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Vida e obra de Luiz Vaz de Camões


O lugar de nascimento de Luís Vaz de Camões é incerto, acredita-se que tenha sido em Lisboa, em 1524. E não é certo onde Camões estudou, mas pela sua inteligência é certo que teve uma formação muito boa. A vida de Camões era complicada. Boêmio, há muitos museus inspiradores, porém nenhum deles oficializado. Serviu em Portugal no Norte de África, onde se lesionou e perdeu o olho direito. Em 1550 regressou a Portugal, mas em 1552 foi preso por agredir um oficial real. A sua "liberdade" chegou em 1553, porém, não pôde permanecer em Portugal, ficando exilado por 17 anos.

Em 1570, após a morte de D. João III, Camões regressou a Portugal. Durante o exílio, o poeta esteve nas colônias portuguesas na África e na Ásia e aproveitou esse tempo para a produção. Assim, quando regressou, o seu famoso livro "Os Lusíadas" estava concluído e foi publicado pela primeira vez em 1572. "Os Lusíadas" é um poema épico (narrativo de acontecimentos heróicos) dedicado a D. Sebastião, rei de Portugal, também narra os bons feitos do povo português nas suas viagens e guerras. Obrigado D. Sebastião concedeu ao poeta uma pensão de 15 mil réis.

Sem dúvida, Camões é o grande nome do classicismo português, seus livros são de grande valor literário. Inclui obras teatrais, poesia lírica e épica e, claro, sua obra-prima, o soneto (14 versos de 10 sílabas, os dois primeiros quatro versos e os dois últimos três frases).

Origem e juventude

A data e o local de nascimento de Camões são desconhecidos. Acredita-se que tenha nascido entre 1517 e 1525. De família galega, fixou-se na cidade de Chaves e mais tarde mudou-se para Coimbra e Lisboa, localidades que afirma ser a sua terra natal. Alenquer também é frequentemente referido, mas isso deve-se a uma das suas canções ter sido mal interpretada, em que Camões escreveu que "[...] / Portugal me fez na terra verde e formosa / minha terra natal Alenquer [...]". Esta citação simples e a escrita do soneto na primeira pessoa fazem pensar que Camões está a falar de si próprio. Mas a leitura atenta e completa do soneto permite-nos concluir que os acontecimentos não têm relação com a vida de Camões. , o mar é a sua sepultura.

O pai de Camões é Simão Vaz de Camões e sua mãe é Ana de Sá e Macedo. Por parte de pai, Camões seria neto do estudioso galego Vasco Pires de Camões, e por parte de mãe, parente do marinheiro Vasco da Gama. De 1542 a 1545 viveu em Lisboa, passando para a corte de D. João III, poeta célebre e figura orgulhosa.

Viveu algum tempo em Coimbra, onde estudou Letras, presumivelmente no Convento de Santa Cruz, onde tinha um tio sacerdote, D. Bento de Camões. Não há registo da passagem do poeta por Coimbra. Em todo o caso, a refinada tradição dos seus escritos fez com que uma universidade em Portugal à época fosse o local mais adequado para os seus estudos.

Está anexa à casa do conde Linhares, D. Francisco de Noronha, provavelmente tutor do seu filho D. António, que chegou a Ceuta em 1549 e aí permaneceu até 1551. Foi uma clássica aventura no serviço militar de jovens, ele lembra na canção de amor incontrolável. Durante o cerco, um de seus olhos foi arrancado por uma flecha devido à estranha fúria de Marte. No entanto, ainda mantém seu poder de combate.

Ao regressar a Lisboa, retomou de imediato a sua vida boémia. Muito amor lhe foi dado, não só pelas damas da corte como também pela irmã do rei D. Manuel I. Seria desgraçado, até ser exilado em Constância. No entanto, não há a menor evidência documental de que tal fato tenha ocorrido. No dia de Corpus Christi de 1552, Gonçalo Borges estava certo de ter lutado e sido ferido. Preso, foi indultado pela família real a 7 de março de 1553, iniciando a viagem para a Índia a bordo da nau de Fernão Álvares Cabral, a 24 desse mês.

Oriente

Ao chegar a Goa, Camões juntou-se à expedição do seu deputado D. Afonso de Noronha contra o rei de Chembe, conhecido como o "rei da pimenta". A trágica história "O poeta Simonides está falando" refere-se a esta primeira viagem. Camões estabeleceu-se mais tarde em Goa, onde escreveu a maioria dos seus livros famosos. Ele considerava a cidade a "madrasta de todas as pessoas honestas" e lá estudou as tradições do cristianismo e do hinduísmo, bem como o país e a história local. Ele participou de mais campanhas militares. De fevereiro a novembro de 1554, integrou a Armada de D. Fernando de Meneses, composta por mais de 1000 homens e 30 navios, no Golfo Pérsico, onde sentiu a amargura expressa na canção “Com árida, estéril montanha”. Ao retornar, foi apontado pelo governador Francisco Barreto como "o principal fornecedor de mortos em partes da China", para quem escreveria "Auto do Filodemo".

Em 1556, foi para Macau, onde continuou a escrever. Morava numa gruta, que hoje leva o seu nome, e foi aí que escreveu a maior parte de Os Lusíadas. Naufragou na foz do Mekong, onde heroicamente conservou o manuscrito desta obra, que então estava a ser concluída (cf. Lus., X, 128). Nesta tragédia, seu amigo chinês Dinamene, que ficou famoso em uma série de sonetos, deveria ter morrido. É possível que o ciclo "Sôbolos rios" também tenha surgido nessa época ou tenha nascido essa dolorosa experiência.

Regressou a Goa antes de agosto de 1560 e pediu a proteção do vice-rei D. Constantino de Bragança num poema de oitava. Preso por dívidas, enviou orações poéticas ao novo vice-rei, D. Francisco Coutinho, conde de Redondo, para ser libertado.

De regresso ao reino, em 1568, desembarcou na ilha de Moçambique, onde dois anos depois Diogo do Couto o encontrou, conforme conta na sua obra, acrescentando que o poeta "era tão pobre que teve de ficar em casa de amigos ." (Década 8.ª da Ásia). Nessa altura revia Os Lusíadas e deu-lhe o nome de "Parnaso de Luís de Camões, com poesia, filosofia e outras ciências", obra roubada. Diogo do Couto pagou toda a viagem até Lisboa, onde Camões chegou em 1570. Em 1580, em Lisboa, comandou a marcha do exército português para o Norte de África.

Os Lusíadas e a obra lírica

Os Lusíadas são considerados um marco da era moderna pela sua dimensão e universalidade. O sucesso de Portugal desde o Infante D. Henrique até aos reis aliados de Espanha em 1580 é um marco na História, marcando a transição da Idade Média para a Idade Moderna. A epopéia conta a história de Vasco da Gama e dos guerreiros portugueses que contornaram o Cabo da Boa Esperança e abriram uma nova rota para a Índia. É a história da humanidade, mesmo em suas contradições, na associação de mitos pagãos com visões cristãs, em sentimentos conflitantes sobre a guerra e o império, no descanso amoroso e na vontade de se divertir, na valorização da felicidade e na necessidade de visão de Heróis ..

As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo reino, que tanto sublimaram.
(...)
Cantando espalharei por toda a parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte

    Camões, Lusíadas, Canto I.
 

Estilo

É fácil ver na obra poética de Camões dois estilos não só diferentes como até contraditórios: um, o estilo das redondilhas e outro dos sonetos, na tradição do Cancioneiro Geral; o outro, a versão latina ou italiana de muitos outros sonetos e canções maiúsculas (h) pode terminar. Aqui chamaremos o primeiro estilo de estilo inteligente, o segundo de estilo clássico.

O estilo engenhoso, como aparece no Cancioneiro Geral, é visto pela primeira vez na composição que inclui o slogan e as curvas. O poeta tinha que desenvolver um certo slogan, e era na interpretação das palavras desse slogan que ele revelava sua astúcia e pensamento, assim como faziam os pregadores da Idade Média, quando desenvolviam um versículo da Bíblia para usar como o assunto de seu sermão. No desenvolvimento do slogan, foi dada atenção às pseudopalavras, à correção lexical, de modo que os paradoxos inteligentes e a compreensão das palavras parecem resultar de uma espécie de operação lógica.

Suas obras se dividem em musicais e romances. Um exemplo de hinos é Os Lusíadas, dividido em 10 canções, louvando a conquista portuguesa a caminho da Índia.

CONSTRUIR

A produção de Camões divide-se em três géneros: musical, popular e teatral. Seu trabalho lírico logo foi reconhecido como um grande sucesso. Ele tem mostrado sua vitalidade, principalmente em canções e peças de teatro, mas suas redondilhas não são menos. Na verdade, ele é um mestre dessa forma, dando vida nova à arte polida, infundindo-a com naturalidade e simplicidade, sátiras sutis e vívidas, elevando a poesia da corte a um novo nível, o nível mais alto, e mostra que sabe mostrar. Completamente feliz e relaxado.

Suas fontes são muitas. Ele é fluente em latim e espanhol, e demonstra um sólido conhecimento da mitologia grega e romana, história europeia antiga e moderna, escritores portugueses e clássicos da literatura antiga, com autores como Ovídio, Xenofonte, Lucano, Valério Flaco, Horácio, mas especialmente Homero e Virgílio, dos quais ele emprestou vários elementos estilísticos e estruturais e, às vezes, até citações quase literais. De acordo com as citações que ele dá, ele parece ter um bom conhecimento dos escritos de Ptolomeu, Diógenes Laércio, Plínio, o Velho, Estrabão e Pompônio, e outros historiadores e cientistas antigos. Entre os modernistas, conhece as obras de Francesco Petrarca, Ludovico Ariosto, Torquato Tasso, Giovanni Boccaccio e Jacopo Sannazaro da Itália, além da literatura castelhana.

Lírica

    * 1595 - Amor é fogo que arde sem se ver
    * 1595 - Eu cantarei o amor tão docemente
    * 1595 - Verdes são os campos
    * 1595 - Que me quereis, perpétuas saudades?
    * 1595 - Sobolos rios que vão
    * 1595 - Transforma-se o amador na cousa amada
    * 1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
    * 1595 - Quem diz que Amor é falso ou enganoso
    * 1595 - Sete anos de pastor Jacob servia
    * 1595 - Alma minha gentil, que te partiste

Teatro

    * 1587 - El-Rei Seleuco
    * 1587 - Auto de Filodemo
    * 1587 - Anfitriões

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