Principais citações:
[RESENHA #513] O Diabo Veste Prada, de Lauren Weisberger
[RESENHA #512] Orgulho e preconceito, de Jane Austen
AUSTEN, JANE: Orgulho e preconceito: São Paulo, Editora PedrAzul, 185p
Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, é considerada uma das obras mais importantes da literatura inglesa. Esta obra, publicada em 1813, é a história da família Bennet e seu casamento. Austen usa a narrativa para mostrar o que era a sociedade inglesa da época, em especial o papel das mulheres. A história gira em torno do preconceito e orgulho, dois temas que Austen aborda de forma profunda e poética.
Orgulho e Preconceito é um filme inspirado na obra de Jane Austen, Homonio que ganhou destaque ao abordar questões de casamento, moralidade e racismo. Dirigido por Joe Wright com roteiro de Deborah Moaggach, o elenco inclui a aclamada atriz Keira Knightley (Lizzie), indicada ao Oscar de Melhor Atriz. Com 127 minutos e inteiramente rodado no Reino Unido, o filme nos mostra a história de uma família inglesa do interior com cinco filhas, e segundo a tradição da época, todo homem procura um amigo. ideias que farão toda a diferença, pois uma em cada cinco (Lizzie) tem uma personalidade forte e maravilhosa. O projeto arrecadou US$ 121.141.947 em bilheteria em 2005, ano de sua estreia no Reino Unido (Brasil – fevereiro de 2006).
Lizzie, a personagem principal, é um jovem que não se interessa pela beleza e não é, pelos padrões da época, "nem feio nem bonito". Seu parceiro é o Sr. Darcy, que chega à cidade com o que todos querem, o Sr. Bingley. Eles são ricos e solteiros, então se dão bem com todas as garotas da cidade. Jane, irmã de Lizzie, cuida de Bingley, que retribui o mesmo sentimento. Já o Sr. Darcy desperta amor em Lizzie e chama sua atenção.
É assim que a peça continua, Sr. Versos de Darcy (rico) Lizzie (aristocrata do interior), onde ocorre uma partida mental. Os dois, nessa conversa sensual, começam a se apaixonar profundamente. No entanto, não só eles, mas também o Sr. Bingley e sua irmã, Jane. À medida que o filme avança, percebemos que essa atitude do jovem rico Sr. Bingley, uma filha muito bonita com uma sólida situação financeira, achava que, na época, o casamento era a melhor maneira de melhorar a vida de alguém. Lizzie deixa claro que se opõe a essa ideia na trama, mostrando seu orgulho toda vez que ela se opõe a essa ideia de "casamento futuro".
Acredita-se que os valores não mudaram muito, claro que houve evoluções culturais, mas para algumas pessoas casamento ainda é sinônimo de “qualidade de vida”. No período retratado no filme, narrado por Celson Sabadin, o casamento era um contrato financeiro em que os amantes guardavam seus sentimentos em mar calmo para se casar pela aparência.
Obviamente, esse é um dos propósitos do espetáculo, nos ajudar a pensar sobre os valores que existem na sociedade atual, que, como dizem alguns, ainda não se desenvolveram muito moralmente. e comportamento. Por exemplo, o que antes era óbvio, como a filha mais bonita subir na classe social, hoje é escondido, mas não para, os jovens casam cedo e não levam a sério.
Diante desse rico texto, onde valores são expressos com o objetivo de valorizar a cultura, o filme é altamente recomendado. Afinal, mostra que o tempo passou, mudou e continuou a viver.
Em suma, Orgulho e Preconceito é uma história profunda sobre orgulho e preconceito. Austen usa a narrativa para mostrar como estes sentimentos podem limitar a felicidade e a liberdade dos personagens. No entanto, ela também mostra que o amor é mais forte do que o orgulho e o preconceito. É uma obra que continua a inspirar os leitores por causa da sua mensagem de amor e aceitação.
[RESENHA #511] Instinto de nacionalidade, de Machado de Assis
Resenha Crítica: ASSIS, Machado de. Notícia da atual literatura brasileira. Instinto de nacionalidade. Nova York: Revista Novo Mundo, 24/03/1873.
Um retrato importante e reflexivo de Machado de Assis
Nesse panorama da cultura literária brasileira, Machado de Assis não apenas pretende revelar “os defeitos e a beleza da literatura brasileira contemporânea”, mas também busca explorar um sentido natural do mundo, país existe na arte em questão. . . Ele divide cuidadosamente seu tópico em seções e explica cada parte. São eles: Romance, Poesia, Teatro e Linguagem.
A princípio, citou outros autores épicos do Arcadismo, Santa Rita Durão e Basílio da Gama, cujas obras eram consideradas nacionais na época, devido à temática indígena. Isso os torna considerados os pioneiros da poesia brasileira. Para comparação, Machado notou Tomaz Antônio Gonzaga, "o pastor da Arcádia"; mas, para o crítico de Assis, não é totalmente laica, não abandona o malandro do pastor e tem temas e valores puramente europeus nas letras.
Machado de Assis também cita Gonçalves Dias e José de Alencar como os principais pioneiros da ficção indígena. E com isso abriu espaço para a exibição do estilo de escrita muito presente na elite brasileira da época: o Romance. No entanto, ele argumentou habilmente que o conteúdo geral desses romances era, como dizemos hoje, coberto de açúcar. Não há romances de crítica social, mas romances que produzem e preservam a cultura comum do povo brasileiro, do centro ao litoral.
No que diz respeito à divulgação da literatura e da cultura, Machado de Assis valorizava muito as obras que falavam da cultura dos índios Tupiniquim. Para ele, porém, “nossos escritores não se limitam a essa única fonte de inspiração”. O patrimônio literário precisava de um legado universal, inspirado nos grandes clássicos europeus, talvez porque naquela época fosse reconhecido um grande número de ancestrais que compunham os brasileiros.
Como Machado escreve para um público estrangeiro, é importante para ele suprir a falta de produção de obras sobre filosofia, linguística, crítica histórica e assim por diante. E desta vez, ele deixou claro que havia preocupações.
Quanto à linguagem contida no livro, entende-se o tipo erudito e lusitano de linguagem escrita: “Uma ideia que admite todas as mudanças de linguagem, mesmo aquelas que destroem as regras sintáticas e a pureza essencial da palavra não me parece aceitável para mim. A influência popular tem imitação. Sem pestanejar, Machado de Assis disse isso claramente. Ele argumentou que "as obras clássicas não são muito estudadas no Brasil." pelo que eles escreveram, muitas vezes encontrados no estilo clássico E aqui temos, novamente: Machado de Assis se concentra no classicismo.
Segundo Machado, um sentimento de nacionalismo pode se transformar em um sentimento de proximidade que pode tornar um escritor "um homem de seu tempo e de sua pátria", independentemente do tema e da temática em questão. criar independência". “.
Por exemplo, sua análise mostra moderação em seu apreço pelo indianismo e pelo estilo europeu. No entanto, alguns vestígios de apreço pela escrita clássica devem ser notados. Isso é perceptível em O Teatro e A Língua. "Hoje, quando o gosto do público atingiu os extremos da decadência e da distorção, não há mais esperança de que alguém se sinta chamado a criar obras de arte difíceis." Sem dúvida, Machado deixou aqui um provável descontentamento com o privilégio cada vez menor do teatro na época. Mas, para equilibrar sua análise, não esqueceu de citar as peças de seu amado José de Alencar, talvez para "salvar" a imagem da cultura brasileira que ele mesmo contribuiu para manchar os contornos anteriores.
Machado de Assis nunca pareceu barato. Ele é moderado em apontar erros e citar qualidades existentes na escrita brasileira. Acima de tudo, pode transmitir a esperança de que num futuro próximo possam surgir obras mais sérias, com obras mais literárias e ainda carregadas de sentimento nacional, valorização da cor e da tradição. Sistema do Brasil.
O AUTOR
Biografia. Machado de Assis (Joaquim Maria Machado de Assis), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras.