

Não desista. Se você ama escrever, persista, é possível achar seu lugar. Mas também não deixe de se aprimorar: estude storytelling, escrita criativa, o básico de marketing. E claro, leia muito!

 

Para você, qual o maior desafio para um autor/a no cenário atual? Você tem algum hábito ou rotina de escrita?

Acho que é descobrir onde ele/ela pode se encaixar. Existem milhares de autores, independentes ou não, e isso pode assustar. Mas eles não são necessariamente concorrentes: um autor de terror não disputa atenção com um leitor de romance young adult ou de poesia, por exemplo. É preciso achar seu público, e a partir daí, cavar seu espaço.

 

Como você enxerga o cenário literário atual e a recepção dos leitores da atualidade em relação aos novos autores?

A literatura é repleta de nichos e há sim, felizmente, uma parcela que dá oportunidade a obras nacionais e especialmente novas, e não só de gêneros mais populares. Muito disto se deve aos influencers literários, e eles tem uma enorme oportunidade (e responsabilidade) em fomentar a leitura de novos autores.

 

Se pudesse indicar quatro obras literárias que te inspiraram, quais seriam?

It: A Coisa – Stephen King, Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis, Berserk – Kentaro Miura e A Batalha do Apocalipse – Eduardo Spohr.


Que conselho você daria para quem está começando a escrita do primeiro livro?

Não se pressione demais. Comece, escreva, deixe as ideias fluírem. Pesquise muito sobre o que está escrevendo, e, sobretudo, divirta-se com esse processo de pesquisa. Tornará tudo mais prazeroso.

 

O que esperar para o ano de 2023 em relação à sua escrita?

Já tenho alguns contos selecionados em antologias que serão lançadas esse ano, um novo livro finalizado e um outro em vias finais que deve pintar ainda em 2023 também.


© all rights reserved
made with by templateszoo