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Os Movimentos Literários no Brasil

A ORDEM DOS MOVIMENTOS LITERÁRIOS

 O Trovadorismo foi o primeiro movimento literário da língua portuguesa, ou seja, foi o primeiro movimento que ocorreu em Portugal. Ele é composto principalmente por cantigas, sendo essas divididas em cantigas de amigo, amor, escárnio e de maldizer. As cantigas de amigos eram feitos pelas mulheres e possuem uma linguagem popular. As cantigas de amor eram escritos por homens paras as suas amadas. Já as cantigas de escárnio tinha tom sarcástico. E por último, as cantigas de maldizer expressavam de modo objetivo uma crítica a algo ou alguém.

O contexto histórico do Humanismo foi a passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Esse período foi marcado pelo surgimento de uma nova classe social, a burguesia. As obras humanistas são marcadas pela luta entre antropocentrismo e teocentrismo. As obras foram compostas por teatros, poesias e obras. O autor de maior destaque no campo do teatro foi Gil Vicente, sendo Auto da Barca do Inferno sua principal obra. Na poesia tem como destaque a poesia Palaciana, poesia feita para apresenta na Corte Real. No campo da prosa tem-se Fernão Lopes como principal autor, sendo uma de suas principais crônicas, “Crônica de El-Rei D. Henrique”.
O Renascimento foi o momento histórico que inaugurou a Idade Moderna. No campo da literatura as obras eram voltadas para o individual, como por exemplo biografias. Na Idade Média, os textos eram escritos em latim, porém no renascimento, começou a utilização de várias línguas, como o italiano. Nesse período surgiram novos gêneros literários, como as novelas e romances. As obras renascentistas são bastantes conhecidas pois nesse período também houve o desenvolvimento da imprensa, por Johannes Gutenberg. Os principais autores desse período são: William Shakespeare na Inglaterra com Romeu e Julieta, Luiz Vaz de Camões em Portugal com Os Lusíadas e Erasmo de Roterdã na Holanda com O Elogio da Loucura.
Com o Renascimento, foi possível o desenvolvimento das técnicas de navegação e conhecimento de cartografia, possibilitando as Grandes Navegações. Além dessa consequência, o Renascimento também possibilitou o desenvolvimento da Literatura Colonial no Brasil, sendo essas dividida em Quinhentismo, Barroco e Arcadismo
O Arcadismo é composto por dois tipos de textos bastantes distintos, os textos informativos e os religiosos. Os textos informativos eram compostos por cartas e documento, sendo a principal obra a Carta de Pero Vaz de Caminha. Já os textos religiosos eram as poesias e os teatros tendo Padre José de Anchieta como principal autor.
Em meados de 1600 ocorreu na Europa a Reforma Protestante. A maior consequência dessa reforma para a Igreja foi a perda contínua de fiéis. Por isso, a Igreja criou o Barroco com a finalidade de atrair os fiéis novamente para o catolicismo, ou seja, o Barroco foi o movimento literário da Contrarreforma. O Barroco apresentou duas vertentes, o Cultismo ou Gongorismo, que apresentou um rebuscamento exagerado com excesso de figuras de linguagem, sendo Gregório de Matos seu principal representante. O outro viés foi o Conceptismo, existindo a valorização do conteúdo e do tema, sendo Padre Antônio Vieira o principal autor.
O último movimento literário foi o Arcadismo ou Neoclassicismo. Nesse movimento houve o resgate da cultura clássica, valorização da simplicidade, naturalidade, da natureza (bucolismo). Nesse contexto surgem algumas expressões: Carpe diem (aproveite o dia), Fugere urbem (fugir da cidade), Aureas mediocritas (preservar a simplicidade) e Inutilia truncat (valorizar o essencial). O principal autor desse período foi Tomás Antonio Gonzaga com Marília de Dirceu.
O movimento completamente brasileiro foi o Romantismo, apresentando três gerações. As principais características do romantismo são o pessimismo, a subjetividade, o escapismo e o hibridismo de gêneros. A 1ª Geração é denominada de Indianista e tem como marco central a valorização da cultura brasileira e a idealização do índio, como por exemplo em I-Juca Pirama e Canção do Exílio de Gonçalves Dias. A 2ª Geração é denominada de Ultrarromântica, Mal do Século ou Byronismo, sendo o extremo subjetivismo, egocentrismo, pessimismo, escapismo individualismo e o sonho suas principais características. Seu principal autor é Álvares de Azevedo com Lira dos Vinte Anos e Noite na Taverna. A última geração é denominada de Condoreira ou Pré-realista, pois expõe a valorização da justiça e da liberdade, sendo Castro Alves seu principal autor. Existiu também no Romantismo a prosa, sendo o marco inicial a prosa romântica de Almeida Garret, Viagens à minha terra. Esse gênero textual teve como destaques o livro Memórias de um Sargento de Milícias de Manoel Antonio de Almeida e Senhora e José de Alencar.
Após esse movimento de idealização, surgiu um movimento na contramão, o Realismo. No Realismo, houve a análise psicológica dos personagens, narrador em 1ª ou 3ª pessoa, retrato fiel da realidade, projeto de mudar a sociedade, crítica ao capitalismo e à burguesia. Além disso, esse movimento literário teve influência das corrente filosóficas do século XIX, como por exemplo o Determinismo, Positivismo e Psicanalise. O principal obra brasileira foi Memória Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis.
O próximo movimento é uma exacerbação do Realismo, o Naturalismo. Suas principais características são a análise biológica dos personagens, narrador em 3ª pessoa, linguagem científica e crítica ao burguês. Uma das principais obras naturalistas é O Cortiço de Aluísio de Azevedo.
Nesse período surge um movimento que retoma os valores clássicos, o Parnasianismo. As obras apresentavam rebuscamento exagerado, excesso de figuras de linguagem, preciosismo purismo e mitologia greco-latina. Os principais autores desse movimento foram Alberto de Oliveira, Olavo Bilac e Raimundo Correia.
O próximo movimento valoriza a fantasia, o Simbolismo. Nesse movimento algumas figuras de linguagem merecem destaque, como a sinestesia, aliteração, assonância, musicalidade, cromatismo e metalinguagem. Além disso, esse movimento apresenta a valorização do inconsciente e dos sentimentos. Seu principal autor é Cruz e Souza (Missal).
O próximo movimento literário foi o Modernismo. Entre para que o Modernismo se desenvolvesse, surgiram na Europa Vanguardas. No Dadaísmo a arte não precisa apresentar um sentido próprio, sendo Marcel Duchamp o principal representante. O Futurismo valoriza a velocidade e a tecnologia. No Cubismo as formas geométricas, a perspectiva e a observação do mundo sobre vários ângulos é essencial, tendo Pablo Picasso o ícone Cubista. A vanguarda que valoriza o inconsciente é o Surrealismo com Salvador Dalí. A última vanguarda é o Expressionismo e retrata como a vida é importante, sendo Van Gogh o principal artista.
Com essas vanguardas foi possível o surgimento do Modernismo. Porém ainda existiu o Pré-Modernismo, sendo a busca pelo “redescobrimento” do Brasil, o desejo da criação de uma identidade nacional e valorização das classe marginais. Seus principais autores são Euclides da Cunha com Os Sertões e Monteiro Lobato com Jeca-Tatu e Coleção Sítio do Pica-pau Amarelo.
O Modernismo foi influenciado pelas vanguardas Modernas, apresentando a valorização da cultura brasileira, textos irônicos com versos livres, irracionalismo, linguagem coloquial, crises e questionamentos sociais, poesia e prosa engajada como principais características. Seus principais representantes foram Oswald de Andrade (Manifesto Antropofágico), Mário de Andrade (Macunaíma), Manuel Bandeira (Libertinagem), Carlos Drummond de Andrade (Sentimento do Mundo), Cecília Meireles (Romance da Inconfidência), Mario Quintana, Rachel de Queiroz (O Quinze), Jorge Amado (Capitães da Areia) e Érico Veríssimo (O Tempo e O Vento).

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